Entre Perdas e Conquistas escrita por Amanda R


Capítulo 14
Capítulo 14


Notas iniciais do capítulo

Gente postando de madru kkkkkk só acabei agora, agorinha mesmo!

boa leitura!!!!!!

P.S: queria deixar claro aqui que quandondo Edward chama bella de minha bella, ele está se referindo a Bella do passado e quando ele fala ou pensa nome Isabella, ele está se referindo Bella de agora. Ok?!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/559854/chapter/14

POV Edward

Mel sorriu e me abraçou. Ela encostou o seu rostinho no meu peito e eu apenas enrolei meus braços em sua volta e a puxei para mais perto de mim.

– Eu desculpo, Edwald – sussurrou ela.

– Obrigado princesa – murmurei beijando o topo de sua cabeça.

Parecia que um peso de mil toneladas tinham saído das minhas costas.

Ficamos um tempo ali, ate que Mel levanta a sua cabeça e olha para mim com os seus olhinhos brilhando, muito diferente de quando a encontrei a algum momento atrás.

– Você vai ser o meu amigo para sempre? – sussurrou ela como se fosse um segredo.

– Sim, vou ser o seu amigo para sempre – sussurro da mesma forma que ela.

– Promete?

– Prometo – disse e ela sorriu lindamente e voltou a encostar sua cabeça no meu peito.

Eu verdadeiramente me sentia em paz nesse momento, minha princesa nos meus braços era como se uma luz se apoderasse sobre as trevas dentro de mim. Eu me sentia uma pessoa mais leve e melhor com ela.

Como pode uma pessoa tão pequenininha fazer tão bem a mim? Essa pergunta eu já me fiz tantas fezes durante essas ultimas semanas, mas já desistir de descobrir. Agora eu me contenho em te-la só perto de mim, mais nada importava, nem mesmo de quem ela era filha, ou a opinião da minha família.

Mel foi a única coisa que me aconteceu de bom durante esse longos e terríveis cinco anos que tive e eu não vou abrir mão dela por nada.

Com ela eu posso ser eu mesmo. Eu posso ser o homem que fui a cinco anos atrás. Certo que eu nunca fui o melhor homem do mundo, eu tinha muita dificuldade em me abrir com as pessoas que não conhecia direito, e agora eu sou assim mais do que nunca. Aos poucos estou deixando Mel entrar na minha vida e deixando ela tomar um lugar em meu coração.

Eu sei que Mel é inocente, pura, e só quer minha amizade. Agora eu tenho certeza disso. Nela eu posso confiar de olhos fechados. Ela não vai me trair, mentir para mim e nem me abandonar. Mas é só para ela que me permito aproximar, só ela e mais ninguém.

Eu não podia deixar mais ninguém entrar em meu coração.

Imagens de ontem a noite fluem na minha cabeça.

Ela de volta em meus braços. Desejo sem sentido. Boca vermelha e quente em meus lábios. Deslumbramento. Mãos em meus cabelos, me levando ao um caminho sem fim. Sentimentos confusos. Tão perto de mim, ao mesmo tempo tão longe, que eu não consigo alcançar.

Balanço minha cabeça. Eu não podia pensar nisso, era tortura demais.

O que aconteceu ontem a noite foi um erro. Um erro que nunca mais ia ser cometido.

Quando a visse hoje, vou fingir que nada tinha acontecido. Assim era melhor. Melhor para mim, melhor para nos dois.

Olho para o rostinho da Mel e um sorriso sai dos meus lábios. Ela está dormindo, parece bobo, mas nesse momento um sentimento se apodera de mim, eu não sei explica em palavras o que é. Mas eu sinto, e isso me faz ficar assustado ao mesmo tempo alegre e importante, por ela ter confiado tanto em mim para ser capaz em dormi serenamente em meus braços.

Beijo o topo de sua cabeça e fecho meus olhos. E não demora muito, e caio em um sono profundo.

Vozes desconhecias enchem meus ouvidos, gargalhadas e conversas sem nexos parecem que estão em um lugar bem perto de mim.

Abro os meus olhos meio confuso e percebo que estou na sala de TV. Olho pros meus braços e uma pequena pessoa não estava mais ali.

– Edwald, você já acordou – olho pro meu lado esquerdo e vejo Mel sentada no chão encima do tapete felpudo de frete a televisão.

– Acordei, princesa – disse. Me levantei e fui ate ela – Faz tempo que você acordou?

– Não, acordei agorinha. Eu não queria te acordar, então sair de cima de você e vim assistir desenho.

– Humm. Que desenho você está assistindo? – perguntei olhando para TV e me sentando no chão.

– Eu num sei. Nunca assisti esse. Eu não sei colocar o desenho das princesas e nem do bob esponja sozinha– disse ela engatinhando para perto de mim. A peguei em meus braços e coloquei ela no meu colo. Mel se acomodou em meus braços e me entregou o controle – Coloca pra mim – pediu ela.

– Qual você quer?

– O do bob esponja.

– Ok – disse e olhei se o pendrive estava ativado na televisão. A alguns dias atrás eu pedi para que minha secretaria colocar todos os episódios dos desenhos que Mel gostava, claro que antes perguntei a ela quais eram, e isso me deu uma imensa lista de nomes de desenhos e um enorme trabalho para minha secretaria.

Coloquei o desenho que ela queria assistir e joguei o controle do meu lado.

– Obrigada, Edwald.

– De nada, princesa – disse dando um beijando em seus cabelos.

Assistimos dois episódios do tal de Bob Espoja, só a Mel mesmo para me fazer assistir isso, mas ate que era legal.

Olhei para o relógio que tinha na TV. Eram sete horas.

