Geração Pamerval - A história do início ao fim escrita por Sophie Carsifur


Capítulo 173
Capítulo 173




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Por Pamela:

A homenagem a my mom não foi pelo simples fato de ela ser minha mãe e eu querer lembra-la pondo seu nome in my baby, você sabe disso. Mas não era hora para explicações e também ninguém precisava saber que eu “tinha estado” com minha mãe. Yeah! Eu lembrava de absolutamente tudo e era aquilo que me fazia ter certeza de que eu tinha feito o certo ao voltar.

...

— Eu tava com tanta saudade, mamãe... ninguém estava querendo me deixar vir te ver... – Cinco dias depois da minha entrada no hospital, Joaquim pôde ir lá. Eu estava sentada na cama quando ele chegou com Herval e saltou em cima de mim para um abraço.

I miss you too, baby boy... mas são regras médicas, você não podia mesmo vir antes. – Ele concordou e voltou a me abraçar.

— Eu fiquei com medo de que pudesse acontecer alguma coisa com você e com a minha little sister...

— Mas nós estamos bem, meu anjo. – Respondi segurando seu rostinho entre minhas mãos e ele sorriu docemente. – Você quer ver sua irmãzinha agora?

— Eu posso? – Arregalou os olhos e sorriu animado, olhando para mim e para Herval alternadamente.

I don’t know... acho que se a gente pedir com jeitinho ao doctor, ele deixa! – Levantei da cama e nós íamos saindo do quarto quando notei que Herval não saiu do lugar. – Você não vem, honey?

— Não, não. Leva o Quim lá você, eu preciso fazer uma ligação. – Respondeu sorridente. Dei de ombros e saí com o garoto.

...

— Ela é tão pequenininha... – Observou Joaquim, encantado.

Yeah...

— Nem parece de verdade... – Ele me olhou rapidamente antes de voltar a fita-la.

— Mas chora de verdade! E você não imagina o barulho que faz...! – Ele riu. – Aliás, não nega que é sua irmã, você também chorava alto que eu e o seu pai corríamos doidos pra ver o que estava acontecendo. – Ele sorriu ainda mais se divertindo e se agarrou a minha cintura.

— Quando vão tirar esse negócio dela? Não parece confortável...

— Acho que não é... mas ela precisa disso para respirar, sweet. E-e eu não sei por quanto nossa pequena Branca vai ter que ficar com isso...

— Vocês vão voltar pra casa quando?

— Em breve. Aguenta firme só mais alguns dias, okay? — Ele confirmou.

— Branca... gostei desse nome! É diferente... faz dela uma special baby, right? — Eu sorri, acenando que sim.

— Com licença... m-me desculpe, mas eu preciso fazer alguns exames nela agora... – Disse uma enfermeira que acabava de chegar.

— Tem alguma coisa errada com ela, mommy?

No, sweet! São exames rotineiros. Só pra saber quando ela vai poder voltar pra casa com a gente. Despeça-se querido, a gente precisa ir, seu pai deve estar te esperando lá fora... – Ele assentiu, chegou perto da incubadora e sussurrou:

Bye, little sister... depois eu volto para te ver de novo. – Deu um passo para trás, mas antes de se juntar a mim, ainda sussurrou: – I love you...

...

No dia seguinte a este, completou-se uma semana que eu estava naquele hospital e enquanto Herval e eu conversávamos no quarto, o doctor chegou com a notícia de que eu estava recebendo alta. Porém, Branca não.

— Por que ela não pode ser liberada também? Há alguma coisa de errado? – Questionei o doctor e Herval segurava minha mão, sentado ao meu lado.

— Não há nada de errado com ela... eu sei que está ansiosa para leva-la para casa o mais rápido possível e nós estamos fazendo o plausível para isso acontecer. Nós até estamos deixando ela fora do aparelho por algum tempo! Os pulmões da Branca estão respondendo bem ao ar terreno, só não está 100%. Ela nasceu de 7 meses! Considere-se sortuda pelos pulmões dela já estarem totalmente formados... eles só não estão fortes o suficiente. E também faltam alguns gramas para ela completar 2kg...

— Por quanto tempo mais nós teremos que esperar, doutor? – Herval questionou-o enquanto acariciava minha mão.

