Geração Pamerval - A história do início ao fim escrita por Sophie Carsifur


Capítulo 138
Capítulo 138


Notas iniciais do capítulo

Genteeee!! Perdoem-me a demora. Eu andei super ocupada com os lances da faculdade que vou começar, que estava sem tempo de escrever...
Além de que eu acho que desaprendi a escrever esse tipo de cena XoX scrr!

Escrevi ouvindo Medicine - Shakira
https://www.youtube.com/watch?v=IgEDnIbvepM

que por coincidência se encaixa perfeitamente com a situação do nosso casal ♥
Gostaria que lessem ouvindo ela ^^

Boa leitura!



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Por Pamela:

Foi de surpresa. Um ato inesperado. Eu estava desesperadamente tentando fugir de seus braços, de seus laços, para não me perder, para não perder o fio da meada daquela conversa. Queria leva-la até o final e chegar a uma conclusão, mesmo que ela fosse a que eu tanto temia.

Eu podia ouvir sua respiração descompassada perto de mim, e eu me senti familiarmente explorada, violada, vasculhada com o olhar que ele lançou por todo o meu corpo, o qual arrepiou-se e incendiou-se. Olhei-o abismada, com uma vontade quase incontrolável de lhe dar um tapa pela petulância e uma menos incontrolável ainda de me atirar em seus braços da mesma maneira, petulantemente, mas me mantive estagnada por alguns segundos; incrédula e numa luta íntima entre razão e emoção.

— Sai daqui please...— Disse, sem saber como agir e vestindo o roupão imediatamente.

— Pamela! Para de resistir! Para de fugir! Olha só o meu estado! Olha o seu! Você realmente acha que dá para lutar contra o que a gente sente?! Contra o que a gente viveu todos esses anos, só porque eu sinto ciúmes de você?! Eu tô com tantas saudades... – Segurou meu rosto com as duas mãos e eu me recusei a olhar em seus olhos. Fechei os meus deixando as lágrimas escorrerem e dava para sentir, mesmo à uma certa distância, seu coração apertar. – Olha para mim... – Praticamente me implorou.

No.— Digo afonicamente. Com os alicerces todos comprometidos.

— Olha para mim, Pamela. – Insiste. – Diz olhando nos meus olhos, que você quer que eu vá embora. – Me recusei mais uma vez, tendo certeza de não conseguir fazer o que pedia naquele instante e como insistência, Herval me beijou subitamente, me fazendo até dá um passo para trás, pela surpresa. Em reação, segurei firme sua camisa e forcei a mão contra seu peito, tentando lhe empurrar, lhe deixar longe de mim. Tanto fiz, que consegui.

— Não insista, Herval, please...— Disse, abaixando a cabeça, com a mão na boca. Eu o queria demais... era evidente, ele sabia disso, mas eu lutava contra mim mesma e o expulsava do quarto.

— Se é isso mesmo que você quer, manda eu ir embora olhando nos meus olhos!— Era a única maneira de fazê-lo me deixar em paz... se não pretendia terminar a conversa e sim parar na cama, era melhor encerrar por ali. Olhei-o nos olhos finalmente, e neles eu encontrei medo... medo de que eu conseguisse falar.

— Eu... quero que você... – Minha garganta doía horrores e o meu coração saltitava a mil tentando fazer com que eu não falasse. – Saia daqui... – Disse finalmente. – Agora. – E abaixei a cabeça, perdendo a coragem de olhá-lo e me sentindo um monstro.

Mas consegui avistá-lo afirmar com a cabeça e se afastar, indo pegar o travesseiro e a coberta no chão. Minha respiração dava sucessivas pausas com conta dos soluços provocados pelo choro e Herval, creio que enfrentava uma luta interna, parado a alguns centímetros de mim. Dei um passo à frente, louca para deitar naquela cama e passar o resto da noite me debulhando em lágrimas e ele então caminhou até a porta. O desejo de correr para ele e me jogar em seus braços vagou pela minha mente pelos sucessivos 10 segundos, mas eu não saí do canto. Meu orgulho estava atravessado na minha garganta e parecia que não iria sair dali tão cedo!

