How to be a heartbreaker escrita por Annie Chase


Capítulo 23
Capítulo 23: Nothing like Us


Notas iniciais do capítulo

Desculpem qualquer erro. Não revisei, estou morta de sono.
Boa leitura.



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"Lately i’ve been thinkin’, thinkin’ ’bout what we had. I know it was hard, it was all that we knew. Have you been drinkin’, to take all the pain away? I wish that I could give you what you, deserve. 'Cause nothing could ever, ever replace you. Nothing can make me feel like you do."

Pov Annabeth

Percy dormia ao meu lado na cama, um braço enlaçando minha cintura e outro por baixo do meu pescoço. Sua expressão era serena, o mesmo tinha um leve sorriso no rosto, o cabelo estava uma bagunça, atrapalhado para cima e para os lados. Sua respiração era calma e profunda, os lábios vermelhos entreabertos, com um fiapo de baba escorrendo. Eu sorri.

– Você pode parar de me olhar assim, parece meio psicopata. - Ele murmurou, abrindo os olhos e me olhando.

– Você ainda baba enquanto dorme. - Eu disse e ele fez um bico. - Não faz biquinho, porque eu não vou te beijar até você escovar os dentes.

Ele bufou.

– Quantas horas? - Ele perguntou se espreguiçando.

– Sete horas em ponto, você tem que tomar seu remédio. - Ele assentiu.

– Por que estamos acordados tão cedo?

– Bem, eu tenho que ir para a faculdade e você pode ficar aqui em repouso e dormindo, mas primeiro: tome seu remédio. - Eu disse, me virando para sair da cama, mas o mesmo me puxou pela cintura, juntando seu corpo no meu.

– Espera ai, fica aqui comigo. - Ele disse dando beijos pelo meu pescoço. - Estava morrendo de saudades de acordar assim com você.

– Percy, eu vou me atrasar. Não posso. Hoje não. Te vejo mais mais tarde. - Dei um beijo na sua bochecha e levantei.

– Você não vai vestida assim não, né?

– Claro que não, Perseu. Vou pro apartamento da Reyna tomar um banho e trocar de roupa.

– Você podia tomar banho comigo.

– Nós dois sabemos que a última coisa que faríamos seria tomar banho.

Ele soltou uma gargalhada e eu lhe mandei um beijo no ar.

– Te vejo mais tarde, loira. - Ele sorriu e depois ficou sério. - Tente beijar o Stefan o menos possível.

– Vou pensar no seu caso. - Eu disse saindo do quarto, indo em direção as escadas e pegando meu celular na sala enquanto encaminhava para a porta de entrada.

Rachel estava na porta se despedindo de Will, ela provavelmente não iria na faculdade hoje.

– Hum... Noite quente em casal? - Eu perguntei, fazendo Rachel ficar da cor do cabelo e Will rir.

– Acho que posso te dizer o mesmo, não é, Annie? - Will questionou e foi a minha vez de corar.

– Não mesmo, ele havia transado com a Layla mais cedo, que nojo. - Eles riram.

– Então hoje já está valendo? - Rachel lançou um sorriso malicioso, que eu respondi com um dar de ombros.

– Não vai na faculdade hoje, Rach?

– Não, não tenho aula hoje, quer dizer, só um horário, então...

– Entendi, fique de olho no idiota do seu melhor amigo, okay?

– Pode deixar, ela cuidará muito bem do amor da sua vida. - Disse Will em tom de provocação.

– Esse é o espírito da coisa. - Eu retruquei. Me despedi deles e segui em direção ao elevador, porém, antes da porta chegar eu gritei para os dois.

– Se forem fazer, façam apenas uma rapidinha. Não se atrase, William. - Ambos me mostraram o dedo do meio e eu sorri inocente.

Abri a porta do apartamento de Reyna, com a chave que a mesma deixou debaixo do tapete.

– Noite boa, hein, Annie?! - A mesma disse da cozinha. Eu sorri.

– Não aconteceu nada. Cadê Piper?

– Foi embora ontem. Mas me conta, se resolveram? - Ela me olhava atenta, se sentando em frente a mim na mesa, me passando um xícara de chocolate quente. Eu suspirei e sorri. - Pelo visto sim.

– Eu amo tanto ele, Reyna. E ontem ele disse para mim abrir mão de tudo e ficar com ele e é tudo que eu quero. Estar com ele. Ser dele.

– Mas e o Stefan? Acho que é perigoso terminar com ele, ele não vai aceitar bem. Infelizmente, o sociopata é apaixonado por você. - Eu revirei os olhos e bufei.

– Eu sei, eu e Percy combinamos de esperar umas duas semanas, até ele estar totalmente curado do acidente para oficializar tudo, enquanto isso, eu suporto o Stefan. - Ela me encarava séria, mas então sorriu.

