Entre Perdas e Conquistas escrita por Amanda R


Capítulo 22
Capítulo 22


Notas iniciais do capítulo

Boaaa noiteeee
Voltei rapidinho kkkk
Espero que gostem do cap... Lembrando que ele tb é curtinho..
Boa leitura.
Bjos!!!



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Empurro a porta de vidro da joalheria e dou espaço para a Mel passar.  Esse foi um dos primeiros lugares que pensei quando chegamos aqui no shopping. Já tinha ido algumas vezes aqui com a Alice ou até com a Rose. 

Se ainda estivesse certo,  Bella gostaria de qualquer coisa que comprasse aqui. Certo que ela não vai acreditar que o presente não foi com o dinheiro da Mel, mas depois lido com isso.

Aceno para um guarda de terno que ficava logo a porta do corredor e ando no piso liso de carvalho segurando a mão da Mel.  

Depois do corredor tinha uma porta larga à esquerda onde definamente ficavam as joias.

Empurro a porta e deixo a Mel passar e depois entro. A primeira reação da Mel é de surpresa. Ela olha para todos os lados observando as joias que brilhavam. Na loja tinha fileiras de balcões dos dois lados com amostras, mas também tinha joias a mostra em pequenas pilastras espalhado pelo salão.

— Bom dia, Senhor – saudou uma mulher negra com um sorriso simpático.

ao nosso lado.

— Bom dia – disse dando um pequeno aceno – Vim ver algumas jóias femininas.

— É para essa mocinha? – a Mel negou com a cabeça rapidamente.

— Não, é para a minha mãe – disse ela apertando minha mão na sua.

— Oh, tudo bem. Venham comigo – ela nós guiou até um dos balcões – Tem alguma preferência? – eu sabia que ela estava se referindo a prata ou ouro.

Fiz não com a cabeça. Ela acenou e começou a nós mostrar a variedade de brincos, colares e pulseira dentre outras coisas.

A Mel olhou vários, até que ela decidiu que achava melhor as pulseiras. Ela olhou varia, mas ela gostou mais de uma dourada que tinha dois pingente de coração e a vendedora disse que podia escrever em torno da pulseira e nos dois corações.

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— Você gostou mais dessa? - perguntou a vendedora a Mel.

Ela assentiu.

— Boa Escolha. Tenho certeza que sua mãe vai amar - a Mel sorriu, mas em seguida olhou  para mim com a expressão hesitante.

— Vai dar, Edwald? - eu sabia do que ela está falando. Seu dinheiro.

— Confie em mim, princesa - pisquei para ela e ela me deu um sorriso.

Voltamos nossa atenção a vendedora que nos olhava com um sorriso divertido.

— Então, vai ser essa mesmo? - assisti - O que vão querer escrever?

A Mel olhou para mim esperando a minha opinião.

— Pode ser o nome Mel no coração pequeno e Bella no coração maior. E em torno da pulseira pode ser ...

— Te amo, Mamãe - completou a Mel. A atendente escreveu rapidamente o que dissemos e disse que ia ate o joalheiro para fazer o trabalho.

Quando ela se foi uma outra mulher um pouco mais nova chegou perto de nós perguntado se queríamos algo para beber. Aceitei um copo com água e a Mel um pouco de suco. Ela se foi e voltou rapidamente com uma bandeja que tinha os copos e uma pequena cesta com alguns doces que foi direcionado a Mel.

Ela insistiu em perguntar se eu queria outra coisa, mas disse que não e ela foi embora. A Mel e eu sentamos em um dos vários sofás que tinha no salão e esperamos a pulseira ficar pronta.

Depois de alguns minutos a mulher voltou e disse que já estava tudo pronto só faltava o pagamento. Deixei a Mel no sofá ainda comendo doces sob a atenção de umas das atendentes e seguir a vendedora.

Estávamos passando perto do espaço que fazia o pagamento quando um balcão me chamou atenção.

— É a parte infantil - disse a vendedora quando notou o meu interesse - Gostaria de ver?

— Sim, por favor - ela sorriu e fomos até o balcão que tinha vários colares com imagens infantis coberto de ouro ou prata com pedras diversas inseridas. Mas uma coisa me chamou a atenção. Era uma bailarina em cima de pequeno palco redondo que a contornava perfeitamente.

