Boneca escrita por Lady Murder


Capítulo 2
Coincidências


Notas iniciais do capítulo

Gente, eu comecei essa fic em 2008, eu tinha 14 anos, então peguem leve com esse começo, ok? XD



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Capítulo 2 – Coincidências

Sakura abriu os olhos. Sentia a cabeça girar e o sono não queria sair, por mais que ela o mandasse embora. Lavou o rosto, mas o sono ainda estava lá e ela estava com uma fraca dor de cabeça. Vinho só da sono. Isso Sakura, vai escutar a Ino de novo, vai., a Haruno pensou, enquanto estava no banho. Fazia tempo que ela não se dava o luxo de tomar um banho de banheira.

Arrumou-se rapidamente, colocando uma blusa de alça e uma calça jeans básica. Pegou um brilho labial em sua mesinha e saiu do quarto. Também fazia tempo que uma maquiagem não via seu rosto.

Pegou uma maçã na cozinha, já que ela estava atrasada demais para preparar um café. Olhou as horas no seu relógio de pulso. 7:00, droga. Vou chegar atrasada. Ela apressou o passo.

::

Sakura correu para a estação, para pegar o metrô, mas o mesmo estava demorando a chegar. Certo, conspirem contra mim. Eu não me importo. Ela bufou. E, como se ouvisse seus pensamentos, o metrô chegou.

Assim que o metrô parou, Sakura saiu correndo, derrubando muitas pessoas em seu caminho. Entrou correndo nos jardins da faculdade, mas quando chegou à sua sala percebeu que a aula já tinha começado. E esse professor não permitia atrasos.

— Ah, droga! – Ela soltou, enquanto se dirigia ao campo da faculdade.

Sentou-se em uma das arquibancadas e pôs o rosto entre as mãos. Beleza, meu mundo vai a baixo em uma só manhã. Lindo.

— Eu preciso de um café. – Ela murmurou.

Estendeu a mão para a bolsa e a vasculhou, atrás da carteira. Abriu-a.

— Ah não! Isso não! – Ela gemeu. Seu dinheiro não estava lá, havia deixado em cima da mesa. – Beleza de dia! – Ela murmurou.

Pegou seu celular. Quem sabe Karin não trazia o dinheiro para a faculdade? Porém, o telefone tocou inúmeras vezes e Karin não atendeu. Claro, ela estava dormindo. Agora Sakura teria esperar pela hora do almoço para ir rápido até sua casa para pegar o dinheiro e voltar para o estágio.

— Muito obrigada! – Ela murmurou, olhando para cima. – Tenho certeza que tem alguém aí que gosta muito de mim.

— Se tem, então ele não está ajudando muito, não é? – Sakura sobressaltou-se ao ouvir uma voz calma perto de si.

Desviou o olhar do céu para encarar um par de olhos vermelhos. Piscou, incrédula.

— Sa-sasori-san? – Ela perguntou, enquanto Sasori se sentava ao lado, sorrindo.

— Olá, Haruno-sama.

— Mas... O que faz aqui? – Sakura franziu o cenho.

— Ah, eu estudo aqui. – Ele falou, displicente.

— Hã?

— Faço faculdade de Artes aqui. – Ele deu um leve sorriso e Sakura levantou as sobrancelhas.

Ela nunca imaginaria que Sasori fazia faculdade! Primeiro: porque ele tinha um porte de alguém mais velho, apesar de não aparentar, e não de alguém que ainda fazia faculdade. Segundo: porque os trabalhos dele eram perfeitos demais para que ainda estivesse fazendo faculdade, superavam os trabalhos de qualquer professor ali.

— Não brinca! – Ela exclamou. – Você não precisa de faculdade! Seus trabalhos já são perfeitos!

— Obrigado. – Ele murmurou.

— Mas é sério.

— Bem, mas eu realmente faço faculdade. – Ele deu de ombros. – E você? Faz faculdade de quê?

— Medicina.

— Hm.

— Sabe, essa foi uma enorme coincidência. A de estudarmos no mesmo local.

— Sim. Mas e então? Dia ruim? – Ele mudou de assunto, se referindo as reclamações de Sakura.

— Ruim é um enorme eufemismo. Péssimo, terrível! – Sakura choramingou, lembrando-se de sua manhã.

— E posso saber por quê? – Sasori perguntou, escondendo sua hesitação com um tom divertido.

— Você não vai querer ouvir. Vai descobrir que sou uma pessoa muito azarada.

— Acho que agüento. – Ele sorriu de leve novamente e Sakura riu.

— Ok, então. Bem, primeiro acordei tarde e com dor de cabeça. Resultado do vinho do dia anterior. – Sakura murmurou a última parte, pois de repente se sentiu envergonhada por admitir que houvesse ficado bêbada. Porém, Sasori continuou com sua mesma expressão calma. – Tive que correr para a estação, mas o metrô estava demorando muito. Então, quando finalmente cheguei aqui, lembrei que era a aula do professor que não admite que um aluno entre em sua sala atrasado. Então eu vim para cá. Eu ia tomar um café, mas adivinha: esqueci meu dinheiro em casa. Dia perfeito, não? – Ela concluiu, totalmente sarcástica. Sasori riu um pouco.

— Bem, todo mundo tem pelo menos um dia assim. – Ele disse, dando de ombros.

— Sim, só que um dia. Não a vida toda.

— Não generalize. – Ele franziu o cenho.

— E você? Por que não está na aula?

— Me atrasei. – Ele deu de ombros. – E como não estava com muita vontade de ir para essa aula, não fiz muito esforço de chegar aqui cedo.

