O dia estava sendo uma maravilha, minha tia nem me perturbou desta vez, nem na noite passada, acho que finalmente entendeu que eu tenho 15 anos e estou próximo dos 16, graças a Deus, já não era sem tempo!

Eu saí cedo e passei para tomar café da manhã no Boogies, assisti ao show da Keyzi, e fui para aula, foi bem interessante hoje, porque não teve lição de casa e tudo mais, aproveitando que era quarta feira fui direto para o meu curso de artes, e meu dia não podia ser melhor, quando cheguei lá tive a notícia maravilhosa que eu ia poder participar da peça Let it GO! Essa peça fala sobre um garoto que quer alcançar seus sonhos, e para isso teria que enfrentar vários desafios, valeu Loux! Desejem-me sorte!

Estava lotado, e eu congelei de nervosismo quando pisei no palco, daí vi que Daniel e Keyzi estavam na plateia e eu comecei a cantar.

Let it go - Demi Lovatto

Quando a peça acabou foi um sucesso! Eu não fui visto como um bruxo das trevas ou simplesmente como Micaster Grey, eu brilhei como uma estrela! Os senhores de alta sociedade me cumprimentaram, eu agradeci, como é bom ter seu trabalho finalmente reconhecido!

Daniel me deu uma carona até em casa com Keyzi, e minha tia perguntou quem eles eram daí eu disse que eram meus amigos, e Daniel perguntou a ela se eu poderia dormir na casa dele, ela deixou sem nenhum problema, porque afinal, ela quer que eu tenha amigos mesmo...

Quando chegamos lá, Keyzi foi logo se sentando no chão e perguntando:

– Vamos jogar o quê?

– Salada mista da consequência – Respondeu Daniel.

– Daniel, Micaster só tem... Quantos anos Micky? – Perguntou ela.

– Eu tenho 15, e antes de qualquer coisa, sou bissexual, ok? – Respondi.

– Ah, eu também sou – Falaram Daniel e Keyzi ao mesmo tempo.

– Mas enfim vamos jogar? – Perguntei.

– Não Micaster, você é muito novo para a salada mista da consequência – Agora a Keyzi quer dar uma de irmã mais velha, era só o que me faltava!

– Em primeiro lugar Madame Keyzi, eu tenho quase 16, e em segundo lugar, eu não sei como é isso – Falei.

– Em primeiro lugar Sir Grey, essa brincadeira é o seguinte, fazemos uma pergunta, e você é obrigado a responder, se não responder, você tem que, hum... Dar uma salada mista em quem perguntou. Em segundo lugar, tem que girar a garrafa – Explicou Daniel.

– Eu topo! – Disse isso olhando para Keyzi.

– Maluco! – Resmungou ela comigo.

Daniel foi pegar uma garrafa na geladeira, e quando voltou, colocou sobre a mesinha, e perguntou:

– Quem gira?

– Eu – Respondeu Key.

Ela girou a garrafa e a ponta parou na sua frente e o fundo para mim:

– Keyzi pergunta para o Micaster – Falou Daniel.

– Micky, qual foi o pior mico da sua vida? – Ela perguntou maliciosamente.

– Bom, eu estava num circo, em um show de mágica, o mágico me convidou para o truque e eu fui... O truque fez parecer que eu estava urinando...

Os dois começaram a rir e eu abaixei a cabeça:

– Sua vez de girar, Micky – Disse Keyzi.

Eu girei a garrafa e a ponta parou na frente de Daniel e o fundo para mim:

– Micky, você já viu algum tipo de pornografia? – Perguntou Daniel maldosamente, eu corei, eu nunca vi nada do tipo...

– Passo – Respondi.

– Não pode passar, tem que responder – Key, você me paga!

– Eu não vou responder isso! É constrangedor! – Falei, Keyzi sorriu maliciosamente.

– Salada mista, salada mista, salada mista! – Cantarolou ela.