Acho que Herval notou isso e finalmente abriu a porta, saindo e fechando-a atrás de si. Foi como se o meu mundo ruísse de uma só vez! Não sei o que me deu, apenas sentimentos confusos se misturaram dentro de mim e quando me dei conta, já tinha jogado a bandeja levada por Dorothy mais cedo, no chão. You mean, no meu pé!

Oh shit!— Gemi ao ver sangue. Of course, o que havia de vidro se quebrou e me cortou! Mesmo sem dar a menos importância ao corte, fui ao banheiro, meio que cambaleando pela falta de raciocínio e de forças, a fim de lavar o pé e ver se algum caco de vidro tinha entrado.

Entrei no box e liguei o chuveiro, colocando o pé embaixo e verificando que estava tudo bem. Ao menos isso. De repente uma onda irrequieta de choro me abordou. Cada palavra dita, cada olhar ou toque, tudo me pesava uma tonelada naquele momento. Desatei o nó do roupão e entrei de cabeça no chuveiro. De novo. Muita coisa passava pela minha cabeça e eu deixei meu corpo tombar sobre a parede. Cabelos molhados, corpo banhado e coração ferido...

A cada segundo eu me sentia menor e mais frágil. Uma criatura ínfima. Queria os braços do meu Herval para me acalmar, mas a única coisa que me abraçava era a água que caía constantemente e esguia do chuveiro. Sem forças para me manter de pé, fui escorregando, derrotada, até sentar no chão frio e esperar que o tempo curasse aquela ferida...

Por Herval:

Eu saí do quarto já sem a menor esperança. Eu insisti, insisti muito para nos reconciliarmos. Ela que me mandou sair do quarto, você viu! E eu temia que logo, logo me mandasse sair de sua vida também...

Fui até o quarto do Quim e ele se ajeitava embaixo da coberta para ouvir uma história da Dorothy, quando me viu entrar.

— Não teve jeito? – Dorothy perguntou, parando de olhar o livro que estava em suas mãos, que reconheci ser “O pequeno príncipe”.

— Você conhece a sua afilhada melhor do que ninguém, Dorothy... – Bufei essa frase, jogando o travesseiro e a coberta num canto e sentando numa poltrona enquanto tirava a camisa, que não sei porque, me pareceu estar com o perfume da Pam; coloquei as mãos no rosto, tentando fazer com que me raciocínio voltasse ao normal, que o cérebro fosse para o lugar.

— Ela mandou você vir para cá e você obedeceu? – Era a voz do Quim. Ergui os olhos e ele estava sentado na cama, vestido em seu pijama azul claro com estampa de astronauta, me olhando indignado.

— O que você quer que eu faça, meu filho? Você sabe bem a fera que sua mãe é de vez em quando! – Tentei levar na brincadeira. – Aliás, o homem é sempre o errado, lembra? A gente tem eu fazer o que elas mandam!

Yeah, mas eu lembro também que o senhor disse, que quando mulheres estão com raiva, diz uma coisa, quando na verdade quer dizer outra!

— Como assim, Joaquim? – Dorothy perguntou curiosa, já fechando o livro.

— Por exemplo: se a mamãe mandou o papai vir dormir aqui comigo... – Disse olhando o meu travesseiro ali perto. – ...significa que na verdade ela quer que ele durma lá, mas não quer admitir, entendeu? – Dorothy jogou-se para trás na cadeira e caiu na gargalhada; já eu, tive um ápice de lucidez. Eu não podia deixar aquela noite terminar daquele jeito afinal!

— Esse garoto vai fazer o maior sucesso com as mulheres! Escreva o que eu tô te dizendo... – Afirmou Dorothy, enquanto eu me levantava e pegando Joaquim nos braços, girei-o no ar.

— Você é um gênio, meu filho! Um gênio!— Coloquei-o em cima da cama e lhe dei um beijo na testa. – Obrigado. E boa noite. – Falei correndo para a porta e saindo em disparada para o meu quarto, intrepidamente. – Pamela, a gente precisa... – Entrei de uma vez no quarto, mas parei a frase no meio, ao me deparar com o chão cheio de vidro, talheres e comida. Encostei a porta e chamei-a mais uma vez: – Pamela? – Nada.— Pam?

