A Different Always escrita por 12th Precinct


Capítulo 23
Parceria.


Notas iniciais do capítulo

Então é isso galera... Esse é o último capítulo dessa fic. Dessa. Se tiverem ideias do que gostariam de ler, ou até mesmo de certos capítulos podem me mandar. Criatividade é o que não falta



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Rick POV.

Era isso. Ela tinha visto o beijo. Eu estava ferrado, no mínimo.

– Mr. Castle? Estou aguardando uma resposta. – ela fala.

No começo penso que poderia dizer que não estávamos em um relacionamento, que o beijo só foi dado por causa do calor do momento, mas eu não era mais um adolescente, e se tivesse que sair da delegacia para sempre tinha que ser por um motivo válido. E Kate valia tudo.

– Sim. – respondo finalmente enquanto encaro a capitã sentada em minha frente. – Estamos em um relacionamento.

– E posso ver pela sua expressão que já sabe o que isso ira desencadear. – quando ela fala isso abaixo o rosto de novo. Meus últimos quatro anos eu passei aqui. Sem exceção. No começo era só pelos casos, pela minha curiosidade mórbida, mas ao passar dos anos eu levantava todo dia não me importando se era 5h da manhã só para vê-la, porque por mais cansativo que o dia pudesse ser ela simplesmente sorria e tudo aquilo passava. Não estava preparado para deixar a delegacia, mas não tinha opção.

– Sim. – respirei fundo. – E não se preocupe capitã. – digo enquanto me levanto. – Eu não vou mais servir como conselheiro nos casos. – olho para ela que se levanta também, mas não fala nada então vou em direção à porta.

Estou com a mão na maçaneta, pronto para sair, mas antes preciso fazer algo. – Só capitã. – começo a falar enquanto me viro para ela. – espero que Beckett não saia prejudicada com isso. – E mais uma vez minha resposta é só silencio.

– Mr. Castle. – a ouço me chamando enquanto abro a porta. – Só tenho uma pergunta para você.

– Pode fazer. – digo com um pequeno sorriso no rosto enquanto fecho a porta de novo.

– Você a ama? – ela pergunta e me pega desprevenido, não por não saber a resposta, mas sim por não saber o motivo da pergunta.

– Sim. – respondo sinceramente com um sorriso no rosto.

–Então espero que você goste desse novo caso. – ela fala me deixando confuso.

–Pera. – travo. – Me deixa ver se eu entendi. Você irá me deixar ficar aqui? –pergunto.

–Sim. – ela sorri e acho que é a primeira vez que a vejo fazer isso. – Não tenho motivo para lhe tirar daqui. – sorrio de volta. – Claro se vocês agirem profissionalmente no distrito. - ela termina.

– Pode deixar capitã. – digo sorrindo e olhando para ela que se senta de novo.

–Agora Mr.Castle acho melhor você ir indo. – ela ri. – Tem alguém esperando pela sua ajuda. – ela aponta pela janela para Beckett e posso ver que ela estava olhando para cá.

– Obrigada de novo. – digo rindo enquanto saiu com as muletas e vou em direção à mesa de Kate.

Kate POV.

Assim que ele coloca o pé dentro da sala e fecha a porta eu encaro tudo que esta acontecendo pela janela. Vejo Castle se sentando, ele parece sério e já consigo ver o motivo: ele estava expulso. Quando o vejo se aproximar da porta e abri-la me preparo para recebê-lo, porém ele a veja de novo e eu fico cada vez mais tensa: o que estava acontecendo lá dentro? – penso. Vejo que Castle está com um sorriso no rosto agora, mas mesmo assim não consigo ignorar o fato de que ele já estava lá há quase 10 minutos. Eu estava morrendo de ansiedade, afinal nunca fui boa quando a questão é paciência. Finalmente depois de 15 minutos lá dentro Castle vem em minha direção.

– Eai? – pergunto séria.

– Eai o que? – ele pergunta se fazendo.

–Castle! – dou um tapa no seu braço. – O que ela falou?

– Nada que eu já não esperasse. – ele responde com a cabeça baixa.

– Então. Você não poderá ficar aqui? – pergunto triste mesmo já sabendo a resposta.

– Não. – ele responde e me puxa pela mão. – Mas você bem que poderia descer comigo né?

– Claro. Tudo pelo seu último dia. – respondo com um sorriso no rosto, porém por dentro estou destruída. Por um momento achei que a capitã iria deixar Castle passar os dias comigo, até porque ela mesma já havia admitido que ele era uma boa fonte, principalmente quando se tratava do começo dos casos, suas teorias estavam quase sempre certas. Descer com Castle por esse elevador é quase como dizer adeus a uma parte da delegacia e da minha vida. Óbvio que continuaríamos nos vendo, afinal agora sou sua namorada. – sorrio enquanto olho para o anel em meu dedo. – Mas eu nem conseguia me lembrar de como era a delegacia sem Castle, afinal foram quatro longos anos de parceria.

