Projeto G.Human escrita por Matheus Da Mata


Capítulo 1
Capítulo quatro | Um começo




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O padrão era aquele, sempre. Cabelo preto, olhos de um azul vívido, pele branca e corpo forte e definido. George gostava daquela aparência, por isso sempre mantinha o seu disfarce desse jeito, desde quando foi criado. Porém, era preciso criar roupas holográficas também e essa era uma parte divertida. Concentrando em seu pensamento computadorizado, ele faz pesquisa de roupas em uma velocidade magnífica em sua mente, e em questões de segundos, já está vestido com o modelo escolhido. O robô olhava para o espelho analisando cada peça de roupa, aliás, seria um dia difícil, ele teria que se aproximar de Hanna.

George usava uma jaqueta de um vermelho forte - quase vinho, - contrastando com a camisa branca que vestia por dentro. Os sapatos eram são brancos com detalhes escuros, seguindo o tom da calça calça skinny preta. Os braços estavam vazios, então o robô cria pulseiras em um braço e um relógio, em outro. Depois de mais uma olhada no espelho, ele se dirige ao carro, pronto para ir à faculdade. Ao entrar no carro, George leva as mãos até a cabeça, tocando as têmporas com a ponta dos dedos. Ele fecha os olhos e se concentra, conectando a mente com o sistema de segurança da faculdade. Usando o painel de controle ocular, o robô acessa as câmeras do local, indo direto para a de sua sala. Ele procura por Hanna, mas ela ainda não chegou. Voltando para onde estava, George liga o carro, sai de casa, e vai em direção à faculdade.

– Pai, estou atrasada, onde está o Joseph com o carro? -Pergunta Hanna, chegando próximo ao pai, sentado à mesa.

– Está vindo, ele teve um pequeno imprevisto em casa - responde Carlos, levando uma xícara de café até a boca.

O pai de Hanna tem a imagem de um clássico empresário ocupado. Usando terno na maior parte do tempo e com seu cabelo penteado para trás, sua seriedade ficava bem mais nítida.

– Sente-se Hanna, tome café comigo. Sua mãe e seu irmão já saíram, me faça companhia - pediu Carlos, olhando para a garota em pé do seu lado.

Hanna inclina o corpo e dá um beijo na bochecha do pai.

– Estou atrasada, papai - uma buzina vinda de fora chama a atenção de ambos. - Olha aí, Joseph chegou, tenho que ir. Amanhã tomarei café com você, prometo - ela abre a porta e sai, em direção ao carro preto que à espera.

– Finalmente, Joseph - diz Hanna, rindo e olhando para o motorista. - Preciso estar na faculdade em menos de cinco minutos.

O homem parece ter meia idade, tem barba grisalha, olhos fundos e corpo baixo, porém forte - está olhando para a garota.

– Desculpe-me Srta.Walker, tive um pequeno imprevisto no meu outro emprego - ele se volta ao volante, liga o carro e parte. - Não irá se repetir.

– Tudo bem, eu entendo - ela faz uma pausa. - Joseph, desculpa por estar sendo indiscreta, mas que segundo emprego é esse? - ela olha para ele através do retrovisor. - Desde quando morávamos no Oregon você trabalha nele, e nunca soubemos o que é.

Joseph demora um pouco para responder, parece pensativo.

– Não é bem um emprego, é apenas uma renda extra - a expressão dele permanece séria. - Nunca contei para seu pai, pois não é nada importante.

– Pelo que me lembro, você vivia viajando para cá, antes de nos mudarmos de vez - ela insiste - Se não fosse algo importante, não teria que viajar para tão longe.

O motorista abaixa a cabeça o máximo possível, querendo fugir do olhar de Hanna, escondendo os olhos com a aba do chapéu que faz parte do uniforme de motorista. Após alguns segundos, ele diz:

– Sinto muito, querida Hanna, essa conversa terá que ser remarcada - ele aproxima o carro de uma calçada. - Chegamos à sua faculdade.

A garota ruiva olha pela janela e vê um imenso prédio ao seu lado. Assustada pela rapidez com que chegou.

– Obrigado, Joseph - diz Hanna, saindo do carro. - Quando for a hora de você vir me buscar, ligarei - ela dá alguns passos após fechar a porta, se aproximando da janela do motorista - E então terminaremos nossa conversa.

A expressão no rosto da garota tem um pouco de malícia. O motorista responde com um sorriso e um aceno com a cabeça. Hanna se vira e caminha em direção à entrada da universidade. Joseph à observa, até que ela some em meio à outros alunos.

– Não vamos conversar sobre nada, garota, sobre nada mesmo - diz o motorista, enquanto liga o carro e sai da frente da faculdade.

