Entre Perdas e Conquistas escrita por Amanda R


Capítulo 40
Capitulo 40




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Pensamentos de Bella

Os dias se passam e hoje faz exatamente quatro dias que estou em Londres longe da minha filha.

Deus! É tanta saudade que não cabe no meu peito, mesmo todos os dias falando com ela e a vendo pela tela do celular.

Também via que ela sentia saudades de mim, sua voz chorosa acabava comigo, eu não sabia com Edward conseguia lidar.

E sim, Edward. Ele estava sendo nada menos que maravilhoso com a Mel, o seu carinho e atenção com ela parecia ter triplicado, é muito adorável de se ver.

E o seu apoio comigo, mesmo que de longe está sendo fundamental para aguentar tudo aqui. Não consigo nem mais disfarça a minha vontade de ter ele por perto e os meus sorrisos quando vejo ele na tela do celular são totalmente involuntários. Ele está sendo a minha luz nesse momento tão triste.

Tudo que mais quero é o seu abraço, seu corpo junto ao meu e a sua voz dizendo aquelas palavras que faziam meu corpo formigar.

Em momento algum ele repetiu as palavras que me disse naquela noite que ele se entregou para mim daquela forma tão linda, mas a cada palavra e a cada olhar me sinto amada e cuidada.

Estou sentindo a cada dia a sensação de que ele está lutado por mim, se tinha dúvidas de dar uma segunda chance ao Edward e se valia apena, essa dúvida esta caindo aos pouco a cada momento.

Queria muito voltar para ele e a Mel, mas a Renée não está bem.

Esses dias aqui conversei muito com ela e conseguir com que se abrisse comigo. A Renée realmente não estava tomando seus remédios da forma certa, ela só tomava quando sentia muita dor. Hoje de manhã saiu uma nova bateria de exames e tivemos a triste noticia de que o câncer está no estágio quatro e a reversão dessa situação vai deixar o tratamento cada vez mais violento.

A Renée odeia com todas as forças os dias que ia para quimioterapia, mas a entendo, os efeitos colaterais eram cruéis, a deixa cada vez mais debilitada e fraca.

Ontem mesmo ela estava me falando que queria mudar o tratamento para o Estados unidos, ficar perto de mim e poder finalmente conhecer a Mel. Os resultados dos exames frustraram totalmente seus planos, doeu demais ver a sua desanimação.

Então de coração partido decidi fazer algo que estava a todo custo tentando evitar.

Separar Edward da Mel.

Meu plano é ir para Seattle e voltar com a Mel no dia seguinte. Ainda tenho que ver as passagens, como vai ser para tirar o passaporte da Mel, mas creio que Edward ia resolver isso.

Estava pedindo por tudo que era mais sagrado para que ele entendesse a minha escolha.

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Pensamentos de Edward

— Senhor Cullen, a reunião vai começar em dez minutos – Jeane avisa ao entrar na minha sala na empresa.

— Obrigado, Jeane - digo assinando alguns papéis que estavam atrasados com os dias que passei ausente sem ter coragem de deixar a Mel, mas hoje não foi o bastante trabalhar em casa, passei todo dia em reuniões só saindo para analisar contratos e assinar um atrás do outro.

Estava morrendo de saudade da Mel, e sem falar que preocupado. Já tinha perdido as contas de quantas vezes liguei para a Esme, mas ela me garantiu que estava tudo bem. Meu pai passou a manhã com ela e a tarde foi a vez da Esme.

Fiquei mais que aliviado por ela não ter estranhado minha ausência. Certo que ontem trabalhei sua mente, ela tentou vim junto comigo, mas não tinha condições dela ficar aqui, meu tempo seria mínimo de prestar atenção nela e também não tinha ninguém para cuida da minha filha.

— Pode levar esses documentos para o Emmett? Ele também precisa assinar – Ela assente e pega a pasta que eu estava lhe oferecendo.

— Algo mais? – Ela pergunta é eu finalmente levanto o rosto.

A Jeane estava muito bem aqui na empresa, foi ela que me deu suporte para que pudesse ficar três dias em casa.

— Não, só isso, mas queria te perguntar se está tudo bem por aqui, como está se sentindo na empresa - foi tudo tão bagunçado nos últimos dias que não tive tempo de ser um bom chefe. Ela deve está pensando que ainda sou o mesmo rabugento que era na faculdade, bem que ela não estaria totalmente errada.

