Iron girl - The Choice escrita por SenhoritaStark


Capítulo 5
Algum Problema?


Notas iniciais do capítulo

Hey, peoples!

Novo Capítulo.

Boa leitura!



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Ao abrir a porta, dei de cara com os olhos azuis de Pepper. Os meus olhos tinham a mesma cor, mas o brilho de suas íris era muito mais notável. Seus cabelos ruivos, presos num rabo de cavalo alto, também se destacavam.

– Olá, Tori! – ela disse assim que me viu

– Oi, Pepper! – eu sorri

– Eu preciso sair, mas queria saber se você está bem. – sua voz era delicada

– Estou. – eu disse apenas

– É que eu ouvi alguns gritos e... – ela falou receosa

– Foi o de sempre. – eu a cortei, ao entender sua preocupação

– Você e o Tony brigaram mais uma vez? – ela falou descontente – Querida, vocês tem que parar com isso.

– Eu sei, eu sei. – eu revirei meus olhos – Mas ele não ajuda.

– Apenas ele? – ela colocou uma mão na cintura

– Eu passo do limite às vezes, mas ele é adulto. – eu tentei justificar – Eu tenho dezessete anos, Pepper.

– Vocês dois são iguaizinhos. – ela riu pelo nariz

– Nós não... – eu franzi a testa

– Tori, eu preciso ir agora. – ela falou antes que eu continuasse – Nos vemos depois.

– Tá. – eu disse apenas

– Se cuida. – ela sorriu

Eu tentava digerir o fato de ela ter me comparado a Tony. Todos faziam isso e eu já estava cheia. Ainda pensando nisso, vi Pepper acenar, começando a caminhar na direção da saída. Assim que a perdi de vista, voltei para meu quarto, fechando a porta.

Ao voltar à minha cama, ouvi meu celular chamar, então o peguei sobre o criado mudo. Ao olhar no visor, vi o nome ‘Quinn’. O que ela queria? Após suspirar fundo, o atendi.

– Alô! – minha voz saiu arrastada

– Tori?! – sua voz saiu estridente – Amiga, onde você está?

– Onde mais eu estaria, Quinn? – eu falei num tom óbvio

– Aí vai depender do seu humor. – ela riu – Hoje está ranzinza, então provavelmente está em casa.

Eu não pude deixar de rir. Aquela garota era ridícula, mas eu não conseguia deixar de gostar dela. Quinn era minha melhor amiga desde que eu havia me tornado agente. Saímos juntas em várias missões, mas agora ela estava em Washington num novo trabalho com o agente Dilan Esden. Ela negava, mas eu tinha certeza que havia algo mais entre os dois.

Repentinamente mais animada, me sentei no colchão com as pernas cruzadas. Quinn sempre conseguia levantar meu astral, mesmo longe. Nem Alex tinha esse dom. Na verdade, ele muitas vezes era a causa do meu estresse.

– O que aconteceu pra me ligar assim? – eu perguntei

– É que tenho uma notícia que com toda certeza vai te animar. – ela falou e percebi que caminhava apressada

– Fala logo, criatura! – eu acompanhei sua vibe

– Eu estou voltando amanhã. – ela finalmente disse – E o Dilan também.

– Sério! – eu não escondi o largo sorriso que surgiu em meu rosto – Mas por quê? Achei que vocês estivessem numa missão.

– Estávamos. – ela explicou – Mas o diretor Fury pediu nosso auxílio numa missão maior em Nova York. Ele disse que iria transferir nosso trabalho para outros agentes aqui de Washington.

– E do que se trata sua nova missão? – eu perguntei

– Ainda não sabemos direito. – ela estalou a língua – Mas tem a ver com algumas armaduras roubadas.

– Esboços. – eu a corrigi rapidamente

– Como? – ela disse confusa

– São esboços de armaduras. – eu falei um pouco mais séria

– E como sabe disso? – ela continuava surpresa

– Por que fui eu quem encontrou esse material. – eu revelei

– Jura? – vi seu tom de voz mudar de surpreso para preocupado – Amiga eu não sabia, senão nem aceitaria a proposta e continuaria aqui.

– O que você este dizendo! – eu ri mesmo sem vontade – Eu não me importo em ter sua ajuda, Quinn. Ao contrário, você é sempre útil.

– Então tá. – ela suspirou levemente – Tori, agora eu preciso ir, vamos pegar o avião.

– Tudo bem. – eu concordei – Até mais tarde.

Então a linha ficou muda. Menos contente do que antes, joguei meu celular sobre o colchão e passei as mãos no rosto. Eu não podia acreditar que o diretor Fury tinha feito aquilo. Chamou mais dois agentes para a missão. Era como se ele não confiasse em mim ou em meu potencial e isso me deixava grandemente irritada. Alex e eu seríamos o suficiente para solucionarmos o caso, mas ele tinha que chamar Quinn e Dilan também.

Não que eu não estivesse feliz em ver minha melhor amiga que tinha ficado longe há quase um mês. Aquele assunto, porém, não se tratava de amizade, mas sim do meu trabalho e eu odiava quando interferiam nele.

Acrescentando aquele assunto à raiva que sentia pela discussão que tive com Tony mais cedo, eu decidi comer algo. Não o fazia desde o dia anterior, quando o agente Trey e eu fomos ao galpão e definitivamente eu me distrairia.

Antes que eu pudesse sair do quarto, ouvi um bipe discreto vir da minha escrivaninha. Desfiz meu caminho rapidamente e fui até ela, encontrando meu comunicador. Toda vez que eu não o usava e alguém me ligava, ele fazia aquele ruído irritante e apenas quando eu o colocava no ouvido, o som cessava. O coloquei e pressionei sua lateral, o ligando. Após um segundo de estática, falei.

– Agente Stark falando. – minha voz saiu mais formal

– Agente Stark aqui é a agente Hill. – a voz feminina encheu meu ouvido

– Olá, Hill. – eu disse – Alguma informação?

– Sim. – ela confirmou - Mas gostaria que viesse até a Central para conversarmos melhor.

– Agora? – eu tentei esconder minha surpresa

– Algum problema? – ela perguntou

– Não, eu só... – eu pensei em contar que estava de castigo, mas seria muito humilhante – Estarei aí em trinta minutos.

– Ok. – ela finalizou a conversa

Eu soltei o comunicador e olhei em volta deixando escapar um longo suspiro. Eu teria de arrumar uma forma de sair daquela torre sem ser vista ou pelo menos antes de ser pega. Provavelmente Alex já estava avisado e passaria por aqui para irmos juntos, já que eu não arriscaria sair com um dos carros do meu pai. Ele certamente me rastrearia. Não sei como não o fez até agora, mas, caso eu falhasse em sair sem deixar rastros, ele o faria.

Tentando pensar como uma fugitiva, comecei a caminhar de um lado a outro do quarto. De repente, algo me veio à mente. Seria arriscado, mas era minha única chance de sair. Talvez, quando Tony descobrisse o que eu faria, nunca mais me deixasse entrar em contato com a humanidade, no entanto, o risco valia a pena.


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