Living In The Moment escrita por Sra Manu Schreave


Capítulo 6
Capitulo 6 - Beije Katniss!


Notas iniciais do capítulo

Heeey Gnt!
Eu já justifiquei a demora no cap anterior. Mas eu me esforcei p postar hj, pq...
Hoje é meu aniversario!
Beeem, eu estou na estrada, aproveitando os dois segundos de sinal q consegui, então.. Espero q gstem..
Bjs!



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–O QUÊ? - exclamo nervoso, recebendo um cutucão de Kat como quem diz 'Olha o mico'.

–Sinto muito, Sr. Mas, não temos outros quartos, apenas um quarto de casal. - repete compreensiva a atendente do hotel.

Nestes ultimos dias, eu realmente me afastei de Kat, como eu desejava. No inicio, ela tentou interferir, mas enfim desistiu e mostrou que pode sim viajar sozinha, e aproveitar. E, algumas vezes eu senti vontade de voltar atras com minha decisão, mas eu me permitia ser firme quando uma sensação estranha referente a morena me batia.Voltar atrás é melhor que perder-se no caminho, foi o que eu pensei durante este tempo. Nestes dias, fizemos pequenas paradas em Lebanon, Conway, Carthage e Joplin antes de entrar no estado de Oklahoma

E, quando entramos em Oklahoma, percebi que apesar de ser um estado que não pode se vangloriar muito, quando se trata da Rota 66, Oklahoma é o número 1! Com mais quilômetros desta estrada do que qualquer outro estado, e em melhores condições de conservação. Paramos em Tulsa, e agora apos passarmos mais um dia viajando, paramos em Clinton, a alma e o coração da Rota 66.

–Vamos embora, Kat! Vamos para outro hotel... - chamo. A simples ideia de dividir um quarto com Kat já me faz saber que não vai dar certo, não que vamos nos agarrar, mas eu vou voltar a me aproximar dela, aquela garota sabe ser insistente quando quer.

–Se você quiser ir, avestruz, vá! Mas, eu vou ficar, se não percebeu está formando uma tempestade das fortes, você ouviu a previsão de tempo? Uma forte tempestade hoje e amanhã estará tudo bem. - garante. - Mas, hoje é seguro ficarmos abrigados.

–Katniss... - me preparo para discutir, mas suspiro frustado, eu simplesmente não consigo discutir com Katniss Everdeen. - Tudo bem, iremos ficar!

–Finalmente! - ela se vira para a atendente e faz o nosso Check-in. Eu apenas reviro os olhos. - Vamos, Peeta! - me puxa para dentro do elevador e aperta o número 7.

–Ficamos com qual quarto?

–709. - e se mantém calada, o que é muito estranho ela sendo Katniss, mas muito bom para mim. Entramos no quarto.

–Quer tomar banho? - questiono, sendo educado, já que quero este banho mais que tudo.

–Pode ir, eu vou depois. - sorrio para ela, realmente agradecido. Pego minha roupa e vou para o banheiro.

Tomo um banho rapido evitando pensar muito, visto a bermuda e a blusa que trouxe para o banheiro e saio.

–Esta chovendo! - observo em voz alta, olhando para a janela fechado, pela qual posso ver a chuva engrossando.

–Eu falei... E, você ainda queria sair para procurar outro hotel, ia ser pego pela chuva. - escuto a voz de Kat atras de mim, antes de me dar tempo para contestar, continua. - Vou ir tomar banho.

E, logo escuto a porta do banheiro se fechar. Observo a chuva tediosamente por mais um tempo. Tudo isto está ficando tedioso, não a chuva, mas o fato de eu estar estragando essa viagem, isso de me afastar de Katniss esta tornando a viagem algo sem graça para mim, afinal eu não sou muito bom em me divertir, muito menos sozinho.

–Terra chamando Avestruz. Sei que a chuva destruiu suas chances de trocar de hotel, mas olhar para ela não vai mudar nada. - Katniss me tira do devaneio.

–Okay! - me sento na cama. Ela também se senta e fica me olhando. Passamos algum tempo nos encarando.

–Ah, Peeta! Por favor, né? - olho confuso para ela. - Você gostou dos nosso dias até Rolla? - dou de ombros.

–Claro, foi super divertido quando visitamos a casa de Abraham Lincoln ou quando fizemos canoagem.

–E, a viagem apartir de Tulsa? - dou de ombros novamente.

–Normal!

–Sabe por que? - fico meio confuso, mas nego com a cabeça. - Por que você esta fazendo babaquice...

–Como as... - interrompo-a, mas ela se vinga me interrompendo também.

–Não me interrompa, okay? - assinto. - Eu percebi, tá? Você está tentando se afastar de mim, não sei por que porra de motivo, mas se for para ficarmos assim, melhor viajarmos sozinhos, individualmente, assim não dá certo para nenhum dos dois. - suspiramos audivelmente ao mesmo tempo. - Se você quiser se afastar de mim, não sei porque, - dá de ombros. - mas se quiser, é só falar, que assim que esssa chuva parar, eu alugo um carro e sigo sozinha. É só falar. Quem tem boca vai a Roma, é o que dizem, no seu caso, se você usar a sua terá toda liberdade que quiser. - termina jogando o corpo para trás e deitando na cama. Respiro fundo e coço a nuca, frustado, malditamente frustado e nervoso.