— Hm. – Sakura reprimiu um riso. Ela quase se matava porque perdia uma aula e Sasori mal ligava se se atrasava. – Sabe, ainda acho isso uma enorme coincidência. E, nossa, como esse mundo é pequeno! – Ela riu.

— Extremamente. – Sasori concordou.

De repente, uma sineta foi ouvida.

— Nossa! Já? – Sakura sobressaltou-se.

— Infelizmente, sim. Bem, até a próxima, Haruno-sama. – Ele sorriu.

—Até, Sasori-san. Quem sabe não nos encontramos por aí?

— Quem sabe. – Ele começou a descer as arquibancadas, mas parou em uma. – Ah, só uma coisa.

— O que?

— Talvez tenha sido simplesmente o destino. – Sasori sorriu mais uma vez, antes de terminar de descer as arquibancadas e ir para o prédio.

::

Sakura não conseguia prestar atenção no que o professor à sua frente dizia. "Talvez tenha sido simplesmente o destino", ele havia dito. Essa frase não parava de ecoar em sua cabeça.

Na hora em que ele falou, ela não entendeu muito bem. Mas depois de alguns segundos, soube. Sasori não achava que era coincidência, e sim o destino. Mas podia ter sido simplesmente brincadeira. Algo falado da boca para fora. E ele não podia estar falando exatamente do modo romântico, talvez aquele fosse só o jeito dele de querer começar uma amizade.

É, é só isso., Sakura pensou. Ela que estava paranóica demais. Sozinha demais. Preciso arranjar um namorado...

—x-

— Sasuke-kun... – Karin disse, de repente, enquanto o Uchiha beijava sua barriga.

— Hm. – Ele falou, de modo impaciente, como sempre ficava quando Karin falava e o atrapalhava.

— Nós poderíamos... Hm... Sair qualquer dia desses. Quem sabe pegar um cinema? – Ela disse, hesitante.

— Não. – Sasuke falou, secamente, antes de ocupar sua boca com o colo da ruiva.

— Mas... – Ela ia contestar, mas Sasuke simplesmente enfiou sua língua na boca da garota.

::

Sakura não cogitou, por nenhum momento, dirigir-se para casa depois da faculdade. Sabia quem estava lá e realmente não queria se deparar com duas pessoas transando na sala de seu apartamento. Já havia tido experiências demais com isso.

A Haruno se dirigiu para o seu lugar preferido: uma cafeteria. Sentou em uma mesa ao lado da janela, onde pudesse ver o céu ao invés dos casaizinhos felizes que provavelmente estariam ao seu redor.

Sakura nunca havia acreditado como a história de Karin e Sasuke de algum modo tivesse dado certo. Desde o colégio ela vivia dando em cima de Sasuke, fazendo simplesmente tudo por ele. Mas ele não estava nem aí. Ignorava todas as garotas. Ele ignorou até mesmo Ino, que era considerada a garota mais bonita da sua idade. Karin, como praticamente mais da metade das garotas que tinham idade o suficiente para enfiar a língua na boca de um cara, também dava em cima de Sasuke. Mas ele também a ignorava.

Até que, em um belo dia, Sasuke simplesmente ligou para Karin e pediu para que eles se encontrassem. Coisa que ela não recusou. Então, desde esse dia eles viviam se encontrando. Sakura não sabia ao exato se eles saíam juntos (Karin evitava falar sobre isso), mas sabia bem demais o que eles faziam naquele quarto. E não era ficar assistindo filme enquanto comiam pipoca. Não era mesmo.

Sakura, por mais que não quisesse, sentia uma certa inveja de Karin. E não porque gostasse de Sasuke, ela já havia superado aquele amor infantil. E Karin que a perdoasse, mas era Sasuke, um poço de frieza. Não, não era por ele. Mas sim porque ela tinha alguém. Alguém que sempre a visitava à noite. Alguém que estava com ela. Mesmo que, talvez, ele só estivesse com ela para suprimir suas necessidades carnais, certo. Mas era alguém. 

Ela sabia que isso era ridículo, claro que sabia. E a cada dia lutava para ser uma pessoa que não ligasse para isso. Não precisasse da droga de uma outra pessoa ao seu lado para ser feliz. Mas o ponto é que no fim do dia, ela não era esse tipo de pessoa. Ela ainda sentia que faltava algo e era uma merda, mas sim, ela realmente detestava estar sozinha e sentia-se carente por estar.

Ao pensar nisso, ela não conseguiu evitar que seu olhar se dirigisse aos casais ao redor. E isso não melhorou em nada o seu ânimo.

::

— Então a Hinata já chegou? – Sakura observava Karin falar ao telefone com Ino. – Ótimo! Então amanhã já podemos fazer a noite da bebida!

Sakura mordeu o lábio inferior. Sua primeira aula já era.

— Por que você e a Hinata não vem para cá? Podemos só conversar.

— Sem bebida! – Exclamou a Haruno.

— Ta, ta. Sem bebida, Ino. – Então a ruiva desligou o celular. – Elas já estão vindo.

— Que bom. Precisamos mesmo nos reunir com Hinata. – Sakura franziu o cenho, pensativa.

— Por quê?

— Você sabe como ela volta toda vez que tem que ir a uma reunião de família.

— Ah, ta. Definitivamente, ela precisa se alegrar... – Karin concluiu.


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Notas finais do capítulo

Essa fic é meu xodózinho apesar de o começo ser bem imaturo hahahah. Repostá-la aqui está me dando uma incrível vontade de atualizá-la, então quando eu ficar de férias, isso provavelmente acontecerá. Espero que gostem e acompanhem



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