Conto De Fadas Moderno escrita por Letícia Matias


Capítulo 37
Capítulo 37


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal! Tenham uma ótima leitura e ótimo fim de semana.
Fim de semana merecido, né?!!!
Boa leitura ;)



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Olhei para Noah novamente, bem á minha frente, inteiro, vivo! Ele tinha alguns arranhões no rosto e sua boca estava levemente arroxeada, mas ele estava vivo!

– Ah meu Deus! – eu disse cobrindo meu rosto com as mãos para que ele não visse as lágrimas escorrendo por minha face. – Ah meu Deus!

Eu não conseguia parar de chorar e eu estava confusa, não sabia o porquê estava chorando daquele jeito. Eu estava um poço de emoções.

– Ei, Gen. Que bom que você acordou. – ele disse segurando meus pulsos levemente e tirando minhas mãos do meu rosto. Ele sorriu docemente. – Oi!

Sorri.

– Oi. – eu queria abraçar ele e beijar ele... Eu estava totalmente desesperada.

Tentei me sentar na maca com muita dificuldade, não consegui pois cada centímetro do meu corpo latejava fortemente.

Ele se inclinou para me dar um abraço e eu cheia de tubos e fios ligados em mim, tive certa dificuldade para abraçá-lo sem enroscar todas aquelas coisas nos nossos braços. Mas consegui! Nós nos abraçamos e eu fechei os olhos apoiando o queixo em seu ombro. Ele apoiou as mãos suavemente nas minhas costas. Eu estava completamente dolorida.

– O que aconteceu¿ - sussurrei.

–Você não se lembra de nada¿ - ele perguntou olhando para mim.

Encolhi os ombros e disse:

– Só me lembro de ter soltado o cinto e depois eu fui arremessada para frente... Depois não vi mais nada.

Noah mordeu o lábio inferior e assentiu.

– Isso foi tudo. Depois acordei no hospital e você... Estava em coma.

Franzi o cenho.

– Por quanto tempo¿

– Algumas horas. Eu... Eu sinto muito Gen, eu... A culpa foi toda minha e..

– Do que está falando¿ - perguntei alterando meu tom de voz sem querer. – A culpa não foi sua, nós... Nós não podíamos prever o que ia acontecer e... Ai Noah... Você está todo machucado! – eu disse passando o dedo indicador de leve em um corte perto do olho dele.

Ele suspirou.

– Eu estou em perfeito estado em comparação a você.

Franzi o cenho e olhei para meus braços. Eu não havia percebido, mas eu estava coberta de hematomas roxos e alguns cortes no braço por causa dos cacos de vidro. Minhas mãos estavam inchadas e arroxeadas e... Onde tinha um espelho¿ Eu queria ver meu rosto.

Olhei para Noah, que me olhava atentamente. Suspirei e coloquei a mão na sua nuca puxando sua boca para a minha. Quando seus lábios encontraram os meus, suavemente, senti uma pontada de dor no lábio inferior.

– Ai. – sussurrei.

Ele olhou para mim e disse:

– Sua boca está... Inchada.

– Eu não me importo, só estou feliz de estarmos vivos. – eu disse e encostei meus lábios nos seus novamente tentando ignorar a dor que latejava em meus lábios.

Não foi um beijo muito bom, eu estava com a boca um pouco inchada e sentia dor só de encostar o dedo, e Noah estava com medo de me causar alguma dor.

Abracei-o de novo e disse:

– Te amo.

Ele suspirou.

– Eu também, Gen. Eu também.

A porta se abriu e eu olhei para ver quem estava entrando. Era uma enfermeira baixinha de olhos puxados. Junto com ela estava meus pais!

– Mãe! Pai! – eu exclamei surpresa.

– Ah querida! – minha mãe disse vindo até a cama.

Noah se levantou para dar espaço para ela me abraçar.

– Que bom que você acordou!

Meu pai veio me dar um beijo na testa e eu franzi levemente o cenho porque senti dor.

– Oi pai. – sussurrei.

– Oi filha. – ele sorriu murchamente. – Tem tanta gente lá fora para te ver...

Franzi o cenho.

– Quem¿

– Seu irmão, Rebecca, Andrew, James e os meninos da banda, os pais de Noah!

Olhei para Noah que me lançou um sorriso torto.

– Seus pais¿

Ele assentiu.

– Bom pessoal, eu sei que vocês estão aliviados e animados pelo fato da Gen ter acordado e eu também estou, e muito! Mas, preciso checar os monitores e o Dr. Smith já está vindo vê-la. Peço que só fique uma pessoa no quarto.

Meus pais se entreolharam e depois olharam para Noah que falou:

– Eu fico.

Eu acho que meus pais queriam ficar, mas, eles assentiram e me deram outro beijo, um na testa e um na bochecha e saíram do quarto.

Logo depois que eles saíram, um homem jovem com o cabelo cheio de gel, penteado para trás, entrou no quarto.

– Srta. Jay, que bom que você acordou! Sou o Dr. Logan Smith, cuidei de você e do Sr. Collins!

Sorri murchamente e estendi o braço para lhe cumprimentar.

– Oi. – eu disse.