— Estou amando – ela sorri empolgada – Todos foram ótimos comigo, estava tensa por não conseguir dar conta do trabalho, mas acho que estou bem.

— Você foi minha salvação nos últimos dias, então está mais que bem, acredite – afirmo sorrindo. Ela faz uma expressão de surpresa - O que? – pergunto curioso.

— Não quero ser intrometida, mas o senhor parece mais leve, poderia dizer que feliz.

— Sou tão ruim assim? – levanto as sobrancelhas e ela cora fortemente me fazendo sorri.

— Não, senhor Cullen, desculpa a indiscrição- ela passa a mão no rosto totalmente envergonhada pelo comentário.

— Tudo bem, Jeane, mas por favor, pare de me chame de Senhor Cullen, se Não vou passar a te chamar pelo sobrenome – ameaço.

Ela assente.

— Tudo bem, Sen... Edward. E fico feliz por te ver assim.

— Não é impressão sua, estou em uma fase muito confusa da minha vida, mas coisas muito boas também estão acontecendo, então estou tentando deixar o lado bom se sobressair do ruim.

— Fico feliz – Ela sorri – Eu vou entregar a pasta ao seu irmão.

Ela sai e mal fecha a porta quando o meu celular toca em cima da mesa. Pego rápido e vejo o nome da Bella na tela.

— Bella – atendo ansioso para poder ouvir sua voz.

— Edward, está podendo falar? – Ela pergunta.

— Claro, pode falar.

— Obrigada – Ela falar baixo, e é aí que percebo sua voz tensa e pesada.

Automaticamente meu corpo cria um alerta.

— O que aconteceu? Sua mãe está bem? – Todos esses dias que se passaram a Bella vem me atualizando das coisas que acontecem com a saúde da sua mãe, e pelo que a Bella disse ela não estava muito bem.

— Não.

— Sinto muito – sussurro. Queria muito está com ela. Essa ideia já veio e voltou milhares de vezes na minha mente desde que ela se foi, mas o que me freava era a decisão da Bella, e eu não queria passar por cima disso. Mas agora estava insuportável aguentar ouvir a voz triste dela e não fazer nada.

— Saiu uma nova bateria de exames e os resultados não foram bons – Sinto a sua voz tremer no fim da frase e isso parte mais ainda meu coração – Eu sinto muito, Edward, vou ter que fazer o que estava evitando, mas agora não tem saída. A Rénee queria muito voltar para o Estados Unidos para poder conhecer a Mel – ao dizer isso eu já entendo aonde ela queria chegar.

— Eu entendo – a interrompo.

— Entende? – Ela pergunta surpresa.

— Sim – digo e fecho os olhos.

— Sinto muito, Edward – Ela lamenta.

Olho para o novo porta retrato que estava em cima da minha mesa. Uma das fotos da Mel que a Bella me deu em uma noite.

Eu a amo e faria tudo por ela e sua mãe, até mesmo passar por minhas vontades.

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Pensamentos da Bella.

A ligação fica em silêncio, eu só posso ouvir sua respiração.

— Edward – chamo.

— Ela vai amar poder te ver depois desses dias – Ele disse mais uma vez me surpreendendo. Confesso que Estava esperando uma certa resistência em deixar a Mel vim, mas ele estava sendo nada menos que compreensivo.

Respiro um pouco aliviada, mas ainda sentindo um pouco de aperto no peito por ele.

— E ela vai senti sua falta – “ e eu estava morrendo de saudades de você “ queria acrescentar.

Ouvir um sorriso seu.

— Eu também, mas.... – Ele fez uma pausa.

— Mas?

— Se você permite, quero leva a Mel para você, por favor, não me negue isso – Ele não cansa de me surpreender – Não sei se posso ficar por muito tempo, tenho que resolver, mas já levá-la e te ver, vai ser um pouco mais tranquilo para mim.

“Te ver” – Não passou desapercebido por mim.

— Eu não sei o que dizer – e era verdade.

— Apenas diga, sim e pego o primeiro vôo para Londres – sua voz estava tão gostosa de ouvir que por um momento me perdi nele imaginando que seria maravilhoso ter ela perto de mim, nem que seja por apenas um dia.

— Sim.

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Pensamentos de Edward

— Emmett está na sala? – pergunto para a secretaria dele que me olha assustada por ter chegado tão repentinamente.