– Mel, por que acordou tão cedo? – perguntei a ela. Eu não fazia idéia que era tão cedo assim, e quando vim aqui era mais cedo ainda.

– Eu não estava mais com sono. E eu também estava esperando você – disse ela despreocupada.

– Humm a senhorita ainda não comeu nada?

– Não, mamãe ainda está dormindo.

– Quer comer?

– Você sabe fazer comida? – perguntou ela se virando para mim deixando o que passava na TV de lado.

– Sei sim – disse convencido – O que você quer comer? Pode ser qualquer coisa, eu faço tudo o que a senhorita quiser.

– Qualquer coisa?- perguntou ela alarmada.

– Sim, o que você vai quere?

Ela sorriu e colocou a o seu dedinho indicador na cabeça como se estivesse pensando seriamente no que queria comer.

Ela era uma fofa. Tão linda. Minha princesa era menina mais bonita que eu já vi.

– Já sei, eu posso comer waffle de chocolate?

– Pode, mas também vai ter que comer uma taça de frutas antes – disse e ela fez uma careta linda.

– Mas, eu como fruta todo dia, Edwald – disse ela.

– Essa é minha proposta, é pegar ou largar.

– Edwald...

– Mel...

– Tudo bem, mas a taça tem que ser bem pequenininha para eu comer muito waffle.

– Ok – disse rindo – Agora vamos – disse me levantando com ela em Mel colo.

– A Anne – disse Mel meio que gritando quando estava abrindo a porta. Olhei para o sofá e vi sua boneca inseparável lá. Voltei, peguei, entreguei a ela e saímos da sala. Fomos pelas escadas que passavam pelos os outros andares. Eu queria ver se alguém tinha acordado, mas parecia que não, o terceiro piso estava em completo silêncio.

– Edward – disse Mel quando estávamos na metade do corredor do terceiro piso.

– Oi.

–Olha, tem um urso de pelúcia ali no chão – disse Mel apontando para detrás de mim. Virei meu corpo e olhei para onde ela estava apontando. Realmente era um urso pelúcia. Ele era rosa e com o nome LOVE na barriga. Ele estava jogado no chão perto da porta de uns dos quartos. Se não fosse da Mel, então era da Sophia. Fui ate ele e o peguei.

– De quem é? – perguntou a Mel olhando para o urso.

– Não é seu?

– Não.

– Então é da Sophia – disse olhando para o urso rosa.

– Quem é essa? – perguntou curiosa

– É a filha do meu irmão – disse desviando meu olhar do urso e olhando para ela.

– O Emmett?

– Sim. Você conheceu ele ontem não foi?

– Foi, ele parecia ser legal.

– Mais do que eu? – perguntei enciumado. Ela olhou para mim e sorriu.

– Não, você é o meu amigo mais legal do mundo.

– Sou?

– É sim – disse ela e eu sorri.

– Você também é a minha melhor amiga – disse beijando sua bochecha.

– Obrigada! Mas o usinho da Sophia vai ficar no chão? – perguntou ela olhando para o urso rosa – Se fosse a Anne eu não queria que ela ficasse no chão – disse ela me olhando com aqueles olhos inocentes.

Tão linda e bondosa, ate para quem nem conhecia. Ela definitivamente lembrava a minha Bella.

– Então vou entregar a Sophia, quando ela acordar.

– Você vai para casa dela?

– Não, ela está aqui em casa.

– Está?

– Sim, toda minha família está aqui. Só que eles estão dormindo.

– Humm – disse ela e não falou mais nada.

Com o urso de pelúcia na mão desci as escadas. Cheguei na cozinha e não tinha nenhum sinal de Isabella e nem qualquer membro da minha família. Respirei meio que aliviado, não que eu quero esconder Mel da minha família. Em algum momento, que poderia ser hoje ou qualquer dia, eles iam se encontrar, não tinha como evitar, e nem eu queria isso. Eu só queria um tempo para conversar com eles e lhe explicar que a Mel era a minha amiga, mais que isso, ela era uma pessoa muito especial para mim e que não iria permiti que ninguém a tratasse mal ou qualquer coisa do tipo. Já bastava a atrocidade que aconteceu ontem, eu queria ver minha princesa daquele jeito novamente.

Coloquei Mel sentada em umas das cadeiras, deixei o urso encima da mesa e fui começar a preparar os seus waffle de chocolate. Mas antes cortei morango, maçã, pêra, banana em pedaços bem pequenos e coloquei em uma taça na frente da Mel. Ela me olhou com olhar de reprovação para o tamanho da taça, mas fingir não perceber. Mel vendo que eu não ia falar nada, começou a comer e fui na despensa olhar se tinha os ingredientes para fazer os seus waffle.

Pequei tudo que precisava para a massa, comecei a fazer, mas sempre olhava para Mel, para ver se ela estava segura, parece bobo,mas eu morria de medo que algo acontecesse com ela, mesmo estando a menos de dois metros longe de mim. Mas me confortei ao vê-la comendo sua salada de frutas e conversando animadamente com sua boneca.

Acabei de preparar a massa e fui pegar a maquina de waffle. Fiz uma boa porção, duvidava que Mel comesse aquilo tudo comigo, mas tinha mais gente em casa, então aquela comida não ia se estragar.

Depois de assar a massa, Coloquei leite para ferver e fui procurar alguma calda de chocolate, mas não encontrei nada. Merda. Vasculhei mais um pouco e encontrei pó de cacau e leite condensado bem lá no fundo da despensa. Isso devia servi.

