O sininho da porta da loja de Gold soou e logo depois,como de esperado,esta se fechou com um estrondo.

– Quantas vezes eu já disse que não é para baterem a porta? - ele diz incomodado,saindo do pequeno cômodo nos fundos do estabelecimento

– Guarde suas reclamações,Gold.Não estamos aqui para falar com você e sim,com a Belle. - Emma disparou

– E posso saber por que exatamente vocês estão atrás da minha esposa?

– Isso,é um problema nosso. - David tomou a frente da discussão - Agora diga logo,onde ela está?

– Apressadinhos nós estamos,não é mesmo? - Gold soltou um riso sarcástico

David não aguentou e deu um passo à frente,visivelmente irritado.Emma logo se meteu entre os dois antes que uma briga começasse.

– Deixe pra lá.Se ele não quer ajudar,vamos achá-la sozinhos. - disse segurando o braço do pai e o puxando para a porta,enquanto abria a mesma

– Voltem sempre! - Gold sorriu e se virou,voltando para os fundos da loja,com um olhar diferente - Onde será que eu guardei aquilo?
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– Então,como está tudo por lá? - Aqila perguntou à Sidney enquanto os dois caminhavam pelo parque - Quero dizer,em Agrabah...depois que eu...bem,você já sabe - riu sem graça e bebericou o café que levava

– Para ser honesto,não sei,princesa.Não vi muito das mudanças,fui embora depois que notei que o lugar não tinha mais esperanças. - ele tinha o olhar distante - Logo depois que tudo aconteceu,seu tio enlouqueceu e começou a colocar todo o reino de acordo com o que ele sempre quis.Ordenou que cortassem todas as árvores frutíferas,que as fontes fossem quebradas,que fechassem todas as cortinas do palácio. - Aqila ouvia chocada tudo o que seu amigo lhe contava - Agrabah se tornou um lugar sombrio.Já não havia música ou alegria,as datas comemorativas já não eram celebradas,as pessoas viviam como que em um transe hipnótico de medo,pois a guarda real bania e matava qualquer um que desobedecesse as ordens de Mohammed. - o Gênio suspirou e continuou - E bem,antes de unificar os dois reinos,ele... - umedeceu os lábios - destruiu toda e qualquer lembrança de Naseer e Munira...

Aqila estava parada no meio do parque,os olhos cheios de lágrimas e o copo de café tinha caído no chão.Sidney veio até ela e tomou sua mão:

– Nada disso é culpa sua,Aqila. - tentou confortá-la mas foi em vão

– Como não?Se eu nunca tivesse aparecido naquela noite,meus pais ainda estariam vivos e Agrabah seria um reino de felicidade!Meus avós trabalharam para isso,Gênio! - ela soluçava e balançava a cabeça repetidas vezes,mantendo os olhos fechados,como que tentando se apagar da história do lugar - Ao invés disso,ele matou meus pais e me transformou nisso!Se ao menos eu nunca tivesse aparecido,ele nunca ia tentar matar meu pai,esperaria que ele minha mãe ficassem velhos e morressem e...

– Não,minha querida,é aí que você se engana.Seu tio é capaz de qualquer coisa para obter o trono.Se você não tivesse aparecido,claramente ele teria dado um jeito de matar seu pai,fazer com que parecesse um acidente e depois disso,tomaria o controle do reino. - ele abraçou a menina - Nada disso foi culpa sua,acredite.Se você fosse um obstáculo,ele a teria matado quando ainda era um bebê,teve inúmeras chances para isso.E o que ele escolheu?A transformou em um dragão e a baniu para longe. - disse soltando Aqila de seu abraço

Os dois voltaram a caminhar.Uma brisa suave soprava.

– Por que deixou Agrabah? - ela perguntou quase que num sussurro,enquanto focava em chutar uma pedrinha que encontrou pelo caminho

A pergunta pegou Sidney de surpresa.Não que ele não estivesse esperando que ela fosse feita,ele só não esperava que fosse agora.Ele tomou mais um gole do café,jogou o copo fora e colocou as mãos dentro dos bolsos do casaco.Olhou para o lado,a fim de dar uma resposta mas,quando o fez,franziu o cenho para a visão do perfil de Aqila,que ainda estava entretida em seu futebol imaginário com a pequena pedra.Ele sabia que conhecia as feições da menina de algum lugar.Já as tinha visto em outra pessoa mas sua memória não lhe permitia lembrar quem."Ora,homem,que bobagem!Conhece ela desde meses,é óbvio que já está acostumado com esse rosto!",pensou,se repreendendo."Não,não é só ela,tem mais alguém com os mesmos traços...só não consigo lembrar quem é...".

– Gênio?Gênio! - Sidney havia ficado tão absorto em seus pensamentos que não notou quando Aqila parou o que estava fazendo e se voltou para ele - Está me ouvindo? - ela abanou a mão em frente a seus ollhos e estalou os dedos,fazendo com que ele finalmente a notasse - Ah,até que enfim! - Aqila gargalhou - Ei,salve sua resposta para depois.Henry acabou de falar comigo nisto que eu ainda não sei o nome - e apontou para o celular que Regina havia lhe dado - e pediu para irmos até a biblioteca.Aparentemente,acharam algo que pode me ajudar. - disse,guardando o aparelho no bolso da calça e começando a andar.

Sidney não tinha entendeu muito bem o que tinha acontecido e,sem se dar conta,ficou parado olhando Aqila enquanto ela se afastava.

– Ei,vai ficar parado aí? - ela gritou,já longe,pulando e balançando os braços no ar - Olá,alguém em casa?Deixou o cérebro na lâmpada?Espera que eu descubra sozinha onde fica a biblioteca?Sou nova na cidade,lembra?Você tem que me mostrar!

Ele despertou de seu transe e,ao observar a cena,não pode deixar de rir.As respostas para todos os seus pensamentos teriam que ficar para depois.

– Me desculpe,Aqila,eu só estava pensando. - sorriu,se aproximando da menina - Depois de você. - disse fazendo uma pequena reverência e dando passagem para ela,o que lhe proporcionou ouvir um resmungo em árabe.Como era bom ter a princesa de volta em sua vida.