– É bom ter meus melhores amigos juntos de novo. Qualquer coisa eu estou aqui, okay? Não vou deixar que nada atrapalhe vocês. - Eu sorri e me levantei para abraça-la.

– Obrigada. Eu amo você! Agora vou tomar um banho para gente poder ir. - Ela assentiu e eu segui para o banheiro.

A água caia pelo meu corpo, relaxando-o. Eu desliguei o chuveiro e sai do box, parando em frente ao espelho e olhando meu reflexo. Meus olhos brilhavam, mais uma vez. Eu parecia mais jovem, mais viva.

Eu escolhi uma calça jeans escura da Reyna, pegando uma blusa preta, de frio, fina. Jogando meu casaco azul escuro por cima, em seguida meu cachecol cinza. Coloquei minhas botas de cano alto, com um salto médio e desci, em direção a cozinha, onde encontrei Thalia.

A mesma me olhou e sorriu maliciosa.

– Bom dia, raio de sol! Um passarinho verde me contou que a noite foi ótima!

– Não sei do que está falando. - Eu disse fingindo indiferença.

– Seus olhos te denunciam e o Percy, bem, ele está ótimo.

– Ele que te falou?

– Ele ligou para o Luke e eu estava junto, ele contou para os dois. E parece que Nico perdeu vinte dólares.

– Como assim?

– Ele e Luke apostaram se vocês iriam voltar ou não. - Ela deu de ombros, eu fiz uma cara de indignada e bufei. Ela sorriu. - Eu dou total apoio. Bem, nós damos. Eu, Reyna, Luke e Nico.

– Vocês são as melhores amigas do mundo. - Eu sorri para elas.

– Acho que a Piper não vai ser tão a favor... - Disse Reyna. Eu suspirei.

– Ela não tem que se meter nisso. Vamos? - Elas assentiram e nós saímos do prédio. Em direção ao carro de Reyna.

– Não vai com Luke, Thals?

– Hum... Ele não vai a faculdade. - Ela tinha um tom meio nervoso, o que me deixou desconfiada.

– E Nico, Reyna?

– Nico? - Eu assenti. - É, ele está passando mal... com febre. - Ela sorriu nervosa e acelerou o passo, entrando no carro. Eu entrei em seguida e Thalia no banco de trás.

– Espero que não estejam me escondendo nada.

– Nós? Jamais. - Disse Thalia. E o assunto morreu ali, deixando um clima tenso no carro.

Eu não entendi o porquê, mas no momento em que o carro deu partida, meu coração se apertou, porque eu sabia. Estava acontecendo algo e eu tenho certeza que Percy está no meio.

...

Haviam se passado três aulas, mas minha cabeça estava longe. Eu não havia visto Stefan, Luke, Nico e Percy não vieram à aula. Muito menos Rachel, mas Will jurou que ela não estava fazendo nada. Mas eu sabia que não era verdade, a ruiva jamais deixaria o melhor amigo se meter em uma enrascada sozinho.

Estava na hora do intervalo. Thalia e Reyna me esperavam na porta da minha sala. De longe pude observar Will com Alasca, Ian, Nina e Lucas. Mas faltava alguém ali e quando eu vi Margo foi que eu percebi. Layla não estava ali. Nenhum deles.

Nem Stefan e seus amigos. Haveria um confronto, com certeza.

– Vamos comer algo? - Thalia sorriu para mim, me puxando. Eu a olhei, ela desviou o olhar. Reyna nem sequer olhava na minha direção.

Eu soltei uma risadinha sem humor e tirei a mão de Thalia do meu braço.

– Annabeth... - Murmurou Reyna.

– O que foi? Eu não posso ficar com raiva pelo fato das minhas melhores amigas esterem mentindo para mim, pelo meu namorado estar mentindo para mim?

– Você está falando do Percy ou do Stefan?

– Dos dois.

Thalia riu.

– Relaxa, eles não vou fazer nada demais. Pelo menos, eu espero.

– Se eu soubesse o que realmente está acontecendo, eu não estaria aqui, estaria lá, Annabeth. - Disse Reyna de forma sincera.

– Vou ligar para eles, okay? Eu também estou preocupada, só não quero demonstrar isso perto de você, Annie. - Disse Thalia e no seu olhar eu vi medo. Medo de perder alguém amado. - Vamos comer. Vou ligar para Luke.

Nós caminhamos em silêncio até o pequeno restaurante, próximo ao campus.

Encontramos uma mesa vazia ao lado da janela, dando para ver o céu completamente nublado.

