A mulher olhou em volta à procura da filha mais nova mas não havia sinal dela.

Miranda: April, a minha filha – Ela chorou nos braços dos meus irmãos. - Por favor…

Damon: Mãe...

Miranda: NÃO!! – Ela gritou apontando para mim. – Ela está morta por tua causa, tu metes-te nos nisso é tudo culpa tua Damon.

Giuseppe: Miranda. – Ele repreendeu-a e eu apenas baixei a cabeça, não havia o que falar, ela estava certa, tudo aquilo era culpa minha.

Sentei-me no altar e olhei para todos na capela, os meus pais a chorar a morte da minha irmã e minha mulher, o meu cunhado e minha sogra a chorar a morte do pai e marido e é claro a vida do meu cunhado, eu estava aqui por quê afinal? Eu não chorava pela minha irmãzinha, matei o meu sogro mas não chorava por ele óbvio, então eu estava aqui pra quê? Tinha mais é que ir embora mesmo...

– Pov Elena -

Olhei em volta depois do banho de sangue e de longe ouvi a mãe do Damon acusando-o da morte da April, o meu coração queria estar com ele, queria acalma-lo e ser o apoio dele nessa hora mas a minha mãe não me largou, e o Kol também não me deixou ir. Passaram-se minutos até eu implorar para ver o meu marido e a minha família finalmente me deixou ir, a minha sogra chorava nos braços do marido, os meus cunhados também choravam entre si e o Damon não estava no meu campo de visão. Olhei em volta e nada dele.

Elena: Alguém viu o Damon? – Perguntei a todos que saíram do seu sofrimento e me responderam um não sussurrado. - Pelo amor de Deus alguém me fala onde ele está. – Falei sem conter o desespero. - POR FAVOR! - Implorei chorando.

April: Eu vi ele a sair agora à pouco. – Ela levantou-se atrás do banco e o alívio que vi nos olhos da família do meu marido me fez sorrir. - O que é que aconteceu?

Miranda: Nada meu amor, nada. – Ela abraçou-a e chorou nos seus braços.

O Damon ainda estava desaparecido, o que tinha acontecido com ele? Peguei no telemóvel e liguei, uma, duas, três vezes, só caia na caixa postal, não queria deixar mensagem, não valeria a pena, liguei de novo e achei que ele tinha atendido quando a caixa postal soou de novo e resolvi deixar a mensagem..

Damon: Oi aqui é o Damon, não posso atender agora mas deixa o recado e eu retorno assim que possível.

Elena: Dam, amor, onde estás? Liga-me assim que puderes por favor… A April está bem, e nós também. Preciso de ti Damon… Eu amo-te

Caroline: Ele não vai atender, Lena.. – Virei-me pra ela e ela entregou-me um papel. – Desculpa Elena...

Abri o papel e li a caligrafia borrada do meu marido escrito apenas

Damon: " Desculpa por tudo. Amo-te D. " – As lágrimas queimaram meu rosto e eu fraquejei nas minhas pernas, os familiares que antes estava separados em seu próprio sofrimento agora me rodeavam pronto para me dar todo o apoio que eu precisasse, mas o meu marido, quem eu precisava mesmo que estivesse aqui não estava, eu gritei até minha voz acabar, era tudo o que eu podia fazer, mas nada disso o traria de volta...

Elena: Não, não, não, não, não, não – Repetia quase sussurrando enquanto estava sentada no altar e as minhas lágrimas a molharem o vestido todo

Caroline: Lena, não fiques assim.. – Disse ela abraçando-me com força e a todos presente estavam ou prestes a chorar ou com lágrimas teimosas a escorrer pela cara

Elena: Ele foi-se embora Care – Disse abraçando-a de volta com a mesma intensidade

Caroline: Ele não se foi Lena, ele simplesmente foi apanhar ar, de certeza que volta quando se acalmar.. Ele pensa que a April está morta e que é culpa dele…

Elena: Mas eu quero-o aqui.. Eu quero-o aqui comigo – Disse me largando da Caroline e chorando ainda mais, se é que era possível

Caroline: Agora não dá Lena, fazemos assim, vais para casa, tomas banho, comes qualquer coisa e dormes, quando acordares ele provavelmente já deve estar de volta vais ver!

Kol: Ele ama-te mana

Elena: Não, não, não, não… Eu não consigo…

Caroline: Claro que consegues! Por ele Lena, faz isso, sim?

Elena: Não consigo, não consigo, não consigo… Dói muito – Disse pondo a mão no peito

Jenna: Filha…

Elena: Parem! Parem todos! Eu não quero que me consolem.. Eu só quero o meu Damon, o meu marido! – Disse gritando de tanto desespero

Caroline: Elena! Calma!

Elena: Eu quero ir para casa, sim é isso, quero ir para casa, a Care tem razão, ele vai lá estar, sim ele vai lá estar, ele pode não estar lá agora, mas ele vai lá estar, ele tem que lá estar! Eu vou tomar banho, comer, dormir e quando acordar ele vai lá estar na cama comigo, vai me ver acordar e com aqueles olhos azuis cheios de sono vai sorrir para mim e dizer para voltar a dormir e que tudo vai ficar bem, tudo tem que ficar bem.. – Disse muito rápido e balançando para a frente e para trás

Kol: Mana..

Jenna: Filha, vem cá! – Disse levantando-me e abraçando-me com força – Vamos para casa filha, sim?

Elena: Ele vai lá estar mãe? Diz-me que sim. – Disse ainda no abraço

Jenna: Por agora não filha, mas amanhã ele deve lá estar, não te preocupes querida!

Elena: Okay.. Eu estou bem, já me podes largar, eu estou bem – Disse me largando da minha mãe, mas mal me largaram, deu-me uma forte tontura e doí-me a barriga e desequilibrei-me e caí no chão de joelhos

Kol: Estás bem, né? – Disse meio no gozo, mas preocupado também

Elena: Dói muito.. – Disse com a mão na barriga

Jenna: Tu já não comes há algumas horas, deves estar com fome

Elena: Só faz parar a dor, por favor – Disse encolhendo-me agarrada à barriga e no instante a seguir o meu irmão pegou-me ao colo e fomos para casa. Foi horrível quando cheguei a casa e me queriam dar comida, nada segurava no meu estomago, vomitei tudo.. Então decidi dormir um pouco, pode ser que a dor na barriga acalma-se e também os vómitos, mas não era igual, a cama cheirava ao Damon, mas o lado dele agora estava frio…