George não está sentado no seu lugar definido. Está em uma fila no meio da sala, no segundo lugar. Ele olha para todos os lados, procurando por Hanna. Seu sistema pára por alguns segundos quando vê pelo canto do olho, uma pessoa ruiva atrás de si. Ele se vira rapidamente para frente, completamente assustado. "Como assim? Ela não pode estar atrás de mim - ele pensa. - Estou de olho na porta desde que cheguei.". O robô abaixa a cabeça, pensativo. "Como ela veio parar aqui? Não tem como, eu teria percebido. Ah não ser que ela tenha entrado enquanto iniciava minhas anotações.".

A voz do professor é apenas um ruído para o robô, que está perdido nos seus pensamentos, enquanto encara suas anotações. "Basta, não importa como ela chegou aqui, o importante é que Hanna está à poucos metros de mim. Preciso falar com ela, não posso adiar - o seu olhar parece nervoso. - "Devo apenas falar 'oi'? Tenho que perguntar algo? Ou só chego e falo sobre um assunto qualquer? Droga! Isso é tão difícil! - George sente raiva de si mesmo. A máquina mais tecnológica do mundo, com medo de falar com uma garota. - "Ainda temos muito tempo de aula, vou falar com ela na saída. É só eu... - ele é interrompido por um toque em seu ombro. George se assusta, e olha na direção da mão próxima ao seu pescoço. Uma voz sussurra perto do seu ouvido:

– Você pode me emprestar uma borracha? Não consigo encontrar a minha.

Por alguns segundos George permanece ali, imóvel, completamente hipnotizado pela voz que acabara de ouvir. Voltando para si, o robô procura sua borracha pela mesa e ao achar, à entrega rapidamente para a garota.

– Obrigado - diz a garota ruiva sentada atrás do robô.

"É ela. Minha querida Hanna." - ele recorda de ter ouvido essa voz no dia anterior, quando a garota entrou na sala, bagunçando o sistema de George.

Durante o resto da aula, George fica alí, imóvel, encarando suas anotações e resistindo à não olhar para trás e encarar a garota.

A campanhia toca, anunciando o fim da aula. O robô guarda suas coisas eu poucos segundos e vai em direção à porta. Não irá falar com Hanna hoje, decidiu.

– Ei, você - a voz irreconhecível vem de trás de George, Hanna se aproxima, ele não sabe o que fazer, então apenas para de andar. - Aqui está sua borracha - diz ela, se pondo na frente do garoto de jaqueta vermelha.

O robô olha a garota, os olhos castanhos dela o deixam paralisado. Ele abaixa a cabeça, sem saber o que dizer, e vê a mão da garota estendida, entregando-lhe a borracha. George leva a mão na direção da mão de Hanna e pega a borracha, tocando apenas as pontas dos dedos na palma dela.

– Obrigado - diz ela, dando um sorriso e virando-se em direção à porta.

"Ela está indo! Posso não ter outra chance. Ou talvez tenha." - os pensamentos do robô formam uma pilha em sua cabeça, deixando-o cada vez mais nervoso.

– Espere! - a voz de George percorre a distância criada entre ele e a garota. Hanna pára, e se volta ao garoto, caminhando na direção dele.

"O que eu fiz? Isso foi impulso! Não. Não. Não. Agora não. Que droga!" - George olha para frente e vê Hanna se aproximando.

Agora estão frente à frente. Humana e robô. A amada e o amante. Ela olha para o rosto de George, esperando que ele fale alguma coisa. Por alguns segundos, nada sai.

– Oi - a voz do robô quebra o silêncio. - George Cyb, prazer - diz ele, erguendo a mão para um aperto.

Hanna ergue a mão e corresponde o cumprimento.

– Hanna Walker, prazer - diz ela, sorrindo. - Bom, porquê me chamou?

Ele não sabe o que dizer, não planejava que o encontro acontecesse alí. Então só abre um sorriso e diz:

– É que... Eu sou novo no Brasil, então... Pensei em pedir a ajuda de alguém para poder me situar na cidade - George sabe que é mentira, ele conhece cada canto mapeado do mundo, está tudo arquivado na sua mente. - Você pode me ajudar?

Hanna ri.

– Acontece, que eu também sou nova aqui no Brasil - diz ela, enquanto admira os olhos azuis do robô.

– Ah sim, tudo bem - a expressão no rosto do rapaz se entristece, sua primeira tentativa de comunicação estava indo muito mal. - Até mais - ele ri forçadamente e caminha em direção à porta.

Ao passar do lado de Hanna, George sente a mão da garota tocar seu pulso. Ele pára.

– Bom... - diz Hanna, com um sorriso envergonhado. - Podemos descobrir essa cidade juntos. Não é?

– Claro - o robô responde, num súbito. - Quando quiser.

Ela mexe na bolsa e retira um pequeno cartão.

– Aqui está meu número. Ligue, e marcamos um passeio - ela ri e acena com a cabeça. - Tenho que ir agora. Até mais.

