A nova vida de Annabeth Chase escrita por Zia Jackson


Capítulo 9
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Sinto que esse ficou MUITO melhor, espero que gostem.



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O sinal soou, me encaminhei para a aula de literatura e, como foi dito, todos nós estávamos na mesma classe.

– Alunos, temos uma nova colega na classe - diz Mary Trainor, a senhora de sessenta anos que dá a aula de literatura. É uma senhora albina e gorda,.com uma voz fraca e "pavio curto" . Ela faz a mesma coisa pela qual passei em todas as aulas : Me apresentar para a classe, receber as boas vindas e sentar-me em um grupo, por sorte, o grupo é repleto de rostos conhecidos (Leo,Piper ,Jason,Rachel e Percy)

. -No semestre passado - Mary começa a dizer - Estudamos o livro " O homem invisível". Quero que façam uma resenha falando sobre o livro, depois iremos fazer um debate entre os grupos. A idosa se senta na cadeira dos professores e começa a tricotar o que me parece ser um sapatinho de bebê.

– Alguém leu? - Percy indaga

– Eu não li - Responde Jason

– Idem - É a vez de Piper

– Cara, eu nem me lembro o autor - Diz Rachel- Quem dirá o enredo da obra.

Todos me encaram.

– Eu li- Respondo

– Os anjos sejam louvados! -Percy berra, recebendo um olhar reprovador da Sra.Trainor

– Porém... – Falo

– Lá vem bomba - o garoto de olhos verde mar fala

– Eu o li há uns dois anos, esqueci tudo.

– Estamos ferrados - Leo fala

– Nem tanto, eu lembro uma coisa ou outra.

– Ok , vamos lá.

Após certo tempo, estávamos diante de uma resenha cheia de desenhos e conteúdo (eu acabei me lembrando um pouco mais do enredo). Graças aos céus não deu tempo de fazermos o debate,então a professora nos liberou para irmos para casa. Eu já estava arrumando minhas coisas quando Percy me chamou.

– Já está indo para casa?

– Sim- respondo – tenho que chegar no horário, senão minha Mãe fica preocupada.

– Que pena...

– Por que?

– Eu ia te convidar para o nosso grupo pós aula, tem muita fofoca.

– Quer saber? Vou ligar e avisar que irei atrasar

Ele solta uma gargalhada.

– Pelo vista, a srta. Chase ama uma boa fofoca.

– Ei, Não é assim. Eu gosto de comentar os fatos , não de fofocar.

– Sei , sei. Mente que eu gosto.

Faço cara de incrédula.

– Vamos logo.

Sigo-o pelos corredores do colégio.

* * *

– Annabeth Chase, até que enfim apareceu. – Minha mãe diz, completamente furiosa .

– Oi.

– Posso sabe o que estava fazendo? Eu já estava prestes a procurar no necrotério.

– Mas eu te avisei que ficaria na escola.

– Você atrasou UMA HORA E MEIA! – Ela diz, levantando a voz no “Uma hora e meia”.

– Desculpe, mas o assunto estava legal.

– A minha preocupação de mãe também era legal. Quando você diz que irá atrasar,é no máximo meia hora.

– Mas mãe...

– Sem mas. Está pensando que mora sozinha? Enquanto viver na minha casa terá de obedecer as minhas ordens.

Reviro os olhos.

– E pare de fazer essa cara feia, sou sua mãe e exijo respeito.

Vou caminhando até meu quarto, onde jogo meus livros sobre a cama.

Escuto o som da cadeira sendo arrastada.

– Veio me dar mais bronca? – indago

Me ignorando completamente, minha mãe diz:

– Mal conheceu o filho do Jackson e já está assim.

– Ele tem nome, sabia? Assim como o resto das pessoas que me receberam de braços abertos nessa cidade.
– Não fale comigo nesse tom!

– Tá bom,mãe. Posso comer alguma coisa agora?

Ela abre espaço e eu passo, indo até a cozinha.

Horas depois, estou vendo TV quando a campainha toca. Acho que esqueci de comentar que minha mãe foi até seu escritório, por essa razão, estou sozinha em casa.

Me levanto e olho pelo olho mágico, identificando Piper e Leo. Pego a chave e abro a porta de entrada.

– Hey. – Falo – O que fazem aqui?

– Boa tarde para você também , amore. – Diz Leo

– Desculpem, mas é que eu nem lavei a louça ainda.

