Atraídos por acaso escrita por Line Freitas


Capítulo 10
Sentimentos estranhos - versão Josh


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura amorecos!



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Josh

Chegando em casa resolvi preparar uma comida para mim e para loira comer, fiz algo rápido e pratico, não sou o melhor cozinheiro, mas me garanto na cozinha. Durante o almoço a loira estava pensativa, muito calada resolvi a chamar a tirando do seu transe.

– Barbie, eiii. –disse fazendo sinal com as mãos.

– Oi. – ela disse ainda aérea.

– Que planeta você estava?

– Estava aqui pensando em... – ela para de falar ficando corada.

– Em?

– Eu queria saber se você poderia fazer um favor pra mim? – disse ainda tímida.

– Me pedindo favores, logo você? O que te deu porcelana? – eu a fitava com os olhos.

– Eu.. eu...queria saber se você.. queria ir a praia comigo amanha? – eu a olhei desconfiado, mas não entendendo nada.

– Tem algo a mais nessa praia não é?

– Okay, eu te falo. – ela disse rápido demais.

– Sabia! – exclamei.

– Um menino da escola me convidou para ir à praia amanhã, só que como o John é careta demais ele não iria deixar. Como eu sei que você curte praia e que o John deixaria eu ir com você sem algum problema, decidi te chamar para me encobertar. – sorri, pois achei muito engraçado o jeito tímido dela me contar.

– E você quer que eu seja seu cúmplice? – arqueei a sombrancelha.

– Isso mesmo.

– Não! – me virei e olhei a panela.

– Josh, por favor me leva eu preciso ir. – disse a loira implorando.

– Não vou te ajudar a ficar com um moleque.

– Eu não vou ficar com ele só quero conhecer o garoto.

– Me diz outra loira, essa não colou. - tentei sair da cozinhas, mas ela segura meu braço me fazendo parar.

– Desculpa, mas foi você que começou a me provocar.

– É verdade o que você falou?

– Eu só queria ir para me divertir, o garoto me chamou, mas não me importo com isso. Também se meu irmão descobrisse algo sobre meus ficantes ele me mataria. – sorri por um instante, mas logo meu sorriso se desfez.

Soltei a sua mão do meu braço e voltei a cozinha, peguei meu prato e me servi, comi tudo muito rápido e em seguida lavei. Parei no balcão e repensei na ideia de leva-la na praia.

– Okay, eu vou com você loira, mas vou chamar uns irmãos meus lá da praia para pegar umas ondas.

– Te devo uma. – ela disse animada.

– Vou cobrar. – sorri forçado.

A loira baixou a cabeça e sorriu, sai da cozinha para estudar, mas quem disse que consegui? Depois de algumas horas com a cara enfiada nos livros, sai do quarto e a levei no médico. Chegando em casa me tranquei no quarto e conversei com algumas meninas que tinha aceitado convite nas minhas redes socais. Já estava cansado de conversar e fui ver televisão, vi a loira passar por mim e logo depois escutei uma musica vindo da cozinha e um choro, desliguei a televisão e a vi loira de costas, quando ela sentiu minha presença limpou as lágrimas e me aproximei a prendendo entre o balcão e a mim, impossibilitando a passagem. Seus olhos estavam vermelhos e sua respiração estava acelerada.

– Preciso passar. – disse com a cabeça baixa e uma voz embargada.

– Você esta chorando? – ergui a cabeça dela a fazendo me olhar nos olhos.

– Eu.. – ela parou a frase e baixou a cabeça novamente.

– O que aconteceu?

– Preciso ir para o meu quarto. – disse num sussurro. -Me aproximei ainda mais trancando o pequeno espaço que havia entre nós. Ela ergueu a cabeça e voltou a me olha, seus olhos estavam marejados e sua respiração acelerada.

– Não enquanto não me contar o porque esta assim, não fui eu não é? Porque se foi me desculpa, eu sou grosso assim mesmo, mas não chora por favor. – quando disse aquilo as lágrimas escorreram pelos olhos da loira, eu a envolvi em um abraço, ela chorou, tanto que chegou a molhar minha camiseta.

Quando o choro cessou continuei ainda abraçado nela, fazendo carinho nos seus cabelos macios e cheirosos, não dizia nada apenas a deixei chorar silenciosamente. Nos sentamos na sala, e a dei um doce.

– Para te alegrar, só que não se acostuma. – pisquei para ela que deu um sorriso breve.

– Obrigado.

