Pov Rose

Não poderia ser pior, ou até que não. mas poxa, eu sou uma Weasley! Não posso mesmo! Sou inteligente demais para perceber, diferente do James, que é lerdo igual ao papai, eu percebi, mas como não perceber? Nem do avoado do Lorcan eu consegui esconder, mas o que mamãe vai dizer sobre isso? Provavelmente ela vai apoiar, mas e o papai? Ele vai me deserdar! E porque estou me preocupando com isso? Merlin! Não estou conseguindo me concentrar no livro, e que livro é esse? Isso está completamente errado, essa não sou eu! Estou enlouquecendo! O que a droga do amor não faz? Até porque o amor é cego, surdo e mudo, ele é idiota, isso sim.

Procurei saber porque vinha sentindo coisas estranhas desde a metade do ano passado, pois bem, descobri algo inusitado, estava me apaixonando, e por alguém que não cogitava a hipótese, de qualquer jeito, eu estava me apaixonando por um Malfoy.

Primeiro, eu não tinha que sentir isso, segundo, ele nunca olharia para mim, terceiro, porque Lily está gritando com o Alvo lá na porta?

— o que está acontecendo? - perguntei incrédula deixando o livro de lado

— o Alvo está pensando que virou menina! - a pequena ruiva exclamou revoltada

— me deixe passar! - Alvo falou em puro tédio

— esse é o dormitório feminino, e ainda é da grifinória - ela falou quase cuspindo fogo

— calma, Lily, ele pode entrar, desde que não faça nenhuma besteira- falei sentindo meu lado monitora fluir

— ah, claro! Está achando que quero ver uma grifinória pelada, porque quando existem as sonserinas? - ele perguntou em tom divertido e adentrou o quarto ignorando a cara fechada da irmã

— o que exatamente faz aqui, Al?- perguntei voltando a sentar na minha cama

— eu queria conversar com você, ROSE— ele falou encarando a irmã, Lily deu de ombros e saiu dali a passos firmes

— e então? - falei me deitando na cama

— você tá meio folgada pra ser a Rose Weasley, quem é você e o que fez com minha prima? - ele perguntou em tom sonserino (sarcástico)

— fala logo - revirei os olhos

— se acha que eu não percebi está muito enganada, o que está me escondendo, Rose? - ele perguntou me encarado, fitei o teto

— escondendo? Está louco? - perguntei displicentemente, adoro palavras difíceis.

— ah, claro! Não sou eu que estou andando com a mente sabe se lá aonde, ou ando suspirando por aí, ou até encarando meu amigo descaradamente - Alvo bufou e eu me sentei rapidamente na cama

— como assim? - perguntei surpresa, estava agindo assim?

— isso que você ouviu, por que não me contou, Rose? Tudo bem que o idiota do meu amigo não percebeu, mas nos somos amigos, Rose, te conheço desde que nascemos e mesmo assim você me esconde isso - ele falou, esse menino estava ficando muito dramático!

— Alvo, dá pra ser mais óbvio? - perguntei, apesar de já saber a resposta

— você está apaixonada e não me contou! - ele exclamou, estava tão na cara assim?

— olha, Alvo, pra falar a verdade eu nem admiti para mim mesma, isso é errado! - assenti suspirando

— isso não é errado, errado é você se apaixonar por um de seus vários primos - ele murmurou, parecia meio inseguro com a frase

— argh! Eu não tenho culpa! Nem queria isso!- falei voltando a me deitar e fechei os olhos

— errado é você estar gostando dele e não dizer para ele - Alvo falou abrindo um sorriso torto

— Alvo, ele nunca vai me olhar desse jeito - afirmei triste

— isso é verdade - Alvo falou me fitando dos pés a cabeça

— era só o que me faltava, não precisava jogar isso na minha cara - bufei

— mas você gosta mesmo dele? - Alvo pareceu pensativo

— acha mesmo que eu iria mentir na sua cara? Claro que gosto! - afirmei, aquilo era realmente estranho, algo que nunca iriam imaginar sair da boca da monitora

— Mesmo? Muito mesmo? Você tem certeza? - ele perguntava entre divertido e pensativo

— claro, não seria eu se não tivesse certeza - falei simplesmente, porque a paixão era assim? Algo que surgia do nada, apenas por um sorriso...

— então mude! - ele exclamou como se tivesse a melhor ideia do mundo

— como? - perguntei incrédula e me sentei na cama

— não se faça de tonta, é mais inteligente que qualquer corvinal e sabe muito bem disso, mude, jogue todo o sentido do nome "nerd" para longe - ele sorriu, mas que família de loucos é essa? As coisas surgem na cabeça deles a qualquer momento, coisas inusitadas, bando de loucos.

— mas eu não sei como fazer isso - e o pior era que eu também fazia parte da família, então era mais uma louca.

— mas eu sei, você não vai conseguir fazer isso sozinha e eu sei de uma pessoa que sabe do que o Scorp gosta - Alvo falou abrindo um sorriso maroto

— você quer dizer... não! Não, Alvo! Não mesmo! - neguei, isso era loucura demais para uma monitora

— você quer o loiro, não quer? - ele perguntou com uma expressão marota

— que-quero - que droga! Por que tinha que gaguejar?

— Então, sim! Sim e sim, Rose! - ele cantarolou e depois gargalhou

— nunca confie em um sonserino - retruquei e ele parou de rir fazendo uma careta

— vamos lá, Rose, tenho certeza que existe alguém debaixo de tanto tecido - ele zombou e eu apenas bufei - se você realmente quer aquela doninha você vai fazer isso - Alvo falou voltando a ficar sério, além de loucos, são bipolares...

— eu não sei, e se ele me transformar em uma vadia qualquer? - falei em puro tom de medo, aquilo causava certo receio

— Claro que não! Gostosa, mas culta - ele falou em tom divertido, lancei a almofada em sua cabeça e acertou em cheio, tenho uma ótima pontaria, a vantagem de ser a batedora no quadribol

— não fala assim, Alvo, é constrangedor! - falei corando

— mas é assim, você tem que ser como a Victorie, gostosa, mas não atirada, sexy, mas não vadia - ele explicou, os sonserinos estavam afetando o cérebro do meu primo.

— eu não sei...

— não vai ser só por ele, vai ser também por você, Rose, aqueles que sempre te trataram mal vão se arrepender, e você será uma das garotas mais felizes de Hogwarts, as histórias dos livros podem se tornar sua vida, basta você querer ser feliz - Alvo falou, ele fez um belo discurso, e discursos me convencem.

— tudo bem, eu vou fundo! - falei e fiz uma careta, aquilo realmente tinha saído da minha boca?

— é assim que se fala! - Alvo sorriu

— mas isso vai depender do seu irmão também - falei insegura, não era muito comum pedir isso a uma pessoa, ainda mais se essa pessoa fosse James Sirius Potter

— Vai ser fácil, não viu a confusão na hora do jantar? James também precisa de ajuda - Alvo piscou e se levantou

— obrigada, Al - me levantei e o abracei

— o que não faço por você, Rose? - ele riu

— case comigo se a gente não encontrar ninguém - brinquei o encarado

— claro, meu anjo - ele sorriu fraternalmente e me abraçou logo em seguida saindo do quarto.

Eu tinha mesmo decidido isso? Eu não disse que eram todos loucos? Pois bem, só espero que o James aceite, vai ser uma loucura, uma troca de favores bem estranha, mais o que a gente não faz quando deseja ter um certo loiro, aquele seria um longo ano.