Desliguei o fogo do leite e fui preparar a calda. Quando ela estava pronta coloquei em um negocio que não sabia o nome, mas parecia com uma pequena jarra de suco. Botei na mesa, junto com o leite e os waffle.

– Pronto princesa. Você já pode comer – disse e ela colocou sua boneca de lado e ficou em pé na cadeira. Observei ela pegar um waffle toda feliz e colocar em seu prato. Ela esticou a mão para pegar o chocolate, mas ele estava muito longe dela. Vendo o seu esforço sobre humano para alcançar o chocolate, resolvi ajuda - lá. Peguei a pequena jarra de chocolate e lhe entreguei. Como uma pequena e linda lord que ela é, disse obrigada e me deu um enorme sorriso, mas logo depois se concentrou em seu prato e derramou chocolate encima do waffle, se sentou e começou a comer.

– Está bom? – perguntei um pouco receoso.

– Está uma delicia – disse de boca cheia.

– Ok – disse rindo. Pequei um prato para mim e me sentei ao lado da Mel. Fiz o meu prato e peguei a jarra de leite, derramei o liquido em um copo para Mel. Ela bebeu de bom agrado. Derramei um pouco em meu copo e comecei a comer.

Comi dois waffle e a Mel comeu um. Ela disse que foi por causa das frutas, e se não tivesse comido as frutas, ela teria comido mais waffle. Eu ri da sua justificativa e disse que outro dia faria mais para ela, e logo ela se animou. Quando tomei todo liquido que estava em meu copo me levantei e recolhi os nossos pratos da mesa para colocar na pia. Olhei para o relógio da cozinha e ja era sete e quarenta e cinco. A celebração da igreja ia começar oito e meia.

– Mel, tenho que subir ao meu quarto para tomar banho, porque eu vou sair – disse a ela, que ainda estava sentada na mesa.

– Para onde você vai?

– Vou para a igreja com a minha família – disse me abaixando para ficar da altura dela. vi seu rostinho ficar triste.

– Eu queria ficar com você – sussurrou ela.

– Eu também princesa, mas eu tenho que ir – disse levantando minha mão para tocar o seu rosto – Prometo que quando eu chegar vou passar o resto do dia com você.

– Promete mesmo?

– Prometo – disse beijando sua testa e depois me levantei. Olhei para os lados da cozinha, eu não poderia deixar ela aqui sozinha. Mel poderia se machucar – Vem comigo, você vai ficar no meu quarto por enquanto que eu tomo banho, ok?

– Ok – disse se levantando. Sem pensar a peguei nos meus braços e sair da cozinha. Mas antes de chegar na escada, a Mel me lembrou do urso de pelúcia da Sophia, então voltei para buscar. Depois que estava com o urso em mãos, subi pelas escadas da direita que daria já lá no quarto piso. Andei pelo corredor e parei na frente da porta do Mel quarto.

– É ai seu quarto? – perguntou Mel confusa. Ela sempre vinha aqui nesse andar, mas acho que ela nunca notou essa porta.

– Sim, esse é o meu quarto – disse e abri a porta. Olhei em volta e tudo estava como eu deixei.

– Uau! É grande – disse Mel surpresa – Você dormi aqui sozinho?

– Sim.

– Você não tem medo?

Ri da sua pergunta.

– Não.

Mas me sinto sozinho, completei mentalmente.

– Eu sempre dormi com a minha mãe. Mas não é porque eu tenho medo, eu sou muito corajosa, é porque na casa que a gente morava só tinha um quarto e só cabia uma cama - Meu peito se apertou com suas palavras. A apertei mais em meus braços – Mas eu gosto de dormi com a mamãe, ela sempre conta historinhas para mim antes de dormi.

Minha princesa era tão inocente. Eu fico muito feliz por Isabella ter educar ela tão bem, mesmo sozinha.

– Você gosta de ouvi historinhas?

– Sim, mamãe também gosta, mas ela ler mais livros chatos, que não tem desenhos coloridos.

– Eu também leio esses livros chatos – disse rindo e fui coloca- lá na cama – Você vai ter medo de ficar ai sozinha? Eu vou ao banheiro – disse apontando para uma das portas do meu quarto – Não vou demorar muito.

– Não vou ficar com medo, eu sou corajosa, Edward – disse ela convicta – Pode ir, que eu fico aqui quietinha.

– Ok então, menina corajosa– disse soltando ela na cama. Mel engatinhou ate ficar no meio dos travesseiros. Uma rajada de vento soprou pela janela, fazendo nos dois tremer de frio. Rapidamente andei ate lá, e fechei a janela. Peguei o controle e liguei o aquecedor que não tinha ligado para dormi. Me voltei para Mel e lhe cobri com o Mel lençol – Volto já, Ok?

– Ok – disse ela e eu beijei sua testa.

Me afastei da cama e fui no meu closet. Separei um terno cinza chumbo, uma gravata também cinza, só que de um tom bem mais claro, e uma camisa branca de botões. Olhei para os meus milhares de par de sapatos e escolhi um preto de couro irlandês. Peguei uma boxes preta, a calça e a camisa que tinha separado e sair do closet. Olhei para Mel e ela estava do mesmo jeito que deixei. Entrei no banheiro com minha roupa e coloquei encima da bancada da pia. Apoiei minhas mãos na lateral da bancada e abaixei minha cabeça.

Eu não sabia o que aconteceu com Mel e Isabella nesses anos que se passaram, mas me parece que não foi nada bom. Quando expulsei Isabella da minha casa, a cinco anos atrás, eu não imaginei que ninguém iria ajudá-la. Pelo que Emmett disse, nem os pais dela a ajudou.

