Sonhando com o Futuro escrita por Sokane Limiku e Fujisaki Nina


Capítulo 1
Único Minha Futura Vida...


Notas iniciais do capítulo

Yo, gente bonita que veio ler essa fic!! E que vai ficar mais bonita ainda quando comentar!

Eu sei, estou entupida de fics por fazer! Mas vocês sabem como é final de ano. Sem falar que, pra quem me conhece, sabe que sou vidrada em Naruto, e o mangá ACABOU! T^T Ainda estou me recuperando, mas isso não é motivo pra me dar como morta nas minhas fics de Shugo Chara. Então, como já estava com essa one aqui pronta só juntando poeira, resolvi postar...

Espero que gostem! Boa leitura ^-^



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– Amu-chan, vá dormir! Vamos cedo para o aeroporto amanhã. – Amu ouviu sua mãe avisar.

– Eu sei, já estou acabando aqui! – Ela respondeu, logo voltando-se para a caixa em cima de sua cama. – É só colocar mais isso aqui e... pronto.

– Por que guardou tantas coisas nessa caixa, Amu-chan? – Indagou Suu.

– São minhas lembranças.

– Lembranças? – Repetiu Ran.

– Aham. – Amu fitou a caixa com um olhar nostálgico. – Objetos que contêm memória, fotos... tudo o que eu posso guardar da minha época em Seiyo, como Guardiã.

Esse foi seu plano. Depois da formatura, Amu decidiu juntar tudo o que podia sobre seus bons dias em Seiyo.

– Ah, Amu-chan! – Mikki exclamou de repente, pegando uma última foto em cima do balcão e dando para sua dona. – Se é para guardar lembranças, essa foto não pode faltar.

Amu sorriu e corou um pouco antes de pegar a foto. Ela nem podia acreditar que aquilo acontecera! Afinal estava junto de quem amava, oficialmente.

– Ainda parece um sonho. – Divagou a Hinamori.

– Isso será de grande ajuda no futuro, pode mostrar para seus filhos. – Comentou Dia inocentemente.

– fi-fi-f-fi... – Amu ficou estática com as palavras da Chara, e a cada segundo sentia seu rosto queimar mais. – FILHOS?!

– Credo, Amu-chan! Não precisa gritar! – Reclamou Ran, cobrindo os ouvidos.

– Então não falem coisas como essa!! – Retrucou a rosada, esquecendo-se que a única a mencionar sobre filhos fora Dia. – De qualquer forma, eu nem sei se serei mãe algum dia. – Murmurou pensativa.

– Mas seria uma coisa legal de ver. – Falou Suu.

– É, É! – Ran se empolgara com a conversa. - Se fosse uma menina, aposto que seria igualzinha a você!

– Pobre garota. – Sussurrou Mikki.

– Eu ouvi! – Reclamou Amu, fuzilando a Chara com os olhos.

– Amu-chan, você ainda não está dormindo? – A dona Midori questionou, e só então Amu reparou que já eram quase onze da noite.

– A-ah, eu já estava indo pra cama, mãe. – Respondeu, guardando rapidamente a caixa no armário e se jogando debaixo das cobertas. – Boa noite, meninas. – Desejou para as suas Charas.

– Boa noite, Amu-chan.

Amu deitou-se na cama e por uns dez minutos ficou rolando de um lado para o outro, sem conseguir pregar o olho. Sua mente ainda ronda na conversa. Como seria seu futuro? Se casaria? Teria filhos? Intimamente desejou que sim. Gostava de crianças e ter sua própria família não seria nada mal. Principalmente se for ao lado dele.

"Seria menino ou menina?” - Começou a divagar em pensamentos. – “Seria como o pai ou puxaria a mim?... Bom, realmente não importa.” – Sem que percebesse suas pálpebras foram ficando pesadas. “Desde que me chame de...” – E adormeceu.

– KAA-CHAN!! – O grito acordou Amu de supetão, fazendo-a sentar-se na cama.

Ainda embriagada no sono, a rosada passou os olhos pelo quarto em que estava sem reparar que aquele não era o seu quarto. Tinha um estilo mais sério, parecia até que era de um adulto; ou então de um casal pela cama King-size (?) em que ela estava, e também não percebeu.

