Brasão de Fogo escrita por Mary P


Capítulo 2
Capítulo I - Perdida em meus devaneios...


Notas iniciais do capítulo

Tentarei postar "um dia sim, um dia não", mas é claro que haverão dias da qual não poderei postar devido á algum imprevisto, ainda mais q esta semana é semana de provas para mim... ~então já viu neh
Não sei se este cap ficou grande ou pequeno, e ficou bem sem graça, por ser o começo não dei muitas explicações e tals, enfim... Boa Leitura!



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Capítulo I

Perdida em meus devaneios...

“Eu corria, sem rumo, desorientada, calada, mas no fundo gritava em meio meu desespero... Tudo ao meu redor estava em chamas, ás pessoas gritavam olhando á tudo com desprezo, porém seu olhar revelava medo, eu não sabia do que, nem porque, apenas corria e corria, quando finalmente parei, vir-me-ei para olhar ao meu redor, enquanto meu coração desfazia-se em lágrimas, e a marca em meu pulso, agora, brilhava mais do que nunca! Sentia medo assim como as outras pessoas, mas não sabia o que temia, então assim percebi que uma multidão voltava-se para mim, caída no chão, enquanto meus olhos revelavam o fundo do meu desespero”.

...

–Aaaaaah! Aaaaaaaah!

–Amelia! Acorde! Amelia! Sou eu Joana, acalme-se minha querida, acalme-se...

Abri meus olhos lentamente, porém apavorada pude contemplar a imagem de uma mulher, e reconheci minha melhor amiga, a minha criada.

Tinha tido aquele sonho novamente... O mesmo lugar, as mesmas pessoas, tudo continuava igual, porém sempre que iria olhar para, finalmente souber onde estava á multidão me cercava cobrindo minha visão, e assim eu acordava...

–Você está bem, minha cara?

–Acho que sim... – Sorri e cautelosamente me levantei, e sentei-me em minha penteadeira, enquanto Joana pegava a escova para escovar meus cabelos.

–Já lhe disse que seus cabelos são lindos?

–Você me diz isso todos os dias, sabia?

–É porque são lindos mesmo... Você é uma mulher linda, e merece...

–Um homem de sorte, adivinhei? – Ela sorriu, como sempre.

–Sabe, acho que isso está passando dos limites... Quero dizer, esse sonho, cansei de sonhá-lo todos os dias, me entende? É irritante... Acho que seja o que for, significa algo...

–Amelia... Amelia... Amelia... Você ainda é tão jovem, tem um futuro tão grande, para ficar se preocupando com estes sonhos idiotas, enquanto não consertar o que tem aí dentro, nunca poderá contemplar o que á por fora...

Joana sempre dizia isto, ou algo parecido como que precisava consertar algo de dentro para contemplar algo por fora, mas nunca entendi ao certo o que significava, e nunca me interessei tanto a ponto de perguntar.

–Precisa se trocar agora, eu separei um vestido belíssimo para você esta manhã, soube que seu pai tem visita?

–Visita? Hoje? Em dia de semana assim... – Falei colocando meu bracelete para esconder A Marca, me dirigindo ao meu enorme guarda-roupa, da qual era uma parte da enorme variedade de roupas que tinha, dentre estes havia um lindo vestido bustier verde claro, leve e solto, confortável do jeito que eu gostava. Apesar de toda a riqueza que me ostentava, preferia sempre o básico, o simples, a humildade era algo da qual valorizava tanto, ao contrário de meus pais...

Joana ajudou-me a me vestir e calçava meus saltos... Odiava saltos, mas era preciso mediante a ocasião; enquanto ela trançava meus cabelos.

–Enfim pronta! Você está tão linda!

–Quantas vezes vou repetir, você precisa parar com isto, sou uma garota normal como todas as outras! – Sorri. – Vi uma foto sua mais jovem, e você era tão linda quanto eu!

Percebi um grande sorriso se formar em teu rosto, lembrar-se da juventude era algo que ela adorava, ainda mais sendo elogiada. Tal já era uma mulher de idade, educada e formal, me amava incondicionalmente, afinal, havia me amamentado e cuidado de mim desde pequena, enquanto meus pais viviam ocupados. Tinha curtos cabelos castanhos, sempre presos em um coque, e um mel lindo nos olhos, era mediana de estatura, e um pouco robusta.

Juntas nós caminhamos pelos enormes corredores da Mansão; o piso de mármore, as paredes de estuque veneziano e o teto pintado á mão com detalhes, e obras de pintores famosos, com as belíssimas vidraças com detalhes dourados, tudo isso formava a harmonia no ambiente.

Ao chegar á sala de jantar, cumprimentei meu pai e sentei-me esperando a apresentação do visitante.

–Querida filha, gostaria de lhe apresentar o Duque d’la Graille, das Colinas do Norte.

Levantei, e o reverenciei.

–Eis que não tenho palavras para expressar a honra que tenho em estar perante á futura Rainha, oh belíssima Amelia. Permita-me o desfruto de beijar sua mão. –Tal me olhou com um olhar sedutor, analisando a cada detalhe de meu físico, entendendo sua mão.

–Estou, certamente, muito honrada com seu pedido. – Falei me curvando e estendendo minha mão, da qual ele beijou docemente, acho que tentando de alguma forma me conquistar. O que obviamente não iria acontecer.

Se não tivesse acostumada com estes tratos estaria vermelha como uma framboesa neste momento, mas isso já não era novidade; pois um dia um homem iria ser Rei, meu pai iria, infelizmente, decidir isso... Em breve...

Tudo ocorreu normalmente, o café estava delicioso como sempre, e logo após o término meu pai se reuniu com o jovem para conversar, enquanto eu rapidamente me dirigi ao meu quarto.

Á medida que a porta se aproximava fui arrancando os saltos de meus pés para sentir o chão gelado em contraste ao meu corpo quente, eu deveria ter algum problema para minha temperatura corpórea ser sempre a mesma.

Tranquei ás portas de meu quarto á chave, e a guardei em minha caixinha dourada, indo em direção a enorme janela. Toquei a palma de minhas mãos no vidro delicado, podendo ver a beleza de toda aquela terra que um dia seria minha.

Estava cansada de tudo aquilo, de viver presa nesse Mansão, nesta gaiola, de sempre ter que ser formal e elegante, de ter de todos os dias passar a impressão de perfeição; cansada de sonhar o mesmo pesadelo todos os dias, de sonhar acordada com minha liberdade que nunca chegaria; cansada de olhar para o meu pulso e ver aquela marca; cansada de ser Amelia Write.

O porquê de tudo aquilo não entendia, nunca entendi.

Mas este dia seria diferente de todos os outros, eu estava á dias planejando isso, enrolando os guardas, explorando cada porta desta Mansão, e finalmente o hoje havia chegado.

Corri em meu guarda-roupa e retirei uma capa de couro preta, prendi a trança em um coque, e envolvi a capa em meus cabelos cobrindo todo o meu corpo.

Podia estar com medo, e mil dúvidas pairavam em minha cabeça, mas de uma coisa eu estava certa... Se meu pai achava que conseguiria me manter presa aqui, ele estava errado!

...


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Notas finais do capítulo

Acho que já deu para perceber um pouco da personalidade da Amelia, e acho que deixei bem claro suas intenções muahaha. Espero quer gostem! Não se esqueçam de comentar! :D



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