A vendedora notou meu olhar.

 - Ela é como se fosse uma caixa de música, só que sem a caixa. Se giramos um pouco a bailarina uma música ao som de pianos começa a tocar e ela fica girando - disse pegando a bailarina e colocando na minha frente - Essa peça é exclusiva da loja. Ela é banhada de ouro branco e tem pequenos cristais inseridos na saia da bailarina.

— É lindo - disse quando ela girou um pouco a bailarina e uma música começou a tocar.

— Sim, é lindo - ouvi ela dizer, mas meus pensamentos estavam focados em que a Mel ia adorar essa bailarina.

— Eu vou ficar - disse quando a música acabou.

 

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A vendedora assentiu sorrindo

Depois de um tempo tudo estava acertado e eu voltei para pegar a Mel que estava no mesmo lugar. Lhe entreguei o presente da sua mãe e ela estava tão focada nele que nem notou a outra bolsa que estava comigo.

Saímos da loja e perguntei se ela queria passear. Seus olhos brilharam quando essas palavras saíram da minha boca.

Já fazia algumas horas que estávamos andando pelo shopping olhando os enfeites de natal que tinha ao redor. A Mel ficou encantada pela enorme arvore de natal que tinha no meio do pátio do shop, ela visitou a casa do papai Noel e me perguntou porque ele não estava lá. Expliquei a ela que ele provavelmente só estava a tarde ou algo assim. Ela ficou triste, mas logo esqueceu quando viu a casa fotográfica de natal.

Eu perguntei se ela queria tirar foto, mas ela disse que só ia se eu fosse. Sem ter alternativa entrei com ela e a Mel me fez fazer caras e bocas. Não estava acostumado a isso, mas confesso que não me divertia assim há anos.

Saímos da cabine e puxei nossas fotos.

— Olha, Mel - entreguei a ela. As fotos tinham ficado ótimas.

Ela sorriu e perguntou se podia ficar com uma. Disse que sim e ela sorriu mais.

Ficamos por ali mais um pouco, andando e olhando em volta ate que ela disse que já estava com fome. Fomos para a ária de alimentos.

— Edwald, podemos comer ali? - ela apontou para o famoso MC Donald que estava praticamente lotado a essa hora do almoço.  

— MC Donald? - fiz uma careta. Aquelas coisas gordurosas que vendiam não eram nada saudáveis.

— É, faz tempo que não como em um desse. Por favoooorrr.

— O que você acha da gente comer em um lugar bem melhor do que esse. Um sanduíche  bem legal e depois comer algum doce com bastante chocolate, o que acha?

A Mel me olhou com duvida.

— E melhor do que o MC Donald?

— É sim - e bem mais saudável, completei mentalmente.

Ela suspirou.

— Tudo bem, mas eu também quero chocolate, ok?

Ri, ela era uma ótima negociante.

— ok, espertinha. Vamos - começamos a andar pelo

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— Meu Deus, sua mãe vai me matar quando te ver assim - disse tentando limpa sua boca, queixo e o nariz que estavam sujos de chocolate.

Estávamos em um tipo de restaurante para crianças. Bem, eu achava que era isso, porque aqui era tudo rosa e azul cheio de desenhos de todos os tipos e ate o cardápio era em forma estranha e muito colorido. Também dentro do restaurante tinha uma ária de brinquedos. Claro que a Mel foi até lá e isso contribuiu mais ainda para deixar ela completamente diferente de quando colocou os pés aqui.

— Eu comi direitinho, só que o chocolate e o ketchup sujaram eu e a minha roupa sozinhos  - ela tentou argumentar.

— sim, sei sua espertinha - disse pegando mais guardanapos da mesa - Agora estende as mãos.

Ela fez o que pedi e limpei suas mãos que também estavam sujas.

— Você tá parecendo aquelas garotinhas sujas e toda suada  - disse tentando fazer voz de sério.

— Tô não - disse e fez bico. Acabei rindo.