Eu tinha acabado de sair da ligação da Bella e ela me disse sim. E sinceramente, não sabia como ia ficar se ela tivesse dito não, porque só Deus sabe quando elas iam voltar,

e se fosse só daqui a dois, três, quatro ou cinco meses?! Não ia suportar fica longe delas. Então estou planejando algo que só depende do Emmett.

— Está sim, Senhor Cullen. Quer que avise sua chegada ? – Ela perguntou e nego com a não .

Sigo em frente sabendo que ele não estava em reunião, pois a secretaria não estava com ele.

Chego em frente a porta dou três toques, sem esperar resposta entro.

Dou de cara com Emmett sentado na cadeira atrás de uma enorme mesa semelhante ao do meu escritório e para as minha surpresa a Rosalie também estava ali.

Travo o maxilar.

Eles olham pra mim surpresos.

Depois do episódio que aconteceu com a Mel na casa da minha mãe, eu não era um fã dessa mulher, sinceramente o seu comportamento naquele dia não era da mulher que um dia foi minha amiga, na realidade não sei quando ela deixou de ser. Não faço questão da sua presença e nem da sua amizade.

— Emmett – comprimento com um aceno ignorando ela.

Minha atitude pode até ser infantil, mas não me importava, na minha mente só passava a cena da Mel triste em um momento tão difícil.

Emmett acena e se levanta vindo até a mim.

— Tudo bem, cara? – ele aperta minha mão e fica me olhando com um olhar estranho.

E é aí que percebo, ele já sabia o que tinha acontecido.

— A Esme te contou?

Ele nega.

— Liguei agora a tarde pro residencial da casa dos nossos pais e a Mel atendeu. Ela meio que disse “ Papai me deixou aqui para trabalhar “ então meio que supus que você finalmente viu o óbvio.

Não aguento e desvio os olhos envergonhado por até o meu irmão mais novo sabia, como ele disse, o óbvio.

Passo a mão pelo cabelo e os meus olhos passam pela Rosalie que continua extremamente quieta no canto. E é aí que noto a tensão nos seus ombros e no seu rosto.

— Eu fui um idiota – respondi ao Emmett ainda olhando para ela – O que fiz foi o maior erro da minha vida – agora foi a vez dela de desviar o olhar.

Me volto para Emmett.

— Fico feliz por você. Ter uma filha é muita responsabilidade, mas é maravilho ter alguém que depende tanto de você- ele sorri.

— Valeu, cara. Só espero ser o suficiente para ela.

— Você vai ser – Ele diz confiante.

— Como você sabe?

— Só por esta preocupado com isso já é a metade do caminho.

Assinto me sentindo bem por ouvir aquilo do meu irmão e não ser julgado por minhas atitudes passadas.

— vou dar o meu máximo, e por falar nisso, quero te pedi um favor.

— Pode falar.

— Quero que você seja o presidente da empresa por um tempo indeterminado – a proposta lhe pega totalmente de surpresa. Seus olhos crescem assustado sem entender nada.

— Por quê?

— Preciso fazer uma viagem. A Bella tá em Londres passando um momento difícil com a mãe e eu queria está lá com ela – pela visão periférica vejo a Rose continua sem mover um músculo com as minhas palavras.

Sinceramente, eu estava esperando que a qualquer momento ela surtasse, não que isso mudasse algo para mim.

— Você tem certeza que dou conta? Uma coisa é ajudar você e o papai na administração, e outra coisa é comandar.

— Você é mais que isso – aponto sabendo muito bem o que estava falando – Ela não é o que é hoje só por causa de mim, você tem uma grande porcentagem de culpa do sucesso dessa empresa. Então? O que me diz ?

Ele passa a mão pelo cabelo parecendo nervoso, mas isso era totalmente estúpido. Eu conhecia seu potencial.

— Não posso te negar isso, irmão.

Solto A respiração aliviado.

— Obrigado, Emmett. Amanhã você já é o presidente, só precisa colocar sob escrito em documentos para os acionistas não terem qualquer dúvida.

Ele assente.

— Vai precisar de ajuda hoje para as passagens ?

— Você pode conseguir isso pra mim? Isso é uma grande ajuda – porque ainda tinha que pegar a Mel, fazer mala, e ainda deixar tudo em ordem aqui na empresa.

— Claro.