Olhei em volta, desviei do estrago no chão e fui em direção ao banheiro, de onde ouvi o barulho do chuveiro ligado. A porta estava entreaberta e então eu entrei. Olhei através o vidro do box, Pamela sentada no chão, nua, com a cabeça encostada na parede e de olhos fechados. Eu jamais imaginei tal extremo... acho que nem me ouviu chamar. Fui até ela e Pamela finalmente levantou o rosto, olhando para mim, com uma expressão de quem estava doente ou bêbada. Não dando importância a minha presença, voltou a encostar a cabeça na parede e fechou os olhos novamente. Sem me importar com a calça que começava a ficar ensopada, me agachei na sua frente, tocando seu rosto para despertá-la. Ela parecia perturbada... e não sabia lhe dar com seu caos interno.

— Pamela... – Passando as mãos por debaixo de seus braços, levantei-a devagar e sem relutância Pamela deixou as suas mãos tocarem os meus braços para pegar apoio. Ela encostou a cabeça no meu peito e só então eu sentia um calor impetuoso ao delicado e molhado toque de nossas peles. Já em pé ela se encostou na parede e meus olhos inevitavelmente percorreram o seu corpo, mas tentei afastar meus pensamentos despudorados... – Você tá bem? – Perguntei quase sussurrando em seu ouvido e fazendo minhas mãos resvalarem seus braços. Não consegui afastar os pensamentos

Ela só confirmou com um movimento curto de cabeça, antes de meu rosto correr para seu pescoço, deixando lá um beijo cheio de saudade. Pamela não resistia, coisa que eu estranhei, mas fiquei quieto para que ela não mudasse de atitudes. Seus dedos se entrelaçaram em meus cabelos a partir do momento em que fiz meus lábios explorarem seus seios, sem poder me conter. Ela olhava para mim com uma expressão de transe; como se aquilo não estivesse acontecendo; fosse um sonho; e ao mesmo tempo com um olhar de “Te odeio! O que está fazendo aqui?!”

Em seguida senti suas mãos em meus ombros, tentando me afastar. O que eu não iria deixar. Imediatamente segurei-as, elevando-as até o topo de sua cabeça e lhe beijei o pescoço sensualmente. Ela não tentou soltar as mãos, apenas virou o rosto me dando maior contato com sua pele. Não resisti a tentação de sussurrar algumas coisas em seu ouvido e logo depois não pude deixar de morder o lóbulo de sua orelha e vê-la se arrepiar por completo, balbuciando algo em seguida.

Institivamente soltei suas mãos, levando minha mão esquerda à sua coxa, elevando-a até a altura da minha cintura e apertando-a como uma súplica a que cedesse ao desejo que nós dois sentíamos. Senti as unhas de Pamela queimarem minhas costas e achei que finalmente ela cedera e continuei com as provocações, apenas intensificando os arranhões e em seguida, de um instante para o outro, ela me empurrou, saindo do box e do banheiro.

— Pamela! – Desliguei o chuveiro imediatamente e saí também, caminhando apressado até ela e encontrando-a no meio do quarto, segurei-a pelo braço, puxando-a para mim, fazendo-a esbarrar comigo subitamente.

Pamela me olhou nos olhos, com as mãos em meu peito e só então eu pude ver o quanto ela estava machucada com a briga que tivemos. De repente eu senti uma culpa absurda e meu coração ficou pequenininho. Como eu fui capaz de deixa-la assim?

— Me perdoa, meu amor... – Sussurrei, acariciando seu rosto e juntando nossas testas. Ela fechou os olhos por um curto segundo e simultaneamente cerrou o punho como se tentasse controlar algo em si mesma, mas em seguida as mãos correram rapidamente para os meus cabelos e no mesmo instante sua boca se juntou a minha.

Se ela estava tentando se controlar, não conseguiu... bom para mim!

