O Agente escrita por Manu, GabiElsa


Capítulo 25
Hora de agir




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Campus 06:50PM

Sim. Essa fora a simples resposta que Jack Frost deu a Elsa. A pergunta? Fácil de responde. Você gostou do milk-shake? Com aquele lindo sorriso ele respondeu da maneira mais fofa, de deixar a loira com um sorriso bobo no rosto.

— Então você nunca bebeu milkshake? - Indaga a loira caminhando para um banco de mármore próximo. Os olhos azuis do jovem assistiam a moça a sua frente se sentar elegantemente, o deixando com os pensamentos em completa desordem.

— Não. Nunca tive tempo pra isso - Responde Jack novamente se sentando ao lado dela - Mas tenho que admitir que é delicioso - O albino rapidamente, sugou o sorvete de creme pelo canudo, mas arrependeu-se amargamente ao sentir aquela dor de cabeça por conta do líquido gelado ingerido - E gelado, uh! - Elsa riu ao fitar a feição dolorosa de Jack.

— Prova o de chocolate - Disse Elsa entregando seu copo a Jack, que o pega e leva o canudo grosso a boca, sugando o sorvete, que não é nada mais que uma boa mistura de chocolate com chantilly.

— Humm, muito bom - Jack devolve o copo e direciona seu olhar ao extenso mar.

Após resolver seguir Lily, Jack convenceu Elsa a ir à praia, apenas ambos. No entanto, seu plano não priorizava proteger Elsa e sim ficar de olho naquela que, aos seus olhos, é bastante suspeita. Lily parecia ser uma garota ingênua e baderneira, mas ao conhecê-la melhor, Jack percebeu que sua beleza e seu estilo de vida não passam de disfarces para enganar aqueles que dizem ser seus colegas, mas o que alfinetava o pensamento do albino, é o que ela poderá fazer a diante.

Um pigarro o tira de seus devaneios, alertando-o para dar mais atenção aquela ao seu lado, que o fitava com um semblante preocupado.

— Desculpa... - Murmura Jack envergonhado pelo pequeno mico que passou - É que estava pensando... O que irá fazer nesse feriado? Já tem planos? - Pergunta o jovem direcionando seu olhar para Elsa, que até então mantinha sua postura, mas ao entrar em seu ouvido e raciocinar a simples pergunta feita a ela, deu de ombros e estalou a língua nos dentes superiores.

— Bom... Até agora ninguém me chamou pra fazer nada - Fala a jovem esboçando um sorriso ao quebrar os olhares intimidadores que Jack lhe lançava - Eu queria visitar minha família, mas vai ficar difícil eu voltar, e se eu faltar mais de duas aulas... - Elsa deu um longo suspiro deixando um ar de suspense, causando em Jack certa agonia – Irei ser reprovada por falta de presença – Jack lambeu os lábios e os comprimiu em diante. Elsa tinha razão. A universidade não é de dar exclusividade, principalmente Gothel que é a vice-diretora, ela acharia inadmissível uma coisa como essa – Mas e você? Tem planos?

— Eu queria viajar, e...

— Queria? Por que não quer mais? – Interrompe Elsa com o cenho franzido. Jack apavorou-se com a pergunta, pois não tinha idéia do que responder. Mas o que ele diria? “É que tenho que ficar grudado em você e sua irmã para não serem assassinadas”? Não né!

— Porque... Ora, como assim por quê? – Questiona Jack batendo levemente suas mãos a coxa, a qual estava revestida pela calça jeans que Jack usava no momento – Eu simplesmente perdi a vontade de viajar sozinho – Elsa não se satisfez com a resposta ou a explicação atrapalhada do rapaz, mas também não questionou novamente e nem fez a menção pra tal coisa. Apenas deixou que Jack prosseguisse – Enfim, continuando. Eu resolvi ficar por aqui, porque eu sei que meus manos não vão me deixar no “Forever alone”. Bom... Pelo menos o Breu, eu acho... Ou Hic. Talvez Flynn não me deixe... – Elsa riu ao ver a incerteza estampada no rosto do Frost, tirando também um sorrisinho de canto do mesmo.