– Kaa-chan, ohayogosaimasu! – Amu ouviu a vozinha feminina e infantil de novo, e preguiçosamente olhou para o lado de onde ela vinha.

Deparou-se então com uma menininha. Parecia ter por volta dos oito anos de idade; tinha cabelos loiros e compridos, amarrados em suas marias-chiquinhas; e os olhos vermelhos fitavam a rosada com alegria.

“Uma menina...” - Amu começou a raciocinar. “No meu quarto... Me chamando de...” – A realidade pareceu atingi-la, como uma pedra. – “Mamãe?!”

Opa, espera! Volta a fita, produção!! O que estava acontecendo? Que lugar era aquele?? E o mais importante, por que aquela garotinha fofa a chamava de mãe??? Antes que pudesse dizer todas essas perguntas em voz alta, a porta do quarto se abriu. E foi aí que a Hinamori ficou em choque de vez!

– Ah, já de pé, Amu? – Indagou o homem que surgira. – Ou alguém te acordou? – Ele virou-se para a menina, que apenas fez cara de inocência. - Eu falei para deixar a sua mãe dormir, não foi mocinha.

– Mas a gente vai pro aeroporto daqui a pouco, achei melhor a mamãe comer alguma coisa. – Justificou a pequena.

– Bem, agora já foi, né. – O homem soltou um suspiro. - Vá descendo, o Shaoran-kun acabou de chegar.

– Onii-chama! – A garotinha comemorou, saindo do quarto no mesmo instante.

Espera, aquela menina... ela tinha um irmão? E se ela fosse sua filha significa que... ela tinha mais filhos?

"Como assim ‘mais’? eu não tenho idade nem para ter um!” – Repreendeu-se em pensamentos. Isso mesmo, ela não tinha idade para ter filhos, mas então... como...

Pensando numa resposta (e mesmo que odiando confirmá-la), ela pegou um pequeno espelho na mobilha ao lado e olhou seu rosto. Sua vontade foi gritar, mas por sorte o ato ficou entalado em sua garganta, graças ao susto. Ela parecia ter uns trinta anos!!!

– Bom dia. – A voz tirou Amu do transe, mas antes que pudesse falar algo, sentiu um par de lábios sobre os seus.

Suas preocupações sumiram de imediato, como já imaginava. Só provara aqueles lábios uma vez, mas sabia que eles tinham esse poder sobre ela. Hotori Tadase realmente era o homem de sua vida. Quando ele a soltou, Amu já estava mais calma e poderia analisar melhor sua situação.

– Bom dia. – Respondeu tranquila, ignorando o fato de que pegara no sono a menos de um minuto. Mas seu corpo não esqueceu desse fato, tanto que a fez soltar um pequeno bocejo.

– Desculpe. – Tadase falou de repente. - Eu pedi para ela não te acordar, mas você sabe como é a Nadeshiko. – Deu um sorriso sem graça.

"Nadeshiko...” – Amu repetiu mentalmente. Realmente, seria a sua cara batizar a filha com esse nome, uma vez que era o mesmo de sua “melhor amiga”.

– N-não, não, tudo bem. – Respondeu ela para despreocupá-lo.

– Então eu vou descendo, te esperamos para o café da manhã. - Declarou o loiro, saindo logo em seguida.

Amu soltou um suspiro, aliviada. Poderia pensar com mais calma agora.

– Vejamos... eu estava no meu quarto conversando com as meninas quando a mamãe me mandou ir pra cama e... A conversa! – Agora ela se lembrava. Elas estavam falando sobre... - ... o futuro. – A rosada olhou para si mais uma vez. Realmente seu rosto estava mais maduro, para não falar mais velho. – E também sobre...

– Kaa-chan, já está pronta? – Ouviu a vozinha de Nadeshiko lhe chamar.

Filhos!! Então era isso, ela estava sonhando! Era só se dar um beliscão e...

