Por Pamela:

Primeiro vou contar como tudo começou. Eu nasci e vivi até minha maturidade na Califórnia, meu daddy, Jack Parker, dono da Parker TV, casou-se com uma modelo brasileira, Branca Mendes, minha mãe, e eles me criaram com muito amor e carinho, mas quando eu tinha 9 anos de idade, mom morreu. Eu sofri muito e aquela notícia repercutira por muito tempo na mídia, o que me fez sofrer ainda mais.

Mas, os anos se passaram e perto do fim do ensino médio, eu comecei a fazer o seriado “Galáxia Andrômeda”, que sempre fez muito sucesso entre os nerds. Embora já fosse famosa por conta do meu daddy, Andrômeda me deixou ainda mais com o papel de protagonista, a Princesa Shelda: Cabunga!

Quando eu tinha 20 anos, meu pai firmou uma sociedade com um empresário em começo de carreira, que com a ajuda dele, em pouquíssimos anos, tornou-se um milionário, dono de uma empresa de tecnologia, seu nome: Jonas Marra! Quando o conheci, confesso que fiquei balançada, afinal ele era um homem atraente, e sabia muito bem como tratar uma mulher! Mas eu tinha um noivo, Jerome. Este, morreu antes de nos casarmos, num acidente de carro. Eu tinha 23 anos quando isso aconteceu. Óbvio que eu sofri, mas não tanto quanto imaginei que sofreria. Eu não amava Jerome afinal, ele só me dava segurança. O duro foi descobrir depois disso, que eu estava grávida.

Enfim, com o decorrer do tempo, comecei a sentir um olhar diferente de Jonas para mim. Olhar que foi correspondido... nós nos desejávamos em silêncio. Mas algo impedia um avanço de ambos os lados. Alguns anos de parceria com meu daddy fizeram Jonas ficar íntimo de nossa casa, eles viraram melhores amigos e o velho Jack, após a morte de Jerome, sempre dizia que Jonas era o genro que sempre sonhou! Assim ele iria lá o quanto e quando quisesse. Certo dia, aos meus 26 anos, em uma festa de lançamento de produto da empresa de Jonas, ele me levou para um local reservado, ao fim de sua apresentação:

— Você está linda hoje...! Quer dizer, linda você já é, mas hoje está ainda mais.

— Oh Jonas, stoped!— Disse envergonhada. Ele continuou:

— Ué, mas eu não estou mentindo! Você é a mulher mais linda que eu já vi... sabe Pamela, desde a primeira vez que eu te vi naquele jantar na sua casa que seu pai me convidou, lembra? – Assenti. – Desde aquele dia que eu não te tiro da cabeça... mas você era noiva, eu não podia fazer nada.

— Oh... – Fiquei um pouco surpresa. – Really? Oh Jonas eu... v-você me pegou de surpresa... nem sei o que dizer...

— Então não diz nada, eu já esperei tempo demais! – Me segurou firme pela cintura, nossos olhos se encontraram, os dele um pouco selvagens e os meus, um tanto surpresos com aquele ato. Quando dei por mim, já estava sendo beijada por ele, não resisti, afinal, eu também queria que aquilo acontecesse, right? Ao fim daquele beijo, ele disse: – Me desculpa Pamela, e... eu não sei o que eu fiz... Eu não sei o que acontece comigo quando eu chego perto de você... você pode esquecer essa loucura? Não aconteceu nada aqui, eu sei que você não...

— Sure! Se você prefere... – Sorri fraco, lhe interrompendo. – Não se preocupe. – Com um certo ar de decepção, lhe dei as costas.

— Mas o que eu tô dizendo...? Eu sou louco por você! – Eu ia virar para ter certeza de que aquilo tinha saído de sua boca, mas antes que pudesse fazê-lo, Jonas me puxou pelo braço e no instante seguinte eu já estava entregue a um beijo ainda mais delicioso que o anterior. – Esquece o que eu disse antes, eu quero você! E você também me quer! Eu tava e ainda tô com medo desse sentimento, mas ele é maior que eu... não dá pra controlar, eu não quero controlar!

— Okay... — Sussurrei sorrindo, tentando acalmar seu ânimo. – Don’t worry... esta é uma noite longa e importante para você, de trabalho, e eu não quero te ver preocupado com nada além de ser um sucesso. Adorei o nosso papo, mas a gente continua ele depois. Eu... gostaria de te dizer muita coisa! – Ele sorriu. Seus olhos brilharam. Ele segurou minhas mãos e as beijou.

— Você é uma princesa, sabia?

— Você que é um Gentleman... vamos voltar para a festa? Talvez já estejam dando por sua falta, e pela minha também!

— Você tá certa, vamos sim... mas quando que a gente vai continuar essa conversa?

— Em breve, pode apostar. – Dei-lhe uma piscadela e fui na frente para não dar na vista que estávamos juntos.

E foi assim. Assim que tudo o que vocês estão prestes a saber a partir de agora, começou: Com um flerte. Uma longa história parte de um flerte!