Trilogia Badlands - O Legado de Gray Mann escrita por Stravinsky


Capítulo 6
Atrás do tanque principal




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Após vários andares, a equipe chega em um andar onde uma placa de metal informava que eles haviam chegado ao 18ª andar. Eles chegaram esbaforidos, chegando pela ordem, Maykon, Scout, Anya, Medic, Engineer, Miss Pauling, Sniper, Pyro, Spy, Demoman e Soldier.

– Nós... Nós... Chegamos? - perguntou Spy, esbaforido.

– Chegamos - disse Maykon.

– Como... Consegue subir tudo... Isso todos os dias? - perguntou Anya, esbaforida.

– Porque você acha que eu sou magro? - perguntou Maykon.

– Espera... O Heavy... Ainda está lá em baixo - disse Medic.

Heavy chega, subindo a escada, lentamente.

– Porque eu tinha que comer tantos sanduíches de almoço? - perguntou Heavy.

Medic ajuda Heavy a subir o último degrau, enquanto Maykon leva a equipe para um dos lados do andar, que havia vários quartos.

– Como a Maddy disse, os quartos tem lugares para duas pessoas - disse Maykon. Ele aponta o primeiro quarto ao canto - Esse é o meu quarto, os outros estão vazios, menos este na minha frente. É uma sala para fumantes.

– Perfeito - disse Spy - Eu fico no quarto ao lado.

– Sozinho? - perguntou Soldier.

– Combina com você - disse Engineer.

Spy entra no quarto, enquanto a equipe se olha.

– Eu a Anya vamos ficar no quarto lá da frente - disse Pauling.

– E eu e o Sniper na frente de vocês - disse Scout.

– Eu não concordei com isso, companheiro - disse Sniper.

Scout soca o braço de Sniper.

– Ei! - disse Sniper, esfregando o braço.

Anya olha para Miss Pauling.

– Tudo bem - disse Pauling.

As duas vão caminhando para o quarto, enquanto Sniper e Scout vão para o quarto da frente e o resto da equipe se olha. E... A equipe havia se arrumado nos quartos, enquanto algumas pessoas vão andando pelo hotel. Scout abre a porta do quarto e olha a porta do quarto de Anya e Miss Pauling.

– Companheiro, pare de fazer isso - disse Sniper - Já abriu essa porta mais de cinco vezes.

Scout fecha a porta e observa Sniper deitar na cama.

– Desculpe - disse Scout - Eu só... Não consigo aceitar o fato de que a Anya prefere aquele carinha do que eu.

– Ela não disse se preferia o Maykon ou não - disse Sniper - Você apenas presumiu isso.

Sniper se mexe um pouco na cama.

– Essa cama é estranha - disse Sniper.

– Você não está nem um pouco preocupado? - perguntou Scout.

– Scout, eu fiquei três dias dirigindo com o Soldier perguntando no meu ouvido se já tínhamos chegado - disse Sniper - E mais, esse é seu assunto. Se ela gosta de você, ela vai ficar com você.

Scout pensa.

– Eu vou dormir - disse Sniper - Temos que sair cedo, então, não me acorde por bobagens!

Sniper tira o chapéu, coloca na em cima do rosto e cai na cama. Scout abre a porta novamente, vendo Miss Pauling e Anya levando caixas com comida dentro para os quartos dos mercenários. Anya vai até Scout, que sai do quarto, fechando a porta.

– Ei - disse Anya - Isso aqui é para vocês. Para um jantar e um café da manhã.

Scout pegou a caixa e colocou no chão.

– Valeu - disse Scout - Sniper já foi dormir, acho que vou ter que jantar sozinho.

– Pois é - disse Anya.

Os dois se olham.

– Você... Se você quiser... Podemos... - disse Anya - Não sei... Jantar juntos?

Scout se anima.

– Sério? - perguntou Scout.

– Anya! - disse Pauling - Eu já entreguei para o Engineer e o Pyro. Se você já entregou para o Spy, vamos jantar e depois dormir para estar cedo na estrada!

Miss Pauling entra no quarto da frente, enquanto os dois se olham.

– Desculpa - disse Anya.

– Não! - disse Scout - Tudo bem, você não tem culpa.