Logo eu a agarrei como num abraço e ainda que estivéssemos molhados, lhe fiz caminhar de costas até a cama para não dar tempo de desistência. Logo deitei-a delicadamente nela e enquanto Pamela se arrastava para ficar melhor acomodada, aproveitei para tirar a calça ensopada pelo chuveiro e deixa-la esquecida no chão, enquanto subi vagarosamente em cima da cama, cobrindo inteiramente o corpo de Pamela com o meu. Alguns fios de cabelo molhados se espalhavam por seu rosto e numa tentativa de dizer em gestos que eu estava profundamente arrependido por tudo, afastei tais cabelos de seu rosto, ficando a contorna-lo por alguns segundos em profunda contemplação.

Nossas pernas se encaixavam enquanto um beijo delicioso rolava. Seus pés frios pelo tempo que ficara embaixo d’água, pediam refúgio aos meus menos frios que os dela. Eles faziam uma brincadeira quase que infantil, enquanto sua boca também pedia refúgio a minha! Nossos lábios se tocavam com uma delicadeza quase poética, enquanto minha mão não tardava em explorar as linhas muito bem desenhadas de seu corpo.

— Você não desiste, não é...? – Ela me pergunta baixinho, desgrudando momentaneamente nossos lábios.

— De você...? Nunca.— Um sorriso lhe surgiu, o qual me contagiou. Seus dedos já faziam desenhos em minhas costas e eu deixava-me embriagar com seu cheiro feminino e sensual enquanto olhava seus olhos agora menos tristes.

A seguir, minha perna esquerda que estava por fora da sua direita pediu licença a mesma para fazer companhia a outra e Pamela afastou as suas, deixando que eu me situasse entre elas e pudesse invadi-la calmamente, o que a fez abrir a boca, mas sem sair um som sequer, e fechasse os olhos porque as melhores coisas não são vistas, mas sentidas.

Joaquim devia estar ouvindo sua aguardada história, ou talvez já estivesse dormindo o sono dos inocentes. Dorothy estaria em seu quarto ligando incessantemente para o Brian até que ele atendesse, sem dúvida, e os seguranças deviam estar dormindo no ponto, porque ninguém é de ferro... a noite estava bem estrelada e gélida, notei ao chegar em casa antes de tudo acontecer, ao contrário do nosso quarto que estava bem quente. Embora estivesse de cabeça para baixo, estávamos muito bem lá dentro... minha pele ardia com as sensações proporcionadas pela nossa reconciliação e a Pam pedia mais e mais do prazer que eu lhe proporcionava.

Após um certo tempo, fiquei sentado sobre ela e cariciei sua perna direita, tocando-lhe o interior da coxa, região perfeita para suscitações, antes de erguer tal perna, deixando-a apoiada em meu ombro. Pamela ficou apoiada nos cotovelos, quando voltei a lhe invadir, agora nessa posição, fazendo-a jogar a cabeça para trás e agarrar o lençol num ato instintivo de prazer. Minha visão era privilegiada naquela maneira e eu poderia ficar assim o resto da noite... poder assistir seu corpo inteiro se contrair, ver seu rosto nas mais distintas expressões e poder não só ouvir, como ver sua boca abrir preguiçosamente para gemer meu nome e palavras desconexas... não tem preço!

A saudade então estava sendo suprida! Beijos, mordidas... todo tipo de tentação era bem aceita por ela e bem-feita por mim pois o prazer era de ambos. Eu já estava a me perder em delírios quando senti Pamela tirar a perna de onde estava e começar a se levantar. Agora se encontrava sobre mim, com as pernas envoltas em minha cintura e com as mãos em meus braços, enquanto ela virava dona dos movimentos e eu apenas me deliciava ao sentir o ar quente que acompanhava seus gemidos ao pé de meu ouvido e me arrepiava ao delicado toque de seus lábios em meu pescoço que ficavam cada vez mais quentes.

Até a altura em que a sentir ser mais intensa em tudo. Meu ar dependia de cada ato dela e eu quis com todas as minhas forças que aquilo jamais chegasse ao fim.


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Notas finais do capítulo

Digam-me o que acharam!
Continua...



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