Nós fizemos nossos pedidos. Thalia ligou para Luke, o mesmo disse que tudo ficaria bem e que ela a veria em breve, para não morrer de saudades. Nico ligou para Reyna, dizendo para a mesma ir até o galpão depois do fim das aulas, isso incluía nós duas, eu e Thalia. Nico disse que estava tudo bem, eles tinham um plano, não seria um confronto direto ainda.

Era estranho, parecia um despedida e tudo que eu queria, naquele momento, era que Percy não me ligasse. Mas nem tudo é como queremos, já que meu celular tocou cinco minutos depois, sinalizando na tela o nome de Percy.

– Bom dia para a loira mais linda de todas.

– Você já me deu bom dia hoje, Perseu.

– Ops. Chamou de "Perseu" a coisa está realmente grave. O que aconteceu?

– Não sei, me diz você. O que está acontecendo?

– Odeio a fato de você ser inteligente.

– E eu odeio o fato do meu namorado mentir para mim.

– Stefan mentiu para você? Oh pecado.

– Sim, ele mentiu.

– Você não precisava ter concordado. - Eu suspirei.– Você é minha.

– Eu me preocupo com você, Percy.

– Eu sei e amo você por isso.

– Não suporto a ideia de você estar em perigo.

– Eu não estou. Eu ficarei bem. Não deixarei você.

Eu não posso perder você.

– Você não vai. - Uma voz no fundo o chamou, provavelmente Layla. - Eu preciso ir.

– Percy, por favor, você estava em coma a uma semana atrás.

Ele suspirou.

– Eu amo você.

E então a ligação ficou muda.

Eu olhei para Reyna e Thalia. Nós três possuíamos o mesmo olhar medroso e preocupado. Mas nenhum disse nada, todos sabiam que estávamos ali uma pela outra. Sempre.

...

Pov Percy

– Você está pronto? - Luke me perguntou, eu assenti.

– Mais um vez: Stefan está tentando comprar um substância para criar uma droga forte e viciante, que nós não sabemos que efeito irá possuir. A troca acontecerá naquela fronteira. Ao redor da mesma tem homens do Stefan e da gangue mexicana. Nós temos um bom ponto de vista, daqui de cima da montanha. Conseguimos acertar alguns daqui. A questão é: pegaremos apenas a substância ou confrontaremos Stefan?

Luke soltou um suspiro pensado. Layla tinha medo na voz, insegurança. Eu encarei o céu e pensei na minha última ligação feita, pensei em Annabeth e em seu estado. Luke, provavelmente pensava em Thalia e Layla em Oliver.

Minha mãe veio a minha mente, em seguida Katherine, Liam, meus avós. Minha família. Eles sofreriam se eu morressem e estariam em um perigo maior, eles não teriam mais motivos para lutar.

Todos nós temos o que perder. Sempre teremos, isso não é algo que se possa evitar. Nós sempre amaremos algo ou alguém, o suficiente para que nossa partida crie um buraco no coração dessa pessoa e, consequentemente, no nosso, por vermos alguém que amamos sangrar por nós.

O amor é um via dupla, é ganhar e perder. Sorrir e chorar. Abraçar e abrir mão. Ficar e ir.

O problema é que nenhum de nós estamos prontos para ir, não ainda.

– Pegaremos apenas a substância. - Falamos os três em uníssono.

– Vamos começar com as das pontas, estão mais afastados, portanto, o som não chegará aos ouvidos do Stefan nem do mexicano chefe. - Disse Layla. - Eu pego as direita, os do Stefan. Luke, os da esquerda, mexicanos. E Percy...

– Eu pego os do meio e a substância.

Cada um seguiu uma direção. Eu ouvi tiros e vi caras caídos nas pontas da fronteira. Eu mirei a arma que contia agulhas com substâncias para adormecimento instantâneo. Atirei nos mais afastados da troca, deixando os outros para atirar de mais perto.

–Quatro caras caíram com o dardo de sono lançado. Layla e Luke me observavam de cima, enquanto eu descia a montanha, ficando em um ponto mais baixo e próximo. Havia dois capangas do Stefan e dois do Mexicano. Eu mirei na cabeça de um de cada lado, fazendo com que os trocadores e os outros dois capangas procurassem de onde veio o tiro, correndo em direção leste e oeste, sendo atingidos por Layla e Luke.

Stefan e seu comerciante estavam assustados e sem defesa, com armas postas a mão, indo para longe do local, deixando a substância dentro do carro, aberto.

Eu terminei de descer a ladeira, contornando por trás para evitar que ambos me vissem. Eu peguei a mala, que estava destrancada e a abri, conferindo se a substância realmente se encontrava ali. Eu estava preparando para sair dali, quando ouvi tiros em minha direção e na direção do alto da ladeira, provavelmente em direção a Layla e Luke. O Mexicano mirava em mim, porém, me desviei das balas caindo no chão, consequentemente ralando o cotovelo e o ombro, mas nada sério. E apenas um corte na sobrancelha, mas não parecia estar fundo e grave.