– Talvez Pyro queira jantar com você - disse Anya - O Engineer sempre janta sozinho.

– O Pyro? - perguntou Scout - Porque eu iria querer jantar com ele?

– Porque ele é meu pai - disse Anya.

– Seu pai? - perguntou Scout.

– Bom... Eu considero ele como um pai - disse Anya.

– Não... O Pyro é mulher - disse Scout - Como ele pode ser seu pai?

– Ele não é mulher - disse Anya - Ele é um homem!

– Ah é? - perguntou Scout - Como é que você sabe?

Anya parou e ficou olhando para ele, tentando encontrar uma resposta.

– Não importa! - disse Anya - Eu sei que ele é homem!

– Sei... - disse Scout.

– Vai dormir, Scout - disse Anya - Até amanhã.

Anya entra no quarto da frente, enquanto Scout se encosta e bate os punhos na porta, estando com raiva. Ouvem-se gritos de um dos quartos.

– Eu só estou dizendo para você que eu preciso da cama! - gritou Medic - Onde mais eu vou dormir?

– Sasha precisa dormir! - gritou Heavy - Ela precisa descansar!

– Ela é uma arma! - gritou Medic - Eu sou um ser humano de verdade e preciso dormir se quiser enfrentar robôs! É minha cama!

– Durma no quarto do Spy se quiser! - gritou Heavy - Sasha vai ficar ali!

– Já chega! Não vou ficar com um ser humano irracional que pensa que a arma é um ser humano! - gritou Medic - Volte aqui, Arquimedes! Saia da janela!

– Eu não sou um ser humano irracional! - gritou Heavy.

– Decida-se! - gritou Medic - Ou me deixe dormir na minha cama ou acabou seus sanduíches!

– Você está blefando! - gritou Heavy.

– Você nem sabe o que essa palavra significa! - gritou Medic.

Scout ri e do nada, a porta abre e ele cai no chão.

– Quem é? - perguntou Sniper.

Sniper olha Scout no chão, olha o corredor e olha novamente para Scout.

– Esqueceu de como abrir uma porta, companheiro? - perguntou Sniper.

E... Já era de manhã. Miss Pauling e Anya entraram no saguão de entrada, onde os mercenários estavam comendo algumas coisas que a assistente havia entregado a eles.

– Bom dia, time RED - disse Pauling.

Os mercenários olharam para Miss Pauling e voltaram a comer.

– Vocês estão bem? - perguntou Anya.

– Não tem cerveja - disse Demoman.

– Nem sanduíche - disse Heavy.

– O que eu não daria por uma boa xícara de café? - perguntou Medic.

– Além do fato de que Heavy e Medic ficaram gritando a noite toda - disse Engineer - Eles pararam as três da manhã e voltaram a gritar novamente. Eu mal conseguir dormir.

– É - disse Demoman - E não tem cerveja.

– A culpa não é minha que o Heavy queria usar minha cama para a arma dele! - disse Medic.

– Heavy, você levou sua metralhadora para o quarto? - perguntou Pauling - Eu disse que era para deixar as armas na van!

– Sasha não pode ficar sozinha - disse Heavy.

– Viu? - perguntou Soldier - Depois vocês me chamam de louco!

– Você disse que precisávamos acordar cedo para ir para a estrada - disse Sniper - Para onde mais vamos se já chegamos a Teufort?

– Eu disse estrada? - perguntou Pauling - Foi mal, pessoal, me expressei mal. Não vamos ir para a estrada e sim caminhar.

A equipe se olhou. Eles saíram do hotel, onde Miss Pauling apontou longe, o grande tanque de robôs, após algumas colinas.

– Lá está o tanque - disse Pauling - É isso ai, gente. Agora vamos acabar com o Gray de uma vez por todas.

A equipe parou e ficou se olhando.

Sniper abre uma caixa, onde havia pequenas caixas com munições. Ele carrega o rifle e olha para Anya, que fazia o mesmo. Os dois concordaram com as cabeças.

– Gray Mann já fez coisas que não devia e por isso mesmo, é hora de ele ir para a prisão, o lugar que ele já deveria estar.

Heavy pega a arma de debaixo da cama, enquanto Arquimedes pousa no ombro de Medic, que pega a arma médica.