— Olha... – Elsa apanhou a mão do albino e a massageou com a sua – Eu também não tenho essa certeza que irei ficar sozinha na casa, mas posso te dizer que não vou te deixar sozinho. Okay? – Jack assentiu sorrindo – A menos que minha mãe invente de viajar pra cá, aí vou ter que companhia pra ela – A feição de Jack mudou de imediato, de felicidade para uma tristeza profunda, obviamente encenada – Falando em família, como é a sua? São exigentes? Ou são mais flexíveis? – Jack bufou nervoso. Ele sabe que Elsa é capaz de apontar quem mente e quem não mente, então optou de dizer a verdade nua e crua, claro, omitindo bastante coisa.

— Pra falar a verdade... Eu não tenho uma família de árvore genealógica... Eu sou adotado por uma cambada de sem noção – Jack rir ao lembrar-se das loucuras que a equipe Guardian e ele já fizeram – Tem um homem velho, que eu considero como pai. Ele quem me adotou no papel e tudo. Também tem um cara que considero meu irmão mais velho, sabe? Ele fala que me odeia, mas sei que no fundo ele me ama, acho que é coisa de irmão – Elsa concordou sorrindo - Tem também a mulher da família, ela que bota a gente no eixo. Essa eu considero irmã, tia e melhor amiga. E claro, tem outro carinha que eu considero um tio e um bom conselheiro. Só não vou falar os nomes deles, porque eles não gostam de serem apresentados dessa forma. Okay? – Elsa assentiu. Definitivamente Jack não mentira. Tudo o que ele dissera nessa conversa era verdade. A equipe Guardian e todos os membros da R.O.T. G ele considera uma família.

— Mas o que aconteceu com seus pais? Os verdadeiros? – Indaga Elsa – Não precisa responder se não quiser – Jack balançou a cabeça e fitou a loira com um pequeno sorriso.

— Eles morreram num acidente de carro quando eu tinha cinco anos – Elsa pareceu ter ficado chocada, e se reprovou mentalmente por ter feito aquela pergunta sem cabimento.

Se sentindo arrependida, Elsa se aproximou mais de Jack e depositou um beijo na bochecha alva do jovem, que alargou seu sorriso tristonho e envolveu Elsa num meio abraço, aproveitando a vista para Lily, que jogava futebol com sua turma na areia da praia.

Campus da UM 07:05PM

Com passos rápidos e um tanto desengonçados, alguns jovens da equipe de futebol entravam no vestiário, onde se encontrava grande parte do time tomando ducha e guardando suas coisas nos respectivos armários. Dentre essas dezenas de rapazes estava Kristoff.

O loiro que acabara de sair de um banho relaxante e refrescante, guardava suas chuteiras em seu armário, apenas ouvindo as conversas e brincadeiras paralelas entre seus colegas.

— Nem acredito que amanhã começa o feriadão - Fala Mark, vestindo sua jaqueta vermelha.

— Também não acredito que irei passar esses dias em casa sem fazer nada - Com indignação em sua voz, fala Adam. Um garoto alto, de pele escura, cabelos cacheados, olhos castanhos e aparentava ter vinte e dois anos.

— Vou ficar em casa, mas pelo menos vou dormir até tarde e não vou ter que olhar para essas caras feias de vocês todos os dias - Fala Scott. Um garoto de estatura mediana, tanto na altura quanto no corpo, cabelo liso de tamanho médio, olhos castanhos, pele clara e aparentava ter vinte anos. Ele era o caçula do time, e por ter possuído tal título, os rapazes mais velhos aproveitam-se de sua imaturidade e ingenuidade.

— Ah é? - Alguns começaram lhe dar leves socos, porém tudo na brincadeira, fazendo com que alguns olhares distantes, e os donos deles, rirem.

— E aí galera - Pronuncia-se Hans ao entrar no local com alguns colegas atrás de si.

— E aí Hans - O ruivo é cumprimentado, aparentemente, por todos e sentiu-se grato pelo carinho.

— Chega mais pessoal - Fala ele, indo apenas seus colegas com olhares curiosos - Estive conversando com os formandos do meu curso e chegamos na conclusão de que amanhã vai rolar uma social aqui no campo - Fala Hans com um pequeno sorriso em seus lábios - Vai chamando a nossa galera, e deixa que eu escolho os novatos, afinal, esse ano alguns demonstraram que tem estilo e sabe se destacar no campus, e é um desses que a gente tem que misturar - Vários garotos assentiram com sorrisos travessos e troca de olhares entre eles.