– Até - diz George, com um grande sorriso no rosto, olhando para a garota ruiva saindo pela porta da sala. Ele olha para o cartão e abre mais ainda o sorriso. Depois, caminha até a saída, louco pra chegar em casa e conversar com Cintya.

A casa de George possui grandes dimensões, cômodos enormes e um vasto jardim com garagem. No entanto é praticamente vazia. Ele não precisa de nada além de computadores, e lugares para acomodar o corpo quando for acionado o modo de descanso - como sofá e cama. A cozinha é um cômodo vazio - exceto por uma espécie de maca hospitalar revestida com couro preto, no centro,- e possui um mecanismo para que o teto seja aberto, permitindo que o robô tenha acesso à luz solar - sua fonte de energia.

Quando chegou na casa pela primeira vez, George estava voltando da África, onde havia estudado alguns povos e culturas. Além da situação precária e os vários problemas, George registrou um grande nivel de felicidade na população africana.

Tudo no local era exatamente como é agora. Os móveis sempre no mesmo lugar. Algumas vezes George contratava serviços de limpeza e sempre dava a mesma desculpa quando estranhavam a falta de móveis - "Sou novo no país, não tive tempo para muita coisa ainda". - ele dizia. Na terceira semana no Brasil, George estava prestes à entrar para a faculdade e começar as pesquisas para a CSIH. Durante esse tempo, o robô visitou apenas alguns pontos turísticos como o Museu de arte moderna e o Cristo Redentor, aproveitando para fazer um mapeamento dessa maravilha mundial. A beleza da escultura deixava George encantado, aquele é de fato o lugar onde ele sentia maior apreço.

Até mesmo o único enfeite que George possuía em sua casa era uma miniatura do Cristo redentor, que ele comprara na única vez que foi ao ponto turístico. Ele sentia vontade de voltar, mas desde o começo da semana, quando encontrou Hanna, não tinha outros planos à não ser falar com ela. O que acoabou acontecendo, felizmente.

Sentado de frente pra o monitor em sua sala, George dizia com ânimo:

– É, ela me deu um cartão com nome e telefone, disse para conhecermos a cidade juntos. Tô pensando em ligar mais tarde.

– Ligue, então - dizia Cintya, pelo monitor. - mas chame-a pra um lugar romântico. Já pesquisou algum restaurante? Ou coisa do tipo?

– Não, tenho um lugar melhor - os olhos do robô brilhavam. - Um lugar que recentemente veio me chamando atenção.

– Huum, sério? E que lugar é esse.

– A praia de Copacabana.

– Nossa, já ouvi falar bastante. É onde acontecesse um dos mais bonitos réveillons - ela faz uma pequena pausa. - Bom, George, meu tempo está quase no fim. E preciso lhe avisar uma coisa, antes de ir.

A expressão dele fica séria.

– Sim. Pode começar.

– A CSIH tem uma nova sede no Brasil e todos estaremos aí até amanhã de manhã.

O robô arregala os olhos.

– Como assim? - ele não sabe o que dizer. - Tá, eu pedi uma área de treinamento para Martínez, não a sede inteira - ele ri.

– Pois é. Fomos anunciados à poucos dias. O Presidente Whitehall comprou um grande prédio à poucos quilômetros dessa praia que você citou, mandou reformar urgentemente e enviou alguns funcionários para que pudessem instalar nossas tecnologias. Eles viraram noites para conseguir por tudo. Então, amanhã estaremos aí - ele pára e um pequeno sorriso surge no canto da sua boca. - Estou ansiosa pelos seus abraços.

– Também estou pelos seus, querida Cintya - ele também ri. - Sinto bastante sua falta, à muito tempo não vejo você. É sem dúvidas minha única amiga verdadeira na CSIH.

– Ah, George, pare. Vai me deixar envergonhada - a gerente de estudos pensa um pouco, olhando para baixo. - Mas com certeza estou ansiosa para ver meu filho novamente.

George fica extremamente assustado.

– O seu o quê?

Com um sorriso fraco e os olhos cheios de lágrimas, ela responde:

– Meu filho. É, eu sei, nunca havia contado à você. Mas apenas porquê não achava um espaço para esse assunto.

– Nossa. Faremos o seguinte, irei ligar para Hanna e marcarei algo para o entardecer, irei ao encontro e assim que vocês já estiverem instalados aqui, irei visitá-la. Então você me conta essa história e eu conto como foi a minha noite. Fechado?

Ela dá um pequeno aceno com a cabeça.

– Fechado - as lágrimas somem de seus olhos. - Tenho que ir, até mais.

– Até - diz George, vendo o monitor se desligar.