– Nós viemos até aqui para isso, ficamos três dias na estrada e agora que chegamos, não podemos desistir.

Scout abre sua mochila e encontra sua bola de Baseball e uma lata de Bonk! Pancada Atômica. Ele olha para a lata e leva junto, enquanto Engineer pega uma de suas caixas de ferramentas e sua chave inglesa.

– Viram o que ele fez com Badlands? Mesmo que seja um lugar ruim, é nosso lar e precisamos defender quem mais mora aqui.

Demoman abre mais uma garrafa de cerveja, enquanto Soldier carrega o lança-foguetes e puxa a garrafa de Demoman. Ele bebe um pouco e devolve ao colega.

– Por Badlands e pela Anya, depois de tudo o que ele fez com ela, ainda querendo que ela se transformasse em um robô perfeito.

Spy carrega o revólver, enquanto Pyro apenas olha para a janela. Spy tira um cigarro do kit de disfarce e Pyro olha para o colega. Após algum tempo, ele joga um isqueiro para Spy, que olha e ri.

– Miss Pauling, nós já sabíamos de tudo - disse Spy - Para que esse discurso?

– Achei que iria ficar mais dramático - disse Pauling.

E... A equipe sai de Teufort, já levando seu equipamento, indo em direção ao grande tanque que eles nunca haviam enfrentado. Eles andam pelas ruas da cidade e logo chegam no limite da cidade, onde não havia mais rua. Maykon acompanhou a equipe até o limite da cidade e eles pararam ao chegar.

– Bom... Eu te disse que eu poderia ir com você - disse Maykon - Esse Gray merece levar uns bons socos na cara.

– Para começo de conversa, esse assunto é meu - disse Anya - Nenhum deles deveria estar aqui, nem mesmo o Scout.

– Eu ouvi meu nome ai? - perguntou Scout.

Soldier mandou ele ficar quieto.

– Meus amigos já estão se arriscando - disse Anya - Porque você deveria estar se arriscar também? Você precisa encontrar seu irmão.

– Mas e você? - perguntou Maykon - Eu vou te ver novamente?

– É claro que vai - disse Anya - Você me ajudou uma vez e eu vou te ajudar... Não se preocupe.

Maykon riu e os dois se abraçaram. Scout olhava, nervosamente, para os dois. Ele se aproximou e puxou Anya para longe dele.

– Bom... Obrigado por... Ajudar quando ela fugiu de Coal Town - disse Scout - E... Toda a ajuda que você nos deu até agora.

– Era o mínimo que eu tinha que fazer por uma amiga - disse Maykon.

Scout concordou com a cabeça e puxou Anya, pelo braço, até a equipe.

– Boa sorte! - disse Maykon.

A equipe já havia começado a caminhar quando ele havia falado isso. Scout não deixou Anya se virar para agradecer o amigo, enquanto eles caminhavam pelas colinas com poucas areias e alguns cactos espalhados. Assim que eles já estavam afastados o bastante, Anya deu um empurrão em Scout, que a abraçava pelo ombro.

– Qual é o seu problema? - perguntou Anya, irritada.

– Como assim, qual é o meu problema? - perguntou Scout - Eu não gosto daquele cara perto de você, Anya!

– Por acaso estamos namorando? - perguntou Anya.

Scout ficou em silêncio, enquanto os outros mercenários se olhavam.

– Eu acho que não - disse Anya - Você está fazendo que nem o Gray! Você... Você está querendo me controlar!

– Anya...

A garota voltou a andar junto aos mercenários. Miss Pauling olhou feio para Scout, que era o último na fila. Após um tempo, ele voltou a andar.

– Vamos andar por muito tempo? - perguntou Heavy - Aquelas escadas não me fizeram bem.

– Você subiu apenas duas vezes ela, Heavy - disse Engineer.

– Já é alguma coisa! - disse Heavy.

– Não se preocupem - disse Pauling - Gray não quis se manter longe de Teufort e nem muito perto, por segurança, por isso estamos relativamente perto.

– Diga isso para minhas pernas - disse Demoman.

– Recém começamos a caminhar, Demo - disse Anya.

– Poderíamos ter ido de van - disse Soldier.

– Você iria dirigir? - perguntou Sniper.

– E chamar a atenção? - perguntou Spy - Você nunca aprendeu isso no campo de batalha, Soldier?