Tentei arrumar sua roupa que estava toda amarrotada, mas não tive sucesso. Olhei para ela tive a certa que a sua mãe nunca mais ia me deixar ficar com ela. Sou um desastre. Mas se comparar ela com as outras crianças que estavam ao nosso redor posso dizer que ela não tava tão ruim.

— Tudo bem, princesa. Agora você tem que dizer a sua mãe que eu sou um ótimo cuidador. Não tenho certeza que ela vai deixar sair novamente comigo quando ela te ver. Ok?

Ela assentiu ligeiramente.

— Eu salvo você, mas só se prometer sair de novo comigo. Hoje foi muito divertido.

— Combinado. Agora bate aqui- levantei a mão  de brincadeira e ela bateu com sua mão pequena na minha sorrindo.

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— Promete que vamos voltar? - perguntou a Mel enquanto tomava seu pequeno Milk Sheik de morango enquanto eu dirigia o carro de volta apara casa.

— Claro que sim, só basta convencer a sua mãe - disse olhando o seu rosto pelo retrovisor. Ela estava no banco de trás confortável segurando seu copo de Milk Sheik em uma mão e na outra segurando sua nova boneca de pano que ganhei para ela em um dos jogos do restaurante.

 

 

http://img.elo7.com.br/product/main/460AA0/bonecas-de-pano-rosa-e-branca.jpg

— Ela vai deixar - disse depois de sua sugada no canudo - Só é dizer a ela o quanto me diverti. Mamãe vai deixar.

— Tomara que sim - disse sorrindo olhando para a rua deserta que tinha acabado de entrar.

 

Estava quase perto do fim da rua quando um grito da Mel me assusta.

— Para o carro, Edwald - disse ela. Sem saber o que ouvi parei. Não deu tempo nem de puxar a embreagem e eu ouvi a porta do carro sendo aberta. Olho para trás  e vejo a Mel saído correndo.

Minha pulsação acelera , demoro um pouco para processar o que estava acontecendo, mas quando volto ao normal pulo do banco, e sem pensar saio do carro sem me importa em trava-lo e corro atrás da Mel que esta a mais de cinco metros de distância de mim.

— Mel - grito, mas ela não me ouve. Entro em desespero quando ela entre a esquerda em um beco. Imagens da sua mãe machucada parece na minha mente.

Droga, droga, droga.

Forço minha pernas a correr mais rápido, puxo minha respiração quando entro no beco e vejo a Mel abaixada de frente para algo.

— Melanie...- rinjo seu nome e ela me olha no mesmo instante - O que você esta fazendo ai? - Não deu tendo dela responder e eu ouvi um latido de cachorro. Ando para mais perto e vejo um cachorro de pelo preto bem pequeno no canto da parede.

Arregalo os olhos.

— É um cachorrinho, Edwald - disse ela como se fosse nada e esticou a mão para tocá-lo.

Meus olhos estão quase soltando do rosto.

— Melanie sai dai - praticamente gritei. Ela no mesmo instante tirou a mão do cachorro e olhou para mim, mas ainda continuou no mesmo lugar - Sai dai mel.

Cheguei mais perto dela ainda tentando recuperar o fôlego da pequena e tensa corrida que fiz.

— Mas Edwald é o cachorrinho - disse ela quando segurei sua mão e a puxei pra junto de mim.

— Nada de cachorro. E por que você saiu do carro daquele jeito? Já pensou se algo de ruim tivesse acontecido?

— Não, eu só queria ver o cachorrinho - disse ela abaixando os olhos.

— Mel, você não pode sair correndo assim, eu quase morri do coração- disse olhando serio para ela.

— Desculpa - sussurrou ela com a voz doce, então suspirei.

Ok, não tinha como brigar com ela.

— Tudo bem princesa, agora vamos voltar para o carro, - dias puxando sua mão, mas ela não saiu do lugar. Olhei para ela e vi que os seus olhos estavam presos no cachorro feio.

— A gente vai deixar o cachorrinho na rua?

— Sim - e para onde mais ele iria?

— Não pode.

— a casa dele é aqui.

— a casa de ninguém é na rua - disse ela olhando para mim com os olhos cheio de ressentimento -   Eu e a mamãe ficamos um dia e não foi legal.