Após alguns segundos rodando na cadeira, o robô se põe de pé e vai até o quarto. Voltando de lá com um cartão na mão. Ele se senta novamento, ergue a mão e um teclado holográfico surge pairando no ar, tendo origem da palma do robô.

Com o número de Hanna digitado, George pensa duas vezes, e então liga. O teclado some, e a ligação se torna mental.

"Alô" - diz a voz doce vindo de dentro da mente do robô.

– Hanna Walker? - pensa ele, se dirigindo à garota.

"Sim, sou eu"

– Aqui é George Cyb - ele ri, - e eu sei de um lugar perfeito para começarmos nossas descobertas brasileiras.

As batidas na porta interrompem os pensamentos de Hanna. Sua mãe, Margareth, entra antes de receber resposta.

– Filha, você viu... - ela pára, assustada com o que vê. - Nossa. Você está... Linda.

Hanna está vestindo apenas biquíni e uma saída de praia azulada e translúcida. O grande cabelo ruivo está amarrado em um rabo de cavalo, deixando apenas algumas mechas caírem sobre o rosto. A garota se vira para a mãe.

– Ah, oi mamãe - ela abre um sorriso e se volta ao espelho. - Estou indo fazer um passeio, para relaxar e conhecer o Rio.

– Humm, parece interessante. Tenho andado pouco por essa cidade. Fico apenas do escritório do seu pai para casa, e vice verso.

Hanna aproxima o rosto do espelho, olhando bem, enquanto fala:

– Estou indo à tão famosa praia de Copacabana. Dizem que é muito bonita - a garota se afasta do espelho e olha para a mãe. - Recebi um convite especial - diz ela, sorrindo.

– O quê? Um garoto? Já? - Margareth se assusta.

– Calma, mamãe. É um garoto sim, mas ele também é novo no Brasil. Vamos visitar alguns pontos da cidade, pra conhecer, apenas. E hoje, a atividade será assistir a noite chegando, sentados na praia.

A mãe de Hanna pensa por alguns instantes e então diz:

– Tudo bem, no entanto, Joseph levará você.

– Mas mãe, eu sei o caminho.

– Não é questão de caminho, é segurança - diz Margareth, aumentando o tom de voz.

– Tudo bem - Hanna concorda. - Mande-o me pegar daqui à dez minutos.

– O.k., tome muito cuidado - Margareth anda até sua filha e à abraça. Depois caminha em direção à saída, fechando a porta atrás de si.

Hanna corre até sua bolsa e retira seu celular de dentro, digita alguns números e leva o celular ao ouvido.

– George Cyb? Sou eu, Hanna - diz ela, após alguns segundos. - É que ocorreu um problema com os veículos da família, você poderia me passar aqui no caminho para praia? Ótimo, então, estou descendo.

– Oi - diz Hanna, sorrindo e fechando a porta do carro de George. - Vamos, antes que minha família sinta minha falta.

– O quê? Você não avisou que iríamos à praia? - George ri, olhando para ela rapidamente, depois voltando-se ao trânsito.

– Eu avisei. Bom, eles sabem que saí. Não sabe que você foi me buscar.

A garota ri, enquanto olha pra George dirigindo. A camisa laranja que ele usa passa um clima divertido. Ela olha para os braços musculosos dele, esticados ao volante. A voz dele interrompe a observação.

– Mas, se os carros da sua família estão com problemas, como eles achavam auê você iria? De táxi?

– Bom... - Hanna ri, com um pouco de vergonha. - Na verdade, os carros não estão com problemas, eu só não queria ir à praia com o motorista da familia. Ele é legal, mas, estranho.

George ri do modo como a garota falou "estranho".

– Mas sua família mandará ele atrás de você, não?

– É. - a voz da garota parece triste. - Pior que vão.

George olha para Hanna. A garota parece preocupada.

– Relaxe - o robô diz. - Não deixarei que ele ache você. Mesmo que eu tenha que jogá-lo no mar - ele ri.

Hanna ri. Ela sente uma calma estranha tomar conta de seu corpo, toda vez que ouve a voz de George. Ele estaciona o carro à alguns metros do calçadão que antecede a praia. Abre a porta e sai, Hanna faz o mesmo. A garota olha para o horizonte além do mar e admira a vista. Corredores passam pelo seu campo de visão à todo instante. Vendedores também, com menos frequência. Ao se voltar para George, ela o vê terminando de tirar a camisa, a imagem à hipnotiza. Hanna fita os músculos dele. O corpo definido e a cor branca da pele realmente chamam atenção. O seu olhar sobe e dá de encontro com o dele, os olhos azuis celeste deixam o seu corpo paralisado.

– Olhos bonitos - ela diz, em transe. As palavras saem de repente.

– Obrigado - responde o robô. - Venha, vamos começar nosso passeio.

Hanna anda na direção do robô, que à espera. Ao chegar ao seu lado, George começa à andar, à caminho da praia.


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