Eu atirei de volta, acertando o mexicano direto no peito, fazendo-o cair de joelhos e Stefan ir em seu socorro, lancei mais um tiro em seu peito. Ele não sobreviveria. Então corri dali, contornando novamente o local e indo de encontro aos meus amigos.

Luke havia tomado um tiro de raspão no braço e sangrava. Mais que o necessário.

– Aguenta firme, Castellan. Eu vou te tirar daqui.

– Não se preocupe comigo. Você está bem? - Eu assenti. - E o mexicano?

– Ai já não posso dizer o mesmo. - Ele lançou um sorriso em aprovação, eu apenas retribui o sorriso, negando com a cabeça. - Vamos procurar Layla.

– Estou aqui. - A morena disse logo atrás de mim. - Apenas um braço ralado, tudo sobre controle. Venham vamos sair pelo norte da montanha.

Ao chegarmos no final, quase perto do nosso carro, fomos surpreendidos, havia cinco capangas do Stefan ali e bem, devíamos ter uma bala em nossas armas.

Era matar ou morrer.

Nós entreolhamos e assentimos. E então atiramos direto na cabeça de três, matando-os na hora.

– Vocês estão mortos. - Um dos dois que sobrou, disse.

– Vai nessa. - Eu retruquei e desviei do seu tiro.

Mas então, eles nos cercaram, nos deixando sem escapatórias e então ouvi dois disparos e os dois caídos no chão, mortos.

– Precisando de uma ajudinha, morena? - Layla sorriu e correu na direção do cara. Cabelo castanho, forte, alto, olhos azuis. Presumi ser Oliver. Layla lhe deu um beijo. Com certeza era Oliver.

– Oliver, esses são Luke e Percy. - A mesma disse.

– Ouvi falar muito de vocês. Principalmente de você, Percy. - Ele sorriu. - Longe da minha garota agora, hein?

Eu bati um continência.

– Sim, senhor. - Então nós rimos e apertamos as mãos. - Obrigada. - Ele assentiu. Luke fez o mesmo.

– Bem, temos que ir logo. Stefan ainda está a procura de vocês, mas ele não sabe que são vocês.

– Ótimo, vamos.

Em dois minutos chegamos no carro, entrando rapidamente no mesmo e saindo em alta velocidade em direção ao galpão.

Oliver estava focado na estrada e nós três ao nosso redor, exceto Luke que apertava o local onde a bala passou.

– Relaxa, já estamos chegando. - Ele assentiu, seu rosto suava frio. Com certeza estava doendo, deve ter sido lançando de uma arma potente.

– Você não devia estar aqui, Percy. Layla me disse que você estava no hospital esses dias, em coma. Eles querem te matar. - Disse Oliver.

– Eu não recuo. Eu não corro.

– Eu te disse que ele era idiota. - Layla disse.

– Layla realmente disse que você não é do tipo que corre, você enfrenta. Isso é algo admirável, Percy.

E a conversa morreu ali. O resto do trajeto foi calado.

Nós chegamos e eu ajudei Luke a sair do carro, passando o seu braço não machucado pelo meu pescoço e o ajudando a andar, já que o mesmo também mancava, devido a uma batida em uma pedra, segundo o mesmo. Nós entremos rapidamente no galpão.

Nico e Rachel vieram em nossa direção.

– Graças aos deuses! - Exclamou Nico.

– Vocês estão bem? - Questionou Rachel aflita.

– Sim, estamos. Luke apenas levou um tiro de raspão. Pegue o quite para eu cuidar disso, por favor, Rach. - A mesma correu e buscou os utensílios e me entregou.

– As menias devem chegar em 10 minutos. - Disse Nico, apenas assenti.

Layla e Oliver chegara, Layla trazia a maleta. Então a mesma apresentou Oliver e explicou tudo o que aconteceu no local.

Eu fiz o corativo em Luke, tendo que dar três pontos. E sim, Will, por ser filho de Apolo, me ensinou a fazer tudo isso, caso ele não estivesse presente. Entreguei ao loiro gelo para por na perna.

Foi a questão de jogar as coisas usadas no lixo que as meninas adentrarem no local, exceto por Annabeth. Reyna correu de encontro ao Nico e Thalia de encontro ao Luke, examinando-o.

– Onde a Annabeth está?

Reyna e Thalia me olharam.

– Com Stefan.

Eu e Layla trocamos um olhar.

– Você ficará aqui, nem pense em tenta sair.

...

