P.O.V - Calipso

Eu andei por todos os cantos do campus procurando meu ex-namorado, Nico DiAngelo. Eu ainda não acreditava no que ele havia feito, me exposto desta maneira. Foi doentio, até mesmo para ele. Nunca lhe fiz nada que resultasse isso. Nunca lhe magoei ou trai. Mas de todas as dores que ele me fez passar, as traições, com Thalia Grace ou Reyna Arellano. Não sabia traduzir tal dor. Mas, o que Nico fez, é baixo até mesmo para ele. Espalhar fotos minhas nuas na rede social da faculdade.

- Oi Cali. - disse Zoe, sentando ao meu lado, na parte de fora do campus. - Leo está tirando as fotos do sistema e transformando as já baixadas em vírus. - ela me abraçou e me deixou chorar em seu colo.

- Porque Zoe, porque? - eu murmurei, chorando. - Nunca fiz nada que justificasse isso, Zoe. - limpei minhas lágrimas quando senti alguém se aproximando.

- Olá meninas. - disse Leo Valdez acima de mim. - Zoe, será que pode nos deixar a sós? - perguntou Leo e senti a morena se mexer ao meu lado, desconfortável.

- Pode ir, Zoe. Depois nos falamos. - eu disse e ela se levantou.

- Depois nos falamos, sweetie. - e dando um beijo no topo da minha cabeça me deixou com o moreno de cabelos cacheados e agitado.

- Ei, Cali. Consegui tirar as fotos do sistema, e DiAngelo está na sala do reitor. Ninguém mais tem acesso as imagens, eu juro. - ele se sentou ao meu lado e pediu que eu deitasse em seu colo, e começou a passar as mãos em meus cabelos. Meus olhos estavam vermelhos e minha maquiagem já estava manchada. Leo tirou uma toalhinha do bolso e me entregou. - Pegue. - ele me estendeu a toalha azul para mim. - Um presente da minha mãe... - ele disse. - Bom, antes de falecer ela me mandou uma caixa de presentes por entrar na faculdade. - disse antes de ficar em silêncio. Algo bem difícil para o mesmo.

- Obrigada, Leo. - eu disse me levantando, e dando um beijo em seu rosto. - Ficarei com isso, como lembrança de você. - eu disse antes de ir para a sala de música.

Fui para dentro da faculdade e na sala de música para passar outra música para a minha aula.

Fix A Heart

Provavelmente esse é o melhor para você,

Só quero o melhor para você.

E se eu não for o melhor,

Então você está preso...

- Calipso, você sempre será a melhor para mim. Sempre será a melhor pessoa que entrou na minha vida. - disse Nico antes de me eleger Rainha do Baile de Formatura.

Tentei romper os laços,

E acabei unindo as feridas.

Como se você jogasse sal,

Nos meus cortes...

- Nico? - chamou Calipso quando ele saia da casa de Reyna, e ainda beijava a moça como sempre lhe beijara.

- Ah. - disse Reyna envergonhada por estar naquela situação. - Bom, vou entrar. Até mais, Nico. - e fechou a porta deixando os dois na escuridão daquela noite de verão.

- Qual é, Calipso. - tentou Nico, quando a menina saiu andando irritada pela traição.

- Qual é, Nico? - ela parou inesperadamente, fazendo com que o menino trombasse. - Porque não me largou antes, Nico? Poderia ficar com quem quisesse e eu não sairia de chifruda. - perguntou irritada, a menina deu um tapa forte no rosto do moreno.

- Endoidou Calipso, - gritou Nico para a menina que recuou assustada. – Quem você pensa que é para me bater assim? – pegou o braço da morena apertando.

– Nico... – sussurrou Calipso, sentindo o aperto, já sentindo as lagrimas grossas descerem. – Está doendo, me solta! – implorou a menina.

Percebendo o que estava fazendo, Nico soltou a namorada, pegou sua mão e beijou ternamente. Calipso puxou a mão e saiu andando firmemente, mas Nico nunca aceitara que alguém lhe desse as costas e saiu atrás da menina. Ele tentou ir mais rápido para alcançar a menina, mas Calipso sempre andara rápido demais.

– Calipso! – gritou Nico, mas a menina apenas olhou para trás, e tarde demais foi pega de surpresa por um carro que vinha em alta velocidade.

Já no hospital, Afrodite cuidava da menina, que quebrou uma perna e machucou o braço. A morena pediu que seu irmão, Frank viesse lhe buscar. Quando estacionou o volvo na porta do hospital, Frank queria pegar Nico pelo colarinho e mata-lo, mas Hazel, meia-irmã dele não deixou.

