Kaori Uchiha escrita por Jiinga


Capítulo 7
Mistérios


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal, desculpem por não ter postado ontem, acabaram rolando uns imprevistos e só voltei pra casa de madrugada!

Mais um aviso: a partir de agora postarei os capítulos de segunda, quarta e sexta pra agilizar a história agora que estou de férias.



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Kaori perdeu o sono naquela noite e resolveu tomar um ar fresco. Quando saiu, deparou-se com Kakashi sentado na varanda.

— Olá. – ele disse.

— Kakashi-sensei... Eu estive pensando... Posso te perguntar uma coisa?

— Claro, Kaori, sente-se aqui.

Ela se sentou ao lado dele.

— Você conhece alguém... Uma pessoa chamada Daiyuubi?

Kakashi arregalou os olhos. Ele demorou um bom tempo para responder:

— Por que está me perguntando isso?

— Hoje enquanto eu estava treinado, aconteceu uma coisa muito estranha. Eu fechei os olhos por um segundo e de repente estava num lugar estranho, totalmente escuro. Então essa voz disse que se chamava Daiyuubi e que eu precisava da ajuda dela pra me tornar mais forte. Quando voltei ao normal, consegui escalar a árvore facilmente.

— Bem... Sim, eu sei quem ela é.

— Sou ka? – os olhos dela brilharam.

— Hai. Mas não sei se posso te dizer.

— Nani? Doushite?

— Por que é uma questão extremamente sigilosa.

— Chotto, matte! Kakashi-sensei, você tem que me contar tudo que sabe! Eu preciso saber se posso confiar nessa pessoa!

Kakashi riu.

— Bom, quanto a isso. Sim, você pode confiar nela. É tudo que posso dizer. – ele colocou a mão na cabeça dela – Agora vá dormir.

— Ok... – ela se levantou, irritada e voltou para o quarto.

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— Ohayo... – resmungou Sakura, sonolenta, entrando na cozinha. Sasuke, Kaori e Kakashi já estavam lá. Tsunami e Tazuna também.

— O Naruto não voltou ontem à noite? – perguntou Tazuna.

— Ele é tão estúpido que deve ter treinado a noite toda. Deve ter usado muito chakra e morrido. – comentou Sakura.

— Espero que o Naruto esteja bem. – falou Tsunami – Uma criança sozinha na floresta à noite...

— Não se preocupe, o Naruto já tem quinze anos. E ele pode não parecer, mas é um bom ninja. – comentou Kakashi.

— Eu não sei. Não ficaria nada surpreso se aquele burrão já estiver morto. – disse Sasuke e se levantou.

— Sasuke-kun... – disse Kaori.

— Vou caminhar.

— Mas nós vamos tomar o café da manhã... – disse Sakura. Ela olhou para o prato de Sasuke e percebeu que ele havia terminado.

— Vou atrás dele. – disse Kaori, se levantando e saindo também.

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— Você vai ficar resfriado se dormir num lugar desses. – Naruto abriu os olhos e se deparou com uma bela garota de cabelos pretos e kimono rosa. Ele se sentou e esfregou os olhos.

— Quem é você? – a garota sorriu, deixando-o vermelho – Ah... Você me acordou, nee-chan? Então, o que anda fazendo aqui?

— Coletando ervas medicinais.

— Ervas?

— Sim, isso mesmo. Para curar ferimentos e doenças.

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Kaori, em sua busca por Sasuke, acabou entrando na floresta. Ela parou quando viu Naruto conversando com uma garota. Talvez fosse errado ficar ali escutando a conversa, mas parecia muito interessante.

— Você trabalha cedo, nee-chan. – disse Naruto.

— Você também. O que faz aqui a essa hora?

— Treinando!

— Você... Deve ser um ninja, certo? Com essa faixa na cabeça...

— Você percebeu, né? Sim, eu sou um ninja!

— É... Você é incrível, hein? Demo... Por que está treinando?

— É por que eu quero ficar mais forte!

— Mas você já parece muito forte.

— Eu quero ficar ainda mais forte!

— Mas por que?

— Assim eu poderei me tornar o melhor ninja da minha vila! Vou fazer com que todos reconheçam a minha força! Mas, nesse momento, preciso provar uma coisa para uma pessoa.

— Isso é para alguém ou para você mesmo?

— Ahn? – a garota riu – Qual é a graça?

— Você tem alguma pessoa que é preciosa para você?

“Sasuke-kun.”, pensou Kaori.

— O que você está tentando dizer, nee-chan?

— Quando você tem algo precioso para proteger, é quando ela pode ficar realmente forte.

“Entende agora?”, perguntou a voz de Daiyuubi na mente de Kaori.

“Vá embora.”

— É, eu entendo isso muito bem. – disse Naruto.

A garota se levantou e pegou sua cesta cheia de ervas.

— Você ficará mais forte.

— Sim!

— Se nos encontrarmos novamente algum dia... – ela se afastou – Ah, aliás... Eu sou um garoto.

“NANIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII?”, pensou Naruto, pasmo.

Kaori saiu de onde estava e correu atrás do garoto.

— Chotto, matte kudasai! – ela exclamou e o garoto se virou – Gomen. Eu estava ouvindo a conversa de vocês... O que você quis dizer com “uma pessoa preciosa”?

O garoto sorriu.

— Você já teve medo de perder alguém? Alguma pessoa que você não consegue se imaginar sem?

— Bem, sim...

— Então, essa é uma pessoa preciosa para você. Você deve amar muito essa pessoa.

— Amar? Você diz... Como família?

— Sim, pode ser. Mas, às vezes, - o garoto segurou a mão de Kaori e a levou até o coração dela – pode ser mais que isso. Bem, eu preciso ir. Prazer em conhecê-la.