— Se tudo correr bem, dentro de uma semana vocês podem leva-la para casa. – Eu e Herval nos entreolhamos e respiramos um pouco mais aliviados. – Mas eu vim aqui falar de você, Pamela. Você que recebeu alta e precisa de restrições! – Revirei os olhos.

— Se o senhor está me liberando, por que fazer restrições?

— Você saiu de um parto cesariano e não satisfeita, sofreu hemorragia e parada cardíaca. Só isso já responde sua pergunta. – Eu baixei a cabeça e Herval me deu um beijo na cabeça. – Pelos próximos seis meses você precisa maneirar em tudo que fizer. Evite fazer esforço ao máximo para não romper os pontos da cirurgia e evite também comer crustáceos ou... carne de porco também por causa da cirurgia. Pode inflamar.

Okay, I can do this; é só isso?

— Hum... – Ele pensou. – Ah! E sem relações sexuais pelos próximos 40 dias.

What? You kidding me? — Herval riu em silêncio escondendo o rosto no meu ombro.

— 40, hein? Nem um dia a menos. – Suspirei e ele pediu licença para sair. Herval fez um barulho estranho como se não estivesse mais conseguindo segurar o riso e quando olhei para cara dele, o idiota caiu na gargalhada.

— Tá rindo de quê? – O empurrei fingindo irritação.

— Desculpa meu amor, mas eu não consigo controlar. Relaxa, isso é riso de desespero. – E gargalhou ainda mais. Cruzei os braços e Herval tentou se controlar passando a mão no rosto. Depois me olhou docemente e me puxou para um beijo nem muito longo, nem muito curto, nem muito intenso, nem muito fraco. Perfeito. – É, meu bem... você tá ferrada...

— Eu? Por que eu?

— Mais 40 dias sem Herval Domingues... – Arqueou as sobrancelhas e fez uma careta como quem diz: “vai ser difícil, hein!” E eu o provoquei.

— Você acha que eu não consigo...?

— Pode até conseguir, mas vai ficar louca. – Franzi o cenho e apertei os olhos tentando não avançar nele.

— Você tá se achando, né...? – Ele deu de ombros, rindo provocador. – Pois saiba que você que tá ferrado.

— Imagina... passo esses 40 dias e até mais super tranquilo! – Sorri balançando a cabeça negativamente e encostando a boca em seu ouvido, sussurrei:

— Isso é o que nós vamos ver...

...

Com exatos sete dias nós recebemos a notícia de que Branca poderia ser liberada também. A minha vontade de sair daquele lugar era tanta, que apenas uma hora depois de receber a notícia, já estávamos todos em casa. Megan e Davi ainda estavam lá.

I can’t believe this... Dorothy... ficou lindo!

— Herval ajudou a escolher muita coisa! E não se esqueça que eu também ajudei muito! – Megan se pronunciou.

Of course, my love... ceder o seu antigo quarto para sua irmã é um ato grande de generosidade!

— Eu só achei que minha irmãzinha merecia algo melhor que o quarto de hóspedes. Daí da decoração Dorothy cuidou! Com o help de Herval, of course...

— Não precisa ficar enfatizando isso, Megan. Eu não fiz nada. – Herval falou, embalando nossa filha.

— Herval! Eu tô tentando limpar sua barra com mom! Ajuda né! – Todos nós rimos. – What? O que é engraçado?

— Megan Lily, será que o amor está deixando você lenta? – Dorothy brincou. – Não precisa limpar barra nenhuma, será que em duas semanas você ainda não percebeu que esses dois estão juntos again? — Ela arregalou os olhos e ameaçou gritar.

— Isso é sério? – Eu e Herval nos entreolhamos. – Eu achei que você estivesse só dando uma trégua porque, afinal, a filha de vocês acabou de nascer, que aliás, mom, nunca vou te perdoar por ter mentido pra mim sobre Herval ser o pai, mas, sinceramente acreditei que vocês iam dar curto circuito e brigarem de novo depois. Então vocês...

— Megan! Stop talk! — Chamei sua atenção. – Eu tive os meus motivos para mentir, e, sim, é sério... nós estamos juntos again. — Ela vibrou como se tivesse acabado de ganhar um colar de diamantes. – Mas o foco aqui é o quarto de Branca. Vocês cuidaram muito bem! Ficou lindo, Dorothy...

