A Different Always escrita por 12th Precinct


Capítulo 14
Voltando no tempo.


Notas iniciais do capítulo

Antes de tudo queria agradecer mais uma vez aos comentários de vocês e também agradecer principalmente para: Jana Katic, Lindsay, Karine Dias, Tati, Lara Gomes e Aline por favoritarem a fanfic. Obrigada a todos e um bom capítulo



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Anteriormente:

– Então vamos detetive, mas tem que me prometer que não irá contar para ninguém sobre ele. – diz Rick olhando para mim.

– Pode acreditar em mim Castle. – digo. – Eu prometo.

E assim saímos do bar, de mãos dadas no meio da noite, ele todo feliz e eu totalmente perdida. Para onde ele estava me levando?

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Rick POV.

Assim que saímos do bar vamos até o carro que estava estacionado na esquina. Sempre pensei em levar Kate até lá, mas como éramos “só amigos” não queria pressiona-la a nada, mas agora com essa mudança em nossa relação acho que está na hora de realizar essa “fantasia”. Mesmo sendo uma terça-feira a 1h40mins da manhã.

Quando entramos no carro vejo que Kate esta apreensiva e ansiosa, pois fica me perguntando a cada 5 minutos “Onde você está me levando Castle?”

Respondendo a suas perguntas apenas com sorriso avanço pelas ruas de Nova York que há esta hora estavam quase vazias.

– Castle, me conte, por favor. – diz Kate fingindo uma voz de choro. – Não sou boa com surpresas.

– Posso te garantir que você vai gostar dessa também. – digo com um sorriso no rosto enquanto seguro a sua mão.

– Como pode ter tanta certeza? – pergunta.

– Já lhe surpreendi antes. – digo olhando para sua mão direita, onde agora se encontrava o pequeno anel dourado. – Não?

Vejo que ela olha para a aliança e tenta esconder um sorriso ao virar para mim. – Isso foi um raro momento.

– A... Então vamos fingir que nunca surpreendi você? – digo a olhando nos olhos.

– Não, eu não conseguiria. – ela fala baixinho.

– Saabiia! – digo rindo e recebendo um olhar. Aquele olhar. – Desculpa Kate.

– Pelo que? Você não fez nada. – diz ela acariciando minha mão.

– Você sabe que eu conheço o seu olhar. – respondo.

– Que olhar Castle?- pergunta ela.

– Vamos mentir de novo Kate? – digo rindo. – O seu olhar. Aquele olhar.

– Hm... Não sabia que eu tinha isso. – fala ela.

– Aham, e eu finjo que acredito em você Katherine Beckett. – digo rindo enquanto paro o carro na sinaleira.

– Pode até pensar que tenho Castle, mas isso não passa de uma imaginação sua. – diz ela convencida.

– Ok então. Eu vou provar que você tem o “seu olhar”, apesar de não achar necessário.

– Há, essa eu duvido. Como? – pergunta ela.

– Assim. – respondo enquanto freio o carro repetidamente fazendo com que nossos corpos vão para frente e voltem para o banco.

– Castle! – grita ela me olhando. E pronto, ali estava aquele olhar de “vou te matar seu idiota”.

– Provei. - digo rindo enquanto olho para ela. – Olhe para você Kate. Acha que eu não te conheço?

– Arghh Castle. – diz ela brava. – Você me irrita tanto às vezes.

– Bom saber. – digo rindo enquanto paro o carro. – Mas então detetive, vamos?

– É aqui? – diz ela olhando para rua e encontrando somente árvores e casas.

– Sim. Aqui perto na realidade. – digo abrindo a porta do carro e saindo.

Kate POV.

Discutir algo com Castle era impossível, ele me conhecia tão bem, até mesmo os poucos detalhes o que tornava isso praticamente estranho. Mas eu gostava desse estranho, e muito.

Assim que saio do carro sinto a brisa da madrugada e automaticamente me arrepio. Estávamos em um lugar desconhecido a meu ver, isto que conhecia cada canto de Nova York graças ao trabalho na patrulha/detetive.

Sinto Castle se aproximando pelas minhas costas e segurando minha mão. – É por aqui. – diz ele apontando para nossa esquerda.

– Onde nós estamos Castle? – pergunto ainda confusa.

– Paciência Kate. – Paciência. – diz ele.

Paciência. Nunca fui boa com essa palavra ainda mais com o meu trabalho. Ter paciência às vezes era mais difícil do que correr atrás de psicopatas durante o dia inteiro. Após 15 minutos de caminhada vejo que estamos indo em direção a uma árvore especifica.

– Você me trouxe para ver uma árvore? – digo rindo enquanto me viro para ele.

– Não é só uma árvore. – diz ele correndo. – Você vem?

– Claro. – respondo. – Tenho outra opção?

Ao primeiro ver parecia que aquela árvore era como todas as outras, porém conforme me aproximava vi uma pequena diferença: esta tinha uma casa.

Rick POV.

Nunca esqueci aquele caminho, mesmo depois de tanto tempo toda vez que passo por essa região me lembro de anos atrás. Minha antiga casa na árvore. Meu antigo refúgio do mundo.

– E então? – digo quando ela chega embaixo da árvore.

– Você tem uma casa da árvore Castle? – diz ela brincando.

– Pode zoar detetive, você não sabe o que está perdendo ficando aqui. – digo enquanto subo pela pequena escada.

Quando chego lá em cima ainda posso sentir o cheiro da infância. Uma mistura de salgadinho com madeiras. Há muitos anos atrás achava que quando tivesse uma família iria morar aqui em cima, por isso o espaço contava com um colchão, travesseiros, livros antigos e até mesmo prateleiras.

– Uau! – ouço um grito atrás de mim e viro em direção a Kate que esta parada em frente à escada. – Isso é sua casa da árvore Castle?