A equipe começa a discutir, quando Miss Pauling e Anya param ao observar certa movimentação perto do tanque.

– Ei! - disse Anya - Todos quietos!

A equipe olha para Anya e Miss Pauling, quando percebem o que elas estão olhando.

– O que é? - perguntou Scout.

Eles se escondem atrás de uma grande rocha, onde observaram robôs Heavy e algumas sentinelas ao redor do tanque.

– Sentinelas - disse Engineer.

– E cópias minhas - disse Heavy.

Eles observaram mais um pouco o campo de batalha. O tanque estava com a escotilha aberta, como se Gray estivesse os esperando. A estrutura era grande, maior que os outros tanques que Gray transportava os robôs para as cidades, sendo que nos andares do topo, haviam várias janelas e Anya sentiu que seu pai estava em uma daquelas, os observando, como sempre fizera nos treinamentos.

– Porque não viemos a noite? - perguntou Sniper - Iria ser mais fácil.

– Robôs podem ver no escuro - disse Anya - Nós iriamos parecer idiotas no meio da escuridão, batendo em cactos, enquanto os robôs iriam nos encontrar antes.

– Você pode ver no escuro? - perguntou Medic.

– Não - disse Anya. A equipe a olhou - Não sei... Talvez... Nunca testei.

Os robôs carregavam suas armas e paravam de minuto em minuto, enquanto a equipe formava um plano.

– Posso sabotar as sentinelas - disse Spy - Isso daria um tempo para vocês terminarem com os robôs.

– Mas e se te virem? - perguntou Pauling.

– Eu me viro - disse Spy - O plano é esse... Eu saboto as sentinelas e assim que todas estiverem destruídas, vocês entram em ação. Posso dar uns backtabs por ai.

Ele pega a faca.

– Boa sorte a todos - disse Spy.

Ele some, deixando apenas seu lugar vazio. A equipe observa suas pegadas na areia, enquanto ele vai se aproximando das sentinelas.

– Sniper, Anya, se vocês conseguirem eliminar alguns robôs, isso pode nos dar uma vantagem - disse Pauling.

– Vamos entrar em ação? - perguntou Sniper.

– Estou do seu lado - disse Anya.

Os dois vão caminhando ao redor da rocha, onde conseguem encontrar um pedaço que estava baixo o suficiente para alguém ficar lá.

– Você atira e enquanto você carrega, eu atiro - disse Sniper - E vice e versa.

– Entendi - disse Anya.

Eles olharam para as sentinelas, que estavam se mexendo para os lados, até que do nada, o sabotador é colocado entre elas e vão parando. Depois de alguns minutos, as máquinas se explodiram, sem se ouvir nenhum Engineer gritando por elas. Anya mirou na cabeça de um dos robôs e acertou, deixando os outros sem saber o que fazer. Ela se abaixou e recarregou, enquanto Sniper atirava. Várias granadas e foguetes apareceram no meio da batalha, junto com Heavy e Medic, Pyro e Scout. Miss Pauling e Engineer estavam atrás da rocha, atirando com uma shotgun e a Justiça Vingadora. Assim que Spy deu um backstab no último robô, a equipe parou e se reuniu. Anya olha pelas janelas e percebe a silhueta de alguém.

– Ele sabe que estamos aqui - disse Anya.

– Isso não é mais um problema - disse Scout - Vamos.

A equipe carrega suas armas e entra no tanque pela escotilha. Era um imenso corredor, cheio de passagens diferentes. Na parede, havia um enorme telão, onde falava várias coisas, sobre a base e sobre os robôs.

– Gray tem uma tecnologia bem avançada - disse Pauling.

– Eu adoraria pegar algumas dessas peças para dar uma examinada e talvez conseguir passar isso para as bases - disse Engineer.

– Está se lembrando de algo, Anya? - perguntou Scout - Já esteve por aqui?

– Aqui não, mas... Eu tenho a sensação de que esse lugar é familiar - disse Anya.

– Vamos nos separar - disse Demoman - Talvez encontremos algo mais depressa.

– E o que procuramos mesmo? - perguntou Soldier.

– Encontrem Gray - disse Anya - E acabem com ele.

Eles se separaram.

Continua...


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