Kenome (HIATUS) escrita por Ayshi


Capítulo 6
Rainhas Lunares


Notas iniciais do capítulo

Uns personagens novos aí... Acho que vão gostar. Ah! Não posso esquecer de mencionar as duas recomendações da dona Nora em Kenome e Flashback e a da Marcelinha (Many Things At Once) em Metal contra as nuvens.



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POV'S NARRADOR

Peço a vocês que tenham paciência pois a pesquisa não leva a resultado algum e, cada vez mais, o idioma me leva a duvidas constantes e incompreensíveis. Os relatos e histórias que encontrei ao escavar em alguns cantos da Ásia, me revelam a vida de uma civilização mais antiga que a Grécia, antes mesmo da divisão dos continentes. Durante ainda o que chamamos de Pangea, que aparentemente, tinha o nome de Toritora. Os manuscritos são místicos e provam a existência de uma vida inteligente antes de nós. Na verdade, seres humanos que possuiam um poder especial, uma diferença de nós, o que eles chamavam de mana.

A maioria dos manuscritos, são de uma garota chamada Kenome. Apesar da jovialidade da criança, quatorze anos apenas, o peso da vida adulta já era jogado sobre os ombros dela. Eu decidi os trazer até vós por que foi a história que mais me deu material. Porém, às vezes, precisamos ver um pouco os outros lados da história, já que podemos ver que a Ordem não tinha como inimigos apenas as três capitais.

Encontrei a algumas semanas, entre os papéis desenterrados, alguns outros relatos que falam sobre as rainhas lunares, da vila de Frekknak. Durante o tempo que se passou, decifrei as páginas que falavam sobre elas e enfeitei a história, para que não pareça tão monótona a vossos olhares. Tenham em mente que não é só mais um conto, como As Crônicas de Nárnia (do nosso aclamado Lewis), ou Senhor dos Anéis, de Tolkien. Mas sim relatos verídicos (claro que manipulados e enfeitados minhas mãos de escritor) de uma civilização avançada, que, saiba lá Deus como, desapareceu sem deixar traços.

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POV'S ??

A cada passo avançado o corredor era iluminado por uma tocha. Os pedregulhos soltos e sem estabilidade nenhuma abrigavam as futuras soberanas da pequena aldeia de Frekknak. O musgo crecia entre as pedras do teto e pingava a frente delas. Frekknak ficava a alguns dias de Dandriel, a majestosa capital do ar. Era uma vila modesta e pequena, mas o que não sabiam, era que um grande depósito de cristais da terra existia sob a aldeia.

Junsui Sutairisuto estava andando calmamente, com uma postura impecável. Os seus cabelos prateados estavam presos em uma trança grossa e imensa, que estava pontilhados por flores. Os olhos eram de cores e formas diferentes: o direito era prateado e felino, enquanto o esquerdo era lilás e humano. Uma minúscula tira de couro branco escondia seus seios e uma pequena saia escondia suas outras vergonhas. Uma calda felpuda escorria das suas costas e se movia constantemente.

Já eu, Shisubeki, tinha os cabelos vermelhos presos em um coque, com uma flor negra no lado esquerdo. O vestido negro escorria pelas pedras soltas e parecia formar ondas de pura treva. Meu olhos eram contrários aos de Junsui: o direito lilás e o esquerdo prateado. Na minha face direita estava tatuado um dragão vermelho e seu olho era substituído pelo meu lilás.

Eu era uma domadora e já tinha capturado e selado as criaturas mais temidas de toda Toritora. Se algumas delas despertassem, meus olhos ficariam vermelhos e uma dor de cabeça me afligiria.

Junsui podia ver pelo meu olho esquerdo, assim como eu também o fazia. Trocamos nossos olhos durante um ritual de união divina. Meus olhos, então, eram os lilases e os dela os prateados. Também poderíamos nos comunicar por telepatia.

"O que te preocupa?", a voz sedutora de Junsui falou na minha mente.

Olhei para ela e vi que meus olhos estavam vermelhos, "Ele despertou", eu disse.

"Que fofa você. Se preocupa com seus bichinhos, mas comigo tanto faz", ela retrucou.

Eu inclinei minha cabeça na direção dela e sussurrei - Talvez mais tarde - Lambi a orelha dela e vi um arrepio percorrer seu corpo.

Voltamos a andar, porém ela agora tinha um sorriso no rosto. Um pátio se abriu a nossa frente. Ele era imenso e muitos camponeses estavam sentados no chão. As bordas, que eram cobertas, estavam abarrotadas por homens segurando tochas. No centro existia uma árvore com pelo menos três metros e nela estavam esculpidos dois tronos.

