Entre Perdas e Conquistas escrita por Amanda R


Capítulo 38
Capítulo 38


Notas iniciais do capítulo

Volteiiiik!!!!!



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Observo sentado a Mel correr pelo gramado com a Sophia na casa dos meus pais.
Depois de ter convencido ela a não chorar que a sua mãe logo iria volta achei melhor entreter sua cabeça durante todo dia.
Eu tinha acabado de falar com a Bella no escritório do meu pai. Foi um alívio saber que estava bem no hotel, fiquei mais tranquilo ainda quando ela dormiu ouvindo minha voz.
Mal posso dizer em palavras o quanto aquilo era importante.
Mas o que mais importava agora era essa pequena garotinha que estava toda suada de correr por toda parte no jardim dos meus pais, mas sabia que essa alegria não ia durar por muito tempo, a noite ia chegar e espero a Deus que eu consiga mais uma vez contornar a situação, pois não era nada fácil.
— Meu filho – ouço os passos da Esme atrás de mim.
Eu não tinha contado nada de que já sabia que era pai da Mel, ou melhor, já acreditava o que estava bem na minha frente.
Estava com vergonha.
Não sabia como ia encarar a minha mãe e dizer a ela que sou o pior filho que uma mãe poderia ter e um homem horrível por ter deixado o orgulho crescer a ponto de ficar anos longe da própria filha.
Mais cedo liguei para ela e apenas disse que vinha pra sua casa, ela me avisou que a Sophia estava aqui e eu vim.
Sinto ela sentar ao meu lado e ainda não tenho coragem para olha-la, pois sabia que se viesse meu rosto ia ver que estava escondendo algo, mas não precisava nem olhar de muito perto. Meu rosto cansado e meus olhos atormentados me entregavam sem muito esforço.
— Você vai me dizer o que está acontecendo agora, ou prefere contar quando seu pai chegar? – sua voz é sutiu e doce como sempre, mas tinha uma certa exigência nela, ou seja, ela não ia desistir fácil.
— Mãe... – abaixo a cabeça.
— Eu não vou deixar você se fechar, já deixei por muito tempo, mas agora não mais – ouço aquilo e recebo como um soco no estômago. Sinto sua mão quente no meu ombro e ela aperta levemente – Por favor, Edward, olhe pra mim.
Fecho os olhos com força antes de fazer o que ela pediu.
E assim que meus olhos focam no dela não consigo me segurar e sinto minha visão embaçar. Passo a mão no Rosto com raiva por ser tão fraco, porque sabia que não tinha o mínimo direito de derramar uma lágrima.
— Vamos entrar – ela diz com o olhar preocupado.
Olho para a Mel.
— Elas vão ficar bem, a Jessica vai olhar elas- Esme aponta para a babar da Sophia, que mesmo quando a Rose deixa a Sophia aqui, a babá sempre vem com ela.
Assinto e sigo minha mãe para dentro da casa.
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Pensamentos de Esme