Suas palavras me pegaram desprevenido. Só de imaginar as duas na rua sem saber para onde ir, dói tudo em mim, e o pior foi que no primeiro instante eu as neguei. E se realmente  tivesse deixado elas irem embora? O que seriam delas? Não quero nem imaginar.

Respiro fundo tentando colocar meus pensamentos em ordem.

— Tudo bem. A gente fica com ele - eu não poderia negá-lo depois que de tudo que aconteceu. O coração da Mel ia se quebrar se deixasse o cachorro aqui.

— Sério? - ela perguntou e um sorriso brotou em seu rosto.

— Sério, agora só a sua mãe vai dizer se podemos ficar com ele ou não, tudo bem? - ela assentiu ligeiramente e foi para perto do cachorro. Ela já ia pega-lo.

— Não pegue - alertei indo até eles.

— O quê? - ela se voltou para mim.

— Eu... - vaguei meus olhos pelo beco - Vou arrumar algo para colocá-lo. Ele pode esta doente ou algo assim. Não se mecha - disse e fui ate um latão de lixo que tinha ali perto.

Oh, Deus. Eu não acredito que vou fazer isso.

Fiz uma careta e atolei minha mão naquele lugar com um cheiro horrível, e peguei uma caixa de papelão.

Voltei ate a Mel que estava me esperando em pé.

— Isso deve servi- disse me abaixando de frente ao cachorro. O encarei e ele olhou para mim deitado sobre a pata - Entra - disse quando coloquei a baixa no chão. Mas ele não entrou e nem se mexeu, só latiu - Entra – repeti, mas ele continuou me ignorando.

Ouvi a Mel se mexer atrás de mim.

— Ele não vai entrar na caixa - disse ela baixinho ficando ao meu lado.

— Eu não vou pegar nele - eu não era fã de animais, nunca fui.

— Mas, Edwald....

— Não vou pegar - disse decidido.

—Então eu pego - disse ela e se abaixou.

— Não, não, não. Eu...Argh...Eu pego - disse vencido. Ela sorriu e se levantou.

O que não faço por esse garota.

Me volto para o cachorro. Fecho minha respiração e o pego. Ele esta frio, e molhado. Ele dá um lamento como se estivesse com dor.

— A patinha dele pode esta quebrada - disse a Mel observando a pata que continuou resta quando o peguei.

— É, a gente tem que ir em um PetShop- disse colocando ele na caixa.

— Onde é isso?

— No mesmo lugar ainda estávamos. No shopping -    me levanto e lhe entrego a caixa - Consegue segurar?

Ela assente olhando para dentro da caixa curiosa.

— Ele é tão bonitinho - disse sorrindo.

Ele era tudo, mesmos bonito.

Andamos de volta para o carro com a Mel sempre checando se o cachorro feio estava bem. Eu tive que livrá-la de duas poças d'água enquanto ela se distraía. Quando finalmente chegamos no carro ela me entregou a caixa para poder entrar. Ela entrou,

lhe entreguei a caixa e fechei a porta. Depois de colocar seu cinto de segurança fui para o lado do motorista e entrei no carro.

Fecho a porta e certifico que realmente as travei. Fui um enorme erro meu não travar as portas do carro. Se algo ruim tivesse acontecido com  ela nunca iria me perdoar.

Ligo o carro e olho para a Mel para ver se ela estava bem com a caixa em seu colo.

— Pronta? - ela assentiu adoravelmente e segurou a caixa bem.

Acelerei o carro  e dei partida.

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Paro o carro em frente à mansão. Destravo as portas e saio do carro para abrir a porta para a Mel. Ela sai com uma caixa colorida nas mão, que deram lá no PetShop. Antes de fechar a porta pegos as sacolas das compras e a sua boneca de pano.

Assim que entramos na sala a Bella entrou com um pano de cozinha na mão.

— Finalmente chegaram - disse ela sorrindo para a Mel. Ela chegou mais perto e percebeu a caixa - O que é isso? - dessa vez ela olhou em minha direção.

Não precisei falar. O cachorro falou por mim latindo.

— Um cachorro? - perguntou ela com os olhos arregalados - Vocês compraram um cachorro?

