Olhar das Estrelas escrita por cat cup


Capítulo 1
Prólogo- O Ritual




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A Lua-Cheia iluminava a floresta inteira, como se estivesse derramando prata-derretido. Isso informava que haveria O Ritual. Um evento bastante conhecido nas Alcatéias do Sul e do Norte, em que as duas alcatéias se reuniam para transformar os filhotes em membros oficiais. E em casos raros, matar os filhotes "amaldiçoados". Os Rituais eram realizados no coração da Floresta Pomew.

A Alcatéia do Sul se preparava para caminhar até lá. O movimento no centro do território era grande. Vários lobos andavam em círculos, esperando a ordem de partida de Kay, o alfa. Três jovens lobinhos marrons brincavam de luta.

–Halkia, Romeu! Não vale! -A mais deu um rosnadinho fingido. Seus irmãos jamais a encurralariam.

–Vale sim, Deria! - Romeu uivou, pulando em cima de Deria e fazendo um sinal para Halkia atacar também. Os três começaram a se morder e arranhar. Até que um uivo alto e estridente chamou a atenção dos irmãos, e da alcatéia também. Era o alfa.

–Vamos! Está na hora, seus paspalhos. - Ele rosnou, descendo de umas pedras e cruzando a clareira e indo em frente, e a alcatéia o seguindo.

*****

A luz prateada da Lua iluminava seus pelos rubros, seus olhos roxos ardiam como sal grosso em uma ferida profunda.A alfa da outra alcatéia estava sentada, aguardando Kay chegar. Ela estava irritada o bastante para causar uma guerra. Ela ouviu um uivo, logo reconheceu que era o outro alfa.

–Finalmente chegou, seu monte de merda! -Karst rosnou.

–Quieta, insolente! -O mesmo retrucou, devolvendo o rosnado. -Isso é O Ritual, não um confronto!

Karst semicerrou os olhos, o rodeando ameaçadoramente. Seus pelos avermelhados se eriçaram, ela o rodeou até ficar focinho a focinho com ele. Karst arqueou uma sobrancelha e se aproximou mais ainda do rosto dele, deu um pequeno sorriso. -Por que não transformar?

–Que assim seja. Mas não quer matar alguns embruxados primeiro? -Kay sugeriu, sussurrando em seu ouvido. A loba franziu a testa e concordou, ainda irritada.

Os dois iniciaram o evento, chamando os filhotes para perto deles, separando os amaldiçoados dos membros. Os filhotes embruxados estavam assustados e apreensivos, e Romeu estava entre eles. Halkia e Deria foram nomeadas membros, as duas olhavam assustadas para o irmão mais velho, que estava um pouco calmo, mas não entendia o porquê de estar entre os amaldiçoados. Romeu olhava para seus pais, um pouco triste, sabia que iria ser separado deles, e sua mãe, estava chorando, encostando a cabeça no ombro de seu pai.

–Agora o momento menos esperado do Ritual, mataremos os embruxados. Os que amam esses vermes malditos, tem o direito de sair. Fiquem à vontade, mas se saírem, irão apenas para a sua alcatéia. –Karst anunciou numa voz firme, logo levando os filhotes para um local semelhante a uma pequena caverna.

“Se eles acham que vão me matar, estão muito enganados!” Romeu pensou. Também imaginou o que faria para escapar. “Hum... Meus pelos são escuros, posso me rastejar para fora. Ou...” Olhou em volta e viu que as paredes tinham alguns galhos presos entre pedras. Olhou mais uma vez e reparou que haviam feridas nas patas de Karst e Kay. Acabara de bolar um plano! Quando chegasse sua vez, morderia as patas dos alfas bem nas feridas. Seus dentes eram realmente bem grandes para os de um filhote de sua idade, suas presas eram semelhantes às de um dente de sabre.

Sua vez chegara, e Karst olhou severamente para ele, como se quisesse extingui-lo de todas as dimensões.

–O que está olhando? Algo de errado em ser amaldiçoado? Não escolhi ser assim, me respeite sua ridícula! –Romeu rosnou, eriçando seus pelos. Logo arregalando os olhos e dando uns passos para trás, Karst pisava duro, mordendo o ar, simbolizando que o nada, seria ele mesmo. A loba não demorou para prende-lo no chão e cravar seus caninos afiados em seu ombro, Romeu grunhiu e arranhou o focinho da mesma, fazendo com que ela o soltasse.

–Ora, seu pedaço de merda! –Uivou de raiva, fazendo um sinal para Kay cuidar dos outros. Quando Karst reparou, Romeu tinha fugido, deixando um rastro de sangue que parava perto de um arbusto cheio de hortelãs. O garoto era esperto, disfarçou seu cheiro. Enquanto isso, Romeu corria com um pouco de dificuldade, mas corria.

Ele começou a pensar, se voltasse para sua alcatéia, Kay o mataria de qualquer jeito, principalmente Karst. Mas poderia começar uma vida nova, não é?


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Notas finais do capítulo

MEU DEUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUS FVDUYFGV! EU REESCREVI ISSO! Tava na hora, né.



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