Adam varreu o vestiário com sua visão, até ela focar em Kristoff, que se vestia com uma regata branca, tendo contraste com sua calça jeans escura.

— Hey Hans! - O ruivo sai de uma pequena roda, formada pelos colegas, e se aproxima de Adam em passos largos - O que acha de chamar o Kristoff? Ele é um dos melhores do time, namora uma das garotas mais populares do campus. Não acha que ele merece ser um de nós? - Hans fitou Kristoff com um olhar critico. Seus braços se cruzaram de frente ao seu corpo, o deixando com uma aparência mais intimidadora.

— Eu não sei - Com um semblante pensativo, Hans disse com hesitação e com uma pequena falha ao terminar sua fala - Acho que ele é um pouco anti-social pra gente.

— Você que sabe. Só te dei mais uma opção - Fala Adam erguendo as mãos e saindo logo em seguida, deixando Hans perdido em devaneios.

Casa Arendelle 7:15PM

Pisando nas poças feitas do jorramento das bombas na piscina, que outrora estava azul, Flynn e Rapunzel se jogaram na espreguiçadeira próxima a eles, dando gargalhadas altíssimas.

— Eu não posso acreditar que você cantou naquele bar. Qual o nome mesmo?

— O Patinho Fofo – Ele riu ao proferi a palavra – Se eu soubesse que era daquele jeito, eu jamais iria te levar lá – Rapunzel o encarou descrente – Tá legal eu ia sim – Ambos riram pelo nariz. Desde daquele beijo que deram no antigo orfanato, Rapunzel ficou próxima de Flynn, mas ainda não permitiu que o rapaz a chamasse de namorada. Eles estão apenas se conhecendo. Já Flynn está feliz em ter Rapunzel em seus braços e poder dá beijos na garota sem cerimônias, mas sabe que esse tipo de carinhos requer respeito, principalmente da parte dela.

— Não sei por que, mas pressenti que aquele velho tarado me mandou beijo – Flynn riu.

— Ele estava bêbado Punzie – Rapunzel pareceu está enojada com a lembrança, fazendo com que Flynn risse mais – Mas mudando de assunto. Têm planos pro feriado? – Indaga Flynn elevando mais o corpo para o encosto da espreguiçadeira, deixando Rapunzel se aconchegar em seu corpo.

— Sim. Vou viajar – Flynn ficou um pouco abalado, queria que Rapunzel negasse não que afirmasse tão prontamente como ela fez. Mesmo assim, o moreno limpou a garganta e tomou coragem para questionar mais uma vez.

— Posso saber pra onde? – Rapunzel levantou a cabeça e fitou Flynn com um olhar divertido e deleitoso.

— Vou pra França visitar minha família – Flynn se espantou um pouco ao ouvir as poucas palavras que saíram da boca de Punzie, que falou naturalmente, sem o menor o pingo de exibição ou gabação.

— Foi mal aí – Fala Flynn.

— Para com isso. Lá nem é tão grande coisa assim – Repreende Rapunzel levantando seu tronco, ainda fitando Flynn.

— Claro! Pra quem já foi centenas de vezes é fácil falar. Não é mesmo? – Flynn se levanta e dá inicio a uma pequena caminhada até o deque da piscina, onde havia três mesas redondas de madeira com um guarda-sol - que estavam fechados - fixado em cada uma.

— Mas que culpa eu tenho se meus antepassados eram franceses? – Pergunta Rapunzel levantando-se apressadamente com uma feição irritadiça. Já Flynn, voltou seu olhar a loira “falsa” e lhe lançou um sorriso travesso, deixando-a indignada – Tá me zoando, né? Pois bem, você vai ver – Rapunzel iria retirar-se, porém Flynn a segurou pela cintura e deu-lhe um abraço de urso.

— Desculpa. Mas, não me leve a mal, é que eu adoro te irritar - A loira o encarou e sem querer soltou uma risadinha sarcástica.

— Não queira me irritar Rider. Tenho um estoque de frigideira aqui em casa e não tenho nenhum receio de usar pra te bater – Flynn fingiu está aterrorizado, tirando risadas da moça, que permanecia em seu abraço.

— Ata, que bom – O moreno falou desinteressado – Tenho que ir. Preciso terminar um trabalho – Ambos se despediram com um selinho – Quando você for me fala para me despedir, tá? – Rapunzel assentiu e Flynn partiu, saindo pelo corredor externo.