– Sim, algum problema? – digo rindo.

– Não, pelo contrário. – começa ela enquanto olha para todos os lados com objetos espalhados. – É perfeita.

– Eu avisei. – disse enquanto me aproximava dela e lhe dava um beijo apaixonado.

– Hm... – gemi ela entre os beijos. – Agora me conte. Porque estou aqui?

– Por incrível que pareça. – digo rindo timidamente. – Eu prometi a mim mesmo que quando conhece alguém iria trazê-la aqui.

– Mas Castle... Você já foi casado duas vezes. – ela fala rindo.

– Me deixe corrigir. – limpo a garganta. – Eu prometi a mim mesmo que quando realmente amasse alguém iria trazê-la aqui. – Quando termino de falar vejo que Kate me encara com um enorme sorriso no rosto.

– Acho que estou gostando dessa casa da árvore. – diz ela se aproximando e me dando um pequeno beijo.

– Pois fica ainda melhor. – digo enquanto pego em sua mão e a levo até as antigas prateleiras. – Está vendo aquele ali? – pergunto apontando para uma antiga foto minha.

– Sim. – diz ela me olhando. – Ele é adorável.

– Obrigada. – digo rindo.

– C-oomo assim Castle? – ela pergunta. – Aquele ali é VOCÊ?

– Sim. – respondo. – Há muitos anos atrás, mas mesmo assim sou eu.

Kate POV.

Incrível. Era essa a única palavra que tinha para descrever aquilo. Quando enxerguei a casa da árvore eu a subestimei, o lugar era perfeito e muito aconchegante. Havia almofadas em todos os lugares, prateleiras de livros e fotos antigos de Castle, uma bicicleta e até mesmo uma mesinha. Mas mesmo com tudo isso algo ainda estava me incomodando.

– Então... – começo atraindo a atenção de Castle que no momento estava procurando algo. – Quantas pessoas você já trouxe aqui?

Vejo-o se virar em minha direção com uma pequena caixa de fósforos. – Não acredito que você esta me perguntando isso. – ele responde enquanto acende uma vela, mesmo não sendo necessária, pois luz da noite já iluminava perfeitamente bem o interior da casa.

– Porque não? – pergunto.

– Você quer realmente saber? – ele pergunta me deixando com medo da resposta. Por mais que pareça bobo eu sentia ciúmes de Castle.

– Sim. – respondo ainda com receio.

– Em todos esses anos três. – ele finalmente fala atraindo meu olhar.

Três. Ou seja, ele já trouxe outras mulheres aqui. Sentia-me estúpida por ter pensado que poderia ter sido a primeira.

– Hm...- solto um pequeno gemido não conseguindo evitar o tom de ciúmes.

– Kate. – diz ele se aproximando de mim. – Você está com ciúmes?

– Não Castle. – respondo pegando uma almofada do chão e levando para a ponta da casa, onde dava para se enxergar a cidade.

– Beckett. – o ouço atrás de mim.

– O que foi? – pergunto tentando esconder a tristeza da voz.

– Posso me sentar? – ele pergunta colocando a almofada ao meu lado.

– Claro, afinal a casa é sua. – respondo grosseiramente. Não entendia direito o porquê da minha reação, mas simplesmente não conseguia controla-la, imaginar Castle com outras mulheres era quase como uma facada.

Os poucos minutos que se passam são em total silêncio, estamos os dois ali, sentados no parapeito da casa observando a lua. Ou no meu caso, fingindo observar. Minha atenção estava totalmente voltada para ele ao meu lado.

– Minha mãe e Alexis. – diz ele quebrando o silêncio e me chamando a atenção.

– Sua mãe e Alexis o que Castle? – digo me virando para ele.

– Foram as duas Kate. – ele responde me olhando nos olhos. – Foram as duas outras mulheres que trouxe aqui.

Ouvir aquela declaração me fez ficar paralisada. A mãe e a filha. Foram elas as outras duas pessoas e não Kyra, Gina ou Meredith como eu imaginava. Involuntariamente um sorriso se abre em meu rosto. – Você está falando sério Castle? – pergunto sorrindo como uma criança.

–Sim. – ele responde sorrindo também. – Afinal a promessa era somente com aquelas pessoas que eu amo. – ele fala segurando a minha mão.

– C-a-s... – ia começar a falar, mas não tinha palavras para aquilo então simplesmente me aproximo mais dele e coloco minha mão em seu rosto o puxando para um beijo apaixonado.

– Hmm... – o ouço gemer assim que nos separamos. – Acho que você gostou da casa.

– Gostei? Eu amei. – respondo.

– Bom saber Kate. – diz ele se deitando. – Te surpreendi finalmente então né.

– Muito engraçado Castle. – digo rindo enquanto me deitava em seu peito. – Já admiti que você me surpreendeu outras vezes.

– E você também. – diz ele me fazendo cafuné. – Todos os dias.

Ficamos assim durante o que se parecem horas, somente conversando, trocando beijos e observando o céu. Estava tudo perfeito: a casa, o “travesseiro” e principalmente a companhia.

– Então Kate. – ele me chama. – Vamos?

– Já? – pergunto triste. Poderia ficar aqui durante muito mais tempo.

– Amanhã você trabalha. – ele responde. – E eu também.

– Você trabalha? – digo brincando enquanto me levanto devagar.

– O meu trabalho é incomodar você. – ele responde me arrancando um sorriso do rosto. – E você tem que admitir, ninguém faz isso melhor do que eu.

– Concordo Castle. – falo pegando em sua mão e indo em direção à escada. – Esse cargo já é seu. – lhe dou um pequeno selinho e começo a descer.


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Notas finais do capítulo

Eai, o que acharam? ><


—- COMENTÁRIOS? --



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