Eu me virei para Daniel meio nervoso, e eu dei um selinho nele, foi só isso! Ele tentou me segurar, mas eu mordi de propósito seu lábio inferior:

– Ai, Micaster! – Resmungou ele.

– Nunca tente me segurar de novo – Disse, erguendo as sobrancelhas.

– Gente, vamos jogar outra coisa agora? – Perguntou Keyzi.

– Tipo o quê? – Perguntou Daniel, massageando o lábio.

– Que tal o jogo do homem da meia noite? – Sugeri.

– Pode ser – Disse Keyzi.

Fomos ao supermercado, apanhamos um conjunto de velas, dois pacotes de sal grosso, um pacote de caixas fósforos, pagamos no caixa e fomos direto para casa do Daniel. Chegando lá, fizemos o circulo de sal bem grande, acendemos doze velas, fomos distribuindo pelo apartamento, fizemos o ritual, e quando ás nossas velas apagaram, corremos para o circulo de sal, nos deitamos e acabamos dormindo.

Quando acordamos, eu estava super atrasado! Eu acordei o Daniel e ele me deixou na escola, quando cheguei à sala, a líder falou que a diretora precisava falar comigo (quando a diretora te chama, na maioria das vezes, você só espera o pior) então fui diretamente a sua sala.

– Sr. Grey, você está ganhando uma bolsa de estudos para a escola Galtway, você aceita? Você ganhará um novo curso de artes, agora profissionalizante. Não que eu queira me livrar de você, você fará falta, mas, terei muito orgulho do que você vai ser futuramente se aceitar, você aceita Micaster? – Perguntou a diretora.

– Aceito, diretora Amélia – Respondi.

– Você já pode ir amanhã – Ela falou chorosa – Vou sentir muito a sua falta, meu poeta – E me abraçou, o engraçado, é que quando as pessoas estão sentimental, elas usam tanto o gênio possessivo (mas na verdade, utilizam o gênio possessivo sempre, ninguém é senhor do domínio de ninguém, não pertencemos a ninguém, não é algo tão difícil de entender).

No dia seguinte, eu tomei meu banho, vesti minha camiseta branca, minha calça Jeans azul marinho, meu all star bota preto e minha jaqueta de couro preto, eu parecia estar bem vestido para uma nova escola (de gente esnobe, ou como um compositor brasileiro falou: geração coca-cola) e então peguei minha mochila e fui andando para a Galtway.

Quando cheguei lá, era toda minha idealização sobre essa escola, grupinhos escolares: Patricinhas, Nerds, Valentões, Jogadores de futebol, Atores (mas não parecia que iria me encaixar nem nos atores). Quando eu estava entrando um cara me parou falando:

– Passa o dinheiro do lanche, Mané.

– Eu não vou te dar o meu dinheiro cara, cai fora – Disse eu calmamente.

– Ah, então você merece uma liçãozinha – Ele me ergueu pela jaqueta, e eu enfiei uma joelhada no seu maxilar e ele me soltou com a boca sangrando.

– Sua gazela desgraçada! – Ele falou, eu não vim da minha casa para cá para aguentar birra de gente infantil:

– Cara, sai dessa vida ou se não quer sair, volta pra sua punheta grupal, tá? – Eu pareço um rebelde num convento às vezes.

Eu fui andando pela escola, conhecendo tudo, e quando vi a biblioteca, entrei e aluguei alguns livros como Harry Potter e alguns romances.

Quando entrei na sala fui bem recebido, assisti as aulas, mas não estava com cabeça pra nada.

Bateu o alarme de saída e fui para o lago, me deitei na grama e comecei olhar pro céu. Eu não consegui parar de passar no selinho no Daniel, cara, onde eu estava com a cabeça? Eu me sinto um lixo às vezes. Eu estou esperando essa bomba explodir, devastar tudo. Já se sentiu como se fosse o monstro da história? Foi algo tão novo, não chegou a ser um beijo, mas me senti tão errado, e eu não posso gostar do Daniel, eu não posso me apaixonar outra vez!

