You and I escrita por Isadora


Capítulo 15
Capítulo 15




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/561126/chapter/15

Jonas estava na piscina brincando com os filhos quando Vicente chegou...

– Vida boa, né? – brincou o rapaz – assim é fácil ser o grande Jonas Marra...

– Fala, garoto – respondeu Jonas – você não devia estar na Marra, ralando pra caramba a essa hora?

– Pois é – falou o enteado – mas sabe o que é? Eu também tenho um outro chefe super bacana lá e grande amigo. O Davi me liberou hoje.

– Beleza, hein – respondeu o empresário – depois quer falar de mim... então tá esperando o quê? Entra aí, a água tá ótima.

– Só se for agora – condordou o rapaz, tirando a camisa e, em seguida, a bermuda.

Quando o filho mais velho mergulhou, Verônica apareceu na beirada da piscina...

– Não vão sair da água, não, é? Vão acabar virando peixes...

– Pessoas não viram peixe, mãe – respondeu Loló – só sereias. Né, pai?

– É... – respondeu o magnata, carregando o menino no pescoço...

– Pai, mergulha de novo – pediu o filho, com óculos de mergulhador no rosto, e Jonas o obedeceu.

E eles brincaram bastante.

**************

Depois, quando Jonas saiu da piscina, deixou Vicente com os irmãos. O magnata, então, procurou pela mulher no espaço da churrasqueira. Ela estava lá, preparando alguma coisa de comer, como de costume. Jonas riu. – Não vai entrar na água, não? – indagou ele, beijando-lhe o cangote – não sabe o que tá perdendo.

– Não, obrigada – respondeu ela, rindo com o toque carinhoso dele – prefiro ficar aqui comendo... além do mais, acabei de passar hidratante no corpo... amor, você tá todo molhado!

– Claro que eu tô molhado, eu tava na piscina, ora – respondeu ele, dessa vez beijando-lhe o ombro – mas me diz uma coisa: desde quando você se importa com essas coisinhas de hidratantes?

– Bom – respondeu ela – desde quando descobri que estava com mais um Marra na barriga. Fazer o quê? Preciso cuidar da pele.

– Ou dois – falou ele, rindo – dois Marras na barriga... ou quem sabe três...

– Hahahaha – zombou ela – isso é pra rir? Não teve graça. Bobo.

Eles, então, se beijaram, até que o celular dela tocou.

– Amor?

– Hmmm?

– Preciso atender...

– Tá bom, mas só mais um beijinho...

Ela riu. Depois de mais um beijo, Verônica pegou o aparelho, sem olhar no visor. Jonas aproveitou esse momento para beliscar alguma coisa ali pra comer.

– Alô?

– Verônica – falou uma voz familiar, do outro lado. Era Herval. Verônica ficou nervosa.

– Bom... – falou ela, assustada e perturbada com o fato de Jonas estar ali do lado – acho que não temos nada pra conversar...

– Você tá enganada – respondeu ele, do outro lado – não vou desistir de te provar que o Jonas não presta. Você vai ter que me ouvir.

– Desculpe, preciso desligar – respondeu ela, antes de terminar a ligação. Jonas, então, a encarou, intrigado.

– Quem era?

– Nada... ninguém... engano... vamos voltar pra piscina? Agora tive vontade de entrar na água...

Jonas continuou encarando-a, sem entender.

– Que foi? – indagou ela, tensa – vamos?

– Tá certo – respondeu ele, intrigado – então vamos.



*****************



Mais tarde, enquanto Verônica preparava alguma coisa na cozinha, Jonas se aproximou...

– Os meninos estão quase dormindo, vendo desenho – comentou ele, encostando-se na parede, observando-a.

– Ah, não – respondeu ela, sem virar-se – não deixe eles dormirem, estou preparando um lanche...

Verônica parecia um pouco agitada, sei lá, nervosa... Jonas continuou a observando.

– Quem era no telefone naquela hora?

– Quem? – respondeu ela, evitando fitá-lo – ah, não era ninguém... só engano mesmo. Por quê?

– Tem certeza? – indagou ele, colocando as mãos nos bolsos.

– Jonas...

– Só queria entender por que você está me escondendo a verdade – continuou ele – Verônica, tem algo que eu deveria saber, que não estou sabendo?

– Como assim? Não sei do que você está falando.

– Eu sei que o Herval te ligou hoje – falou Jonas, firme – eu vi o nome dele no seu telefone. Era ele naquela hora?

– Jonas...

– Só fala pra mim – insistiu ele – era ele ou não?
Verônica fitou-o. E pensou se devia mesmo falar.

Silêncio.

Jonas continuou a encarando. Verônica desviou o olhar por um momento.

– Era ele sim – respondeu ela, por fim.

– Então você esteve com o Herval – concluiu Jonas, sério – com aquele cretino. Afinal, o que você e esse canalha ainda têm pra conversar? Será que eu posso saber?