Edward não estava bem, percebi assim que pisou aqui em casa.
Primeiramente pensei ser por a Bella estar longe, mas meu coração diz que é algo mais, ele nem estava olhando nos meus olhos.
Assim que chegamos no escritório que eu e o Carlisle dividimos para o trabalho, acompanhei Edward se sentar no sofá de couro no canto da parede e esperei ele se sentir confortável para falar.
Ele apoia a cotovelo nas pernas e abaixa a cabeça passando as mãos nos cabelos quase a ponto de arranca-los.
Com certeza tinha algo a mais acontecendo .
Ele respirar forte antes de falar.
— A Mel é minha filha – sinto um baque no peito ao ouvir essas palavras. Por tudo que se passou na minha mente essa com certeza não era uma delas.
Acho que queria tanto que ele enxergasse isso que agora era difícil de acreditar que Edward finalmente abriu os olhos.
Meu coração dói, porque ele continua com a cabeça abaixada e o corpo todo tenso como se carregasse o peso do mundo em suas costas.
E aí que entendo. Ele se sente culpado.
Fecho meus olhos pedindo silenciosamente a Deus sabedoria para saber o que dizer ao meu filho, porque agora o meu maior desejo era lhe dizer algo que ajudasse a aliviar esse peso de cima dele, mesmo sabendo que não podia ter o controle de tudo.
De vagar vou até ele e me sentmeaoo seu lado, Edward não se move.
Toco o seu ombro e sinto seu corpo encolher.
— Meu filho – digo movendo a mão pela sua costas aos poucos e quando me vejo já estou abraçado ele forte.
Meu coração é destruído quando sinto seu corpo tremer e um baixo soluço de angústia sai pela sua boca como se estivesse sido contido por muito tempo.
O abraço mais forte ainda.
— Eu sou um fraco – ele runge de repente e sai do meu abraço e levanta como se estivesse sufocado – Não tenho direito de me sentir assim, mãe – ele me olha angustiado.
Seu rosto estava todo vermelho, Edward estava tentando conter de todas as formas seu choro.
— É normal que você se sinta assim, tem que deixar sair.
Ele nega repetidamente balançando a cabeça.
— A senhora já sabia – tento falar, mas ele me impede – Eu via toda vez o seu olhar quando via a Mel. Tentava de todas as formas me convencer que isso não era possível. Como pude? Isso não tem resposta. Não tem desculpa, por isso acho que não tenho o direito de me sentir magoado e triste Por ter perdido tanto tempo da minha filha, porque isso só aconteceu por causa do meu orgulho e falta de confiança com a mulher que nunca me deu um motivo, mas doi, mãe, não estou conseguindo conter isso por dentro.
— E não deve – digo e me levanto – Edward, fico feliz por reconhecer a lealdade da Bella, mas você tem que colocar a raiva, a dor e a tristeza para fora. Não vai conseguir seguir em frente sem se desculpar.
— Impossível. Não tem como me desculpa, o que fiz foi indesculpável, mas sabe o que aconteceu? A Bella me desculpou, não me pergunte como, mas ela me desculpou – ele disse incrédulo.
— Porque ela sabe que o ódio e a tristeza não vai levá-la a nada. Ela já carregou muita coisa consigo por anos, tenho certeza que ela fez isso com a intensão de se libertar e é o que você deve fazer.
Ele nega mais uma vem.
— Ela é muito melhor que eu, não consigo fazer isso.
Uma indignação sobe sobre mim e não consigo ficar calada. Não ia ver injustiça mais uma vez e ficar sem fazer nada.
— Não deixa coisas ruins impedir a sua felicidade mais uma vez, filho. Se você deixar a tristeza e essa dor dentro do seu coração, tudo que aconteceu a cinco anos atrás vai se repetir, e você não pode fazer isso, porque você tem a Mel, ela precisa do pai dela completo, e não apenas uma casta dele. Você sabe mais que ninguém que a dor te corroeu por dentro, te fez se fechar para mundo, para sua família, por favor meu bem, não faça isso novamente com sigo. Não faça isso comigo, eu quero o meu filho de volta – engulo o choro e peço a Deus que me ajude.
Edward me olha paralisado. Vejo várias emoções cruzarem o seu rosto.
— Me desculpa, mãe – ele fala envergonhado.
— Não tem o que desculpar, mas não faça isso de novo, por favor – sinceramente, não sabia como ia lidar se Edward se fechasse novamente.
— Eu não quero mais magoar ninguém – sua voz transbordava de emoção e sinceridade.
Sem conseguir me segurar deixo as emoções tomarem conta de mim e as lágrimas molham meu rosto.
— Então venha para os meus braços, e ponha para fora tudo de ruim que está sentindo no seu peito – ele me olhou por um momento e me enchi mais ainda de amor quando vi a vulnerabilidade nos seus olhos. Respirei aliviada quando ele veio em minha direção e me abraçou.
Sinto naquele abraço o meu menino de volta , que chorava pela casa me procurando, porque ralou o joelho ou alguém lhe disse algo que ele não tinha gostado.
O tempo passou e eu não percebi , só queria ficar ali, cuidando do meu menino que já tinha sofrido tanto pelos próprios atos e que agora tenho a certeza que um rumo maravilhoso ia tomar a sua vida.
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Pensamentos de Edward