Pov Annabeth

Eu estava andando pelo campus, indo embora, em direção ao carro de Reyna, quando vi Stefan em um beco, com alguns amigos.

Mandei uma mensagem para as garotas dizendo que estava com ele e que iria para o galpão logo em seguida, que podiam ir na frente.

Eu entrei no beco e eu vi algo que preferia nunca ter visto. Ele estava vendendo drogas para um cara que chegou ali, na sua cintura havia uma arma e uma garrafa de cerveja em uma mão e maconha na outra, que o mesmo estava usando. Isso é, se aquilo for maconha.

Ele pegou o dinheiro e o menino se foi, eu estava atônita. Eu sabia de tudo, mas eu tinha esperanças de ser mentira.

– Stefan?

O mesmo me olhou, assutado e nervoso.

– Annabeth, eu...

– Você não pode explicar. Eu vi... Você mexe com drogas, você trafica drogas. Você... Você tem uma arma! Quando me contaria isso? - Eu gritei.

– Annabeth, eu não queria assustar você, nem te deixar com medo de mim.

– Você não é o cara que eu pensava, que eu gostava...

– Annabeth, calma, por favor! Eu sou o mesmo cara. Completamente apaixonado por você, que sempre está aqui por você. O cara que te ama.

– Se você me amasse teria sido sincero. Eu não acredito nisso.

– Você está ai, enlouquecendo. Me julgando. Mas o que o Percy tem de diferente? Ele fez o mesmo! - Stefan gritou.

– Não. Ele usou, mas ele parou, ele nunca vendo, nunca comprou a vida de alguém, deixando-a no buraco. Ele não é esse tipo de pessoa.

– Ele não é o cara perfeito que você pensa, Annabeth. Ele não é um herói. - O mesmo disse com nojo e desprezo.

– Eu aposto todas as minhas fichas em como ele é o herói.

– Eu sou melhor que ele, posso te fazer mais feliz! Ele só mente e joga com você.

– Você também mentiu, você é tão ruim quanto ele. Mas ele sempre foi sincero quanto tudo que ele é comigo, sobre tudo dele. Você não, você é um farsa. Eu me apaixonei por uma mascara. Mas eu acabei de ver esse amor morrer. Para sempre.

– Não, Annabeth! Por favor! Eu amo você! Não vai, não me deixa! Eu me importo com você!

– Eu também me importo com você e é por me importar com você que tenho que te deixar partir, porque não quero viver um relacionamento com alguém assim, não quero uma vida assim, então estou escolhendo te deixar ir.

Havia lágrimas em seus olhos, ele segurou meu braço, me puxando para um abraço, que eu não correspondi.

– Por favor, não vai. Não deixa acabar assim! Por favor.

Eu me soltei do seu aperto, do seu abraço e sai dali.

– Acabou, Stefan.

Eu sai dali em passos apresados, sem olhar para trás. Um lado meu se sentiu mal ao vê-lo chorar, ao quebrar seu coração, mas então me lembrei de tudo e um outro lado falou mais alto, o lado que estava livre. Livre dele, livre para Percy.

Eu peguei um táxi e passei o endereço. Cheguei no local com trinta minutos, paguei o motorista e segui em direção á entrada. Abri a porta e passei para a outra passagem secreta que dava no compartimento onde todos estavam.

Eu entrei sem fazer barulho, então ninguém notou.

Layla olhava algo no computador, ao seu lado havia um cara que eu nunca havia visto. Reyna estava abraçada a Nico e parecia aflita. Thalia estava ao lado de Luke, o mesmo abraçava seu pescoço, ambos com faces preocupadas. Luke estava com um curativo no braço e gelo na perna.

Percy estava sentado em uma cadeira e batucava o pé no chão de forma impaciente.

Eu fechei a porta atrás de mim, fazendo barulho e então sendo notada por todos.

Eu ouvi Thalia e Reyna suspirarem em alívio, Luke e Nico suavizaram suas expressões. O cara desconhecido permaneceu indiferente. Layla me analisou e deu um sorriso fraco. Rachel sorriu para mim e Will desfez seus olhar preocupada. Percy soltou a respiração, como se a tivesse prendido durante muito tempo e então veio em minha direção.

– Eu estava preocupado com você!

– Irônico. Acho que essa fala é minha. Você mentiu para mim. O incrível é que eu não estou surpresa. - Eu disse ríspida. Sim, eu queria abraçá-lo naquele momento e beijá-lo, ter certeza que ele estava bem e que era real, mas eu me controlei. Eu decidi mostrar que estava com raiva, apesar de ter perdido todo esse sentimento assim que o vi.

Eu vi uma certa tristeza passar pelo seu olhar, junto com um certo medo.

– Eu não queria te deixar preocupada.