"Mas... eu quero acordar?” – Perguntou-se. Essa seria uma chance de ver como sua vida ficaria, embora fosse apenas um sonho e não tivesse a ver com a realidade. Por que não? - “Bom, quem não arrisca não petisca.”

A rosada vestiu uma roupa qualquer o mais rápido que pode e saiu do quarto. Assim que desceu as escadas, a cena que viu fez um sorriso se abrir em seu rosto. Nadeshiko enchia a boca com uma omelete enquanto um garoto ruivo, que aparentava ter onze anos, ria das bobagens da mais nova. Os dois pareciam ter um grande carinho um com o outro.

– Ei, Hinamori! Vai ficar aí em cima ou vir aqui com a gente? – Amu olhou para quem a chamava e seus olhos se arregalaram.

"Kukai e Utau?! JUNTOS?!?!” – Tudo bem que, de uns tempos para cá, a Hinamori os via bastante juntos, mas... se eles estava tão próximos agora significava que...

– O que foi, Amu? Por que essa cara? – Indagou Utau.

– A-ah, nada! – Apresou-se em responder, indo para perto dos amigos.

– Bom dia, tia Amu. – Cumprimentou o garotinho ruivo, logo voltando-se para a loira ao seu lado.

– Esses dois estão cada dia mais unidos. – Observou Kukai, rindo um pouco. – Não me surpreenderia se eles acabassem juntos.

– Pra cima da minha princesinha, não! – Reclamou Tadase. Amu até se surpreendeu, não imaginava que o loiro fosse um pai tão coruja.

– E o Shaoran também ainda é muito novo para pensar nessas coisas. – Continuou Utau.

– Deixa o menino viver.

– Você devia estar mais preocupado com o seu filho!

– Nem preciso tanto, você já faz isso por nós dois.

“Então aquele garotinho é filho do Kukai e da Utau.” – Deduziu a rosada. Mas o pequeno tinha mesmo características de ambos: Cabelos ruivos como os de Kukai e olhos violeta como os de Utau.

– Mas, sério, era só brincadeira. – O ruivo declarou, começando a se incomodar com os olhares de repreensão da esposa e de Tadase. – O Shaoran vê a Nadeshiko como uma irmãzinha, se eles ficassem juntos seria praticamente incesto.

“Falando nisso, a Nadeshiko...” – Amu fitou a loira e só então percebeu. – “Ela é igualzinha ao Tadase.” – E sorriu. – “Parece que a Ran errou feio.”

– Amu, está tudo bem? – Utau perguntou, tirando a rosada de seus devaneios. – Por que está tão quieta?

– A-ah... nada, não foi nada!

– Mamãe, vem comer também. – Nadeshiko chamou da mesa.

Ela e os outros foram para a mesma e tomaram o café ao lado das crianças. Não se demoraram muito mais, e quando Amu foi se levantar, a campainha tocou.

– Eu atendo. – Ela declarou. Passara apenas alguns minutos ali, mas já se sentia confortável, como se estivesse no lugar certo.

Mas quando abriu a porta, seu queixo caiu. Ali à sua frente estavam Nagihiko, uma mulher ruiva e um garotinho muito parecido com o mais velho, principalmente pelos cabelos arroxeados.

– Oi, Amu-chan. – Nagihiko cumprimentou.

– Oi... – Foi tudo o que o choque momentâneo lhe permitiu dizer. Ela abriu espaço e os três entraram.

– Mizu-kun!! – Amu deu um pulo com aquele grito. Viu a filha correr até o garotinho e abraçá-lo, como se fossem grandes amigos.

– E como vai a versão feminina do Hotori-kun? – Perguntou Nagihiko, sorrindo para a pequena. Amu conteve uma gargalhada com esforço.
– Vou bem, padrinho. – Nadeshiko respondeu, educadinha como só ela.

– Oee, Nadeshiko, Mizura, não querem subir? – Shaoran chamou os dois, e Mizura apenas esperou uma confirmação do pai para deixar Nadeshiko puxá-lo para o andar de cima.
– Só não se empolguem muito vocês três. Precisamos ficar prontos, vamos sair assim que a Yaya e o Kairi chegarem. – Utau advertiu.