Naquele tempo ela não trabalhava, apenas estudava. Me lembro que ela sempre dizia que seu sonho era trabalhar e ser independente. Tudo isso aconteceu mais cedo do que ela imaginava e nada foi perfeito. Eu não sei bem o que aconteceu, mas tenho certeza que não foi nada fácil.

As vezes fico pesando por que tudo aconteceu daquele jeito, tão de repente. Em um dia eu jurava e colocava minha mão no fogo pela lealdade da Isabella. Ela nunca me deu motivo para desconfiança e nada do tipo. Isabella sempre pareceu ser meiga, fiel, verdadeira e justa. Mas ela não era do jeito que imagine. O amor me cegou, ele não me deixou ver a verdadeira Isabella.

Hoje tudo poderia ser tão diferente, nos poderíamos ter construído a minha empresa juntos, poderíamos estar casados, felizes e quem sabe com filhos. Mas nem tudo é como desejamos, Edward. Era essa a verdade mais verdadeira que aprendi e nunca mais vou esquecer pelo resto da minha vida.

Balancei minha cabeça dispensando toda merda da minha vida fora dos meus pensamentos. O meu humor não poderia estragar logo tão cedo da manhã, o dia só estava começando e muito longe de terminar.

.........................................

POV Bella

Solto minha respiração que eu não tinha percebido que estava presa na minha garganta. Meu coração está acelerado, meu pulso parece que vai explodi a qualquer momento. Antes mesmo de pensar no que aconteceu a segundos atrás, a Mel me chama novamente.

Passo minhas mãos tremulas nos meus cabelos tentando me acalmar. Olho para Mel e vejo que ela está sentada na cama com suas costas encostadas na parede.

– Oi minha pequena, mamãe está aqui. O que foi? – perguntei com voz meio cortada.

– Aonde a senhora estava? – perguntou ela com voz de sono.

– Eu estava aqui no corredor, conversando com ..... Edward – finalmente solto seu nome com muita hesitação, é difícil falar o nome dele sem pensar no que aconteceu, mas também eu não queria mentir para minha filha.

– O Edwald?

– Sim, filha – disse indo ate ela. Me sentei na cama e bati de leve minha mão ao meu lado - Agora vem dormi, que eu sei que a senhorita está muito cansada, o seu dia foi longo, meu amor.

Ela me olhou por um momento. Temi que ela percebesse minhas mãos tremulas e os meus olhos que deveriam estar um pouco vermelhos do choro, mas para o meu alivio ela não disse nada, apenas veio para o meu lado, beijou meu rosto e se deitou, depois de tempo sua respiração ficou leve, me dando sinal que ela tinha adormecido.

Então foi impossível segurar minhas lagrimas, foi impossível não pensar no que tinha acontecido. Por apenas alguns minutos eu tinha estado em seus braços novamente depois de tantos anos. Ainda era a mesma sensação, ainda era a mesma energia que nos cercava quando estávamos juntos. Quando senti seus lábios nos meus foi como chamas se incendiassem pelo meu corpo, eu me senti leve como a muito tempo eu não me sentia. Não sei explica o que realmente senti, eu só sei dizer que foi avassalador senti-lo perto de mim novamente.

O que aconteceu, só deixou mais claro que eu ainda o amo, sei que é errado, mas não posso deixar de amá-lo, posso ignorar ou apenas tentar ignorar esse sentimento por vinte quatro horas, mas chega momentos, momento como aquele, que tudo que você enxerga é a maneira mais fácil de seguir o seu caminho, a maneira mais fácil de enxerga a vida. E eu não sou de ferro e nenhum robô, eu sou apenas humana, uma pequena e frágil humana que tem desejos, fraquezas e ilusões de acreditar por apenas durante o beijo correspondido, que o homem da sua vida realmente a ama.

Eu sei que ele não me ama. Ele pode senti pena de mim, ou qualquer coisa, mas não amor. Por mais que isso me doa, eu tenho que enxergar que ele não me ama e nunca me amou. Ele só me beijou por causa do momento, eu realmente não sei por que ele me beijou. De tudo, eu tenho a plena certeza de que foi um erro, uma ilusão que não deve ser mais cometida.

Eu tenho que esquecer o que aconteceu. O beijo nunca aconteceu, foi apenas um sonho, mais de um dos meus sonhos fantasiados pela minha cabeça.

Sim, era isso que tinha acontecido e nada mais.

Passo minha mãos no meu rosto enxugando minhas lagrimas, não a motivos para chorar. Agora o que eu tenho que fazer é apenas deitar nessa cama e dormi e ignorar esse dia, como se ele nunca tivesse acontecido, principalmente a parte da noite.

Me deito na cama, não tenho forças mais para tirar minhas roupas. Fecho meus olhos e tento dormi, era só isso que me restava fazer.

.........................................................................

Abro os meus olhos e pisco varias vezes por causa da claridade. Eu tinha que arrumar uma cortina para essa janela. Viro meu corpo e passo a mão pela cama. Mas não encontro nada. Olho para o pé da cama e nada também. Me sento e olho para todos os lados do quarto.

Mel não está em nenhum lugar.

Pulo da cama e saio do quarto. Abro a porta do banheiro, ela não está. Abro a porta box e ela não está também. Aonde minha filha está? Raramente Mel acorda mais cedo que eu, e quando isso acontece, ela nunca sai do quarto.

Meu sangue começa a bombear mais rápido nas minhas veias. Calma Bella, calma, a Mel não pode ter saído dessa casa, ela pode está em qualquer canto daqui, menos fora dessa casa.