Liguei o meu MP4 e estava tocando uma música que me exemplifica muito: Heart Attack - Demi Lovato. É por isso que eu amo meu MP4, ele sempre consegue profetizar minhas emoções!

Então estou armando minhas defesas,

porque não quero me apaixonar,

se alguma vez fizesse isso,

acho que teria um ataque cardíaco!

Alguns momentos da vida seriam bons se cortar se punir. Mas agora não era a melhor ideia se condenar. Eu chorei comigo mesmo, eu me odeio! Eu prometi a mim mesmo que não aconteceria outra vez! Do que adiantou? Nada! Não adiantou nada! Eu sou um inútil! Mais uma vez eu ateei o fogo à chuva, um toque não liberta! E eu deixei a fogueira queimar, os jogos que jogo, sempre ganho no final, mas esse está sendo o pior de todos...

Corri para casa, entrei pela janela, me enrolei nas minhas cobertas, abracei meu urso (faz tempo que não pego nesse troço), mas qual é? Eu mereço meu momento depressivo, até os anjos tem seus dias ruins e até demônios tem seus dias bons.

A música mudou agora, estava tocando Someone Like You - Adele. Essa não era perfeita para minhas emoções, mas era perfeita para meu estado espiritual.

Minha alma estava partida em mil pedacinhos, eu deixei meu coração cair e se espatifar novamente. Eu não conhecia esse meu lado, apanhei um vaso que fica normalmente em cima do meu criado mudo, e lancei-o contra a parede, que ódio!

Eu escrevi uma citação bem bacana no meu caderninho, ela diz assim:

Às vezes eu acordo, passo pela porta... O coração que você ganhou deve estar esperando por você, mesmo que quando não estamos mais, eu não posso me impedir de procurar por você, aguentarei a tormenta, ainda espero meu arco íris.

Você gosta do adeus? Seria algo tão complicado de se dizer? Apenas cinco letrinhas... Isso te destruiria? E se o seu coração estiver compadecido de amor, você o deixaria ir? Não tenha medo dos demônios da sua voz, não é uma prece ou um cântico de liberdade, é um ataque de punhal envenenado, e como ele arde...

Esta noite tive um sonho. Sonhei que estava num parque de diversões, e que eu era lançado ao alto, uma mulher falava blasfêmias. E incrivelmente, a cada palavra, eu era cortado, eu podia sentir a dor. Alguns podem pensar que era um pesadelo, mas era um sonho. A dor precisa ser sentida.

Viver é uma punição. Ás vezes... Esquece! É bom eu ir para aula.

Quando cheguei a Galtway, fui direto a biblioteca. Eu entrei, apanhei um livro na mochila e me sentei numa mesa com uma garota de cabelos longos, castanhos quase pretos, olhos castanhos escuros, pele morena clara e estava com os olhos firmes no livro em que estava lendo.

Quando comecei a ler o livro, eu a ouvi dizer:

– Já li quase todos os livros desta biblioteca, se você ler o final deste, vai ficar frustrado

Fui fechando o livro bem devagar, suspirando. Ela seguiu:

– Desculpe interromper sua leitura. Chamo-me Joana Carrey. Assistente e coordenadora da biblioteca da Galtway e vice líder do grupo de artes cênicas.

Ela me lembrava um pouco a Keyzi.

– Eu me chamo...

– Micaster – Uma voz veio atrás de mim, quando me virei era a própria Keyzi em carne e osso – Te procurei pela escola toda!

– Como sábia que eu estava estudando aqui? – Perguntei a ela.

– Por que eu sou a vice-líder da sua sala – Respondeu. – Só faltei ontem, por que tive que cuidar da testa e do lábio do meu primo – Eu corei quando ela disse isso.

– Enfim Keyzi, esta é Joana – Apresentei uma para outra.