– E eu não quero discutir isso com você agora. - Eu disse passando por ele e me sentando em uma cadeira.

Percy voltou para o seu lugar.

– Acho que você tem um tipo, cara. - Disse o desconhecido para Percy, que riu e deu de ombros. - Mulher estressadas, decididas e determinadas.

– Não se esqueça de orgulhosas. - Disse o moreno e o desconhecido, assentiu rindo.

– Quem é você? - Eu perguntei para o mesmo.

– Oliver, gostaria de dizer que sou namorado da Layla, mas não tenho tanta certeza disso.

– Devia ter, bom que assim ela pararia de dar encima do meu. - Eu sorri cínica para a mesma.

– Ah, entendo você, sinto a mesma coisa em relação ao Percy. - Disse Oliver.

– Eu disse que eles dariam uma boa dupla. - Disse Layla para Percy. - A única diferença, Ollie, é que eu não dou encima do Stefan, que é o seu namorado. - A mesma sorriu para mim em desafio.

– Ex- namorado.

– Como assim? - Percy perguntou. Eu ignorei.

– O que aconteceu com você, Luke? - Perguntei.

– Vai me ignorar agora? - Perguntou Percy irritado, eu revirei os olhos. - Isso é porque estava morta de preocupação no telefone.

– Pois é, já passou. - Eu sorri irônica para o mesmo.

– Tudo bem. - O mesmo retrucou e desviou o olhar.

– É, você está bem irritada. - Disse Rachel.

– Irritada foi o eufemismo do ano. - Disse Nico.

– Se eu fosse vocês ficavam quietos, antes que vocês deixem de respirar. - Disse Will, sério.

– Eu levei um tiro de raspão e bati a canela na pedra, ai está meio inchada. Mas o Percy já fez o curativo. - Eu assenti. Thalia e Reyna me encararam pedindo uma explicação.

– O que aconteceu? - Questionou Thalia.

– Eu queria terminar, fui lá e terminei.

– Você não terminaria do nada, porque você sabe que seria um risco. - Retrucou Reyna.

– Eu precisava de uma desculpa sólida, eu encontrei e aproveitei.

– Que foi? Viu o cara dos seus sonhos no beco que ele fica vendo e usando drogas com os amiguinhos idiota? - Disse Percy em deboche.

– Exatamente. - Sorri cínica para o mesmo que me olhou surpreso, então fiquei séria. - E ele não é o "cara dos meus sonhos", você é.

– Ele aceitou bem? - Questionou Nico.

– Não tinha o que discutir. Eu tinha o direito de terminar. Ele disse que me amava - Percy bufou e eu ri e continuei -, mas eu disse que acabou.

– Percy já te fez o pedido de namoro, Annabeth? - Perguntou Layla com um falso tom inocente, eu revirei os olhos. Ela me irrita.

– Não, não fez.

– Então, eu...

– Então você nada, Layla.- Disse Oliver sério, a mesma riu e lhe deu um selinho.

– Bobo, estou brincando. Você sabe que é meu namorado. - O mesmo sorriu e a abraçou.

– Graças aos deuses! - Eu exclamei, levantando as mãos para cima, fazendo todos rirem. Percy me olhava, eu o olhei de volta, ele sorriu. Ele deu o meu sorriso. - O que foi?

Ele se aproximou, ninguém prestava mais atenção em nós.

– Estou esperando você me abraçar e me beijar e perguntar se estou bem e começar a dizer como ficou preocupada, como uma boa namorada.

– Não sou sua namorada.

– Não escuta o que a Layla diz.

– Continuo não sendo sua namorada. - Ele se aproximou mais, passando a mão pelo meu rosto e deixando a outra em minha cintura.

Ainda. Nós estamos no meio de junho, eu queria esperar até agosto para te pedir em namoro, deixar na mesma data desde o começo. Mas não vou suportar tanto tempo sem poder dizer que você é minha e provavelmente, ver você pegar outra pessoa. Mas também não quero fazer esse pedido aqui, assim, agora.

Eu sorri.

– Você está bem? - Ele sorriu e assentiu. - Fiquei com medo de perder você, cabeça de alga.

– Você não vai me perder, sabidinha. Já disse. Nunca. - Eu lhe dei um selinho rápido. - Vamos embora? - Eu assenti.

– A gente examina a substância depois, okay? - Percy disse a todos.

– Como vamos fazer isso? Eu não sei. - Disse Layla.

Percy me olhou e sorriu, eu arqueei uma sobrancelha.

– Annabeth cuida disso. Ela é ótima com essas coisas. Inclusive química. - Layla revirou os olhos, Rachel e Thalia riram, acompanhadas de Reyna e o resto assentiu. - Estamos indo. Até mais, galera. Cuida bem da Layla, Oliver.