— Obrigada mesmo – estendo a mão e ele aperta me puxando para um abraço breve – Agora tenho que ir.

Ele acena e olha rapidamente para Rosalie e se volta para mim.

Ignoro a forma dele de levantar algum tipo de bandeira branca entre a gente.

Ando até a porta.

— Edward – a voz da Rosalie chega aos meus ouvidos. Paro de andar – Eu preciso conversar com você.

Começo a sentir um rastro de raiva que borbulhou em mim a alguns meses atrás.

— Nós não temos nada para conversar – A corto com a voz sem empatia alguma.

— Mas Edward....

Me viro em sua direção e a digo o que deveria ter dito a muito tempo atrás.

— Eu só quero uma coisa de você, Rosalie. Quero que mantenha distância da Bella, mas como vivemos em uma família, você é esposa do meu irmão e a Bella é mãe da minha filha – o tom da minha a voz aumenta quando digo “minha filha" com muito orgulho – Então quero que você faça o mínimo, que é respeita-la, não quero que diga nem uma pequena ofensa em direção a Bella, muito mesmo a minha filha. Comece respeitando elas e quem sabe um dia eu volto a te respeitar – vejo uma mistura de dor e vergonha nos seus olhos e não vou mentir, pode até ser cruel, mas me senti bem com aquilo – E antes que me esqueça, também guarde sua opinião para si mesma, porque da última vez que lhe dei ouvidos acabei destruído o que tinha der melhor dentro de mim.

Vejo seus olhos se enxerem de lágrimas, mas aquilo não me comoveu nenhum pouco.

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— Já vai voar? – a Mel perguntou quase pulando na poltrona do avião ansiosa.

Já era o dia seguinte de manhã. Não consegui um vôo as presas para Londres, mas no final acabei agradecendo, porque não é fácil arrumar tudo para viagem e cuidar de uma pequena garotinha que estava a mil assim que soube que ia viajar de avião para rever a mãe. Por fim acho que conseguir embalar tudo que era necessário para ela.

Não contei para a Mel o motivo da viagem, não sabia como a Bella queria comandar toda situação, então achei melhor só dizer que íamos visitar sua mãe.

— Papai, eu tô falando - Ela tocou meu rosto com suas mãozinha para a minha atenção ficasse com ela – Eu quero ver o mundo todinho daqui de cima – ela falou bem seria acreditando fielmente que ia ver toda a terra pela janela do avião.

Não sei da onde ela tirou isso.

— Princesa, só espera mais um pouco a aeromoça vai avisar daqui a pouco que vamos decolar.

Ela fez um bico fofo e voltou a olhar pra janela que dava vista para o aeroporto e um lado da pista de decolagem.

— Eu vou ver as estrelas de lá de cima? – Ela perguntou de repente.

— Não, Mel, mas sabe o que você vai ver – Ela me olhou interessada – Tudo pequenininho, algumas coisas que aqui é grande de lá de cima vai ser do tamanho da pontinha do seu dedo.

Ela arregala os olhos.

— Mas meu é tão pequeno – ela levanta a ponta do seu dedo na minha frente.

— Sim, mas vai ser desse exato tamanho- beijo a ponta do seu dedo e ela sorri satisfeita.

Eu me sentia tão aliviado quando conseguia responder às perguntas mirabolantes da Mel, não sei se com todos pais era assim, mas quando ela me dava esse sorriso de satisfação me enchia de alívio.

Ela era uma caixinha de surpresa, do nada uma pergunta saía e tinha que me virar em mil para arrumar uma resposta.

Mas de alguma maneira achava isso bom, uma certa satisfação ver o quanto ela acreditava nas minhas palavras e as levava como uma verdade concreta e absoluta, aumentando a vontade no meu interior que nunca vou deixar que essa confiança que ela tem em mim seja quebrada.

E isso me faz lembrar da sua mãe, do quanto estou levando a sério em conseguir de volta sua confiança de volta.


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Notas finais do capítulo

Alguém ta curioso para saber pq a Rosalie ficou tão calada????? Tem as mãos de alguém ai.
E finalmente Edward e Mel vão para Londres s2, minha ideia era ele não ir e ficar sozinho nos estados unidos de castigo, mas confesso que tive pena :/
Ele vai ser bem útil em londres s2

ps: Amanhã tem mais capitulo, já esta escrito!!!!