Estava me sentido um menino ali abraçando com a minha mãe, e não um homem de 28 anos.
“você não pode fazer isso, porque você tem a Mel, ela precisa do pai dela completo, e não apenas uma casta dele” – essas palavras da minha mãe me desmontaram, e quando ela disse que queria seu filho de volta, percebi que estava mais que magoando a mim mesmo com as minhas atitudes, sem querer acabava atingindo todas pessoas que estavam ao meu redor, que me amavam.
O que disse era verdade. Não queria mais magoar ninguém.
E mais que tudo, queria ser um pai de verdade para Mel, queria ser um homem completo para ter a Bella de volta, e se pra isso tenho que retirar todo lixo que está me atormentando eu iria fazer isso. Ia lutar com todas as minhas forças contra tudo que estava me puxando para baixo e me fazendo entrar em uma concha.
Eu amava demais aquelas pessoas. Amava demais minha mãe para lhe fazer algum mal. Ela falou o que eu precisava ouvir, e sou eternamente grato por isso.
— Não chora, mãe, se o Carliesle chegar aqui e te ver assim ele vai me matar– disse brincando para quebrar o clima melancólico depois de muito tempo a abraçando e chorando em seus braços.
Ela sorriu.
— Eu estou feliz demais. Por ter você aqui comigo e mal posso esperar para abraça a minha neta. Você já contou a ela?
Assenti e sorri ao me lembrar disso.
— Contei ontem mesmo – se possível o sorriso dela cresceu mais ainda.
— E como ela reagiu?
— Ela só chorou e me agarrou. Não posso dizer em palavras o quanto sou grato por ela ter me aceito, mas ainda falta algumas coisas para falar com a Mel , estranhei porque a hoje ela não tocou no assunto.
— Mas deve ser pelo fato de que a Bella viajou. Muita coisa na sua cabecinha. Dê um tempo a ela.
Assenti entendendo o que estava falando. Realmente, era muita coisa para a mente de cinco anos da Mel entender.
Já Ia falar pra Esme voltarmos para o jardim para ver como as meninas, quando três toques apressados batem na porta.
— Pode entrar – A Esme mal fala e a porta abre.
A Jessica colocou a cabeça para dentro e seus olhos focaram em mim aliviada.
— Olhe, minha querida, ele está aqui, não foi embora – Ela disse para alguém que ainda estava atrás da porta, mas não demoro muito tempo e logo a Mel entrou com o rosto todo molhado de lágrimas com os olhos apavorados.
Levantei por impulso e praticamente corri até ela e a peguei em meus braços.
A Mel envolveu seus braços e pernas em volta de mim deitando sua cabeça no meu ombro afundando seu rosto no meu pescoço.
Ela realmente estava apavorada, podia sentir seu pequeno coração disparado no meu corpo.
— O que aconteceu, princesa? – pergunto para ela, mas olhando para Jessica buscando uma explicação.
A Jessica entra no escritório segurando a mão da Sophia que também parecia assustada, talvez pela reação da Mel.
— Ela estava brincado e de repente notou que o senhor não estava mais sentado olhando elas brincarem e começou a chorar dizendo que tinha ido embora. Por isso que vim aqui para mostrar a ela que o senhor ainda estava aqui.
Ela pensou que eu a tinha deixado.
Esse pensando me fez abraça-la mais junto do meu corpo.
— Está tudo bem, princesa. Eu estou aqui – sussurro só para ela ouvir.
Ouço ela fungar e aos poucos seu coração vai se acalmando.
Percebo que a minha mãe tinha saído junto a Jessica e a Sophia, nos deixando sozinhos.
Vou até o sofá e me sento com ela ainda no meu colo.
Ela funga ainda com o rosto enterrado no meu pescoço.
— Meu amor, olha pra mim – digo passando a mão suas costas mostrando a ela que estava tudo bem.
A Mel se separa um pouco só o suficiente para me olhar.
— Eu nunca ia te deixar sozinha aqui – digo enxugando o seu rosto.
— Eu fiquei com medo- sua voz era bem baixinha.
— Não tem pra quê ter medo, tudo bem?
Ela assente e eu beijo sua testa, assim a Mel deita seu rosto no meu peito e eu apoio meu queixo na sua cabeça, então assim ficamos.
— Edwald – ela fala meu nome ainda com a voz baixa.
— Sim, princesa.
— Eu te amo – não tenho vergonha de dizer que meu coração para por um momento. Essas pequenas palavras ditas por ela é tudo pra mim, sem saber a Mel cravou essas palavras na minha alma e ela se tornou o meu mundo.
— Eu também te amo, filha- assim que falo ela se afasta de mim, novamente só o suficiente para me olhar.
Seus olhos estão suspensos e alerta.
— Você acabou me chamar de filha – Ela diz aquilo como se estivesse realmente surpresa.
— Porque você é minha filha- digo as palavras com todo cuidado para que ela entendesse e não restasse dúvidas.
Ela passa a sua mãozinha no rosto e me encara meio envergonhada.
— Então eu também posso te chamar de papai? – perguntou inocentemente com a voz doce. Ela realmente estava com dúvidas.
Mas se dependesse de mim elas acabavam agora.
—É claro, Mel. Você pode me chamar de papai. Você me faria pessoa mais feliz do mundo – sorri tão grande para ela que a Mel se contagiou e acabou sorrindo pra mim.
— Papai – Ela diz como se testasse a palavra.
Meu peito inchou.
E não poderia ficar mais feliz nesse momento, só se a Bella estivesse aqui, aí sim, tudo seria perfeito.

