O despertador tocou e levantei-me de repente. Dirigi-me para a casa de banho e tomei um duche rápido. Vesti-me e dirigi-me para a cama onde esta meu namorado ainda a dormir. Inclinei-me e comecei a sussurrar-lhe ao ouvido.

– Amor ... acorda. Temos que ir trabalhar.

– Mãããe. Eu hoje estou doente. - reclamou pondo a língua de fora.- Vê
...

– Vejo, vejo. - falei soltando uma gargalhada.

– Bom dia, amooor! - falou ainda de olhos fechados.

– Não sabia que chamas amor à tua mãe ... - tentando não me rir, o loiro abriu os olhos e sorrindo.

– Não. Só à minha amante ...

– O quê?! Austin Mônica Moon , que amante?! - berrei sentindo meus olhos arderem e minha narina delatar .

Ele parou de gargalha quando viu que , eu estava a ponto de chorar . Tentei disfarçar pois não queria que ele visse que isso me afetava .

– Vou fazer o pequeno-almoço, Austin ...

– Heeey! - se levantou da cama vindo ao meu encontro. Colocou suas mãos em me rosto o acariciando, fechei os olhos deixando somente uma lágrima cair. - Amor eu estou brincando ... Não tem amante nenhum ... Me desculpa ? - perguntou, mesmo com os olhos fechados senti o loiro se aproximar e me dar um beijo de esquimó .(Autora: Para quem não sabe Beijo de esquimó e o rosado de narizes .)

– Tudo bem ... - sussurrei, mas por dentro isso me machucou, mesmo não tendo amante nenhum .

E se alguma mulher de onde trabalhamos fica interessada nele e resolver fazer de tudo para ficar com ele, e se ele se enteressar por ela, e se eles quiserem ficar juntos e se ele me deixar ou pior ... Se ele tiver tanta pena de mim e resolve ter um caso com ela e esquecer de mim e de Angie ... Eu não conseguiria superar isso muito menos agora com Dallas por perto .

– Ally ? Ally por favor olhe para mim ...

– O que ? - perguntei . - Por que não pede pra sua amante olhar ...

– Pelo amor de Deus ! Ally eu te amo de verdade, eu estava brincando por favor não fique chateada comigo, eu não quero te perder por causa de uma brincadeira tosca ... Eu te amo tanto que EU daria minha vida por você ou por minha filha ( Angie ), se você me deixar eu me jogo na frente do primeiro ônibus .

Sorri que nem uma boba apaixonada, espera ... eu sou uma boba apaixonada, se eu fiquei surpresa quando ele chamou Angie de minha filha ?
Muito e pra falar a verdade muito feliz ... Depois daquela declaração meu exagerada , acho que não tem mais o porque de insegurança, e se ele deixar de me amar , sigo em frente ... Ele não seria o primeiro , mas talvez o último .

Olhei sua cara de parvo e dirigi-me ao quarto de Angie. Acordei-a, dei-lhe um banho e vesti-a. Quando já estava pronta, descemos as duas para a cozinha e começamos a preparar o pequeno-almoço. Enquanto isso, o loiro ainda tomava banho. Depois de termos as torradas feitas e o leite aquecido, ele finalmente chegou. Sentamo-nos todos à mesa a comer e ninguém falou. Sem ser Angie, que falava com o seu Mickey.

– Então, logo vamos ver minha irmã - puxou assunto .

– Claro.

– Depois do jantar, esta bem? - perguntou .

– Era esse o combinado. - falei sem olhar para ele.

– Ainda está chateada comigo, amor? - perguntou , não queria mentir , mas essa conversa de amante não me deixa pensar em outra coisa. Queria dizer que sim, mas não o fiz .

– Não , Austin ...

– Eu sei que está ... Você nunca me chama de Austin ...

– Desculpa loiro ... Mas essa conversa de amante não me fez bem.

– Me perdoe ... eu juro não fazer mais nenhum tipo de brincadeira desta ... - falou, eu assenti com a cabeça e sorrimos .

Deixou um beijo na minha testa e começou a arrumar a louça. Eu preparei a minha mala e calcei a Angie com uma das sua sapatilha preferidas . Passados uns minutos já estávamos os três no carro, a caminho do colégio . Ainda era cedo por isso não se via muitos carros na rua. A música tocava, calmamente, no rádio. Mais um bocadinho e estava capaz de adormecer. Mas tive que sair do carro para deixar a Angie à educadora. Lembrei-me de lhe informar que só eu ou o Austin é que a podíamos vir buscar, não vá o Dallas tentar fazer uma loucura.
A caminho do trabalho, uma enorme fila formou-se na auto-estrada. Isto é capaz de demorar.