Piper ri.

– Viemos conversar com você e fazer qualquer outra coisa que quiser.

– Entrem.

Os dois entram e percebo que Leo mexe freneticamente em um pedaço de metal com engrenagens.

– O que é isso?- Indago, enquanto os dois se sentam no sofá.

– É um presente decorativo. Vai funcionar bem depois que eu encaixar mais algumas coisas e...

Ele começa um discurso sobre como irá funcionar e tudo o que foi utilizado na confecção do presente. Piper e eu fomos até a cozinha pegar um refresco.

Nos sentamos e começamos a conversar sobre muitas coisas, a maioria delas foi focada em nos conhecer melhor. O presente de Leo ficou pronto, era um equipamento tipo uma fonte, quando água for colocada, as engrenagens começam a girar e produzem um barulhinho relaxante, imediatamente coloco o presente em meu quarto.

* * *

Um mês depois...

Sinto como se tivesse nascido nesse lugar. Quer dizer, consegui amigos, mantive as boas notas e aprendi a lidar com tudo o que uma mega cidade como Nova York pode oferecer. Posso dizer a mesma coisa de minha mãe, que já está projetando uma enorme igreja e outros projetos de casa. Fico me perguntando se meu pai gostaria daqui e de meus amigos, provavelmente sim, já que ele e minha Mãe são muito diferentes.

Falando em aprovação da família, Atena ainda não gosta que eu seja amiga de um Jackson (mesmo já tendo conhecido Percy e visto o quanto é simpático e diferente do pai em alguns aspectos) . Nesse momento, estou no apartamento da mãe do Percy, já que ele me pediu para dar aulas de física para ele.

– Com licença – Sally diz, abrindo a porta do quarto do rapaz – Aceitam cookies?

Devo dizer, Sally é adorável, como se fosse uma mãezona. Me trata muito bem e sempre faz cookies (azuis, claro). A mulher está com os cabelos castanhos presos em um coque, mas mesmo assim parece uma rainha.

– Eu aceito. – Falo, pegando um.

– Mãe, estão deliciosos! – Percy exclama, com um cookie na boca.

– Filho, Não fale de boca cheia.

Ele termina de mastigar e se desculpa.

– Agora vou dar licença, vocês precisam estudar.

– Ok, obrigada Sally. – Falo

– Ei, nada de formalidade comigo.

Sorrio. A mulher sai e deixa a porta aberta.

– Percy, você tem sorte de ter uma mãe tão legal.

– Ei, a sua também é.

– Não foi disso que eu falei.

Ele faz aquela cara de “carregando”

– Ah, deixa pra lá.

Percy

Comecei a ter aulas de física com Annabeth,mesmo sendo uma matéria chata, fico feliz todas as terças nas quais a garota aparece aqui em casa. Até minha mãe admitira que a garota é adorável e educada, mas não é só nisso que eu reparo. Eu tenho TDAH, então não consigo manter o foco durante muito tempo, mas quando Annie me explica a matéria, ela fica clara na minha cabeça, é como se ela tivesse um dom para fazer Percy’s prestarem atenção. Devo admitir que é teimosa e um pouco mandona, mas é tão divertido passar a tarde toda com ela que eu deixo esses detalhes de lado. Uma hora antes de ela aparecer em casa, minha Mãe começa a conversar comigo .

– Você gosta de estudar com Annabeth, não é?

– Acho que sim, ela me explica as coisas.

Ela faz “aquela” cara

– O que foi?

– Só acho que você deveria chama-la para sair.

– Mãe, ela é minha amiga.

– Os melhores relacionamentos começam assim.

Tenho um ataque de riso.

– Ah mãe, só você mesmo para dizer algo assim.

Na hora, pareceu uma grande piada, mas agora, com Annabeth bem ao meu lado percebo que não estou prestando atenção nos exercícios do livro. Só penso no delicioso cheiro de baunilha e limpeza que vem da garota, no cabelo que parece ter sido extraído do próprio sol e no quanto ela é doce.

– Entendeu? – Ela indaga, tirando-me de meus devaneios.

– Pode repetir? Eu ainda tenho dúvida.

– Percy, sem ofender, mas como pode ser tão lerdo? Parece que tem algas na cabeça, seu cabeça de alga.

Rio, ela sempre fala isso.

– Sei lá.

Começamos a rir.


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Notas finais do capítulo

*-*



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