— Oww que fofos – Rapunzel deu um sobressalto e virou-se para a porta, onde uma mulher morena, de cabelos cacheados e volumosos a fitava com um sorriso um tanto sarcástico nos lábios esbeltos e levemente aglomerados a cor vermelha. Rapunzel deduziu que poderia ser por causa do batom costumeiro que a mulher passava diariamente – Achei que ele não iria embora – Fala Gothel com um pouco de ironia.

— Olá senhora vice-diretora, que prazer vê-la – Fala Rapunzel aproximando-se – Mas, sem querer ser rude. O que faz aqui? – A jovem adentrou a cozinha acompanhando a mulher, que segurava sua bolsa de couro em um de seus antebraços elegantemente, e pastas cheios de papéis.

— Vim lhe oferecer o estágio que me pediu há algumas semanas atrás – Responde Gothel entregando uma folha para a loira, que a pegou e começou a passar a vista nas letras minúsculas daquele documento.

— O conselho me aprovou? – Gothel assentiu – Isso é de mais! Agora vou poder aprender essa coisa de comando – Fala Rapunzel animadamente – Obrigada.

— Imagina flor. Basta ser essa boa menina que você é – Gothel apertou levemente as bochechas de Rapunzel, que implorou mentalmente que as soltasse antes de ficarem vermelhas e doloridas. Para sua sorte, não tardou para que a mais velha as soltasse – Não que eu queira me intrometer, mas... Porque deseja esse estágio se está cursando artes visuais? – Rapunzel deu de ombros.

— Eu gosto desse tipo de coisa, e além do mais, eu acho que isso vai me ajudar com algumas coisas no meu futuro.

— Tem razão – Após essa fala, um silêncio constrangedor paira entre ambas, deixando Rapunzel sem graça – Eu tenho que ir, porque afinal, essa universidade não funciona sozinha – Rapunzel esboçou um sorrisinho e guiou Gothel até a porta. Assim a mulher saiu despedindo-se com uma buzinada de leve do seu Civic si.

Casa Arendelle 8:26PM

O céu azul escuro e pouco estrelado que pairava sobre a enorme casa e sobre duas garotas que estavam deitadas em uma rede perto da piscina, se mantinha cada vez mais nítido conforme as horas se passavam.

As duas garotas permaneciam em completo silêncio, mas a mais velha o quebra chamando atenção da mais nova, que até então, permanecia em uma postura desleixada.

— Então... Você e o Kristoff estão de boa? – Pergunta Elsa, tentando puxar assunto.

— Sim... Na verdade estamos muito mais que de boa. Estamos muito, muito, muito de boa... Quero dizer, estamos normais. Tem horas que discutimos sobre algumas coisas, mas isso é normal de namorados. Ou não... Eu não sei. Estamos de boa – Finaliza Anna tropeçando nas palavras. Típico dela. Isso resultou em apenas uma reação da mais velha, que a fitava com um semblante aprazível: Um mero sorriso, um olhar deleitoso e um gesto acolhedor prosseguido de dois tapinhas amigáveis daquela que até então, raciocinava, ou ao menos tentava, as palavras que outrora disse.

— Bastava um sim – Diz Elsa rindo.

— É que você me pegou com essa pergunta – Fala a mais nova mordendo o lábio inferior em sinal de agitação e acanhamento, e enrolando uma mecha de cabelo no dedo indicador, e a loira sabe muito bem que, quando a irmã faz isso, quer dizer que ela esconde algo. E ela não ficaria calada, se é algo que tem Anna no meio, ela iria até o fim para descobrir o que era.

— Por quê? – Elsa pergunta encarando a mais nova franzindo a testa.

— Por quê? O que? – Anna se faz de desentendida, encarando Elsa, que arqueia uma de suas sobrancelhas em sinal de incredulidade, fazendo Anna inspirar profundamente e expirar de uma vez rendida - Okay, eu vou te falar - Fala Anna se sentando, tomando-lhe as pernas e as cruzando em seguida, um modo que se usa pra meditar. Já Elsa se ajeita dobrando suas pernas e levantando os joelhos, encara a irmã profundamente, para prestar atenção em cada palavra. - É que ele me convidou pra dar visitinha lá no sítio da família dele - Anna fala com a voz um pouco manhosa.

— E isso é ruim? - Pergunta Elsa franzindo o cenho.