— Não, eu o encontrei na rua quando estávamos voltando para casa, e eu pedi ao Edwald para trazê-lo - disse a Mel encolhendo o ombro esperando a reação da Bella.

A Bella olho para mim e eu também encolhi o ombro.

— Ela pediu - disse só isso como se justificasse tudo. Ela rolou os olhos e suspirou.

— Mel, você sabe que não podemos ficar com ele. Aqui não é a nossa casa - disse a Bella com a voz amorosa indo ate a Mel e se abaixando na sua frente.

— Mãe....

— Eu sinto muito meu amor - a Mel abaixou os olhos triste. Eu podia ver pela a expressão no rosto dá Bella que ela odiava negar algo tão simples a Mel.

Fiquei calado. Não poderia contrariar a palavra da Bella na frente da Mel.

— Ele vai voltar para rua? - perguntou a Mel baixinho.

—   Não, meu amor. Eu vou fazer questão de colocá-lo em um lar que ele viva muito bem. Não se preocupe, ok?- a Mel assentiu de vagar. Olhei para o seu rosto e vi que eles estavam cheios d'água. Segurei minha boca para não falar.

— Eu posso ficar com ele por enquanto ate a senhora arrumar alguém?- perguntou ela com a voz embargada. A Bella estendeu mão e fez carinho no seu rosto.

— Pode, pequena. Agora vá lá para cima me esperar que você merece um banho - ela lhe deu um beijo na cabeça e a Mel subiu sem dizer mais nada.

A Bella suspirou quando a Mel sumiu de vista.

— Ele pode ficar aqui. Não tenho problema com isso - ela se virou para mim .

— Edward, sabemos que você odeia animais.

— Eu não ódio- ela arqueou uma sobrancelha - Ok, eu não gosto, mas pela a Mel posso suportar. Ela ficou tão feliz quando encontrou ele.

— Com vocês o encontrou?

 - Foi na volta como ela disse. No começo eu não queria trazê-lo, mas ela me disse uma coisa que me fez repensar e por fim aceitei - disse olhando parar ela e lembrando da frase que a Mel disse.

Ela franziu a testa.

— O que ela disse?

Passei minha mão no meu cabelo desconfortável.

— Ela disse que... Vocês passaram um dia na rua e não foi legal. Ela deu a entender que ninguém, nem mesmo um animal, merecia ficar na rua - disse e ela ficou com o corpo tenso e desviou seu olhar dos meus. O peso de que neguei abrigo pesou mais ainda nas minhas costas - Eu sinto muito, Bella, por quase ter deixado vocês irem embora.

Ela suspirou fechando os olhos por alguns segundos.

— Não importa. Já passou - sussurrou ela voltando a olhar para mim - Eu sou grata a você de qualquer jeito. Ela estuda, come o quiser e tem uma cama confortável por causa de você.

— Vocês nunca mais vão passar necessidade. Eu prometo a você - disse firme e ela sorriu fazendo meu peito pulsar. Há quantos anos que ela não sorria para mim. Eu amava o sorriso dela, parecia que toda escuridão que ainda sondava minha mente se dissipava com o seu sorriso.

— Obrigada, eu não sei nem como te agradecer por cuidar tão bem dela.

— Apenas continue sendo essa mãe maravilhosa e amorosa que você é, e diga a ela que pode ficar com o cachorro aqui.

— Tem certeza? Cachorro faz uma bagunça e ...

— Não importa - silenciei ela - Você diz a noticia?

Ela assentiu tirando uma mecha da frente do seu rosto e colocando atrás da orelha.

— Eu digo. Ela vai ficar tão feliz.

— Eu sei - disse sorrindo.

De repente a energia entre nós estava pesada, mas não d uma forma ruim. Era desejo, e ele era puro e quase palpável. Sinto uma imensa vontade de toca-lá, beija-a e enterrar meu rosto em seu pescoço para senti seu cheiro que eu sabia que era maravilhoso. Acho que ela também percebeu, pois corou e desviou o olhar dos meus.

— Eu...Eu vou indo - disse ela apontando para escada que estava ao meu lado

— Oh, claro - dei bom espaço para ela passar para não correr o risco de nos tocar.

Ela passou, e já estava no terceiro degrau quando a chamei.