Fiquei sentado na sala assistindo Bob espoja ao lado da loira que por alguns instantes sorria como uma criança vendo o desenho. Depois que o episodio terminou, ela se levantou e foi até a cozinha aparecendo com uma xícara de chá nas mãos.

– Vai ficar melhor? - disse me aproximando.

– Vou sim, vou tentar dormir. - disse ela sorrindo fraco.

– Seja o que for que você estava chorando, não chore mais loira, ninguém pode tirar esse sorriso que você tem. Sei que não sou o cara mais indicado para te dar conselhos, apesar de nossas diferenças que são muitas. – sorri - pode contar comigo loira. – me aproximei a dei um beijo na testa, ela fechou os olhos e depois sorriu.

A garota não era tão brava quanto eu pensava, ela tem uma personalidade forte e não aceita perder em hipótese alguma. Mas, o que mais me chama atenção nela, é a inocência, ela pode até ter corpão e ser incrivelmente atraente, mas não perdeu a inocência de uma criança.

...

No dia seguinte acordei e me arrumei rapidamente, fui até o corredor e estava arrumando os cabelos no espelho quando olho para a porta vejo a loira parada me olhando. E me pergunto como esse garota pode ser tão linda?

– Fiu fiu. – assobiei. – que delicia loira. - sorri e ela corou ficando mais atraente.

– Obrigado gato, depois te dou meu número. – ela piscou pra mim entrando na brincadeira.

– Desse jeito eu não resisto. – eu a olhei e mordi meus lábios. - mal ela sabia que ela me atraia completamente – melhorou?

– Estou tentando.

– Ótimo, vamos que temos que passar na casa do Peter hoje. O Johh me ligou e disse que não vai na faculdade, então vou pegar os meus garotos.

– Vou só tomar um café rapidinho.

Ela passou por mim e fiquei reparando na sua beleza natural. Certo que ela é nova ainda, e não sou pedófilo para pegar crianças, mas bem que eu me arriscaria se ela me desse mole.

Fomos para a faculdade e a aula passou rápido demais, ainda por cima chovia muito e tive que buscar a loira na escola. Ela entrou no carro molhada e percebi que estava com frio, liguei o ar condicionado, coloquei meu casaco em volta de sua costas, que sorriu em forma de gratidão.

Chegando em casa recebi a ligação da Vick, conheci a Vick em uma balada e desde então viramos amigos. Já ficamos algumas vezes, mas nada serio. Hoje somos apenas amigos, ela me entende como ninguém jamais me entendeu, a garota é gente boa.

Estávamos sentados no sofá e Vick estava me contando que estava chateada porque tinha brigado com seu namorado, em certa parte da conversa comecei a fazer cócegas nela para ser se se animava, então a garota se levantou e me ameaçou, e eu a abracei, nesse exato momento a loira aparece me deixando completamente sem graça. E olha que foram poucas meninas que me deixaram assim. Ela nos olhou e pegou o telefone, a parei e apresentei a Vick, mas pela sua expressão ela não gostou nada da garota.

Depois de algumas horas conversando com a Vick, fizemos pipoca e assistimos um filme de suspense que passava, a garota da capa vermelha, a personagem do filme me lembrava muito a Barbie, por incrível que pareça estou gostando que ela esteja morando junto conosco. Não estou amarrado nela, apenas gosto do seu jeito marrento de ser, tem algo mais divertido que irritá-la?

Durante o filme John aparece na sala e nos cumprimentou, depois segue para o corredor e em minutos escuto gritos, parecia mais uma discussão, não quis me intrometer, fiquei na minha, Vick me olhou e eu disse que não mexeria na onça com vara curta.

Depois de alguns minutos a discussão cessou e a loira apareceu, dei um pulo do sofá e antes que ela saísse a chamei.

– Esta tudo bem? Que foi aqueles gritos do corredor?

– Nada que te diga a respeito. –disse ela brava. Victória gritou algo do tipo “podia dormir sem essa” eu a fuzilei com os olhos.

– Não pense que te levarei a praia depois dessa seninha.

– Não preciso de você, já tenho alguém que me leve, uma companhia muito melhor. – Victória riu mais ainda e e eu a continuei a encara-la. – quem muito briga, muito quer. – disse Victória. – a loira a olhou e disse. – Não se intrometa. – Vick não disse nada.

A loira saiu pela porta brava, mas muito brava. Fui a cozinha e peguei algo para tomar, assim calava a minha boca e não me metia em confusão com a Vick. John parou e nos convidou a ir a praia e aceitei.

