Eve escrita por BibiBennett


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Oi oi minha gente linda! :D
Mais um capítulo pra vocês, dessa vez foi mais rápido :D
Espero que gostem *-*
Muito obrigada pelos comentários do capítulo anterior, e sejam bem-vindos leitores novos! :D
Já vou responder todos vocês, ok? :D
Beijos e queijos, vejo vocês em alguns minutos lá nas notas finais



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Eve.

O nome soou de forma nova e estranha nos meus lábios, e eu decidi que definitivamente havia gostado dele. Eu não sabia o motivo de tê-lo escolhido, só sabia que ele soava certo. O nome certamente não era o meu antes da perda de memórias, mas algo nele me atraía, como uma antiga lembrança lutando para emergir em meio a toda a confusão que minha mente era naquele momento.

Observei enquanto Steve saia do quarto com a tigela de sopa e por um tempo encarei a porta pela qual ele havia saído.

Eu não conseguia acreditar no que havia acabado de acontecer, e o sorriso que se espalhou por meu rosto era genuíno. Em uma semana eu descobriria meus verdadeiros nome, sobrenome e quem sabe até encontraria minha família, se eu tivesse uma. Será que algum dia eu conseguiria agradecer Steve o suficiente?

Suspirei e olhei em volta de forma curiosa, dessa vez analisando o quarto não à procura de saídas ou ameaças, mas de coisas que me dissessem mais sobre Steve. Levantei-me da cama e fui em direção à cômoda do quarto, tendo a visão de 3 porta-retratos.

O primeiro deles continha uma foto recente de Steve rindo com um grupo de pessoas que eu não reconhecia, um dos homens usava uma espécie de armadura vermelha. A foto seguinte era de Steve e Sam, pelo menos era isso o quê alguém havia escrito de caneta preta no canto da foto, junto com a data. A terceira era uma antiga foto em preto-e-branco de uma mulher morena, e julgando pelas roupas, uma oficial do exército ou coisa assim. A data no canto da foto era bem antiga, e a mulher hoje deveria ter cerca de 70 anos.

Sorri ao observar os porta-retratos, franzindo o cenho em seguida ao ver uma foto que não estava incluída neles, e sim de baixo de alguns papéis na cômoda. Tirei a foto dali e observei-a com cuidado. O rosto do homem incluído nela era familiar, e eu tinha certeza de que já o havia visto antes.

— James Buchanan Barnes. — Li o suposto nome do homem na parte de trás da fotografia de forma pensativa.

Eu havia passado dias na rua de pura confusão, sem qualquer lembrança ou deja vú, mas foi só eu botar meus pés na casa de Steve que eu já havia feito mais progresso do que nunca. Algo em minha mente dizia que isso não era coincidência.

Deixei a foto exatamente onde estava antes e fui em direção à prateleira de livros. Analisei os títulos com curiosidade. Alguns eram livros de história, da Primeira e da Segunda Guerra Mundial principalmente, e não pareciam ser muito antigos. Outros eram de ficção e tinham uma aparência antiga e frágil, mas apesar de tudo pareciam bem cuidados. Ele tinha uma boa coleção ali.

Passei meus dedos sobre os livros da prateleira de história, parando em um dos que falava sobre a Primeira Guerra Mundial. Instintivamente tirei-o da prateleira e o analisei em minhas mãos. Sua capa estilizada em azul e vermelho me lembrava muito o uniforme que eu havia visto mais cedo... E consequentemente o pijama que eu usava. Será que tinha alguma relação?

— Achou alguma coisa interessante? — A voz de Steve soou de forma simpática na entrada do cômodo, mas mesmo assim eu não pude evitar o pequeno pulinho de susto assim que a ouvi.

Coloquei o livro de volta na prateleira antes de virar-me na direção do loiro. Coloquei a mão logo em cima de meu coração de forma teatral antes de falar:

— Que susto! —

— Desculpe, não foi minha intenção. — Ele disse com um sorriso no rosto, coçando a cabeça e se fazendo de desentendido. Semicerrei meus olhos de forma desconfiada antes de também me desculpar.