— É dela - Lhe entreguei a boneca de vestido ama amarelo, antes que ela disse qualquer coisa acrescentei - Eu ganhei para ela em um jogo. Ela a amou.

A Bella olhou para boneca em suas mãos e depois olhou para mim.

— Obrigada. Eu vou levar para ela - assenti e depois ela se foi.

Passo minha mão no meu rosto tentando colocar meus pensamentos em ordem, mas merda. Não tinha mais como esconder ou fingir que nada poderia existir entre nós, eu ainda a amava e quase estava certo de que ela ainda sentia alguma coisa por mim.

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 Pov Bella

Subo as escadas com as penas tremendo e com meu coração acelerado. Engulo em seco imaginando o que teria acontecido se tivesse permanecido naquele local.

Ele iria me beijar. E não era coisa da minha cabeça. Se tivesse permanecido ali ele iria sim me beijar.

Termino de subir as escadas e chego no andar que a Mel estava. Me encosto na parede e fecho meus olhos.

Oh meu Deus, ele ia me beijar.

Fecho meus olhos mais forte tentando tirar essa sensação estranha que estava sentido, mas era em vão. Só de lembrar o modo como ele me olhava era como sem ele estivesse levantando uma bandeira branca e se entregando.

Mas se entregando a quem? Para quem? E ao o quê?

Essas perguntas rondavam minha cabeça e o meu interior gritava só uma resposta.

A mim. Ele estava levantando a bandeira branca e se entregando a mim.

Não era possível, não, não e não.

 Era tão difícil de acreditar. Por que isso só agora? Por que ele estava me olhando de uma maneira como se ele só queria me enxergar. Por quê?

Ele ainda gosta de mim?

Eu podia jurar que qualquer sentimento que ele tivesse sentido por mim tinha sido apagado e nada mais existia, mas vendo o brilho verde dos seus olhos  e a segurança que ele me transmitiu por eles me faz pensar ao contrario.

Suas desculpas mostravam ser tão sinceras. Isso fez com que meu estômago desse milhares de voltas que não pude me segurar e lhe dei um sorriso, um não, foram três, quatro? Eu não me lembro, só sei que sorri e seus olhos brilharam mais ainda com esse meu gesto.

Ele esta cada vez mais se parecendo com o Edward de antes.

Eu queria que as coisas fossem tão simples, porque se fossem, há essa hora eu estaria em seus braços e me entregando a ele sem nem pensar, mas elas não são, mesmo com a sua bandeira branca levantada, ainda existe um grande buraco negro entre nós.

A verdade dói, mas  não posso simplesmente esquecer tudo que aconteceu, então isso quer fizer que não posso ter Edward.

Nada entre nós foi resolvido e não tem como construir uma relação escondendo o lixo do passado.

Eu tenho  que aprender a superá-lo, mesmo que o meu coração doa por isso.

Respiro fundo e abro meus olhos.

Olho para boneca em minhas mãos

e não posso evitar em sorri. Eles devem ter passado um ótimo dia hoje. Pelo estado da Mel, ela brincou bastante, minha mente tenta imaginar o Edward ao lado dela enquanto ela brincava e se divertia.

Suspiro e olho para a porta do quarto que a Mel estava.

Ela vai explodir de felicidade quando souber que pode ficar com o cachorro. Ela sempre quis um, eu negava isso a ela por causa do espaço que era muito pequeno quando morávamos no apartamento.

Eu posso imaginar a sensação que ela teve quando viu o cachorro na rua, porque já vi um quando era um pouco mais velha que ela e pedi ao meu pai para levar para casa. Meu pai deixou, ele nunca me negava nada, mas ele me fez prometer que ia  cuidar dele. Me lembro que fiz uma bagunça quando lhe dei o primeiro banho. Minha mãe quase teve um infarto quando viu o banheiro do meu quarto todo molhado e bagunçado. Me senti deprimida quando ele morreu quando eu tinha dezessete anos. Bass, era o meu melhor amigo. Foi tão difícil me separar dele que nunca mais quis outro cachorro.

Não quero pensar como a Mel vai se senti quando ele se for, mas o importante é o dias de felicidade que eles vão se dar um ao outro.