Saio em passos largos pelos corredores. Passo pela sala de jantar, sala de estar e nada da minha pequena, vou para porta principal da casa e giro a maçaneta . Fechado. Solto um suspiro de alivio, pelo menos da casa ela não saiu, mas ainda tinha a porta dos fundos na cozinha. Ando ate lá e corro ate a porta. Fechada também. Ok, fora da casa ela realmente não está. Eu acho que estou ficando paranóica, lógico que Mel não ia sair de casa, ela não teria nenhum motivo para isso. Ela deve está em qualquer lugar da casa.

Edward. Sim, era isso. Ela deve está com Edward. Olho em volta da cozinha, é ai que percebo que tem comida encima dela, e na pia tinha dois pratos e dois copos. A Mel estava com Edward.

Me encosto na porta e fecho meus olhos tentando acalmar as batidas do meu coração. Eu me preocupei sem motivos, mas quem poderia me culpa. Eu sou mãe e uma mãe bem preocupada e meio que paranóica quando a questão era minha filha.

– Quem é você? – era uma voz de criança, mas não era a minha filha.

Abro meus olhos e vejo uma figura pequena e loira de pijama parada na entrada da cozinha. Franzi meu cenho em confusão, de quem era essa criança? Ela não parecia ter mais de quatro anos, sei que a Mel acabou de fazer seus cincos, mas a menininha na minha frente era um pouco mais pequena que a minha filha.

Seu rostinho estava com cara de que tinha acabado de acordar. Mas mesmo assim ela era linda, muito linda na verdade, parecia um anjinho.

– Eu sou Bella – disse me desencostando da porta e indo para perto dela – E você?

Ela me olhou desconfiada.

– Eu sou Sophia, você é namorada do meu tio?

Tio? Ela tava se referindo a quem?

– Seu tio?

– Sim, o tio Ed.

Eu acho que ela quis dizer Edward. Nossa, ele tinha uma sobrinha, mas ela era filha de quem? Ela era filha de Emmett ou da irmã de Edward que morava em Paris.

– Ah não, o Edward é o seu tio?

– Sim, ele é meu tio.

– E o que uma garotinha tão linda está fazendo aqui sozinha?

– Eu sai do quarto, lá tava chato, mamãe e o papai estão dormindo muito – disse ela fazendo uma careta linda.

A família de Edward ainda estava aqui. Eu não sei o do por que, mas isso me incomodava. Não era nada com o Edward, já sei que ele não iria fazer nada de inconveniente com minha filha, que nem na manhã passada. Eu só não gostava de sua familia rondando tão perto da minha filha. Eu queria a minha filha aqui comigo nos meus braços. Mas eu não podia deixar essa garotinha sozinha.

Olho para Sophia. Ela também está olhando para mim.

– Você quer tomar café da manhã? – perguntei amigavelmente chegando mais perto dela.

– Humm, quero.

– Então vem – disse estendendo a minha mão. Ela hesitou um pouco, mas logo depois pegou.

A levei para mesa e a fiz sentar na cadeira. Olhei para a comida que tinha lá preparada, que Edward deveria ter feito. Eram Waffle e calda de chocolate, isso tinha a cara da Mel.

– Você gosta de Waffer, Sophia? – perguntei me sentando ao seu lado.

– Gosto, isso é chocolate? – perguntou ela apontando para o liquido marrom encima da mesa.

– É sim, você quer?

– Quero, mas não conta para mamãe, senão ela pode brigar. Ela não me deixa comer muito doces.

– Ok, esse vai ser o nosso segredo – disse piscando para ela. Sophia sorriu. Pequei uns dos pratos que estava na mesa, coloquei um Waffle e derramei um pouco de chocolate encima. Coloquei na sua frente e ela começou a comer. Lhe perguntei se ela queria leite, que ainda estava um pouco quente. Sophia disse que sim, então coloquei um pouco para ela.

Não comi, eu não estava com um pingo de fome. Apenas fiquei esperando Sophia comer e de vez enquanto olhava para a entrada da cozinha na esperança de ver a Mel entrando, mas nada disso acontecia.

– Você não vai comer, Bella? – perguntou Sophia depois de dar um gole do seu leite.

– Não querida, eu não estou com fome – disse e ela assentiu.

Depois de algum momento ela acabou.

– Estava muito bom. Foi você quem fez?

– Não, deve ter sido o seu tio, quando acordei a comida já estava feita.

Vi que seu olhar ficou um pouco triste.

– Ei Sophia, o que aconteceu? – perguntei pegando a mãozinha dela.

– O tio Ed não gosta de mim – disse abaixando o olhar – Ele quase nunca fala comigo.

– Oh, minha querida, é lógico que Edward gosta de você – disse apertando sua mão fazendo ela olha para mim – Ele só não é muito de conversar.

– Papai também diz isso.

– Tá vendo – disse sorrindo – Não a motivos para ficar triste.

– Tire suas mãos da minha filha – disse uma voz feminina raivosa. Com o susto que tive, soltei a mão de Sophia e olhei para de quem era a voz. Para minha surpresa era Rosalie.

Ela estava bela como sempre, seus cabelos loiro emolduravam muito bem o seu rosto, seus olhos acinzentados carregavam raiva e ódio, franzo meu cenho em confusão, eu não entendo por que isso está direcionada a mim. Olho para Sophia que está olhando diretamente para Rosálie um pouco assustada.

Sophia era filha da Rosalie.

– Oi, Rosalie – disse por educação. Não me leve a mal, eu nunca me dei muito bem com ela, mas tudo porque Rosalie sempre queria colocar Edward contra mim. Para ser sincera, eu nunca entendi o porquê.

– Oi? É isso mesmo que ouvi? – questionou ela com uma sobrancelha arqueada.