— Eu que me desculpo, não deveria estar mexendo nas suas coisas. — Disse me sentando na cama.

— Sem problemas, você vai ficar aqui por um tempo mesmo, não tem problema em conhecer o lugar. — Comentou ele com bom humor, e eu percebi que aquela provavelmente era uma de suas características marcantes, assim como sua bondade, que ficou explícita ao me ajudar mesmo sem me conhecer.

— Oh, a propósito, eu nunca agradeci. —Disse após alguns poucos segundos de silêncio. — Obrigada por me ajudar lá fora, e por me ajudar aqui também. —

— Bem, eu não podia te deixar lá fora naquele estado, qualquer um no meu lugar teria ajudado. — O loiro desmereceu a si mesmo, e eu levantei uma sobrancelha antes de retrucar.

— E sobre me deixar ficar aqui? Ajudar com as minhas memórias? Não é qualquer um que faria isso. Obrigada, de verdade. —

Steve deu um sorriso sincero com as minhas palavras, parecendo finalmente aceitar meu agradecimento.

— Enfim, se quiser ler algum livro mais tarde pode ficar à vontade. — O loiro disse depois de algum tempo de silêncio, ele se moveu até o armário e pegou uma sacola de lá.

— Eu tenho que dar uma saída agora, liguei agora para Sharon — Ele deu uma pequena pausa antes de continuar. — Bem, você não a conhece, é uma amiga minha do trabalho... De qualquer forma, ela disse que tem algumas roupas que talvez caibam em você, então eu vou lá buscar. —

— Oh. — Disse surpresa, mas feliz com a notícia de que eu teria roupas do meu número para vestir. A calça do pijama que toda a hora arrastava no chão e ameaçava cair já estava começando a me incomodar.

Dei um sorriso em forma de agradecimento e assenti. Steve pegou mais algumas coisas e saiu pela porta, voltando alguns segundos depois.

— Tem mais sopa na geladeira, se quiser é só esquentar no micro-ondas e...É, acho que é só isso, eu já volto. — Ele disse, pausando por um momento para verificar se havia esquecido de alguma coisa e se despedindo.

Agradeci e também me despedi, vendo Steve sair pela porta do quarto. Ouvi seus passos pela casa por alguns instantes até o barulho da porta ecoar pelo quarto. Levantei-me da cama segundos depois e resolvi aproveitar para explorar a casa.

O corredor do quarto de Steve tinha três portas, a primeira era a do próprio quarto, a segunda dava em um pequeno banheiro e a terceira estava trancada. Resolvi não bisbilhotar mais do que já estava fazendo e desci as escadas. Em menos de cinco minutos eu já havia visto tudo o quê tinha para ver, a confortável sala com dois pequenos sofás, tapete e TV, a pequena cozinha que fazia parte do cômodo, o lavabo e a área de serviço, que tinha uma porta que dava para os fundos da casa.

Todo o local era bem aconchegante.

Não demorou muito para Steve voltar com uma sacola de roupas em mãos, embora já estivesse quase de noite, e eu já estava de volta ao quarto quando ele o fez. Fiquei surpresa ao ver a qualidade e bom gosto das peças que ele havia trazido, e pedi que ele agradecesse Sharon por mim, quem quer que ela fosse.

— Eu não sabia que uma TV podia ter tantos canais. — Comentei enquanto Steve passava os canais sem parar na grande TV da sala. Ele já havia chegado há algum tempo, e agora nós dois estávamos jantando o resto da sopa no sofá da sala enquanto tentávamos achar algo de bom para assistir no meio tempo.

— É, eu também fiquei surpreso. — Respondeu ele baixinho, finalmente parando em um canal qualquer e parecendo ter desistido de procurar com um suspiro derrotado. Peguei o controle de suas mãos e analisei o objeto. Pra quê um controle precisaria de tantos botões?

— O quê você está procurando? — Perguntei desviando meu olhar do controle para observar o loiro, que comia o resto de sua sopa.