"Somos as rainhas do chiqueiro", eu resmunguei.

"Domine uma capital e terá a nobreza no seu palácio", ela retrucou, alegre.

Ela sabia que não era necessário mais do que nós duas para dominar as três capitais, mas não era inteligente, estrategicamente, atacar uma, já que elas eram aliadas.

Andamos até o centro e nos sentamos no trono, que era surpreendentemente confortável. Levantei a mão direita e Junsui também o fez.

– A pureza de todo o corpo intocado - dissemos juntas e trocamos os braços - e pela união dos corpos corrompidos.

O povo olhou para o céu e viu que a lua começava a se dividir em duas menores. Uma luz cobriu nossos corpos e um brilho desceu até nós. As roupas de Junsui cresceram até se tornar um vestido e ela realmente pareceu uma rainha. Das minhas cresceram ombreiras como asas de dragão e um chicote apareceu em meu cinto.

– Agora seu idiota! - gritei para o homem que segurava as coroas.

Ele andou desajeitadamente até mim e colocou a coroa: um fino aro de prata com jades e pedras preciosas incrustadas. Junsui também foi coroada, porém a dela era um pouco maior e tinha diamantes e cristais.

– As luas se separam para seguir seus

caminhos - gritamos juntas. As tochas apagaram, a luz sumiu junto com o brilho e um vento frio correu pelo pátio. No céu existiam duas luas. Uma parecida com a original e a outra um pouco avermelhada.

Um silêncio assustador se alastrou e meus passos o quebraram - Espera aqui Junsui.

POV'S KENOME

Era horrível ter que batalhar contra um dragão. Ele era forte e nunca parecia se enfraquecer.

– Renda-se menina insolente! - ele rugiu - Ninguém domina um dragão!

– Então eu serei a primeira - eu gritei mais alto - Tora - me joguei sobre ele.

– Infelizmente, você não vai ser... - ele hesitou e também se jogou contra mim.

Antes de nos chocarmos, Kita se desviou e foi direto ao chão. O impacto foi extremo e eu cai deitada logo ao lado dele. Uma mulher, de cabelos vermelhos, uma tatuagem de dragão no rosto e olhos diferentes: um vermelho e outro prateado (este sendo felino), subiu no rosto do dragão. Ela parecia não ter me visto ainda.

– Sentiu minha falta bebê? - ela se ajoelhou ao lado do olgo do dragão.

– Ninguém domina um dragão! - ele soltou fogo para o céu.

A mulher pegou um chicote e acertou o focinho dele, fazendo um filete de sangue escorrer. O dragão se acalmou e ela falou - Te perguntei se sentiu saudade! Idiota!

Eu me levantei sentindo uma dor imensa na perna e apoiei meu peso na espada.

– E quem você é? - eu consegui soltar.

Ela olhou para mim uma única vez, bem fundo nos olhos.

– Shisubeki. A domadora de dragões!

POV'S SHISUBEKI

O dragão estava dominado.

"Muito fácil", eu disse para Junsui.

"Tem alguém aí", a voz dela pareceu preocupada.

Nesse instante uma menina se levantou. Ela parecia uma menina, mas o corpo era de uma mulher. Os cabelos eram brancos e desciam lisos até o chão. As pequenas roupas estavam rasgadas em vários pontos. Os olhos azuis estavam tremendo.

"E então?", perguntei para Junsui.

"Kenome. A fera. Poderosa, mas não imbatível."

– E quem você é? - ela perguntou.

"Devo?", hesitei.

"Ela não é problema", escutei uma risada.

– Shisubeki. A domadora de dragões. - eu tentei parecer o mais confiante possível.

A menina olhou para mim, incrédula e disse, com certo esforço - Então com licença, preciso derrotar um dragão.

Antes que eu falasse qualquer coisa, ela pegou a espada e a enfiou na garganta de Kita, que ainda tentou protestar antes de morrer.

– E agora o que será que você me deu? - epa mumurou.

– Sua... - eu rosnei e balancei o chicote contra ela, que apenas o segurou e me puxou para perto dela.

Agora, eu, a rainha lunar, estava caída sob os pés de um menina.

– Doragon! - ela gritou.

Num momento os cabelos dela se transformaram em chamas e em outro, ela era um grande dragão branco. Sobre seu dorso chamas brancas se alastravam.

– Vou ter que te derrotar também? - ela rugiu.


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Notas finais do capítulo

A mina vira dragão, o yuri rola a solta *-* Minha realização é Kenome



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