Chegando ao lugar marcado encontramos a galera e nos juntamos. Por algum motivo a loira estava com muita raiva, ela nem olhava direito para mim, me esnobava e isso estava me tirando do serio. Vick e eu ficamos na nossa, não queríamos brigas e nem discussões. Peguei umas ondas e de longe vi a loira com um carinha tocando violão, cara ela não perde tempo! Uma raiva momentânea me invadiu, mas me contive. A loira tocava violão e cantava uma musica romântica junto com o carinha. Me aproximei dela e sussurrei.

– Canta bem loira. – disse com um sorriso sínico

– Obrigado.

Depois ela cantou mais algumas músicas, quase todos foram nadar,e eu permaneci parado olhando para o mar enquanto Vick não parava de falar com tal do tapado do Asher, os dois foram para o mar, deixando eu e a loira sozinhos, que perigo. A loira colocou os óculos de sol e se deitou no chão. Para provoca-la, me veio algo em mente.

– Parece que seu ficante ta afim da Vick. – Perdeu loirinha.

– E quem disse que eu quero ficar com ele? – ela disse com raiva.

– Suponho que queira.

– Você não sabe de nada. – ela se irritou e respirou fundo.

– De uma coisa eu sei. – disse me deitando ao meu lado. – Você e eu somos completamente diferentes, mas já sabem o que dizem, os opostos se atraem . – disse olhando para seus olhos e intercalando para seus lábios.

Ela me olhava e era como se eu pudesse ler os pensamentos da garota, ela me deseja e isso será evidente, ambas as partes desejam um ao outro, mas por questão de segundos a loira se levanta e tira totalmente o clima entre nos dois. Maldita garota!

– Que foi loira? Não é isso que você quer de mim? – cheguei mais perto e beijei o ombro dela, sua pele era tão macia e cheirosa.

– Sabe o que eu quero de você? – ela chegou mais perto e acariciou meu rosto, seu toque era tão suave.

– De você eu quero distancia! – A loira gritou e saiu batendo o pé, garota doida!

Vick se aproximou de mim e ficamos conversando, ela riu de mim por levar um fora da Isa e disse que eu nunca conseguia acalmar a fera. Olho para o mar e a vejo entrar, ela nada para mais longe e isso estava me preocupando, pois o mar estava mais agitado do que o normal, me aproximei mais das meninas e quando olho novamente não a vejo mais. Uma sensação de desespero tomou conta de mim e corri para a salvar. Nadei contra a correnteza das ondas e consegui a achar se afogando, ela estava completamente desacordada, a puxei até a praia e todos vieram a ver, John estava desesperado. Fiz respiração boca a boca e comecei a pressionar o seu peito para ver se ela acordava mais nada da garota acordar, fiz mais uma vez respiração boca a boca e soprei o ar com toda a força até que ela acordou e cuspiu toda a água, seus olhos se encontraram com os meus. Sua expressão era de espanto, John começou a perguntar algumas coisas, mas a loira apenas assentia com a cabeça, ela estava muito assustada. Pedi que as meninas dessem mais espaço para ela respirar e pedi que ela respirasse fundo, seu pulso estava acelerado, ela tremia muito. Pedi para Josh ir comprar um suco de maracujá e que as meninas trouxessem toalhas para ela se secar.

A peguei no colo e a coloquei embaixo do guarda sol. A loira tremia muito e isso estava me assustando, vê-la assim tão frágil me deixava com vontade de protegê-la, de abraça-la, era estranho sentir essa sensação.

– Calma Isa, já estava salva aqui.

– Você me chamou de Isa. – ela disse em meio a tremedeira. – sorri e ela se aproximou mais de mim me abraçando.

– Obrigado por me tirar de lá, se você não estivesse lá eu teria..

– Não fala isso loira, xiiiu... – disse a abraçando forte.

Não queria pensar na hipótese de ela ter morrido, e isso me assustava cada vez mais. Estou me apegando demais a essa garota, deveria me importar menos, mas não consigo, ela me prende de uma maneira estranha, como se eu devesse a proteger.

Não sou o tipo de cara que se amarra em uma garota, nunca fui, é melhor eu impedir que algo aconteça do que acabar me envolvendo em algo que não é confiável, sentimentos são confusos, não preciso deles para piorar a minha vida!


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Notas finais do capítulo

O que estão achando meninas? E esse sentimentos estranhos?
Estão gostando da versão Josh?
Comentem, bjus.
:)