Suspiro e abro a porta do quarto de vagar sem fazer barulho. Observo a Mel sentada na ponta da cama de costa para mim. Ela tinha as costas um pouco curvada dando a entender que o cachorro estava no seu colo. Abro a boca para me fazer presente quando ouço sua voz doce falando com o cachorro.

— Você vai ter um dono muito legal que vai cuidar de você, que vai te dar banho, te dar comida e o mais importante brincar com você. Eu sinto muito por não poder fazer isso por você, eu juro que queria, mas mamãe não deixou, e eu tenho que obedecer ela. Mas ficar tranquilo,  para onde você vai as pessoas vão te amar do mesmo jeito que eu amo.

Meu coração se apertou ao imaginar como ela iria lidar de Skinny fosse realmente embora.

— Mel - a chamei entrando no quarto. Ela olhou para mim e me deu um sorriso triste enquanto acariciava o pelo do cachorro.

— Oi, mãe. Eu estava falando para ele que ele ia ser muito feliz em outro lugar - disse ela e eu me aproximei da cama. Me sentei ao seu lado e abracei pelo ombro.

— Ele não precisa ser feliz em outro lugar - disse satisfeita por dar essa notícia a ela.

— Não? - a Mel me olhou confusa.

— Não, meu amor, porque ele vai ficar com a gente e quem vai amá-lo e cuidar dele vai ser você - enquanto estava falando os olhos de Mel iam brilhando.

— Serio? OMG. Ele vai ser meu? - perguntou sem acreditar.

— Sim, meu amor. Ele vai ser seu e de mais ninguém - ela se virou seu corpo e me abraçou apertar com o cachorro no meio.

— Obrigada, mamãe. A senhora é a melhor mãe do mundo - disse ela sorrindo.

— Você merece, pequena - disse acariciando seu rosto corado - Agora me conta com todos detalhe de como você o encontrou .

Ela sorriu e começou a falar sobre o cachorro como se ele já ocupasse um dos maiores patamares de amor da sua vida.

Essa era a minha filha. Um amor de pessoa e que sabia amar sem nem menos dar importância de quem era, de onde vinha, e se vai oferecer algo de melhor a ela.

Hoje eu posso dizer que minha pequena era o meu maior orgulho. Não importou as necessidades que passamos, mas eu soube educá-la e lhe ensina a  maior virtude  da vida e a mais importante que era o amor.

 


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Notas finais do capítulo

E ai gostaram? Esse cap foi pequeno, falta pouco para chegar até onde parei com o cap apagado ai vou poder voltar com os caps grandes,as estava pensando com os meus botões, vocês preferem esses caps pequenos de cinco mil palavras no máximo ou caps grandes? Deixando claro que caps curtos são bem mais práticos de escrever e provavelmente posso voltar mais cedo, mas é vcs que escolhem.... Deixe seu comentário sobre sua preferencia, e como sempre a maioria vence. Bjss!!!
P.s: Genteee eu estou passada... O cap passado foi 70 e pouco comentarios, nossa estou super feliz...com o sorriso gigante...Muito obrigada mesmo, amei cada um...Vcs são o máximo.....E queria concerta algo, me enganei, pensei que a maioria das meninas queria que o ed voltasse rápido com a Bella, mas não é verdade, mais de 50% dos comentários disseram que querem ver ed sofrer, e que a bella tem que ser difícil, eu amei a maldade de vcs kkkk...mas serio vcs realmente estão certas, por mais que seja ótimo eles juntos o ed tem que suar para ter bella de volta...ela merece...
P.s: Ganhei mais uma recomendação dessa vez foi a Beatriz....obriga linda, amei sua recomendação....fico muito feliz por vc esta gostando da fic....toda vez que alguém diz que a fic sabre transpassar o sentimento ideal do personagem que faz a própria pessoas sentir o que o personagem esta sentindo eu fico muito, mais muito feliz mesmo...pq é esse o meu ideal, fazer com vc vcs sintam o que o personagem esta sentindo, seja tristeza ou alegria....Então, obrigada mesmo linda pela recomendação :D

Pronto, depois dos P.s....estou esperando sua opinião sobre o cap e resposta do que preferem caps grandes ou pequenos