— Claro que não! - Anna se apressa em falar - Mas... E se a família dele não gostar de mim? - Pergunta ela erguendo suas mãos e as pondo em seu rosto, escondendo-se da própria vergonha.

— Anna eu não me preocuparia com isso. Quem é que não gosta de você? - Elsa fala sorrindo, fazendo a irmã pensar - E além do, mas, eu acho que vai ser muito legal esse passeio - Fala Elsa pondo uma mão no ombro da irmã, acalmando-a. Em seguida tira as mãos do rosto da mais nova, tornando-se possível ver os lindos olhos azuis esverdeados que a irmã possuía.

— Falando nisso, eu vou ficar de segunda-feira até quarta-feira - Fala Anna com um sorriso torto, pois temia que Elsa desse um chilique. Com a grande quantidade de experiência que tivera dos anos de sua adolescência coberta de fugidinhas ao entardecer, Anna sabe que se tratando de macho perto de sua preciosidade, no caso ela, a chance de Elsa tramar um barraco ou algo pior, era de 98%.

— Volta só na quarta? - Pergunta Elsa se levantando do tecido grosso da rede bege, que balançou um pouco após seu movimento.

— Sim, mas só de tarde. Então... Eu posso ir? - Pergunta Anna fazendo um biquinho e juntando as palmas das mãos implorando - Por favor? - Elsa voltou fitar a irmã com certa preocupação em seus olhos azuis. Elsa não queria que Anna saísse por alguns dias e deixasse sozinha sua irmã, mesmo com algumas garotas que passarão o feriadão na casa, ela pressentia que algo iria acontecer. Porém, ela não queria ser estraga prazer, pois sabia que Kristoff era cuidadoso com Anna e, pelo que Anna dissera em várias conversações com ela, Elsa passou a ter confiança em Kristoff. Por isso fez o que fez.

— Se não fazer nenhuma besteira, se é que me entende - Fala Elsa com um olhar malicioso acompanhado de um sorrido em igual sentido, fazendo com que a mais nova entendesse do que a irmã mais velha estava falando, causando-lhe, involuntariamente, um certo rubor nas bochechas.

— OQUE?! Elsa claro que não! Também se fosse pra fazer isso eu não iria pedir permissão - Fala Anna fazendo Elsa abrir a boca indignada - Iria só avisar - Fala Anna rindo da cara que Elsa fez.

Elsa rir junto a Anna, mas são interrompidas pelo toque dos celulares que tocaram ao mesmo tempo. Ambas os pegam e vêem a mensagem na tela dos aparelhos.

"Encontro no campus no feriado" as duas se encaram e Anna digita "Que dia?" e logo é respondida "sexta".

— Ufa! - Suspira Anna acalmada.

— O que foi? - Pergunta Elsa se deitando novamente.

— Ainda bem que não é no mesmo dia que eu vou sair - Explica Anna.

— Você vai? - Questiona Elsa curiosa.

— Só vou se você for - Fala Anna.

— Eu ia dizer a mesma coisa... Ta eu vou - Fala Elsa pondo seus pés no chão e em seguida de pé - Você vai dormir comigo hoje? - Pergunta Elsa calçando seus chinelos azuis com flores de estampa.

— Humm... - Pensa Anna – Tá bom - Murmura se pondo de pé fazendo os mesmo que Elsa, calçando seus chinelos verde-água com flores estampadas iguais as de Elsa.

As duas entram na casa e logo sobe as escadas indo direto à suíte da presidente, no caso Elsa. Anna deu uma passadinha no seu quarto só para pegar seu travesseiro, sua escova de dente e seu pijama. Logo depois caminhou direto para o quarto da irmã já vestida com um baby-doll verde de alcinha.

Elsa estava em seu banheiro escovando seus dentes, quando Anna entra no pequeno cômodo e começa a escovar seus dentes também de frente o espelho.

—--

Após ambas terminarem, Anna pula na cama da irmã se ajeitando para dar espaço para Elsa também se deitar, mas primeiramente tirou suas pantufas de boneco de neve e as jogou para um pequeno baú, que se localizava no pé da cama.

As duas se aconchegam em seus travesseiros e pegam seus celulares na cabeceira.

Elsa começa a digitar uma mensagem para Jack, ela escreve:

"Oi, boa noite!"

"Boa noite" Ele responde.

"O que você ta fazendo?"

