You and I escrita por Isadora


Capítulo 9
Capítulo 9




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Após a apresentação com Davi, na qual eles apresentaram o novo Marraphone, Jonas conversava com Brian numa sala exclusiva.

– Djonas, tudo bem?

– Yeah – respondeu o magnata – estou bem. Por quê?

– Não sei, man. Estou te achando um tanto... tenso. Aconteceu alguma coisa?

– Nada demais, Brian. Vamos nos concentrar para a apresentação do transumanismo. Esse é o foco, dude.

– Oh, my man, my brother, a apresentação com o Davi foi o maior sucesso, mas não sei... você não me parece feliz... será que tem a ver com a jornalista? Eu a vi chegando com o tal do Herval.

– Brian, a minha vontade, nesse exato momento, era acabar com esse canalha – confidenciou o magnata – mas eu não quero nem pensar nisso.

– Ok, Djonas, mas veja lá o que você vai fazer. Hoje era pra ser o dia mais feliz da sua vida. Você apresentou o novo projeto da Marra, e daqui a pouco vamos apresentar o transumanismo, que vai ser o maior sucesso. Você bombou, man, como dizem os brasileiros. As ações da Marra não param de subir. O que mais você quer?

– Brian, não se preocupe. Eu tô bem. Daqui a pouco a gente entra no palco e faz a apresentação do transumanismo.

Enquanto eles conversavam, chegaram Davi e Manu.

– Jonas, a apresentação do Marraphone foi um sucesso. Parabéns.

– Obrigado, Davi – respondeu o empresário – você faz parte desse sucesso. Não esqueça disso. Você também, Manu.

– E a apresentação sobre o transumanismo? – perguntou Manu – Jonas, Brian... nossa, estou ansiosa! Vai ser espetacular! Dois mitos juntos!

– Djonas, que tal uma sessão antes da apresentação, man? Manu, Davi, vocês nos dão licença um minuto?

– Claro – responderam os jovens.

– Boa sorte a vocês – falou Manu, antes deles saírem.

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Enquanto estavam no palco, Jonas Marra e Brian Benson apresentavam o polêmico projeto sobre o transumanismo, e a plateia delirava e muitos comentavam sobre o assunto, que dividia opiniões.

– Vencer a morte? – comentou Herval – tá bom. essa é boa... esse Jonas Marra não tem o que inventar mesmo.

– Nossa – falou Edna – estou boquiaberta com essa história. Mas vamos falar, hein, o cara é fogo. Um gênio mesmo.

– Eu que o diga – respondeu Verônica, orgulhosa. Mas, no fundo, mal escutava o que os dois, ao lado dela, falavam. Só tinha olhos para Jonas, que estava no palco, ali na sua frente. E ele estava incrível, como sempre. Seria difícil esquecer aquele homem, ela concluiu.

*******************

Ao final da apresentação, enquanto muitos tiravam fotos, comiam e conversavam, Verônica aproveitou para ir ao banheiro. Lá dentro, lavou o rosto, respirou fundo e tentou relaxar um pouco. Em seguida, não refez a maquiagem. Passou apenas um batom. E assim que saiu do banheiro, deu de cara com ele, Jonas.

– Jonas – falou ela, surpresa.

– Verônica.

– Parabéns pela apresentação – conseguiu dizer ela – foi um sucesso.

– Obrigado – respondeu ele – confesso que estaria bem melhor, se você estivesse ao meu lado, mas...

Verônica evitou encará-lo, e se limitou a responder o comentário.

– Então, quer dizer que você tá mesmo com o Herval? – continuou o empresário.

– Jonas, eu creio que agora não é uma boa hora e nem um bom lugar pra gente falar sobre isso. Depois a gente conversa, ok? Deixa eu voltar pro meu lugar agora. Com licença – falou ela, se afastando, mas ele a segurou, delicadamente, pelo braço.

– Vamos conversar em outro lugar então, se você quiser – falou Jonas, fitando-a nos olhos.

– Não acho uma boa ideia, Jonas – respondeu ela – o Herval tá me esperando... – falou ela, sem perceber que o dono da Plugar já estava se aproximando.

– Tudo bem, Verônica? – perguntou Herval, com as mãos nos bolsos.

– Herval – respondeu ela – está tudo bem... o Jonas e eu só estamos conversando.

– Jonas Marra - falou Herval.

– Herval Domingues - respondeu Jonas.

– Posso saber o que você faz segurando o braço da minha acompanhante? - perguntou o dono da Plugar.

