Paz Temporária - Chama Imortal escrita por HellFromHeaven
O vento soprava com força e balançava até a mais rígida das árvores daquela densa floresta. Poucos sabiam como se locomover dentro daquele ambiente e a ventania apenas atrapalhava este trajeto. Mesmo assim, um viajante pretendia fazer tal percurso de qualquer maneira. Algumas horas após se perder, o viajante encontra uma trilha onde um grupo de três pessoas era guiado por uma mulher muito bonita vestindo uma longa saia vermelha e uma camiseta branca com mangas que não faziam parte desta e começavam no cotovelo, sendo que o tecido passava das mãos. Seus cabelos eram lisos, longos e negros, assim como seus olhos. Sua expressão era calma e alegre, com um sorriso inocente e encantador. O viajante admirou esta imagem enquanto recuperava o fôlego. Sua carga, uma mochila com um objeto grande, achatado e fino totalmente embrulhado em um papel resistente que era maior do que as costas do coitado, o cansou muito.
Ele foi amparado pela mulher e guiado até um templo aparentemente muito antigo, porém muito bem conservado. Lá, uma outra mulher com roupas muito parecidas com a de sua “salvadora” tentava manter as folhas longe da escadaria. A diferença entre as duas era que esta segunda possuía olhos vermelhos e características que indicavam que era do oriente. Ao avistar as pessoas, ela acenou e se direcionou para dentro das instalações. O grupo foi levado até uma sala muito grande e espaçosa, onde a segunda mulher conversava com uma terceira. Esta, possuía uma espada com uma bainha de beleza incomparável em sua cintura e possuía uma aura tranquilizadora. Usava um vestido comprido e branco com vários babados e detalhes em renda. Seus cabelos eram loiros e seus olhos vermelhos. Ela se virou com um sorriso meigo em seu rosto e aproximou-se dos visitantes.
– Sejam bem vindos ao meu humilde templo. Sou T’eemu, o espírito que abençoa aqueles que carregam a paz dentro de seus corações.
As pessoas que do grupo começaram a encher o espírito de perguntas e pedidos, enquanto o viajante apenas observava à distância. T’eemu ouvia tudo pacientemente e respondia com uma simpatia ímpar. O jovem viajante se aproximou das duas mulheres e perguntou tentando esconder sua empolgação.
– Er... Eu tenho um pedido a fazer, mas não sei bem como fazê-lo.
– Apenas fale. – disse a oriental. – Só assim saberei do que se trata.
– Bem... Eu... Espere. Você é aquela imortal?
– Prefiro ser chamada de sacerdotisa ou Tsuya, mas sim. Sou eu.
– Heh, ouvi várias histórias sobre você. Mas isso não vem ao caso... E quem seria essa outra sacer...
– Sacerdotisa. – completou ela. – Meu nome é Ruby e sou a segunda sacerdotisa do templo.
– Tem mais?
– Não, apenas nós duas. – respondeu Ruby. – Mas é mais do que o suficiente.
– Entendo.
– Bem, e quanto ao seu pedido? – perguntou Tsuya.
– Ah! Quase me esqueci. Meu nome é James Valentine e estou seguindo os passos do meu avô como pintor. Então eu gostaria de fazer um quadro com as três reunidas e o templo ao fundo.
– Sério? – exclamou Ruby.
– Sim! Na verdade eu só pretendia pintar o templo, mas a beleza de vocês merece ser imortalizada, digo... Você não precisa disso, mas...
– Nós entendemos o que você quis dizer. Enfim... Acho que está tudo bem. – respondeu Tsuya.
– É claro que isso pode demorar algum tempo e tal... Gostaria de testar qual a melhor luminosidade para esta cena, o melhor ângulo, a melhor técnica...
– Entendi, entendi. Você pode ficar aqui, jovem.
– Sério? Muito obrigado. Digo... Não vou ocupar muito do tempo de vocês, vou?
– Nem um pouco. Estou neste templo há século e pretendo continuar nele até que o mesmo caia em ruínas. Afinal, eu sou a sacerdotisa responsável por este lugar.
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