Ao processar direito a frase da loira, Amu entrou em choque pela quinta vez naquele dia! Se aquele era mesmo o futuro, tudo podia acontecer, mas Yaya e Kairi juntos?! Isso não era um sonho, ela tinha ido parar em algum tipo de universo paralelo!! A Hinamori só voltou a realidade, quando percebeu um celular em cima da cômoda tocar. Ela o pegou e viu uma mensagem.

Amu-chan,
Nós vamos indo na frente para o aeroporto, está bem? Kairi quer falar com o gerente da companhia sobre a segurança para crianças do avião; sabe como ele é quando se trata da Renesmee e da Taiga -.- Enfim, por favor avise aos outros, ok?
Um abraço, Yaya ^-^

– Etto... acho que não precisamos esperar. A Yaya me mandou uma mensagem, eles já estão indo pra lá. – Falou Amu, ainda meio desnorteada. Quem eram Renesmee e Taiga?

– O que? Por que? – Utau começou a questionar.

– O Kairi quer falar com o gerente da companhia... para garantir que o avião é realmente seguro...

– Aff, só podia. – Kukai suspirou. – Quando se trata das filhas, só mesmo o Sanjou pra ser mais chato que o Tadase.

– Ei! – O Hotori protestou, mas ninguém deu muita atenção.

Nem mesmo Amu, que agora raciocinava em silêncio. Então Renesmee e Taiga eram as filhas de Kairi e Yaya... tá bem, pensar nesses dois juntos ainda era estranho. Mais estranho ainda era saber que sua amiga mais infantil, Yuiki Yaya, era mãe!

– E falando em segurança, você tem certeza mesmo que está em condições de ir? – Ouviu Nagihiko questionar para a ruiva, que só agora ela reconhecera como sendo Nadja, a namorada do arroxeado.

– Sm, eu tenho! Pare de se preocupar tanto, Nagi. Eu não estou inválida, só estou grávida. – Amu voltou seus olhos para a ruiva ao ouvir aquilo. Só então percebeu que a amiga estava um tanto, hum... “gordinha”.

– É menino ou menina? – Ela não conteve a pergunta.

– Até parasse que a Nadja deixaria o médico contar. –Nagihiko revirou os olhos.

– Mas uma surpresa é mais legal. – Rebateu a Suzumaya. – Assim ficamos ocupados pensando se teremos outro futuro “ninja” ou então uma princesinha pra você mimar.

– Mais uma? – Kukai intrometeu-se. – Esse negócio de mimar princesa é com o Tadase. – O loiro até abriu a boca para responder, mas desistiu. Não adiantaria de nada mesmo.

– Ei, minna, acho melhor já irmos. O voo sai as onze, não? – Comentou Utau, olhando em seu celular que já eram quase 10:30. – Crianças, nós estamos de saída!

Nenhuma resposta. Tadase e Nagihiko, que estavam mais próximos da escada, ameaçavam subir, quando ouviram uns sussurros.

– E agora, quem vai contar? – Nadeshiko perguntou aflita para os dois amigos.

– O Shaoran. – Mizura não perdeu tempo em falar.

– Eu?? –O ruivo murmurou apavorado. - É Você quem está estudando artes marciais! Haja como aquele seu ídolo, Naru não-sei-do-que, e tenha coragem.

– Olha quem fala. – Nadeshiko debochou. – Você é o mais velho aqui, onii-chama.

– Mas nem por isso sou suicida! Minha mãe me mata se eu contar isso pra eles, ela falou pra gente não fazer bagunça.

Ah, então era isso... Foi o que todos os adultos pensaram.

– Arrumem tudo e desçam, rápido. – Utau mandou. E mesmo não os vendo, Amu sentiu o espanto dos três.

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Quase uma hora depois, no aeroporto:

Uma mulher andava de um lado para o outro no salão de embarque. O celular na orelha, apenas chamando e caindo na caixa postal. Os olhos castanhos estavam apressados e os cabelos ruivos eram presos em duas marias-chiquinhas nada comuns para uma mulher da sua idade.

– Pelo amor de Kami, Yaya, quer por favor se acalmar? – Kairi pediu, já ficando tonto com a andança da esposa.