– E você queria o que? Um olá ou talvez um abraço? – perguntei com a voz calma enquanto me levantava e pegava o prato e copo usado por Sophia. Não iria fazer o que ela queria, eu a conhecia muito bem para saber aonde ela queria chegar.

– Mas você é muito sonsa mesmo – disse ela, mas não vi a expressão do seu rosto, porque estava de costas para ela indo colocar a lousa na pia.

– Sophia, suba para o quarto aonde estar o seu pai – ouvi ela dizer, me viro para ver Sophia. Ela ainda estava sentada na cadeira com o rosto um pouco assustado.

– Mas mamãe , eu estava conversando com a Bella - disse Sophia olhando para mim.

– Sophia eu não vou repeti - disse Rosalie praticamente rosnado para menina.

Sem muita vontade Sophia se levantou e foi andando para a porta da cozinha. Mas antes olhou para mim e sorriu.

– tchau Bella.

– tchau Sophia - disse e ela foi embora.

– Eu quero você longe da minha filha, entendeu? – avisou Rosalie me fitando.

– Eu não vou fazer nada de mal para sua filha, pode ficar tranguila – disse me virando e começo a lavar os pratos e os copos sujos. Eu realmente não queria discutir com Rosalie, mas parecia que ela não queria a mesma coisa que eu.

– Eu realmente não sei o motivo do Edward ser tão idiota, para te aceitar de volta e ainda mais com uma filha bastarda na cola.

Paro de lavar os pratos e apoio minha mão na pia.

– Não fala da minha filha – disse entre os dentes tentando manter a minha voz calma.

– Não fala da minha filha – ela riu secamente – Quem te ouvi falando isso pensa ate que você presta e se importa com alguma coisa a não ser a si própria. Mas como eu já sei a vadia que você é, o seu teatrinho não me comove nenhum pouco – disse ela despejando todo seu veneno em cada maldita palavra que sai da sua boca – Humm, me deixe lembra da historia que você contou para comover Edward. Ah, me lembre. Você disse que foi despejada de onde morava, ai não tinha para onde ir e veio aqui pedi ajuda ao Edward, não foi? Me poupe Bella, essa historia é clichê demais, velha demais. Eu sinceramente pensava que você era mais inteligente.

– Você não sabe de nada – disse apertando minhas mãos em punhos.

– Não sei? É lógico que sei. E para piorar as coisas, ou para deixar mais comovente a historia, você usa sua filhinha, que só Deus sabe quem é o pai, para se aproximar de Edward – ao ouvi isso, uma fúria se apossou de mim.

– Cala sua boca, Rosalie – disse me virando para ela – Você não sabe de nada que passei, você não sabe o que tive que aturar da vida, então, cale a sua maldita boca e guarde sua opinião para você.

– Eu não calo, porque todo mundo nessa família tem que ver o quanto vagabunda você é. Então, eu não vou ficar quieta e ver você destroçar o coração de Edward outra vez.

– Eu não quero nada com o Edward.

– Ate parece. Eu já disse que a mim, você não engana – disse com um sorriso sínico.

– Eu não ligo para o que você pensa – disse me virando e começo a lavar os pratos novamente. Eu tenho que acabar logo isso aqui para poder pegar a minha filha e sair dessa casa. Eu não iria ficar aqui e ouvi desaforo de uma pessoa que não sabe de merda nenhuma sobre mim.

– Pois deveria ligar. Pode esperar, você não vai durar muito nessa casa, eu vou abrir os olhos de Edward e quando menos esperar, você vai está fora daqui, junto com a sua filhinha, com uma mão na frente e outra atrás.

Eu não dei ouvidos para o que ela disse, apenas acabei de enxaguar o ultimo copo, coloquei no escorredor, enxuguei minhas mãos em um pano limpo e sair da cozinha sem dizer mais nada. A Rosalie não valia à pena. Ainda ouvi a voz dela falando mais alguma coisa, mas eu não entendi e nem queria entender.

Eu não quero ficar nessa casa, não com Rosalie aqui. Subo as escadas que vão para o quarto piso. A Mel só podia está lá com Edward. Eles só ficam lá quando estavam juntos.

Chego no corredor e vou logo para a sala de Tv. Abro a porta e não tem ninguém ali. Franzo minha testa. Onde eles estavam? Saio da sala e fecho a porta. Olho para o corredor muito bem iluminado e os meus olhos cai na porta mais para frente, onde deveria ser o quarto do Edward.

Será que minha filha estava ali?

Sem menos pensar mais, vou ate ela e bato de leve na porta três vezes. Mas ninguém abre. Coloco meu ouvido na porta para ver se ouço alguma barulho lá dentro, mas nada. Me afasto da porta e bato outra vez, quando estava pronta para bater uma segunda vez, a porta é aberta e um Edward com os cabelos molhado em uma bagunça selvagem de calça social e camisa branca mal abotoada se põe na minha frente.

Fito seus olhos verdes flamejantes e engulo em seco. É mais difícil do que esperava, vê-lo depois de ontem, e ainda mais tão lindo desse jeito.

Sinto que o meu rosto ficar quente.

Desvio o olhar para voltar ao meu juízo normal.

– A Mel está ai? – pergunto em um murmuro sem olhar diretamente para ele.

Parece que minha voz fez Edward acordar de algum lugar, porque abaixou a cabeça por alguns milésimos de segundos.

– Está – disse ele passando sua mão em seus cabelos sedosos – Ela está dormindo, subi com ela para não deixá-la sozinha, fui tomar banho e quando sai, ela estava dormindo.

– Oh, desculpe. Eu não queria te dar trabalho – disse ficando mais vermelha ainda.