– Ei. – ele me chama. – Não se preocupa eu já falei que não vai se livrar de mim tão fácil. – sorrio. – Vou vim todo dia aqui no final do seu expediente.

– Isso me soou como uma promessa? – pergunto brincando enquanto tento afastar aqueles pensamentos tristes.

– Pode ser. – diz ele sorrindo e pegando na minha mão enquanto o elevador desce em direção ao térreo.

Rick POV.

Admito o que estava fazendo com ela era crueldade, quase uma tortura. Podia ver que ela esperava outra resposta e parecia realmente muito abalada com aquilo, afinal quem não ficaria não é mesmo?

Quando entramos no elevador e ela pega em minha mão sinto que está na hora de falar que na realidade teremos mais casos pela frente, juntos, dessa vez literalmente, mas outra força me obriga a continuar com isso. Há alguns dias atrás eu quase tive um ataque do coração no meio do bar só pela atuação de Ryan e Esposito, e claro, Kate deu uma ajudinha. Ela iria sofrer só mais um pouco.

Assim que piso na calçada do lado de fora do distrito ela olha para mim com um olhar choroso.

– Não recebo nem um beijo de despedida. – brinco com ela a trazendo mais para perto.

– Você merece. – ela se aproxima de mim e me da um beijo.

– Bom... – começo a falar enquanto ela se separa de mim. – Nos vemos á noite?

– Claro. – ela sorri, mas posso ver que ainda está triste.

Quando Kate começa a se afastar subindo as escadas da delegacia novamente eu resolvo parar com a atuação. Ela estava sofrendo. E mesmo eu adorando ver que ela sentiria minha falta eu não consigo fazer isso.

– Kate! – grito chamando atenção dela que olha para baixo. – Desça aqui, é importante.

Assim que ela vai descendo as escadas em minha direção eu começo a rir. Sabia que iria apanhar, no mínimo só por estar fazendo-a passar por isso.

– O que foi Castle? – ela pergunta parada em minha frente com os olhos vermelhos.

– Quero lhe falar o que a capitã me falou. – respondo tentando parecer sério.

– É isso Castle? – ela me encara séria. – Eu já sei.

– Não Kate. – digo colocando uma mão no bolso enquanto a outra fica apoiada nas muletas. – Quero que você ouça exatamente as palavras dela. – Kate me olha então eu continuo. – Então espero que você goste desse novo caso. – ao terminar de falar isso ela se afasta de mim com uma expressão confusa.

– Kate? – pergunto com medo do que está por vir.

– Seu idiota! – ela grita e vem em minha direção me batendo e me fazendo rir. Kate não era fraca, mas também não conseguiria me machucar.

– Ai ai. – digo rindo e me afastando dela. – Porque você está me batendo?

– Argh Castle! – ela resmunga enquanto para de me bater e ajeita os cabelos. – Seu idiota! – começo a rir. – Me fez acreditar em você. – ela volta a me bater.

– Kate. – a chamo, mas ela continua. – KATE! – grito.

– O que houve Castle? – ela junta minha muleta que havia caído com toda essa confusão.

– Me desculpa. – digo rindo enquanto ela me encara com aquele olhar novamente. O olhar dela.

– Não. – ela fala séria enquanto se vira de costas para mim.

– Ahh Kate. – brinco enquanto a puxo pelo braço fazendo a muleta cair no chão novamente. – Não vamos fazer isso de novo. – ao falar isso o corpo dela já está mais próximo ao meu.

– Sua muleta caiu de novo. – ela fala braba enquanto olha para o chão me evitando.

– Não me importo. – digo enquanto coloco a mão na sua cintura.

– Me larga Castle! – ela tenta parecer brava, mas consigo ver nos seus olhos que não está mais.

– Não. – respondo enquanto colo o corpo dela contra o meu. – Assim está melhor.

– Quer saber? – ela pergunta quase como um sussurro. – Não interessa.

– Exatamente. – a dou um beijo apaixonado. Pouco me importando com a muleta em meus pés ou a dor na coxa.

– Posso ser um idiota. – digo enquanto nos separamos. – Mas você iria sentir minha falta.

– Pode apostar que iria. – ela sorri enquanto me olha. – Afinal foram 4 anos.

– É... – digo rindo. – E tomara que muitos mais venham. – ela se apoia em mim.

– É tomara. – a ouço como um sussurro enquanto saímos lado a lado da delegacia em direção a mais uma cena do crime, quase igual há quatro anos e ao mesmo tempo tudo tão diferente.


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Notas finais do capítulo

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