– Já nos conhecemos – Disse Keyzi secamente – Eu vou conseguir aquele papel Joana, você goste ou não – O clima estava ficando meio tenso.

– É o que veremos queridinha – Falou Joana sarcasticamente – Micaster, como você consegue ser amigo de uma garota com sonhos tão clichês e não é nada verídica? – Ela me perguntou.

– Olha, eu fui arrastado pra isso – Respondi, mas elas nem prestaram atenção em mim. Continuaram a discussão.

– Não fui eu que fiz uma árvore na primeira apresentação da minha vida – Retrucou Keyzi.

– Fique quieta menina do laço de fita – Falou Joana.

– Olha aqui sua...

– Keyzi! – Eu a censurei – Tchau Joana, até depois. Vamos Keyzi.

Enquanto a gente estava saindo, Keyzi estava resmungando algo como:

– Um dia eu pego Joana de jeito e enfio a cabeça dela numa árvore para dar de comer aos esquilos!

– Tá reclamando de que, Keyzi? Quem começou tudo foi você – Disse, ela abriu a boca e eu falei rapidamente – E nem venha dizer que eu me tornei amiguinho dela, que eu estou te contrariando ou que eu posso voltar pra lá. Não dê chilique, porque eu já dou chilique demais sozinho.

– Desculpa Micky – Ela falou de cabeça baixa.

– Cadê o Daniel? – Perguntei.

– Ah, ele está vendo o pessoal nadando na piscina olímpica – Respondeu.

– Vamos lá ver então – Sugeri.

A piscina olímpica era bem grande, o chão era coberto de lajotas brancas e beges, as paredes eram de mármore cinzento e havia arquibancadas, onde Daniel estava sentado perto da cadeira do treinador:

– Oi Dan – Cumprimentei.

– Oi Micky – Respondeu sorrindo, normalmente eu teria o repreendido por ter me chamado assim, mas já tá na hora de crescer – Não! Assim a Conect Courty vão ultrapassar vocês! – Ele reclamou com os nadadores.

– Porque você não participa? – Perguntei.

– Conte a ele Daniel – Falou Keyzi.

– Não gosto de falar sobre isso, Keyzi, você sabe disso – Ele a repreendeu.

– Diga logo Dan – Mijão! – Daniel corou quando Keyzi falou isso alto, e todos ao redor riram.

– Keyzi, você me paga! – Vociferou ele – Micky, é que quando eu era menor, eu ia fazer teste para ser um nadador. Só que eu ainda não sabia nadar muito bem, escorreguei na borda da piscina e cai na água despreparado e eu comecei a me debater, me afogando, a arraia prendeu na minha perna e o professor me tirou da água, e meu calção de banho caiu, eu fiquei nu, e todos riram de mim – Ele abaixou a cabeça, eu nunca o vi tão indefeso – Deve estar me achando ridículo agora... – Keyzi começou a rir e eu dei uma tapa com força na cabeça dela e abracei Daniel que começou a chorar silenciosamente – Foi horrível aquele dia Micaster.

– Vai ficar tudo bem Daniel – Disse, abraçando-o com mais força – Você me ajudou no momento mais difícil de minha vida, é minha vez de retribuir o favor – Keyzi estava saindo de fininho, foi quando a puxei pelo cabelo e lancei um olhar mortal que ela deve ter entendido como: Abrace seu primo sua vagabunda insensível, porque ela veio imediatamente ao nosso encontro.

– Promete que não vai ter mais segredos entre nós três? – Perguntei a ele.

– Prometo Micky – Ele respondeu enxugando as lágrimas.

