Acordei com a luz batendo no meu rosto e me vi com dificuldades para abrir os olhos. Senti o corpo do loiro entrelaçado no meu e sorri ao lembrar do que aconteceu na noite anterior.

Abri os olhos, agora acostumada com a claridade, levantei a mão para confirmar de que o anel continuava no meu dedo, sinal de que vamos mesmo casar brevemente, o que me deixou bastante animada. Virei para o outro lado, para que ficasse visível de ver o rosto do Austin. E eu encontrei o seu rosto com uma expressão serena, ainda adormecido, mas mesmo assim tinha um sorriso nos lábios.

O beijei e esperei que ele acordasse.

— Bom dia, amor. — sussurrou.

— Bom dia, futuro marido. — falei num tom zombeteiro e gargalhei.

— Futuro marido? — ele sorriu perguntando e beijou-me. — Eu amo você, futura esposa.

— Eu também te amo.

— Vou tomar um banho… — o loiro disse, mas logo olhou para mim com um ar malicioso. — Quer ir comigo?

— Isso é pergunta que se faça? — perguntei fingindo estar ofendida, mas não consegui prosseguir com a atuação. Gargalhei alto e me levantei da cama rapidamente, puxando o loiro para vir comigo.

 Caminhamos até o banheiro, enchemos a pequena jacuzzi que tinha lá, Austin por fim colocou alguns sais de banho. Para ser sincera acho que misturamos todos os produtos que diz que são para pôr no jacuzzi, por isso acho que isso não vai dar muito certo.

 Só sei que depois de termos estado horas dentro de água, ficou tudo molhado a nossa voltado, tudo cheio de espuma e um pouco de produtos que Austin nada desastrado derramou. Desejo sorte a quem tiver que limpar isso. Vai dar trabalho.

 Nos vestimos e logo em seguida Austin ligou para que trouxessem nosso café da manhã no quarto, e assim foi feito.

                      ***

A viagem de volta para nossa casa foi bastante tranquila, e eu não podia me sentir mais feliz com tudo o que aconteceu na noite passada, desde o jantar até a nossa noite romântica no quarto. Mal posso esperar para contar as novidades a Rydel e Mimi, e principalmente à Angie. Quero começar já a pensar nos preparativos do casamento e preparar tudo, quero que ocorra tudo perfeitamente bem.

— Chegamos! — disse o loiro estacionado na frente de nossa casa.

 — Aleluiaaaa, aleluuuuuiaaa! — cantarolei fazendo o loiro rir do meu desespero.

 Sai do carro correndo, tocando a campainha em seguida.

 — Ally! Austin! Voltaram! — disse minha sogra abrindo a porta. — adivinha quem sentiu saudades de vocês? — continuou dando um pequeno abraço em cada um e deu espaço para passarmos. — Angie, olha quem está aqui!

 — Mamãe! Papai! — disse minha menina, correndo para nós e nos abraçando.

 — Só ficamos fora uma noite! — Austin disse gargalhando e pegando Angie no colo.

Rydel apareceu rapidamente na sala, nos cumprimentou e me puxou para o sofá.

 — Nós sabemos disso, mas temos um pressentimento de que têm alguma coisa para nos contar! — disse Rydel dando leves tapinhas nos joelhos.

 Austin ficou em pé, e Mimi sentou no braço do sofá. Todos ali olhavam para mim, o que me deixou um pouco desconcertada. Rydel que estava ao meu lado, de repente, agarrou minha mão olhando para o anel e o seu queixo caiu. Corei e fiquei à espera de uma reação concreta.

 — Vocês vão mesmo casar? — Ry perguntou ainda olhando para o anel.

 — Sim. — respondeu o loiro sorrindo e eu e ele ficamos esperando alguma reação da minha sogra.

— Oh meu Deus! — Mimi deu um pulo e logo abraçou seu filho e em seguida me abraçou. — Estou tão feliz! Meu filho finalmente vai casar! Fico feliz por ser com você, Ally! — disse ela segurando minha mão. Ela parecia emocionada, o que eu achei muito fofo.

 — Parabéns, casal! — disse Rydel rindo de sua mãe que estava com os olhos cheios de lágrimas.

— Obrigada, eu estou mesmo feliz, mal posso esperar para começar a preparar tudo! — falei.

— Temos que começar a ver os vestidos! Posso te ajudar? Ai, vai ser tão lindo! — disse minha sogra dando pulinhos.

 — O que é casar? — perguntou minha menina fazendo com que Austin soltasse gargalhadas.

 — É quando duas pessoas, como o papai e a mamãe, que se amam muito e fazem uma festa para o comemorar… E depois vivem felizes e juntos para sempre. — disse o loiro a olhando.

 — Yey! — Angie comemorou batendo palminhas.

Todos soltamos uma gargalhada e continuamos a falar sobre o casamento e sobre datas e lugares para o realizar. Ainda temos muito em que pensar, mas com a ajuda das meninas tenho a certeza de que vai correr tudo perfeitamente bem.

 Há um ano atrás não imaginava que ia conhecer um homem tão perfeito como o Austin, que me amasse, que me tratasse tão bem e que me defendesse com unhas e dentes. Não imaginava que o meu pai iria ser preso, que o Dallas fosse fazer o que fez, que quase morri por causa de um equívoco. Ganhei uma nova família que me ama, que ama a Angie e, apesar de tudo aquilo que se passou, de termos perdido um bebé, o nosso filho, conseguimos ultrapassar isso juntos e continuámos mais fortes do que nunca. Posso dizer que a minha vida deu uma grande volta, mas não mudaria nada, talvez tudo aconteça por uma razão, e agora percebo que há um ano atrás eu não estava bem… eu pretendia que estava bem.

— A menina das alianças pode ser a Angie! — Austin disse estralando os dedos.

— Ótima ideia! — sorri. — E depois temos que tratar dos padrinhos e madrinhas… Das damas de honra! — continuei anotando em um caderno meu.

— Das damas de honra vocês quem sabem… — disse o loiro fugindo do assunto.

 — Coitado! Você não vai se livrar dessa. Vai ajudar em tudoooo, Austin! É o seu casamento! — disse Mimi.

  — Eu escolho a lingerie da Ally! — disse o loiro piscando um olho e fazendo um sorriso atrevido.

 — Austin Moon! — Mimi o repreendeu com um olhar engraçado.

 — Desculpa, mãezinha. — disse o loiro gargalhando.

 — Bom... Eu quero tudo muito simples… Temos que combinar para irmos ver os vestidos.— falei olhando para Mimi e Rydel.

 — Eu conheço algumas lojas que têm vestidos tradicionais e lindos! Vai ser fácil porque tudo fica lindo em você, Alls! — disse Rydel e eu ri.

— Fica melhor sem nada. — Austin sussurrou alto o bastante para todos que estavam ali ouvirem.

 — Austin! — Mimi o repreendeu de novo, desta vez acompanhado por um beliscão.

 — Tarado. — falei rindo da sua expressão de dor.

 — Taradoooooo. — Angie gritou pulando na sofá.

Ficamos todos olhando para ela de olhos arregalados. De repente todos soltamos uma gargalhada e começamos a dizer palavras engraçadas para ela esquecer esta, mas não resultou muito bem.

A minha família é uma graça.