— Poderia ter ficado melhor... mas a gente só teve duas semanas pra cuidar de tudo isso... – Respirou fundo. – Mas vamos deixar a Branca inaugurar o quarto dela, que a coitadinha está morrendo de sono e vocês não estão deixando ela dormir com tanta conversa. – Ela pegou a garota sonolenta dos braços de Herval e após 15 segundos com ela nos seus, Branca já dormia. Eu sorri e sendo envolvida pelos braços de Herval, que me beijou a têmpora, disse a Dorothy:

— É bom saber que você consegue fazê-la dormir em alguns segundos. Vou te explorar, madrinha! – Ela riu e pôs a criança no berço.

— Explore o quanto quiser, eu vou adorar! Agora vamos todos para fora para ela dormir em paz.

Nós fomos e quando estávamos todos reunidos na sala: eu, Herval, Megan, Davi e Dorothy, Kate chegou com Joaquim da aula de violino.

Mommy!! – Ele largou a mochila no chão e correu para me abraçar. – Que bom que você voltou... o-onde está a Branca?

— Dormindo no quarto dela, baby. Mais tarde você vai ver ela, okay?

— Eu posso ir agora? Prometo não fazer barulho...

— É claro que pode! Vem comigo maninho, eu te levo lá. – Nem protestei. Não dava para impedir Megan de fazer nada quando ela queria! Eles simplesmente foram.

So... eu vou aproveitar que Branca está dormindo para descansar um pouco também... – Levantei para ir para o quarto. – E você vem comigo. – Segurei a mão de Herval, o arrastando. – See you later, guys! — Foi meu “até logo” para Davi, Dorothy e Kate que ficaram na sala. Herval me seguiu meio desconfiado e quando me viu fechar a porta, me olhou estranho. – Don’t worry, baby... eu só quero conversar.

— S-sobre o que? – Sentou-se na cama.

— Sobre você voltar para cá. – Dei uma pausa e ele meio que estava paralisado, esperando uma continuação. – Agora que está tudo bem, não faz sentido você continuar na Gambiarra. Eu sei que você falou pra gente começar do zero e a gente tá só namorando agora, mas a gente pode namorar com você morando aqui! Vai continuar com o lance de “sem cobranças”, só vamos morar na mesma casa.

— Tudo bem.

— Se preferir, pode até dormir no... quê? – Ele riu.

— Tudo bem! Eu volto para cá. Você tem razão, a gente tá só namorando, mas você acha que eu vou perder a chance de passar 24h por dia ao lado das mulheres da minha vida? – Sorri enquanto ele se aproximava. – Joaquim vai adorar, eu vou poder te ajudar o tempo todo com a Branca e vou estar com você de novo... –Segurou meu rosto grudando nossas testas. – Você não acha que isso é motivo o suficiente pra eu querer voltar? – Eu sorri de canto e ele me beijou. – Mas você ia dizer o que? “Se preferir, pode dormir no...”?

— Quarto de hóspedes.

— Por que motivo?

I don’t know! Você que começou com essa história de namoro. E pelo que eu sei, um casal que começou a namorar não dorme todos os dias junto. Nem depois de um bom tempo de namoro. – Ele me segurou pela cintura e me arrastou até a cama, me fazendo cair nela.

— Ah, então você quer que eu durma no quarto de hóspedes?

— Eu não disse isso... I say: “se preferir”... você prefere? – Ele fixou os olhos na minha boca e com um sorriso sacana levou a sua ao meu ouvido e sussurrou:

— Você acha mesmo que depois de nove meses longe de você, eu vou dormir no quarto de hóspedes?

— Seria o mais sensato. Afinal... nós ainda temos 33 dias para enfrentar.

— Eu posso fazer isso dormindo com você...

— Tem certeza?

— Absoluta.

Okay então. Vamos ver.

...

Herval se mudou. Foi como se a felicidade voltasse a me habitar. Há muito tempo eu não me sentia tão bem... tinha uma filha extremamente feliz em seu casamento, um filho doce e talentoso que estava crescendo dia após dia, e agora, uma baby girl pequena e frágil para cuidar.

Os dias se tornaram longos, as noites, curtas, e apesar de toda a dificuldade que é cuidar de um bebê, ninguém nunca será capaz de explicar o quanto essa dureza é maravilhosa... principalmente quando se tem pessoas incríveis como Dorothy e Kate para ajudarem. Além de Herval, é claro, que até mesmo quando ouvíamos Branca chorar e eu sabia que era fome, ele queria ir pegar ela no meu lugar, mandando eu voltar a dormir.

