Depois de quase duas horas procurando, finalmente acho o rastro. É recente, ótimo. Ainda me resta tempo, pouco, mas suficiente para o que vim fazer. Corro o máximo que meu corpo permite, seguindo minha presa. O vejo mais cedo do que pensei.

Seu corpo forte se esgueirando entre as árvores, sem fazer ideia de que estava sendo rastreado há quase três dias. Se soubesse já teria fugido, ou, talvez, viria direto para minhas garras, apenas para não passar pelo que está por vir.

Avancei rapidamente sobre ele e, antes que pudesse fazer algo, dei-lhe um chute no peito, suficiente para derrubar qualquer brutamontes normal, mas, claro, não somos normais. Ele se aproveitou, me dando uma rasteira e me prendendo ao chão, seu sobre o meu.

– Já tinha esquecido o quanto você é rápida, princesa. - Alek diz em meu ouvido. Perto demais.

– Pelo visto não o suficiente. E já disse um milhão de vezes pra não me chamar assim, seu bosta! -reclamo socando seu peito de leve. E jumento apenas ri e se levanta, me puxando junto.

–Tá mais pra um zilhão de vezes, princesa.– sussurra me prensando numa árvore, deixando mais aparente ainda nossa diferença de tamanho. Minha cabeça não chegava nem em seu ombro, isso porque ele não era tão alto. Me levanta pela cintura e prendo minhas pernas em suas costas, enquanto beijo seu pescoço.

– Também senti sua falta, camarada - digo, selando por fim nossos lábios.

O beijo é calmo e tranquilo de início, me lembrando casa. Alek desse os beijos para meu queixo, pescoço e por fim para meu decote, me arrancando suspiros. Arranho seus braços, sentindo os músculos. Nos separamos por um breve momento, Alek me coloca no chão e se deita por cima de mim. O acomodo entre minhas pernas, e posso sentir o quanto ele me quer. Deixo que abra minha blusa, e toque cada centímetro de pele, me levando ao estado de louca luxúria. Necessito dele. De seu toque, de seu beijo, de sentir sua carne contra a minha, uma última vez.

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– Então, vai me dizer porque estava me seguindo? -pergunta, deslizando suavemente a mão por minhas costas nuas. Não respondo, apenas me levanto e coloco minhas roupas, esperando que ele faça o mesmo.

– Você precisa ir embora. Sumir.

Me odeio. Por minha voz estar embargada enquanto falo. Por não ser forte o suficiente para resistir. Por ser forte. A mais letal. Me odeio por saber que perderei o controle em breve, muito breve.

– Recebeu um comando, não foi? - adivinha, agora sério. - De quem foi? Bruce? Liam? O que você tem que fazer?

– Não, não!! Não foram eles. Não foi nenhum deles, Alek.

– Apenas diga de uma vez, o que poderia ser tão ruim para te deixar...

– Foi ele. O General. - Me encara. Ele, assim como todos nós, sabemos o que receber um comando do General significa. E ele também sabia, assim como todos, que eu estava perto de me descontrolar. Não olho mais em seu rosto.

– Eu tenho que matar você.