— Sa.., Sayounara.

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— Ah, mas que coisa, esse mundo é cheio de coisas estranhas... – resmungou Naruto. Sasuke lhe deu um soco na cabeça – Nani?

— Você se esqueceu do café da manhã? Seu idiota.

Naruto sorriu.

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Sasuke e Naruto estavam no topo das duas árvores mais altas da floresta. Eles haviam chegado lá ao mesmo tempo.

— Devemos voltar?

— Hai!

Eles desceram das árvores.

— Então, vai me contar sobre a Kaori- chan?

— Você não chegou antes de mim. – respondeu Sasuke. Naruto cruzou os braços, irritado.

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Sakura, Kaori, Kakashi, Tazuna e Inari estavam sentado à mesa. Tsunami estava servindo o jantar.

— Eles estão atrasados... – comentou Kaori.

— O Naruto-kun eu entendo, mas o Sasuke-kun também? – comentou Sakura.                                                       

De repente, a porta da entrada se abriu. Sasuke entrou, segurando Naruto pelo braço, em volta de seus ombros.

— O que é isso? Vocês estão todos sujos e acabados! – comentou Tazuna.

Naruto riu.

— Nós dois conseguimos chegar ao topo!

— Ótimo. – disse Kakashi – Naruto, Sasuke. Amanhã vocês protegerão o Tazuna-san também.

Os dois sorriram.

— Yosh’! – exclamou Naruto, derrubando ambos no chão. Kaori riu.

— Seu tapado! – exclamou Sasuke.

— A ponte está quase pronta. – disse Tazuna – Tudo graças a vocês, pessoal.

— Mas tomem cuidado para não exagerarem. – alertou Tsunami.

— Eu queria ter perguntado antes mas... Por que continuaram aqui depois que eu menti sobre a missão?

— Abandonar uma tarefa não é um ato corajoso. – explicou Kakashi – Além da coragem, não há nada. Estas são as palavras do primeiro Hokage.

Inari encarou Naruto com raiva. Ele estava deitado na mesa, sonolento. As lembranças de Kaiza vieram a sua mente. Lágrimas começaram a escorrer de seus olhos.

— Doushite? – ele exclamou.

— Ahn? – perguntou Naruto.

— Por que você é tão insistente? Mesmo se você treinar, não vai conseguir vencer os homens do Gatou! Não importa o quanto você tente ou o quão grande você pode falar! Contra o forte, o fraco perde!

— Fique quieto. Eu sou diferente de você.

— Cale a boca! Eu fico com raiva só de olhar pra você! Você não sabe nada sobre esse país! Você nunca teve uma vida dura, está sempre sorrindo, eu não sou como você!

— Então você vai ficar aí chorando o dia inteiro? – Naruto estava sério. Ninguém ali já o tinha visto daquele jeito – Um idiota como você deve ficar só chorando mesmo. – ele levantou o rosto, com raiva – Seu maricas!

— Naruto! Você foi muito longe. – repreendeu Sakura.

Naruto se levantou e saiu da sala.

— Eu vou falar com ele. – disse Kaori, se levantando e indo atrás de Naruto.

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Kaori encontrou Naruto sentado embaixo de uma árvore no quintal da casa e se sentou ao lado dele.

— Naruto.

— O que foi?

— Por que... Por que você se deixou afetar tanto pelo que o Inari disse?

Ele sorriu.

— Sabe... Não é por que eu sou assim brincalhão o tempo todo que minha vida foi fácil.

— Eu sei, a minha também não foi. Minha família toda foi assassinada quando eu tinha sete anos.

— Eu sei. Mas você pelo menos tinha o Sasuke. Eu passei minha infância toda sozinho. Eu não tenho pais ou familiares e não tinha nenhum amigo. A todo lugar que eu ia, as pessoas me olhavam feio, como se eu fosse algum tipo de aberração e eu nunca entendi o motivo. O único que demonstrou alguma preocupação comigo, foi o Iruka-sensei. É por isso que eu preciso me tornar Hokage e ser reconhecido. Quero que todos se arrependam por terem me olhado daquele jeito.

— Ah, Naruto-kun... Se eu tivesse sabido de tudo isso, teria me tornado sua amiga antes. Mas eu não tinha ideia. Se eu soubesse, teria te defendido, ficado ao seu lado...

— Tudo bem Kaori-chan. Você é minha amiga agora. – ele sorriu – Sabe... Às vezes eu sinto como se realmente tivesse alguma coisa vivendo dentro de mim. – Kaori arregalou os olhos – Que foi?

— Nada. É só que você se parece cada vez mais comigo.

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Kakashi estava passeando pelo píer quando se deparou com Inari sentado, olhando o horizonte.

— Posso me juntar a você? – Inari olhou para trás, mas não disse nada, então Kakashi se sentou ao lado dele – O Naruto não teve a intenção de te ofender com o que ele disse. Às vezes ele não usa a cabeça. O Tazuna-san nos contou a história do seu pai. Como você, o Naruto também teve uma infância sem o pai. Na verdade, ele não chegou a conhecer os pais. E ele nunca teve um amigo. Mas eu nunca o vi reclamando o chorando uma vez sequer. Ele sempre tentou fazer o melhor para que as pessoas o reconhecessem. Por este sonho, ele poderia arriscar sua vida a qualquer momento. Provavelmente ele já deve estar cansado de chorar. Então, ele entendeu o que realmente significa ser forte. Igual ao seu pai. O Naruto deve entender os seus sentimentos melhor do que qualquer um. O que ele disse a você... Provavelmente foi o que ele disse a si mesmo várias vezes. 

Inari não respondeu.


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