Estava tudo lindo nos nossos dias. Minhas empresas estavam em boas mãos e eu não tinha com o que me preocupar. Minha atenção era voltada 100% para a família e aquilo estava sendo muito saudável... eu ria todos os dias! Quando antes tudo o que eu fazia era chorar. Joaquim vivia animado e adorava brincar com a irmã.

Mommy and daddy tinham razão... eu tinha uma felicidade imensa para viver, como pude cogitar a possibilidade de não vive-la? Tudo se endireitara finalmente. Eu nunca mais tive notícias do Richard e referia continuar sem ter. Megan e Davi foram embora, mas ligavam todos os dias ou nos falávamos pela internet. A única coisa que se tornara complicado era sair de casa. Depois da notícia inesperada e por isso mesmo bombástica de que “Pamela Parker deu à luz a uma filha de seu ex-marido”, tinha paparazzi em tudo que é canto! O telefone não parava cheio de jornalistas querendo marcar entrevista, mas honestamente, eu tinha coisas mais importantes para me preocupar... só autorizei a publicação de algumas notas sobre mim, nada de grandioso. Não queria chamar atenção.

Oh não, essa não era a única coisa complicada. Era difícil também estar novamente com Herval, deitar todos os dias ao seu lado e simplesmente ter que virar para o lado e dormir. Era realmente torturante. Principalmente porque todos sabem que quando se é mãe, seus hormônios ficam descontrolados, então nunca se sabe como vai se sentir. No meu caso, a libido gritava! Só que eu não podia demonstrar... nós estávamos numa espécie de jogo. Ele não dava o braço a torcer de que estava com saudade, eu também não daria.

Até que chegou 3 de dezembro. Dia do aniversário de Herval. Pouco mais de um mês depois que saí do hospital. Ele não queria nada de festa, o que eu achei ótimo porque andava tão cansada que não teria forças para enfrentar uma festa. Então decidimos fazer uma coisa pequena, só para a família e os amigos mais íntimos de Herval, que também eram sua família. Apenas aglomeramos todos dentro de casa, com um som ambiente, bebida, comida, e boas conversas.

Mas é claro que eu não ia deixar de dar um belo presente a Herval! Estavam todos distraídos quando eu me retirei da sala e fui até o quarto. Tinha aproveitado todas as vezes que Herval ia para a Plugar, que não foram muitas, para ensaiar uma canção para cantar para ele. Sempre em companhia de Branca que adorava me ouvir tocar, como se já estivesse acostumada desde sempre.

Ao voltar para a sala com o violão na mão, todos pararam de falar como se já soubessem o que eu havia preparado. Herval, que estava com Branca nos braços enquanto conversava com Rita, me olhou fascinado. Ele abriu um sorriso enorme e eu vi seus olhos brilharem. Eu sorri para ele, enquanto sentava numa cadeira e posicionava o violão, e todos também se sentaram, exceto Herval.

— Espero que goste do presente, my love...— A essa altura, Kate tinha tirado Branca dos braços dele e Herval cruzou-os para prestar atenção. O som dos primeiros acordes de “Magic” inundou a sala e em seguida eu comecei a cantar:


You've got magic inside your fingertips

(Você tem mágica na ponta dos dedos)

It's leaking out all over my skin - Yeah

(Está vazando por toda a minha pele)

Everytime that I get close to you

(Toda vez que eu me aproximo de você)

You're making me weak with the way

(Você me deixa fraca dessa maneira)

You look through those eyes

(Você olha dentro desses olhos)

 

And all I see is your face

(Tudo o que eu vejo é o seu rosto)

All I need is your touch

(Tudo o que eu preciso é o seu toque)

Wake me up with your lips

(Acorde-me com os seus lábios)

Come at me from up above

(Chegue mais perto por cima)

Yeah- yeah

I need you

(Preciso de você)

 

I remember the way that you moved

(Eu me lembro do jeito que você se mexia)

You're dancing easily through my dreams

(Você está dançando facilmente nos meus sonhos)

It's hitting me harder and harder

(Está me atingindo mais forte e mais forte)

with all your smiles

(Com todos os seus sorrisos)

You are crazy gentle in the way you kiss

(Você é loucamente gentil na hora de beijar)

               

E daí repetia. Todos estavam embalados, comentavam alguma coisa, ou sorriam para mim, bebiam champanhe, mas Herval... ele ficou estático em seu lugar. Não desviou o olhar um só segundo e não se mexia. Apenas tinha os olhos fixos em mim e um sorriso bem sugestivo no canto da boca.