– Não é trabalho nenhum ficar com a Mel.

– Eu tenho que pega-la, porque vamos sair – disse colocando uma mecha do meu cabelo para trás do meu ouvido.

– Claro, pode entrar – disse ele dando espaço para eu passar. Hesito um pouco, mas logo digo a mim mesma que não tem nada de mais entrar no quarto dele, afinal, minha filha estava ali.

Passo por ele e como sempre sinto o seu perfume, que senti tão de perto ontem a noite.

Não Isabella, você não sentiu nada ontem a noite.

Ok, eu não senti nada, afinal nada aconteceu, tudo fui apenas um sonho.

Entro no quarto e vejo logo Mel na cama de Edward deitada, ela estava coberta por um lençol de linho branco como a neve e abraçada com a Anne.

Ela estava mais do que nunca parecendo um anjo, meu anjinho. Cheguei mais perto dela na beira da cama e acariciei seu rosto.

– Mel, acorda meu amor, a gente tem que sair – a chamei e ela se mexeu um pouco – Acorda pequena, eu não posso descer as escadas com você no colo – disse e ela piscou os olhos acordando. Demorou um pouco ate ela está totalmente acordada, seus olhos verdes, que estavam totalmente claros me fitaram.

– Mamãe?

– Sou eu pequena. A gente tem que ir – disse acariciando o seu rosto – Vamos?

– Vamos – disse ela tirar o lençol de cima dela.

Mel saio da cama com sua boneca, com a maior cara de sono. Eu teria que pega-la no colo, senão era capaz dela rolar pela escada. A peguei no colo e ela automaticamente enrolou seus braços em meu pescoço e deitou sua cabeça no meu ombro, mas seus olhos ainda estavam abertos, ela só estava sonolenta.

Virei meu corpo. E Edward ainda estava parado na porta do quarto, só que olhando para nos. Fui ate a porta e Mel levantou a cabeça.

– Tchau, Edwald – disse ela com sua voz de sono. Edward sorriu e olhou para Mel com carinho.

– Tchau, princesa – disse ele e se aproximou de nós. O meu coração bobo acelerou. Edward beijou a testa de Mel e se afastou – Quando eu chegar e se você tiver chegado também, a gente pode passar o resto do dia juntos, ok?

– Ok – disse Mel sorrindo.

– A gente tem que ir – murmurei para Edward. Ele olhou para mim e assentiu.

Saímos do quarto e logo Mel voltou a encostar sua cabeça no meu ombro. Desci as escadas e orei para que Rosalie não estivesse no nosso caminho. Porque eu ainda tinha que trocar Mel que ainda estava de pijama, e eu também. Deveria faltar poucas horas para começar a celebração na catedral mais perto daqui, então eu tinha que ser rápida.

Passei pela sala de estar e pela sala de jantar, graças a Deus não tinha nenhum sinal de Rosalie. Finalmente chego no nosso quarto, entro e deixo a porta aberta.

Coloco Mel no chão e vou pegar nossas toalhas.

Tomamos banho. Arrumo Mel, colocando o seu vestido novo e a sua sapatilha de ontem, só que com uma meia. Hoje estava fazendo mais frio que ontem, deixo seus cabelos soltos com cachos perfeito caindo em seus ombros.

Quando ela está devidamente pronta, eu vou me arrumar. Coloco uma calça jeans de lavagem escura e uma blusa branca com alguns detalhes de renda. Não era nada realmente bonito, mas estava bom. Calço minha sapatilha velha e arrumo meu cabelo deixando ele solto. Pego o casaco da Mel e a visto e faço o mesmo com o meu, procuro a minha bolsa e coloco algum dinheiro dentro, eu tinha planos para quando sair da catedral irmos para algum lugar, talvez um parquinho ou qualquer canto para ver Mel brincar.

Depois de prontas saímos do quarto, ando pelos corredores ate chegar na sala de estar. Com sorte, não tinha ninguém na sala.

Segurando a mão da Mel caminhei em passos largos ate a porta. Destranquei, girei o trinco, empurro a porta em minha direção e saio.

O dia estava bastante nublado e o frio não dava descanso. Daqui para a catedral não era muito longe, não precisava nem pegar taxis e nem metro, seria uns quinze minutos daqui ate lá.

Descemos a escada da frente da casa e andamos pelo corredor de pedras. Chegamos na frente do portão e eu peguei as chaves que Amelie tinha me dado depois de alguns dia que eu estava aqui. Destranquei o portão e saio com Mel. Tranquei de novo e guardei a chave na minha bolsa. Andamos um pouco e mais um pouco, desviando das poças de água que estava em nosso caminho, quando finalmente chegamos na catedral. Entramos nela e logo recebemos o bafo quente do local. Nós acomodamos nos bancos do meio da igreja.

A celebração foi bastante bonita como sempre. Pedi a Mel para ficar sentada no banco para poder ir entregar a oferta. Fui para fila que era muito longa, mas rapidamente foi desfeita. As pessoas só iam lá, colocavam suas ofertas e voltavam para os seus lugares. Coloquei minha oferta no alforje e andei para voltar ao meu lugar, mas senti a sensação de que alguém estava me olhando. Olhei para todas as direções e não encontrei ninguém, mas quando ergui o meu rosto, meus olhos se encontraram com um mar de verdes que já eram bem conhecidos por mim.

Era Edward, ele estava no primeiro andar da catedral. Seus olhos não se afastavam dos meus. Senti meu estomago rolar com a intensidade do seu olhar. Aos poucos fui parando de andar. Ele estava completamente arrumado, seu terno alinhado feito sobe encomenda estava perfeito em seu corpo, o deixando mais bonito do que nunca.