– Allycia ?

– Sou eu. - falei.

– Está mesmo tudo bem? Estás estranha ...

– Estou estranha? - perguntei.

– Quer dizer, pareces triste ... Ainda está chateada comigo ?

Eu Oh. Não. Eu estou bem.

– Vá lá ... É por causa da história de amante e do otário do Dallas ?

– É, mas é por causa da Angie. Não quero a perde ...

– Não a vamos perder. Ele pode tentar ficar com ela, mas tu és uma excelente mãe. Tens muita gente a te apoiar! A Trish, o Dez, a mrs. Adams ... EU! A minha irmã, a minha mãe ...

– Obrigada. - falei olhando nos olhos dele e sorrindo .

– Por que raio é que me estás a agradecer?

– Por tudo. Por teres aparecido na minha vida. - Uma lágrima escorreu pela face. - Por não me teres deixado, por ter me ajudado. Eu te amo .

– Eu também ... - sorriu e limpou-me a lágrima.

– Não. Não digas "também". Parece que estás apenas a concordar comigo.

– Tens razão. Desculpa. Eu te amo ... - falou e nós sorrimos .

– Eu aprendi isso há já algum tempo. Acho que faz todo o sentido. - falei .

– Faz mesmo. Nunca tinha pensado nisso dessa maneira. - falou e sorriu.

Liguei o rádio e decidi por o cd do Ed Sheeran. Tenho uma certa panca ( queda) por ele. Acho que o loiro já reparou nisso. Pus a Miss You e cantei baixinho. Passados uns minutos chegamos ao edifício onde trabalhamos. Entramos de mão dada, o que eu acho completamente fofinho, e despedimo-nos com um suave beijo. Aus foi para o seu escritório e eu fui com Trish para o seu .

– Nem sabes o que me aconteceu ...

– O Austin pediu-te em casamento? - deu pulinhos.

– Antes fosse. - encarei o chão.

– Oh. - abraçando-me. - O que é que se passou?

Levei-a para o meu escritório e contei-lhe o episódio da tarde anterior. Ela ficou chocada e deu-me o seu apoio. Ela conhece o Dallas. Ela sabe bem do que ele é capaz. E é disso que eu tenho medo.
Quando ela saiu, liguei o meu computador e pus mãos ao trabalho. A minha escrita foi interrompida por meu namorado a chamar-me para irmos almoçar. Depois do mesmo, voltei ao meu escritório e acabei o que estava a escrever.
Quando chegou as 06:00 pm, arrumei as minhas coisas e, mesmo quando ia ter ao escritório do Aus, ele apareceu à minha frente e deu-me a mão. Rapidamente me despedi de Thish e saímos do grande edifício.

– Fim-de-semana! Aleluia!- falou meu namorado.

– É, já podes demorar mais de duas horas a tomar banho! - falei.

– Melhor! Já posso tomar banho contigo. -fez um movimento engraçado com as sobrancelhas.

– Sempre pudeste! - falei.

– Ah! E eu a pensar que só podia ao fim-de-semana!

– Perguntasses. - sorri e entrei no carro e o loiro entrado também.

– Mas tu podias-me ter informado ...

– Para a próxima escrevo na testa, esta bem, amor?

– Sim! - sorriu.

Fomos buscar Angie ao colégio e ela vinha com uma cara um pouco assustada. Correu para os meus braços e começou a chorar. Entrei no carro e tentei acalmá-la. Preciso de uma explicação.

– Angie, o que é que se passou? - perguntou Aus fazendo-lhe pequenas festinhas na cabeça, enquanto conduzia.

– Vá, lá, filha. Conta-nos ...

– Se nos contares, levo-te ao parque de diversões do SpongeBob!

Arregalei os olhos e logo vi a expressão de Angie a mudar. O meu namorado sorriu vitorioso.

– Prometes?

– Prometo! Conta lá.

– Hoje, quando eu estava a brincar com uma amiga, no recreio, um senhor apareceu e queria-me oferecer uma barbie. Mas eu nem gosto de barbies! - disse Angie, o loiro riu mas logo ficou sério .

– Você sabe o nome dele ? - perguntou o Aus.

– Não, mas Ele disse que era o meu papá.

– E-e o que é que fizeste? - perguntei.

– Corri para a minha sala, porque eu sei que o papá é o Austin. - falou minha filha.

– Acho que vamos precisar de seguranças ... - falou dando um murro no volante.- E isso vamos precisar de seguranças!

– Aus, isso é muito caro. Não é preci ... - O loiro me interrompeu .

– Não importa ! Eu pago! Não quero que nada nos aconteça!