Quando eu terminei, todos aplaudiram, menos ele. Não era aplausos que eu queria. Era só demonstrar o meu amor. Então Herval finalmente se mexeu. Caminhava em minha direção. Eu encostei o violão na cadeira e ameacei levantar, mas antes que eu pudesse fazer isso por mim mesma, Herval me puxou pelo braço fazendo nossos corpos se chocarem fortemente e envolveu minha cintura de maneira autoritária.

No segundo seguinte meus lábios eram habitados pelos dele. Todos vibraram ao nosso redor, mas parecia que só havíamos nós dois ali. Meus braços envolveram seu pescoço e o beijo adquiriu mais intensidade. A gente esqueceu completamente da existência das outras pessoas. Seus lábios eram doces e se encaixavam aos meus de maneira sobrenatural... Herval não pretendia parar tão cedo, incluiu mordidas e sorrisos até ouvirmos Branca chorar. Ele ainda segurou meu rosto mantendo nossos rostos unidos. Me olhou intensamente nos olhos e sussurrou:

— V-você é incrível... e-e-eu adorei. Eu te amo... muito!— Sorri acariciando seu rosto e em seguida fui pegar a pequena Branca que estava com fome. Fui para seu quarto amamenta-la e depois de um tempo ela acabou por dormir. Quando voltei para a sala, Rita e Dante estavam se despedindo, a festa já estava acabando.

— Eu demorei tanto assim lá dentro?

— Não, meu amor. Mas é que já tá tarde mesmo. Até o Quim já tá dormindo! Acho que por hoje chega de festa... – Disse Herval, entrelaçado suas mãos atrás na minha cintura e deixando seu rosto bem próximo ao meu.

— Eu já falei o quanto eu te acho maravilhoso? – Ele sorriu fechando os olhos e sussurrou:

 – Acho que não... – Sorri e encostando os lábios no seu ouvido, murmurei:

— Pois eu vou te fazer se sentir maravilhoso... – E mordi o lóbulo de sua orelha. Herval me olhou incendiado e sorriu quando eu o puxei para o quarto sem sequer dar “boa noite” aos outros.

Chegando ao quarto, o empurrei para dentro e tranquei a porta. Ao me virar de volta para ele, caminhei lentamente em sua direção até tê-lo em minhas mãos. Desabotoei botão por botão da sua camisa, enquanto ele apenas me assistia.

— Achou que o seu presente era só a música?

— Pra falar a verdade... a-a-achei. – Gaguejou ao sentir minhas mãos escorregarem pelo seu corpo. – Já se passaram 40 dias? – Eu sorri e o empurrei em cima da cama.

— Passaram-se 45. – Disse apenas, tirando a blusa branca larga que eu estava. Só usava roupas assim agora, eram mais confortáveis.

— Nossa... e você sobreviveu? – Zombou.

Shut up! Ou eu te faço esperar mais 45 dias. – Ele levantou subitamente apenas para me arrastar para a cama também. Caí por cima dele, mas no segundo seguinte Herval ficou por cima.

— Você não tá louca. – Sorri. – Eu esperei tempo demais pra te ter de novo... – Sua mão resvalou em meu rosto e seus dedos tocaram meus lábios antes d’ele me beijar demoradamente.

Esse beijo evoluiu então para o pescoço. Uma de suas mãos pousava na minha cintura e a outra na minha coxa. Herval levou os lábios ao meu ouvido e sussurrou sensualmente:

— Eu senti tanta falta do teu corpo... do teu cheiro... do teu calor...

— E eu que “sobrevivi”, né? – Arranquei-lhe um sorriso e então ele ficou de joelhos. Sem muita pressa, mas também não tão lentamente, tirou a calça que eu estava enquanto dizia:

— Eu admito. Eu quase enlouqueci esses 45 dias... já estava perdendo as esperanças de que poderia... – Suas mãos passeavam pelo interior de minhas coxas me fazendo estremecer. – ...te tocar e novo... que até perdi a conta dos dias.

— Mas agora acabou. – Levantei apenas para fazê-lo debruçar sobre mim novamente e segurando firme seus cabelos, sussurrei de forma autoritária: – E eu quero você. Agora.


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