– O papai tem razão, mãe. Eles já devem estar chegando. – Apoiou uma garotinha de aparentes sete anos. Ela era muito parecida com Kairi, tanto nos cabelos e nos olhos verdes quanto no jeito sério de ser.

– Mas o avião sai em quinze minutos e até agora nenhum deles me ligou ou mandou uma mensagem dizendo se já estavam vindo. – Yaya retrucou, verificando outra vez sua caixa de mensagens.

– Ah, olha lá! - Outra menininha, que segurava a mão de Kairi e parecia ter uns quatro anos, apontou sorrindo.

– Até que enfim!! – Reclamou a Yuiki, vendo os amigos chegarem. – Mais um pouco e nós perdíamos o voo!

– Teríamos vindo mais sedo se certas pessoinhas não tivessem bagunçado. – Utau explicou, olhando de esguelha para o filho.

Não houve tempo para retrucos ou acusações (coisas que sempre aconteciam naquele grupo), pois o embarque para o voo deles fora anunciado. Entraram no avião e se ajeitaram. As poltronas eram de três lugares, então deu certinho para as cinco crianças sentarem perto uma da outra sem ninguém ficar sozinho.

– Nee nee, Naddy! – Chamou a menininha assim que sentou-se ao lado da amiga. Ela tinha os mesmos cabelos ruivos de sua mãe e os prendia do mesmo modo; apenas os olhos verdes foram herdados de seu pai. – Você viu aquele novo episódio de Pucca ontem?

– Vi, sim! – Nadeshiko respondeu tão animada quanto a outra. - Foi muito legal, Taiga!

– Vocês deveriam se concentrar um pouco mais em ler coisas construtivas ao invés de grudarem a cara na tela da TV para ver animes. – Falou a garota de cabelos verdes, que até então estava quieta ao lado das duas.

– Pois saiba você, Rene, que alguns animes são muito instrutivos. – Taiga rebateu, mostrando a língua. Odiava quando a irmã mais velha fazia isso, tratando uma das coisas mais importantes de sua vida como um nada.

Renesmee apenas revirou os olhos, antes de volta-los para o livro que tinha em mãos. Taiga deixou-a de lado também e passou a conversar animadamente com Nadeshiko.

De outro acento, Amu assistia a tudo com um largo sorriso. Nem podia acreditar que aquela garotinha loira tão lindinha era mesmo sua filha. E ela parecia ser uma criança tão feliz...

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O voo não fora muito longo, uma meia hora no máximo. O hotel em que eles ficariam era grande e tinha uma praia artificial. Cada família foi para seu próprio quarto, cada casal tendo que aguentar uma criança dizendo incessantemente que queria ir à praia.

– Vamos logo, papai! – Nadeshiko chamava sem parar. Ela já vestia um maio vermelho enfeitando com estrelinhas amarelas, seu cabelo fora preso pela mãe em um coque alto e em seu rosto ainda podia se ver o protetor solar mal espalhado. - Eu tenho que chegar na areia antes do onii-chama pra ele me pagar um sorvete!

– Calma, Nadeshiko. – Tadase pedia, tentando segurar a menina. Ele se virou para a cama, onde Amu já pronta estava sentada, rindo da cara dos dois. – Dá para me ajudar aqui? – Ele implorou.

Ainda rindo, a rosada se levantou e segurou a filha. Disse algo no ouvido da menina que fez com que ela se aquietasse, só saindo do quarto quando os pais já estavam atrás.

– O que você falou pra ela? – Tadase quis saber.

– Que se ela queria tanto assim o sorvete do Shaoran, tudo bem, mas ela ficaria sem sobremesa o resto da viajem. – Amu riu. – Simples.

Foram os primeiros a chegarem na praia, e Nadeshiko comemorou esse fato. Ganhara a aposta com o irmão!

Os outros não se demoraram também e logo as coisas estavam assim: as crianças brincando na parte rasinha; Kukai surfando; Amu, Utau e Nadja conversando na areia; e Tadase e Nagihiko se alterando entre mergulhos no mar e beber águas de coco.