Senti alguém me empurrar atrás de mim, desviei meus olhos de Edward e olhei para quem tinha me empurrado, era um homem negro bem forte. Ele olhou para mim e fez sinal para eu seguir o meu caminho. Eu estava empatando as pessoas a irem para seus lugares, porque eu simplesmente parei de andar para olhar para Edward. Pedi desculpas sem graça e fui para o meu lugar.

Quando o padre deu fim a celebração, peguei a Mel no colo para sairmos da catedral. Era muitas pessoas, então ficava mais fácil com ela no colo para sair mais rápido.

Cheguei na porta de saída. Olhei para o céu, as nuvens estavam bastante carregadas, ia chover a qualquer momento. Acho que hoje não ia dar para ir ao parque, tinha que ficar para outro dia. Ajeito a minha bolsa no meu ombro do jeito que posso e ando para o outro lado da rua para esperar um taxi, não ia dar para ir a pé, porque eu sabia que ia chover, então o jeito era pegar um taxi.

– Mel, a gente vai ter que ficar aqui para esperar um taxi – disse colocando ela no chão.

– A gente ainda vai para o parquinho? – perguntou ela segurando a minha mão.

– Sinto muito filha, mas não vai dar. A qualquer momento pode chover, mas prometo que no próximo final de semana se não estiver chovendo a gente vai, Ok?

– Tudo bem – disse fazendo biquinho.

– Meu anjo, não fica triste. No próximo final de semana pode ate nevar, vai ser muito mais legal do que a gente ir hoje, você vai poder fazer bonecos de neve e tudo o que você quiser – disse olhando para ela – Agora desfaça esse bico, porque não a motivo para isso, meu amor.

– Eu vou poder fazer bonecos de neve? – questionou ela.

– Se estiver nevando, sim.

– E anjinhos no chão?

– Sim também.

– Ok, eu não vou ficar mais triste – disse ela sorrindo.

– Essa é a minha garota – disse beijando seu cabelo.

De repente a Mel saiu perto de mim.

– Olha mamãe o Edwald – disse ela apontando para a minha esquerda. Virei minha cabeça e vi Edward ao lado de um carro preto que deveria ser seu de costas para nos. Edward estava conversando com uma mulher. Espremi meus olhos e fiquei surpresa quando percebi que era Esme.

Antes mesmo de falar alguma coisa para Mel, os olhos de Esme caíram em mim. Edward percebendo que ela não estava mais prestando atenção nele, ele se virou em nossa direção, para ver para onde Esme estava olhando.

Vi que Esme voltou a falar, mas ainda me olhando. Olhei para Edward e ele também estava me fitando. Desviei o olha e me virei para Mel.

– Mamãe, quem é aquele mulher ao lado de Edwald? – perguntou Mel.

– É a mãe dele – a sua avó, completei mentalmente.

Oh meu Deus, estava ficando cada vez mais difícil esconder a verdade da Mel. Eu moro de medo de ela falar sobre o seu pai ao Edward. A Mel sabe o nome verdadeiro do seu pai, e se ela falar para Edward, ele pode ligar os pontos e concluir a coisa que eu mais temo. Eu não posso ficar sem a Mel. Podiam tirar tudo de mim, mas não ela.

Outro medo que me assola era alguém da sua família perceber a semelhança da aparência da Mel com a de Edward. Eu sei que Mel tem um monte de mim, ate mais do que de Edward, mas ela tinha o mais evidente que eram os seus olhos. Sei que existe milhares de pessoas com olhos verdes, mas o verde de Edward e da Mel eram diferentes, eles eram únicos. Também tinha seus cabelos, eles poderiam ser um pouco mais escuros do que o de Edward, mas se olhar direito, e mais ainda no sol, os cabelos de Mel eram idênticos ao de Edward. Eu não sei como ele mesmo ainda não percebeu isso, talvez sua raiva sem sentido por mim o tenha cegado.

O Emmett já percebeu alguma coisa, não era atoa que ele marcou para conversar comigo. Eu sabia o que ele iria falar e eu não podia fugir, de um modo ou de outro, ele vai me encontrar. Eu só estou um pouco aliviada, é porque sei que o Emmett é uma boa pessoa, e que ele não faria nada para me prejudicar. Pelo menos era isso que eu esperava.

Viro meu olhar para Esme e seus olhos não estão mais em mim, e sim na Mel.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

A dona Esme vendo a Mel pela primeira vez, qual sera a reação dela, quem tem palpite ai?

E como vocês perceberam, eu coloquei os penamentos de Bella sem toda aquela enrolação do capitulo anterior ( Obrigada as meninas que escreveram sua opinião lá no grupo da fic para me ajudar, bjos para todas vocês!!!) achei melhor do jeito que fiz, espero que tenham agradado vocês.

Bom, minha lidas leitoras, muito, mais muito obrigada mesmo por todos os comentários, eu não respondi todos, mas li cada um. Eles estão a cada vez ficando mais numerosos, mas o que me agrada mais, é saber que vocês estão gostando da fic.

Tambem tem as recomendações. Recebi três. Rafaela Grey Cullen, p4ul4 e Egocêntrica. Muito obrigada meninas, suas recomendações foram divas kkkk. Amei cada uma. já são 8 recomendações ahhhhhhhh ficando louca de felicidade aki kkkkk

Bom agora pode vim os comentários kkkkk me digam se gostaram, odiaram ou apenas para dizer que o capitulo ficou uma merda. Preciso saber da opinião de vocês para saber o que estão achando da fic!!

Bjos e ate mais!!!!!!!!!!!

PS: Vou responder todos os comentários do capitulo passado!!!!