– Cuide bem do Percy, Annabeth. - Disse Layla. Eu revirei os olhos.

Percy me puxou para uma porta, que dava em uma garagem subterrânea. Tinha alguns carros.

– Vamos? Eu vou dirigir. - O mesmo adiantou, eu sorri e assenti.

Nós entramos na Ferrari preta de Percy e saímos. Caia uma chuva fraca.

– Quer que eu te leve para sua casa ou você fica na minha? Por favor, diz na minha. - O moreno disse, me fazendo rir.

– Não sua, cabeça de alga.

– Eba!

Eu sorri mais uma vez, negando com a cabeça.

O caminho foi silencioso, depois que o Percy me contou tudo que aconteceu. Era um silêncio confortável.

...

Eu havia acabado de colocar uma camisola, que estava na minha bolsa. Enquanto Percy terminava de tomar banho para fazer o curativo no braço. Foi o único ferimento que ele teve com tudo que aconteceu hoje, eu agradeci os deuses.

Eu estava terminando de passar creme nas pernas quando sinto um corpo contra o meu e os braço de Percy ao meu redor.

– Eu amo seu cheiro. - Ele disse baixo, no pé do meu ouvido.

– Eu sei. - Retruquei fazendo o moreno rir sobre o meu pescoço, ocasionando no seu hálito de menta chegando ao meu nariz.

– Deixa eu fazer esse curativo, vem cá.

Eu passei um remédio para evitar pus e inflamações e logo após coloquei algumas gazes para tampar o ralado.

– Prontinho.

– Obrigada, loira. Mas eu acho que preciso de mais cuidados.

– Ah é? Quais cuidados?

– Muitos e muitos beijos, uma noite bem interessante, não acha?

– Concordo plenamente.

Ele sorriu e me beijou, com calma. Não travando uma guerra, mas realizando uma dança sincronizada e única. Quando o ar começou a ser necessário ele mordeu meu lábio inferior para logo após me dar vários selinhos, me fazendo rir.

Ele segurou me rosto entre as mãos, me encarando, sustentando meu olhar.

– Me desculpe por ter mentido e ter te deixado preocupada hoje, sabidinha. Não foi a intenção.

– Está tudo bem, só não faz de novo, por favor.

Ele assentiu, voltando a me beijar. Deixando o beijo mais quente e voraz. Ele segurava meu cabelo, enquanto distribuía beijos e mordidas pelo meu pescoço, provavelmente deixando marcas. Seu beijo era quente e me dava arrepios, me fazendo soltar pequenos gemidos. Minha mão passava por todos seu tórax descoberto.

O Percy era o pecado em forma de gente.

O beijo foi ficando cada vez mais quente e selvagem. Percy apertava minha coxa, levantando a camisola, até que a tirou de uma vez, me deixando apenas de calcinha, o que lhe arrancou um sorriso malicioso. Percy me deu impulso, fazendo com que eu envolvesse minhas pernas ao redor da sua cintura.

Percy nos encaminhou até a cama, me deitando e se colocando por cima. Eu puxei seus cabelos trazendo sua boca para minha, começando aquela briga deliciosa. Então o ar se fez necessário, enquanto ele mordia minha orelha e meu pescoço, eu mordia seu ombro e beijava seu pescoço, deixando belos chupões. Agora sim, eu podia fazer isso.

Ele foi descendo seus beijos molhados para o meu colo, onde passou a dar mais atenção aos meus seios. Enquanto chupava e mordia um, sua mão trabalhava no outro e quando o que ele chupava estava sensível o suficiente, ele fez o mesmo tratamento no outro. O mais leve toque de Percy me arrancava suspiros e gemidos.

Eu arranhava seus ombros, o que o fazia sorrir, por me ter tão entregue.

Ele deu continuidade a sua trilha de beijos, passando para minha barriga, chegando a minha calcinha, a que o mesmo fez questão de rasgar.

– Percy!

– Azul, hm? Quer me deixa louco mesmo.

– Você vai me dar outra calcinha.

– Te dou várias, vou rasgar todas de qualquer modo.

– Idiota.

– Gostosa.

Eu não tive tempo de retrucar já que o mesmo começou a me chupar, me fazendo arquear as costas. Ele chupava meus clitóris de modo que me deixa completamente louca e ao mesmo tempo estocava dois dedos em mim. Esse homem era um espetáculo na cama.

– Percy... - Eu gemi e isso parecia incentivá-lo.

– Geme meu nome de novo, Annie. Geme. - Ele sussurrou no meu ouvido, estocando seus dedos mais rápido.

– Percy... Percy... Eu vou...