Quando terminou aulas, eu fui com Keyzi até a sala de artes. Chegando lá, me inscrevi e o coordenador disse que eu teria que fazer uma apresentação para passar no teste. Eu fui até o piano e disse Esta é uma canção chamada Okay da cantora e atriz, Elizabeth Gillies, que foi acompanhada por Backhouse Mike. Eu comecei a tocar, com o microfone próximo a minha boca:

There is no upper hand

I’m giving you mine

It doesn’t to end up

Wasting your time

There´s things that I could say

But here in my way

I want to let you know that it’s all okay

I like your smile, but even introductions

Need to last awhile

Sometimes I don’t know

If I’m right or wrong and in the end it

Seems like everything is worse when you’re gone

There is no upper hand

I’m giving you mine

It doesn’t to end up

Wasting your time

There´s things that I could say

But here in my way

I want to let you know that it’s all okay

So there you are, mistakenly mistaken for a

Deeper scar a hole in your heart

And the same for me is everything

You touch keeping you down

Or setting you free

There is no upper hand

I’m giving you mine

It doesn’t to end up

Wasting your time

There´s things that I could say

But here in my way

I want to let you know that it’s all okay

Shelter my eyes from the sun

And wait for the birds to fly by

Trying to roach every one and know

What you’re feeling inside

Deep in my head now it’s a like a dream goodbye.

Quando acabei de cantar e tocar, ninguém deu um pio, não aplaudiram e nem nada. Só ficaram me fitando como se eu fosse à novidade (em parte eu era, né?), mas enfim, o coordenador disse que eu havia passado no teste, o que me deixou feliz, mas continuei perplexo com atitude de todo mundo, até Keyzi ficou quieta.

No dia seguinte haveria apenas uma peça e a aula acabaria mais cedo, a peça era sobre a história do filme irmão urso. O que em minha opinião, foi uma ótima adaptação. Keyzi sentou do meu lado esquerdo e Daniel do meu lado direito. O que mais gosto em filmes e peças, é a trilha sonora, e tem uma em irmão urso que sempre me faz chorar:

Onde quer que vá eu firo alguém, como resolver, o que dizer? Não sei também... Irmão urso eu gostaria de poder tudo concertar, mas a solução eu não consigo achar. Meu irmão magoei você. Você em mim acreditou e eu magoei você. E tudo aquilo que escondi, a culpa não tem fim, eu imploro alguém, que por favor, afaste a dor de mim! Saída não há, da escuridão, não há futuro... Não posso me livrar! Um novo dia e eu já não sei, como farei, pra encarar...

E eu me lembrei perfeitamente da minha avó dizendo: O ontem foi bom, o amanhã será melhor, mas o hoje é uma dádiva, é por isso que se chama presente. É isso Micaster! Aproveite o melhor da sua vida hoje. Porque no final, tudo volta ao pó...

Quando a peça acabou, aplaudimos. Joana agradeceu com os demais lá de cima do palco e logo em seguida eu, Daniel e Keyzi fomos jantar no Boogies.

O Boogies estava lotado como sempre, desde que foi inaugurado, alguns garotos se apresentavam tocando e cantando Evanescence. Eu e Daniel fomos escolher uma mesa, dizemos o que queríamos a Keyzi e ela foi pegar diretamente na cozinha e quando voltou, foi com um bife enorme, com uma porção de batatas fritas e arroz bem solto ao molho manteiga.

Estava simplesmente saboroso. Nem a minha tia Mellany faria algo assim. E foi até bom, porque fiquei tanto tempo sem comer. Andar com Daniel e Keyzi me faz tão bem, é algo inexplicável!

Daniel e Keyzi me levaram de carro para casa. Quando saí do carro, vultos começaram a me atirar bolas de lama! Eu fiquei totalmente imundo. Um gritou Você não vai nos cozinhar Mortiço, não vai não!. Daí entendi. Os pais das crianças deviam estar ameaçando-as a me entregar se elas não se comportassem...

Eu entrei em casa. Fui correndo para o meu quarto. Entrei no banheiro, despi-me e coloquei as roupas no cesto de roupa suja, tomei um banho. Deitei-me com a cara no travesseiro, chorei, chorei muito. Mais uma vez, como uma criança mimada. Mas agora é oficial... Eu não quero mais essa minha vida...