— CNN, é o canal de notícias. — Steve respondeu. — Deixa pra lá, depois eu peço pra Sam me ensinar a mexer direito nisso, eu falei pra ele que não precisava de uma TV dessas... – Murmurou ele assim que engoliu a última colherada da sopa, me fazendo franzir as sobrancelhas de forma curiosa.

— Quem é Sam? — Perguntei, em seguida me lembrando de uma das fotos que havia visto no quarto de Steve, onde ele e um moreno apareciam sorrindo para a câmera. Na foto alguém havia escrito com caneta preta o nome de Steve e Sam, que provavelmente era o moreno.

Comecei a mexer no controle em busca do canal que Steve procurava anteriormente, e antes que ele sequer percebesse o quê eu estava fazendo, apertei o botão que dava para o canal. O logotipo da CNN apareceu na tela e um noticiário começou segundos depois.

— É um amigo, vocês provavelmente vão se conhecer no fim dessa semana. — Ele respondeu colocando o prato na mesinha de centro da sala, arregalando os olhos assim que visualizou a televisão.

Ele olhou para mim, em seguida para a TV e depois para mim de novo, pousando os olhos no controle em seguida.

— Como você fez isso? — O loiro perguntou parecendo impressionado.

Dei de ombros antes de responder.

—Acho que eu provavelmente tinha uma TV. — Respondi dando de ombros. A mesma coisa havia acontecido com o chuveiro mais cedo, era quase como uma memória muscular.

Ajeitei-me no sofá e comecei a prestar atenção no noticiário, rapidamente comendo todo o conteúdo da tigela de sopa.

O resto da noite passou voando, e quando eu percebi já estava me preparando para dormir. Ajeitei os lençóis da cama de Steve e me sentei na mesma, observando o loiro enquanto ele tirava alguns travesseiros do armário.

Depois de alguns minutos insistindo para que eu ficasse com sua cama e que ele ficaria muito bem dormindo no pequenino sofá da sala – coisa que eu duvidava muito devido ao seu tamanho –, Steve finalmente conseguiu me convencer a ficar com seu quarto durante minha estadia por ali, e foi logo pegar alguns travesseiros reserva em seu armário caso eu mudasse de ideia e resolvesse dormir no sofá novamente, o quê resultaria em outros vários minutos perdidos de sono em uma argumentação que segundo ele não levaria a nada. Ele dormiria no sofá e ponto final.

Suspirei e continuei a observar enquanto ele tirava dois travesseiros, uma colcha e um pijama de dentro do armário embutido. Só parei de encará-lo quando percebi que daqui a pouco iria assustar o pobre coitado com todo aquele silêncio mais o olhar vidrado.

Por sorte ele não pareceu perceber que eu o encarava, e logo desceu as escadas para arrumar sua cama provisória. Eu já estava deitada na confortável cama quando ele subiu novamente e parou na soleira da porta, observando o quarto que agora era iluminado somente pela luz do abajur.

— Boa noite, Eve. — Ele desejou, um pequenino sorriso surgindo no canto de seus lábios.

— Boa noite. — Respondi de forma sonolenta, bocejando em seguida.

E então ele saiu do quarto, desligando a luz do abajur e deixando somente a fraca luz do corredor acesa. Sorri para mim mesma por alguns instantes, e antes que pudesse perceber já dormia tranquilamente na cama de Steve.


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Notas finais do capítulo

Oi de novo :D
Gostaram? Espero que sim :D
E eu não sei mais oq falar aqui nas notas... É, enfim.
Acabei de acabar o capítulo 7, como disse lá em cima, e estou super ansiosa para ver suas reações sobre ele, então acho que os próximos capítulos devem sair em breve :D
Muito obrigada à todos que comentaram no capítulo anterior, espero que tenham gostado desse também :D
Não se esqueçam de deixar seus comentários na caixinha destinada para isso, ok? *-*
Beijos e queijos, vejo vocês no próximo! :*