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DIAS DEPOIS....
— Ahhhhhhhhhhh – gelo quando ouço o grito da Mel na sala da televisão onde a tinha deixado assistindo para poder pega chocolate quente para ela.
Sem nem pensar corro o restante do corredor e praticamente chuto a porta da sala.
Assim que entro a Mel dá mais um grito e em seguida gargalha com o skimmy em cima dela.
Meu Deus, ela queria me matar.
Respiro fundo e fico feliz por ela não ter percebido a minha entrada triunfal.
Ando para mais perto deles e logo Skimmy me olha atento e vem correndo pro meus pés saindo dos braços da Mel.
Oh sim, esse vira lata gostava de mim. Eu não dava nenhum motivo pra isso, a não ser, claro, na frente da Mel. E ele também não me dava nenhum motivo para gostar dele, mal posso contar quantos sapatos foram estragados pela sua maldita paixão em estragar tudo que ver pela frente, correção, estragar tudo que ver no meu quarto.
Mas o aguento pela minha filha.
E ainda não acredito que ele já até dormiu na minha cama por causa dela.
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— Ele está chorando- a Mel me olha com os seus lindos olhos pidões que não conseguia dizer não.
— Ele em algum momento vai se cansar e parar, não se preocupe, princesa – disse e tento voltar a continuar sua história da princesa Tiana.
Já estávamos devidamente vestidos, de dentes escovados e o cabelo da Mel foi penteado enquanto ela falava pelo Skayp com sua mãe. A coloquei na cama e ela pediu para conta, acho que pela terceira noite consecutiva a história da Tiana, até aí tudo bem, mas o Skimmy não deixava a Mel pegar no sono pelo simples motivo de que ele estava arranhando a porta do meu quarto e agora estava chorando para entrar.
— Ele não está parando, papai- a Mel olha para a porta preocupada.
Tenho a súbita vontade de esmaga-la em meus braços quando a Mel diz essa palavra. Ainda não tinha me acostumado. Toda vez que ela diz um sorriso cresce na minha boca de orgulho e agora não foi diferente.
— Não sorri, papai, Skimmy está chorando – Ela me olha com a testa franzida e com o olhar triste.
Claro que eu já tinha perdido qualquer que seja o argumento.
— O que você quer que eu faça? – Ela morde o cantinho da boca como a sua mãe antes de falar.
— O Skimmy está sentindo a minha falta, como eu estou sentindo a da mamãe, se ela estivesse aqui eu ia querer abraçar ela pra saudades passar, então deixa o Skimmy entrar – ela junta as mãozinha na frente do seu corpo – Por favor.
Deus, porque ela tinha que falar tão bem?!
Sem nenhuma resposta para aqueles olhos verdes translúcidos saio da cama e sem acreditar no que estou fazendo abro a porta do quarto.
O cachorro corre pra Mel como se a vida dele dependesse disso.
Observo ela descer da cama e pegar ele no colo. A Mel balança ele pra lá e pra cá como se estivesse ninando. Ele late feliz e ela me olha com o sorriso no rosto.
Ótimo! Sabia que eles não iam se separar mais hoje.
Me arrasto pelo quarto e coloco a Mel em cima da cama junto com o cachorro.
Sim, umas das coisas que aprendi em como ser pai durante esse pequeno tempo: Não consigo dizer não pra a Mel, nem que fosse para deixar um cachorro dormi na minha cama.
Eu espero que isso futuramente mude, senão o estrago já estava feito.
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Notas finais do capítulo

Esse Edward pai kkkkk ❤❤❤