Eu não pude terminar a frase, já que o mesmo substituiu os dedos pela língua, me fazendo ter um orgasmo rapidamente. Espasmos percorriam meu corpo, ele tomou todo meu líquido e o que sobrou em seu dedo, inclusive.

–Deliciosa.

Eu o puxei novamente para mim, beijando de maneira selvagem, quase animal. Levei minhas mãos até o cós de sua calça, puxando-a para baixo e a jogando em algum canto do quarto. Sua cueca era preta, você não faz ideia do qual gostoso ele ficava daquele jeito. O corpo definido era a perdição. Puxei a cueca, revelando sua ereção avantajada - sim, Percy era muito bem prendado -, nos virei na cama em seguida.

Lhe dei mais um beijo e algumas mordidas no pescoço e na orelha onde eu sabia que era seu ponto fraco, o que o fez soltar um gemido rouco e fraco. Desci meus beijos por todo seu tórax, arranhando o mesmo e mordendo cada gominho.

Cheguei até seu membro e passei o dedo pela extensão, dando um beijo na cabeça, fazendo Percy agarrar meu cabelos.

– Annabeth... - Ele gemia, eu sentia prazer em ouvi-lo.

Eu abocanhei seu membro, fazendo o moreno gemer mais alto, o que não cabia em minha boca estava em minha mão. Eu revezava em movimentos rápidos e lentos.

– Isso... é tortura.. - Ele gemia enquanto segurava meus cabelos em um rabo de cavalo, ajudando a ditar os movimentos.

Eu senti seu membro pulsar mais forte em minha boca.

– Annabeth... Eu vou gozar...

– Então goze, Percy.

E então ele veio, soltando um longo gemido. Eu engoli tudo e passei a língua pela boca, limpando o que escapou, enquanto ele me olhava. Ele me puxou para ele.

– Vadia. Você me enlouquece.

– Essa é a parte mais divertida.

Ele me beijou com luxúria, nos virando novamente na cama. O moreno abriu minhas pernas, encaixando-as em sua cintura e se posicionando. Então as estocadas começaram. Percy saia e entrava, de forma lenta. Era uma tortura para mim e para ele, mas ambos queríamos prolongar o momento, mas não dava, era realmente torturante.

– Percy... mas rápido..

O moreno obedeceu meu pedido, acelerando as estocadas e pondo mais força, indo cada vez mais fundo, fazendo a cama ir e voltar, junto conosco.

Ambos gemiamos alto, eu arranhava sua costas, o que o fazia soltar alguns gemidos de dor, ele mordia e beijava meu pescoço, até que eu cheguei ao meu limite, sentindo meu interior aperta o membro de Percy. Então logo após cheguei ao ápice, o que me fez dar um grito. Algumas estocadas depois Percy me acompanhou, gemendo alto.

Percy ficou dentro de mim por algum tempo, não deixando todo seu peso sobre mim, esperando nossas respirações se acalmarem um pouco. Ele dava leves beijos no meu pescoço e eu em seu ombro. Então ele se deitou ao meu lado e me puxou para o seu peito, onde eu fiquei desenhando desenhos aleatórios, recebendo carinho no meu cabelo.

– Ninguém é melhor que você na cama. Não mesmo. - Eu ri de seu comentário.

– É porque você não tem ideia de como é o seu desempenho. - Foi a vez do moreno rir.

Ele passou uma de suas mãos pela minha bochecha, olhando nos meus olhos dando um pequeno sorriso. O qual fiz questão de retribuir.

– Eu pensei que nunca mais teria você assim de novo. - Ele disse. - Eu senti tanta falta.

– Eu estou aqui e não pretendo ir a nenhum outro lugar. - Eu lhe dei um selinho e ele fez questão de prolongar, tornando-o um beijo.

– Amanhã é sábado, você vai pra faculdade?

– Não, amanhã não, por que? - Perguntei curiosa.

– Ótimo, vamos dormir até mais tarde, tomar um belo café da manhã, almoçar fora e ter um noite fantástica.

– A gente não tem que ver aquele treco da substância?

– Não amanhã. Amanhã o dia é nosso.

– Tudo bem. - Eu disse voltando a deitar minha cabeça na volta de seu pescoço, quase adormecendo com seu carinho. - Boa noite, meu amor.

– Boa noite, loira. Amo você.

– Eu amo você.

E então eu adormeci, ali. Com Percy. Como sempre deveria ser. O melhor travesseiro sempre seria meu peito e o melhor coberto sempre seria seu abraço. Isso jamais mudaria.


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Notas finais do capítulo

E ai? Gostaram? O que acharam? Deixem suas opiniões e sugestões!
Comentem, favoritem e recomendem!
Até a próxima e não esqueçam de comentar, até postei rápido dessa vez.
Beijos, Annie.