Jonas riu. Tinha que rir pra não pular em cima daquele imbecil.

– E eu posso saber o que você faz aqui, fundador da ONG? – falou, encarando-o – ah, lembrei, você é o dono do salão. Mas por que você não me faz o favor de sumir e não aparecer nunca mais?

– Gente, vamos parar por aqui, ok? – falou Verônica, apreensiva – estamos num evento. Seu evento, aliás, Jonas.

– Na Plugar – lembrou Herval.

– Cujo dono se diz contra grandes corporações, não é mesmo, Herval Domingues, ou será que eu estou enganado? – provocou o empresário.

– Eu não tenho medo de você, Jonas Marra.

– Muito menos eu de você, Herval Domingues – falou Jonas, antes de se aproximar do rival – você não sossegou enquanto não conseguiu seduzir a Verônica e ficar com ela, não é mesmo, seu canalha? Eu sempre saquei qual era a sua.

– Jonas, por favor – pediu Verônica – para com isso.

A essa altura, algumas pessoas já estavam observando a discussão.

– Foi um prazer ganhá-la de você, Jonas Marra – provocou Herval.

– Ah é? – falou Jonas, antes de encher a mão e dar um soco na cara do outro, que caiu longe. Verônica gritou, nervosa, e algumas pessoas logo apareceram para observar. Antes que Herval levantasse para reagir, Jonas o puxou pela camisa e o prensou na parede.

– Jonas, pelo amor de Deus, para! – gritou Verônica, em vão.

– Desgraçado – falou o empresário, antes de dar outro murro na cara do dono da Plugar. Em seguida, chegaram Ernesto e Davi, para apaziguar a briga.

– Você me paga, Jonas Marra – falou Herva, levantando-se, com a mão na boca, que estava sangrando – isso não vai ficar assim, não. Pode ter certeza.

– Estarei esperando – falou Jonas, encarando-o.

ALI PERTO...

– Oh, my God, Dorothy, o que foi isso? – comentou Pamela, ao mesmo tempo que outras pessoas comentavam, impressionadas – Djonas e Herval brigando? Por Verônica?

– É, darling, dois homens brigando como dois selvagens por causa de uma mulher – comentou a amiga.

*******************

– Djonas, o que deu em você? Como assim brigar na frente de todo mundo, man? O cara emprestou esse espaço pro Regenera.

– Esse canalha me provocou, Brian – respondeu ele – também não tenho sangue de barata.

– My man, my brother, tem uma porção de jornalistas aqui dentro! As ações da Marra não param de subir. Você quer jogar tudo a perder por causa de um ciuminho bobo? Eu não estou mais te reconhecendo, man.

– Brian, chega – respondeu Jonas – chega. Acabou... Murphy?

– Sim, boss?

– Mande o Will Smith e o Tommy Lee darem fim a todas as fotos dessa noite. Já!

– Sim, boss! É pra já – respondeu o assessor, saindo.

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ENQUANTO ISSO...

Verônica e Herval conversavam encostados no carro dele.

– Herval, você tá legal?

– Tô, Verônica – respondeu ele – agora tô.

– Não parece... deixa eu ver... sua boca tá sangrando ainda.

– Vai passar – respondeu ele – eu tô legal... é que o Jonas me pegou desprevenido.

– Ai, Herval – suspirou ela – eu disse que não tinha sido uma boa ideia ter vindo... meu Deus, até que ponto chegou isso.

– Verônica, relaxa – falou ele – a culpa não foi sua. Tá tranquilo. Vamos embora daqui?

– Claro. Com certeza.

**************************

– Oh, Davi, eu não sei o que deu no meu dad – comentou Megan, chocada – brigar no meio de um evento? Oh, isso nunca aconteceu...

– Pra ver o que faz o amor – comentou Ernesto, divertido – desculpem. Isso não foi nada engraçado. Eu sei.

– Vamos embora, amor? Já tá tarde, né? – falou Davi.

– Oh, yeah – concordou Megan – amanhã eu falo com dad.

– Tchau, Ernesto – falou Davi.

– Tchau.

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Aproveitando a distração das pessoas por causa da briga envolvendo o grande Jonas Marra, Bóris se aproximou de Manu – E aí, se divertindo com o mal dos outros, pra variar?

– Não seja ridículo, Bóris – respondeu ela – pra que eu iria querer o mal do Jonas?