E foi assim até a hora do almoço. A tarde foi passada num pequeno jardim do hotel, onde as crianças brincavam no parquinho enquanto os adultos conversavam ou descansavam.

O dia estava sendo tão bom que Amu até se esquecera de que aquilo era apenas um sonho...

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A noite finalmente chegara, e agora Amu estava deitada na cama do quarto relembrando seu dia. Suspirou ao pensar que nada estava realmente acontecendo. Aquilo não era real, ela sabia. Nada do que passou foi real, ela sabia.

– Kaa-chan...

Nadeshiko... sua filha, sua pequena menininha, que aprendera a amar tanto em tão pouco tempo... não era real. E ela sabia.
Com o coração doendo ao lembrar desse fato, ela levantou os olhos justamente para ver a loirinha. Ela já vestia uma camisola de ursinhos, os cabelos estavam soltos agora, e arrastava com sigo uma boneca de pano.

– O que foi, meu amorzinho? – Perguntou, forçando um sorriso.

– Eu posso deitar um pouco com você? – Aquela pergunta somada com os olhinhos pidões da menina não deixariam Amu dizer ‘não’, mesmo que quisesse.

A rosada levantou as cobertas ao seu lado e a pequena pulou embaixo delas, sorrindo. Aninhou-se perto da mãe fechando os olhos, buscando o sono. Amu sorriu, passando levemente as mãos pelos cabelos da menina, só para se certificar que ao menos ela era real.

Não era. E Amu sabia. Mas mesmo assim... a esperança é a última que morre.

Porém, quando sua visão começou a ficar desfocada, sentiu vontade de chorar. O sonho estava se acabando, logo acordaria... Ela queria tanto não saber que aquilo era um sonho! Talvez assim não sentisse tanta dor ao contemplar o rostinho sereno de sua menina pelo que viria a ser a última vez. Sem ligar para alguma reação inesperada, Amu puxou Nadeshiko para si, lhe dando um abraço forte e doloroso, cheio de saudades.

– Boa noite, mamãe. – Ouviu a menina murmurar, já quase entregue ao sono.

Essa frase fez uma lágrima escorrer dos olhos de Amu, mas ao mesmo tempo acalmou-a completamente. Afundou o rosto nos cabelos loiros espalhados pelo travesseiro e murmurou:

– Boa noite, minha filha.

–*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*

– AMU-CHAN!!!

“Outra vez acordada com gritos.” – Foi tudo o que a rosada pensou ao sentar-se de supetão em sua cama.

Suas charas gritavam com ela, dizendo coisas como “vamos nos atrasar”, “todos estão prontos, só falta você” e outras coisas que ela não prestou atenção, pois ainda estava sonolenta.

Quando a névoa da preguiça passou, o sonho que teve passou correndo em sua memória e ela logo se apressou a olhar em volta. Era o seu quarto! Suas charas ainda estavam ali! E quando ela pegou um espelho, suspirou dando graças aos céus por voltar a ter treze novamente!

– Amu-chan, já está pronta? Precisaremos sair logo! – Ouviu sua mãe chamar do andar de baixo.
– Já estou indo! – Avisou, olhando rapidamente para a janela. Ainda estava escuro. Bem que a mãe disse que eles sairiam sedo.

Ela correu apressada até o armário e pegou uma calça jeans quando viu o seu celular no criado mudo ao lado da cama. A roupa podia esperar, tinha algo mais importante para fazer. Discou um número e esperou ansiosa para que ele atendesse.

– Alô? – A voz arrastada e cansada de Tadase foi ouvida do outro lado da linha.

– Oi, Tadase. – Amu cumprimentou. – Desculpe te acordar a essa hora, mas eu tenho um pedido para... não, eu quero que você me prometa uma coisa.

–Pode falar.

– Se algum dia tivermos uma filha – começou. - , vamos chamá-la de Nadeshiko.


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Notas finais do capítulo

Eeeee... é só isso! Quem gostou? Quem parou de ler na metado pensando que a fic seria Amuto?? Quem vai me deixar um comentário só pra dizer que odiou??? ^-^"



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