"Deitado, e você?"

Também” Elsa suspira cansada, mas logo volta a escrever “Já arrumei o que fazer na sexta?”

Sério! O que?” Elsa franziu as sobrancelhas e digitou hesitante.

Para uma social lá no campo de futebol

Ah é?” Não me chamaram

Vai ver que depois eles te chamam

Tomara” Elsa bocejou. Visivelmente ela estava cansada, mas quem pudera dizer o contrário? A garota passou o dia inteiro estudando, só ao entardecer que tirou um tempo de descanso, para depois voltar a seu parceiro. O notebook.

Vou dormir. Boa noite” Jack mandou ‘emoji’ de vários corações e beijos para ela, que respondeu da mesma maneira.

Com um sorriso bobo em seus lábios, Elsa deixou seu celular na cabeceira na cama e se aconchegou no travesseiro fofo e macio, enquanto observava Anna, que continuava com seu celular em mãos, esboçando diversas feições, fazendo Elsa rir pelo nariz.

Já Anna digitava rapidamente, pois conversava com Kristoff, que dizia:

"Uhuu! Elsa me deixou ir com você"

"Que legal, que horas você quer ir?”

"Eu não sei você que sabe"

"Então amanhã eu te busco umas... sete?"

"A casa é tão longe assim?"

"Nem tanto, mas se é pra passar o dia, tem que ir cedo" Anna bufou. Desde que se entende por gente,acordar cedo é uma das atividades que Anna detesta. Mas vai ter que fazer esse sacrifício.

"Okay me liga pra eu acordar" Riu com a frase escrita.

"Tá bom. Te amo” Ao ler isso, Anna ficou emocionada. Em todos esses anos que passara com garotos de colégio e os que arrumavam a ela, Anna nunca ouviu um te amo tão sincero como este.

"Te amo também” Segurou o grito histérico.

"Beijos"

"Beijo. Tchau"

Após colocar seu celular na cabeceira da cama, Anna se aconchega para dormir, se cobrindo e ajeitando seu travesseiro, que, diferente do de Elsa, era macio e elevado. Não demorou a mais nova pegar no sono.

Casa Berk 11:25PM

— Boa noite cambada – Profere Hiccup no corredor dos quartos. O moreno foi o último a ir para o quarto, pois terminara seu projeto para a aula no dia seguinte.

Jack entrava no seu quarto acenando para o moreno a pequenos metros de distância.

— Boa noite Hic – Responde o albino – Não se esquece de sonhar comigo – Riu ele antes de fechar a porta e de ser xingado pelo amigo, que provavelmente estaria revirando os olhos da brincadeira.

— Você adora irritar ele, não é mesmo? – Pergunta Breu deitado em sua cama.

— O que eu posso fazer? Irritação faz parte no meu pacote de amizade. É meu amigo, tá ferrado, sacou? – Breu rir pelo nariz e Jack se joga em sua cama, espreguiçando-se – Você eu não irrito porque eu sei da noção do perigo – O mais velho rir novamente, agora mostrando os dentes.

— Que bom saber que meu colega tem essa noção, porque seria trágico ter que acordar toda madrugada e fazer pegadinhas hilárias – Jack rir, mas ao raciocinar a frase feita, fecha a cara e encara Breu sério.

— Se você aprontar uma...

— Ih calma lá. Só considere um aviso – Ambos se ajeitam para dormir, mas percebem que a conversa não morre, prosseguindo-a.

— Vai viajar amanhã? – Indaga Jack.

— Que nada. E você?

— Não.

— Então bora comigo descer de rapel – Convida Breu se sentando, aparentemente animado – Vai ser divertido.

Normalmente, Jack aceitaria, mas precisava ficar de olhas nas garotas.

— Foi mal, mas não to afim, sabe? – Responde Jack.

— Hum. Então tá. Boa noite – Jack apaga o abajur, mas recebe uma mensagem.

Você acha que elas estão protegidas? Saiba que está redondamente enganado” – Número desconhecido.

Jack leu aquilo enumeras vezes. Quem será que mandou aquilo? Isso causou no albino uma inquietude que nem ele mesmo conseguia se acalmar.

— Jack. Tá tudo bem? – Pergunta Breu.

— Está – Fala Jack.

Agora Jack sabia. Sabia que é hora de agir.


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Notas finais do capítulo

Comentem, favoritem e recomendem ^^



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