– Calipso já disse que a culpa foi dela também, Frank. – tentou faze-lo não bater no irmão, mas Hazel sabia das traições de Nico.

– Veja só, DiAngelo, só porque Hazel é sua irmã. – sentenciou Frank antes de ir ver se já podia levar a irmã embora. Leo, Jason, Piper e os outros amigos chegaram logo depois para ver como Calipso estava.

– Como ela está, Frank? – perguntou Leo Valdez, e foi falar em particular com Frank, indo ver como Calipso estava, deixando Nico muito bravo.

– Cara, acalme-se. – pediu Percy e os dois foram até a lanchonete do hospital, deixando as meninas e Jason ali na recepção.

E os meus band-aids acabaram

Nem sei por onde começar

Pois não se pode fazer curativo nesse ferimento

Você nunca vai poder realmente consertar um coração

Apesar de saber o que é errado

Como posso ter tanta certeza

Se você nunca me disser o que sente

– Nico, eu te amo. – sussurrou Calipso, quando os dois já estavam juntos há um ano. – Você me ama? – perguntou inocentemente, mas o moreno apenas beijou Calipso e não respondeu.

– Eu preciso de um tempo para saber o que estou sentindo, Cali. – disse Nico beijando novamente a menina e encerrando o assunto.

Devo ter segurado sua mão tão forte

Que você não teve vontade de lutar

Acho que você precisava de mais tempo para se curar

Amor, meus band-aids acabaram

Eu nem sei por onde começar

Pois não se pode fazer um curativo nesse ferimento

Você nunca vai poder realmente consertar um coração

Já estava na hora de Calipso terminar com Nico DiAngelo. O namoro dos dois já estava desgastando e muito imaturo, o ciúmes de Nico já estava ficando doentio. Ele ligava tarde da noite, bêbado para Calipso querendo saber onde ela estava, com quem estava e tantas outras coisas mais.

Os pais da menina pediam sempre para que ela terminasse com ele, já que isso lhe sufocara cada vez mais. Ares já não aguentava mais ver a filha sofrer, e por mais forte que Frank fosse, ele sofria junto com a irmã todas as vezes, assim como a mãe adotiva da menina, Afrodite.

Você deve ser um milagre

Andando e xingando pra todos os lados

Não se pode consertar o que já foi quebrado

Por favor não jogue minhas esperanças fora não não

Amor, me diga como você pode

Ser tão cruel

É como se você jogasse sal nos meus cortes

Amor, meus band-aids acabaram

Eu nem sei por onde começar

Pois não se pode fazer curativos nesse ferimento

Você nunca vai poder realmente consertar um coração

– Nico. – chamou Calipso, pelo telefone. – Nós precisamos conversar. Agora. – ela sentenciou antes de ouvir ele dizer que já estava indo até a casa dela.

Algum tempo depois, Nico estacionou a moto na rua da casa de Calipso e tocou a campainha da grande casa dos Zhang. – Oi amor. – disse Nico ao ser recebido por Calipso, na porta da casa da menina, mas a mesma virou o rosto quando o menino tentou beija-la.

– Temos que terminar, Nico. Isso não esta sendo saudável pra mim, nem para você. Já foi longe demais. – disse antes de o menino começar a falar.

– Ah, Cali. Nós tivemos algumas brigas, mas todo casal briga. Vamos esquecer isso. – disse tentando entrar na casa, mas a menina barrou com o braço.

– Acabou, Nico. – sentenciou antes de fechar a porta.

Amor, meus band-aids acabaram

Eu nem sei por onde começar

Pois não se pode fazer curativos nesse ferimento

Você nunca vai poder realmente consertar um coração

O coração de Calipso Zhang nunca fora quebrado em tantas partes. Nico DiAngelo era uma pessoa cruel, sem escrúpulos ou sem nenhum amor aos outros desde a morte de sua irmã, Bianca, a ultima a qual demonstrou amor.

Oh não, não, não

Você nunca vai poder consertar um coração

Oh não, não, não

Você nunca vai poder consertar um coração

Você nunca vai poder consertar meu coração

Quando Calipso ia saindo da sala de musica, Leo Valdez estava a sua espera ao lado de fora, sentado com seu cinto de ferramentas, ao qual ele raramente deixava.

– Ei, Cali. Te ouvi cantar. – ele riu baixo e a menina abaixou a cabeça constrangida. – Cantou muito bem, queria ter esse dom. – ele riu e pegou a mão da menina, na qual ainda se encontrava a pequena toalha azul com o nome de Leo.

– Me deixe consertar seu pequeno coração, Calipso Zhang. Prometo nunca quebra-lo. – disse Leo antes de beijar ternamente os lábios rosados de Calipso.