– Ah, o Jonas, claro. Você tá toda alegrinha pro lado dele. Mas será, Manu, que o Jonas vai gostar de saber sobre os seus podres?

– Do que você tá falando? É mais uma armação sua, Bóris?

– Será que o Jonas vai gostar de saber que você tá envolvida naquela história de “boa noite, cinderela” envolvendo ele, Manu? E o que ele vai achar quando descobrir que você tá armando pro Davi?

– Do que você tá falando, Bóris? Tá passando dos limites já...

– Eu sei de tudo, Manuela Yannes. E tenho provas.

– Bóris... o que você quer de mim, hein?

Bóris, então, passou a mão no rosto de Manu, sugestivamente.

– Que tal a gente sair daqui e ir pra um lugar bem mais reservado, guerreira Maya?

**************************

Jonas, com os olhos serrados, relaxava, sentado numa cadeira. Brian o observava e tentava convencê-lo a fazer mais uma reprogramação, quando o assessor do empresário chegou.

– Boss, tudo resolvido – anunciou Murphy, eufórico – as fotos do episódio da briga já foram todas deletadas, como o senhor mandou.

– Certo, Murphy – respondeu Jonas – e a Verônica?

– Oh, man – falou Brian – depois de tudo que aconteceu essa noite, é claro que ela saiu com o Herval.

Ao ouvir aquilo, Jonas suspirou, fazendo caras e bocas, e logo levantou-se – eu tenho que ir... – falou o magnata.

– Aonde você vai, Djonas? Não me diga que...

– Brian, eu sei me virar sozinho, dude. Sei o que eu faço.

– Ok, man – falou o guru – mas não acho que seja uma boa ideia você sair uma hora dessa atrás daqueles dois. Quer arranjar mais briga, Djonas? Logo hoje?

– Brian, assunto encerrado – respondeu Jonas, não querendo muito papo, antes de sair e deixá-los sozinhos.

– Djonas?

***********************

No caminho, Jonas passou por Pamela, que bebia champagner na companhia de Dorothy. Quando viu o ex, a loira o segurou pelo braço.

– Aonde vai uma hora dessa, Marra man? Posso ir com você?

Sem responder, Jonas seguiu o seu caminho. Já do lado de fora, entrou no carro e minutos depois, deu partida no carro.

***********************

Assim que desceram do carro, Verônica e Herval seguiram para a frente da casa dela.

– Bom, Herval – falou ela – infelizmente a noite não foi tão boa como imaginávamos... aquele episódio horroroso, você com a boca sangrando...

– Esquece, Verônica – respondeu ele – deixa isso pra lá – e se aproximou dela – a gente ainda pode aproveitar a noite, se você quiser...

– Herval – respondeu ela – não vai dar... eu não sei se você esqueceu, mas eu sou uma mãe de família... meus filhos estão em casa. Duas crianças pequenas, aliás.

– Sim, filhos do Jonas – respondeu ele, contrariado – mas não tem ninguém com eles?

– Sim, o Vicente – respondeu ela – inclusive eu preciso entrar para ele poder sair, antes que fique tarde... ele tem uma festa com os amigos hoje... mas mesmo assim, Herval, não acho que seja uma boa ideia a gente... acho melhor você ir e cuidar disso – falou ela, tocando-lhe a boca machucada. Ele, então, aproveitou a proximação e beijou-a. Outro beijo roubado. O beijo pegou-a de surpresa, mas ela tentou relaxar e se entregar... todavia, a imagem de Jonas apareceu-lhe, de repente, na mente.

– Herval – falou a jornalista, afastando-o – desculpa... acho melhor você ir.

– Ok – respondeu ele – tá certo. Eu vou. Posso te ligar amanhã?

– Pode... claro.

– Então tá. Tchau.

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No final da noite, Verônica já estava se preparando para deitar-se quando a campainha tocou. Quem seria uma hora daquelas? Vicente já havia saído e ela sabia que ele dormiria na casa de um amigo após a festa. Será que era Herval? Não, não poderia ser. Verônica achava que tinha sido bem clara quando disse pra ele que precisava descansar e ficar com os filhos. Além do mais, depois da noite conturbada que ambos tiveram, não seria nada legal eles namorarem. Não havia nem clima para isso. Insegura de abrir a porta, já que estava sozinha em casa com duas crianças pequenas, Verônica olhou através da porta pra ver quem era. Jonas? O que o ex marido queria uma hora daqueles, depois de toda aquela confusão na Plugar?

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