Verônica abriu a boca, pensando no que dizer.

– Jonas, aconteceu algo... aconteceu algo muito grave. Eu procurei o Herval, sim, pra conversar...

Verônica passou a língua nos lábios, nervosa, antes de continuar.

– Eu o procurei porque precisava falar da gente, e também sobre aquela história da agressão sobre ele... e...

– E?

– Jonas, o Herval surtou – respondeu ela – simplesmente surtou. Ele... ele ficou transtornado com a nossa volta... falou um monte de coisas horríveis sobre você... me levou contra a minha vontade para um lugar que eu não queria e me garantiu que você é culpado de um assassinato... e...

– Como é? Ele te levou contra a vontade? Como assim?

Verônica procurou as palavras certas para dizer.

– Ele... ele praticamente me sequestrou... – falou ela, e de repente, se controlou para não cair no choro – eu tive muito medo, sabe? Tive muito medo do que poderia acontecer... e... nem sei mais o que dizer...

Jonas ficou perplexo.

– Você... você tá querendo me dizer que aquele imbecil, aquele canalha te levou à força? Como assim? O que aconteceu?

Verônica, então, pôs as duas mãos na boca, tentando controlar-se mais.

– Jonas, eu não queria que você ficasse preocupado...

– Mas agora eu estou. Me conta, o que mais aquele desgraçado fez? O que aconteceu?

– Não aconteceu mais nada – respondeu ela, um pouco mais calma – eu fiquei muito nervosa na hora... insisti, implorei que ele me deixasse em paz.. – falou ela, suspirando – e aí ele me disse... me afirmou que você matou o irmão dele.

– Esse desgraçado é louco – falou Jonas, irritado, e começou a andar de um lado pro outro – não faço ideia de quem seja ele e esse irmão dele.

– É claro que eu não acreditei em nada do que ele falou... Jonas, vamos deixar isso pra lá. Esquece.

– E você? – indagou ele, fitando-a – tudo bem? Ele fez alguma coisa com você? Me conta. O que ele fez?

– Não – respondeu ela – agora tá tudo bem - e o abraçou – e sabe, agora fiquei aliviada por ter te contado tudo... estava tão... tão nervosa, tão tensa.

Jonas abraçou-a e beijou-lhe a testa.

– E o que o cretino queria hoje no telefone?

– Conversar. Falar as mesmas maluquices de sempre... amor, vamos esquecer isso, por favor.

– Ele vai ter o que merece. Você vai ver.

– Jonas, não, por favor – pediu ela, fitando-o – promete que não vai fazer nada. Por favor. O cara é um maluco. Não vale a pena.

– Ele não vai parar de te perturbar enquanto eu não tomar uma atitude. Deixa comigo.

– Por favor – insistiu ela – promete que você não vai fazer nada. Jonas, pelo amor de Deus, ele é louco. Você não tem noção do que ele é capaz...

– Fique tranquila – respondeu ele – eu não vou fazer nada. Esquece.

– Promete?

– Eu só não quero você perto dele. Está me ouvindo? Fique longe desse cretino. Ele pode tentar outra coisa e aí quem vai surtar vai ser eu. Fique longe desse cara, Verônica.

– Pode deixar. Eu prometo.

Abraçados, eles, então, se beijaram.





**********************



Na Marra, em sua sala, Jonas estava sentado, pensativo, quando o seu assessor apareceu.

Boss? – falou Murphy – o senhor quer falar comigo?

– Sim, Murphy – falou o empresário – quero que você faça um favor pra mim.

– Claro – respondeu o indiano, risonho – o senhor quem manda.

– Quero que você descubra tudo sobre o Herval Domingues. O mais rápido o possível.

– Herval Domingues? Ok.

– Ainda hoje, Murphy – falou Jonas, taxativo.

– Pode deixar, boss – respondeu o indiano – vou fazer isso agora mesmo...

– E Murphy?

– Sim, senhor?

– Desmarque aquele meu compromisso de hoje com James Roberts – falou o empresário – vou sair agora e depois vou ir direto pra casa.

– Pode deixar, mister Marra... e pra onde o senhor vai, antes de ir pra casa? Eu... posso saber?

– Isso não importa – respondeu Jonas, vestindo a jaqueta – só faça o que eu te mandei. Quero saber tudo sobre Herval Domingues e quero todo o relatório sobre ele amanhã na minha mesa. Faça isso ainda hoje, que amanhã eu vejo.

– Sim, senhor. Ok

– Ótimo.

– Com licença... e boa sorte, boss.

– Obrigado.



***************

Herval estava falando com alguém no telefone quando a campainha de sua casa tocou, de repente.

– Preciso desligar agora – falou ele – tem alguém na porta... depois a gente conversa. Faça tudo como a gente combinou, ok? Falou. Até mais...

Após desligar o telefone, ele foi até a porta. Quando o dono da Plugar abriu a porta, ficou surpreso...

******************










Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!