– Como se sente¿

Respirei fundo e disse:

– Cheia de dores. Eu sinto dor em... Tudo!

Ele assentiu e anotou algumas coisas numa prancheta.

– Isso é normal considerando o fato de que você foi arremessada para fora do carro. Bom Srta. Jay acho que você já sabe que estava em coma. Graças a Deus, foram só algumas horas. Você sofreu um traumatismo craniano então é muito normal que você enfrente algumas mudanças bruscas de humor, então, não se preocupe com isso, tudo bem¿

– Ok. – eu disse.

Ele pegou uma lanterna no bolso de seu avental impecavelmente branco e puxou minhas pálpebras para baixo, colocando aquela luz que parecia extremamente forte em frente aos meus olhos.

– Parece que está tudo bem com você. Claro que você vai ficar em observação por pelo menos um dia e meio e será medicada por causa de dores. Seus machucados vão melhorar, o inchaço também e o corte rente ao olho teve que dar alguns pontos, mas fora isso srta. Jay, você está ótima. Ficará boa logo! Está sentindo alguma coisa fora dores¿

– Ah... – eu disse um pouco confusa. Era muita coisa para processar – Estou com fome e com frio.

– Vamos providenciar algo para que você possa comer e mais um cobertor para a senhorita. E a enfermeira Kelly providenciará um remédio para dores.

– Ah... Obrigada. – eu disse e o Sr. Smith saiu junto com a enfermeira.

Olhei para Noah que me olhava ansioso.

– Você está com algum espelho ou celular aí¿ - perguntei.

Ele tirou do bolso seu celular e me entregou.

Olhei meu reflexo na tela preta e tive um choque. Minha cara estava... Inchada! Minha boca estava arroxeada e consideravelmente inchada, e eu tinha um corte grande e horroroso perto do olho e mais alguns outros cortes menores pelo rosto.

– Ah meu Deus, estou horrível! – sussurrei entregando para Noah seu celular.

– Gen, você está viva! – Noah disse sentando-se na poltrona ao lado da maca. – Você na imagina a angústia de todo mundo, o meu desespero por você demorar tanto para acordar...

Olhei para minhas mãos e disse:

– Eu... Sinto muito. Você está tão machucado também...

– Não se preocupe comigo, ok¿ Eu estou bem. Só... Estou feliz que esteja acordada. Eu nunca mais vou deixar você dormir.

Um sorriso se abriu lentamente na minha boca e eu olhei para ele.

– Você nunca deixa.

Ele sorriu e abaixou a cabeça.

– Gen, promete uma coisa¿

– O quê¿ - sussurrei.

– Nunca mais, nunca mais solte seu maldito cinto de segurança, ok¿

Assenti a cabeça e disse:

– Ok.

A enfermeira Kelly entrou e sorriu. Ela estava com uma bolsa de soro na mão.

– Aqui tem remédio para dor também Srta. Jay. Vai passar temporariamente. Estamos providenciando algo para a senhorita comer. Uma sopa cairia bem, certo¿

– Sim. Obrigada. – eu disse quando ela trocou a bolsa de soro.

Ela sorriu.

– Pronto Noah, agora você não precisa mais chutar os baldes de lixo do hospital!

Franzi o cenho e vi que Noah olhava para a enfermeira Kelly, um pouco sem graça.

– Do que ela está falando¿ - perguntei encostando minhas costas nos travesseiros macios.

– Ah...

– Ele estava tão... Transtornado, Genevieve. Eu nunca na minha vida vi alguém tão preocupado, transtornado e desesperado como o Noah.

Olhei para Noah e esbocei um pequeno sorriso. Olhei para a enfermeira Kelly e disse:

– Que bom ouvir isso.

Ela sorriu e piscou para mim e saiu do quarto.

Logo depois, a minha sopa quentinha de frango chegou. Eu estava tão faminta, mas tão faminta que parecia que minha fome não iria acabar.

– Come devagar. – Noah disse ao meu lado enquanto eu enfiava uma colher de sopa na boca.

– Eu estou com fome! – respondi de boca cheia.

Ele riu.

– Que sexy.

Olhei para ele.

– Não seja maldoso. Você sabe que estou horrorosa.

Ele balançou a cabeça e me entregou o guardanapo quando estendi a mão pedindo que ele me entregasse.

– Nem machucada você fica horrorosa. É impressionante.

Sorri.

– Mentiroso. Estou toda roxa e sem conseguir beijar direito por causa do meu lábio inchado. Não me espantaria se você me trocasse por alguém que esteja conseguindo beijar e não esteja toda roxa.

Ele revirou os olhos e disse:

– Ei Gen, o que são esses dois roxos no seu pescoço¿

Reprimi um sorriso.

– Sua boca. – respondi e ele riu baixinho.

– Eu nunca achei que falaria isso mas, é o roxo mais bonito que está no meu corpo.


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Notas finais do capítulo

E aí, vocês gostaram? Esse capítulo não ficou muito grande porque eu confesso que estou morrendo de sono e são 02:06 da manhã agora então... Prometo escrever melhor e capítulos um pouquinho maiores.
Fico feliz que a Gen acordou



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