–Desculpa... Eu não sei o que deu em mim, eu apenas me afastei bestamente, por um motivo que eu também desconheço. - conto uma meia mentira, afinal eu sei o por que, mas não sei exatamente o que sinto. - Eu não quero ir sozinho, eu apenas quero ser menos babaca que eu sou...

–Impossivel! - me interrompe. - O dia que você for menos babaca, a lua vai iluminar o sol.

–Hey... - protesto. - Só eu posso me chamar de babaca. - ela dá de ombros. - Mas, voltando.. Se você quiser ficar com raiva de mim, tudo bem, eu compreendo.

–Ah, pelo amor, avestruz. Nós não temos seis aninhos, você pediu desculpas por ser um babaca, eu desculpei antes mesmo de você pedir desculpas. - dá de ombros, sorrindo infantilmente, me fazendo sorrir também. - Agora, vamos pegar um vinho no frigobar, e falar de algo qualquer... Já te mostrei as fotos de todas as viagens que eu já fiz? - nego com a cabeça. - Então, é hoje que eu vou mostrar.

Me sinto envergonhado, não de estar no mesmo quarto que ela ou ver fotos da viagem dela, não. Eu sinto vergonha por um motivo maior, eu me sinto envergonhado pela forma que ela perdoa, é como uma criança, que pouco se importa com o que aconteceu, se perdemos dias de viagem que poderiam ter sido mais divertidos. E, inevitavelmente mais uma vez comparo-a com Delly, todos esses dias de viagem eu fiz isso incontaveis vezes, nenhuma vez Delly ganhou. Kat estava num constante mil a zero, sem sequer saber que estava numa 'comparação'. Kat tem o melhor gosto musical que eu já conheci, ela valoriza as coisas simples, não me deixa pagar as coisas para ela nunca, gosta de história, come qualquer coisa, sorri com facilidade, perdoa facilmente. Nem em um.milhão de anos eu me arrependeria desta viagem.

–Vem cá. - Kat me desperta, convidando-me para sentar ao seu lado.

Ela estava sentada no chão com as pernas cruzadas como indio, ao seu lado duas taças, uma garrafa de vinho e seu notebook, que eu sequer sabia que havia trago. Me sento ao seu lado.

–Eu amo essas fotos, fui em tantos lugares incriveis. - arregala os olhos divertidamente, procurando a pasta de fotos, enquanto eu sirvo as taças. - Aqui! - aponta para o notebook enquanto leva sua taça à boca.

Na tela havia uma foto dela em uma praia, usando um biquini laranja e sorrindo tão abertamente que tenho a impressão que seus labios racharam, cabelos ao vento, e o mar atras formando grandes e belas ondas, enquanto ao longe o sol se punha.

–Esta foto tem história. - sorri animada. - Foi a primeira vez que eu sai do país, eu estava muito animada, tinha 18 anos recem feitos, e logo as aulas da faculdade iriam começar, e eu queria ir para um lugar incrivel, quente, e que muitos falam bem, e uma conhecida minha falava loucamente do Brasil, que ela havia ido lá, e eu pensei, por que não? Comprei passagens para o Rio de Janeiro, sem fazer nenhum planejamento, e quando eu fui ver, estava no Rio, apenas eu e uma mala mal feita, peguei um taxi e pedi para ele me deixar em qualquer hotel em frente à praia, assim que eu cheguei lá, deixei minhas malas e corri para o mar loucamente, quando o sol estava para se por eu tentei tirar uma foto, mas nenhum selfie pegaria tudo que eu queria, então um garoto falou que tirava a foto para mim, eu fiquei tipo, "Deixo? Não deixo. Poxa, se ele roubar minha camera eu vou ir embora quase sem fotos." No fim, ele tirou a foto e me chamou para sair. - ri dando de ombros. - Eu aceitei por aceitar, e seria um bom encontro se sua ex-namorada não tivesse aparecido e o tirado pela orelha do bar. - ela ri divertida.

Eu tento me divertir também, mas a ideia dela em um encontro não me alegra muito, o que me faz perguntar, o que é isto? Nunca senti isto, então é confuso. Passamos mais de uma hora vendo fotos, e ela me contando histórias, me sinto embasbacado. Ela já foi em tantos lugares, visitado o Brasil, Canadá, Mexico e até para o Havaí, e dizia querer ir um dia para Europa ainda. E, tudo isso me fez perguntar, como a familia dela é? Seu serviço de psicologa paga tanto assim? Mas, se foi para o Brasil e outros lugares antes mesmo de formar a faculdade, sua família tem bastante dinheiro, certo? O que será que seus pais fazem? Medicos, Empresarios, engenheiros? Me sinto curioso.

Volto a me concentrar em Katniss. Seus olhos acinzentados brilhantes, os labios grossos avermelhados graças ao vinho, pele branca, e seus fios loiros bagunçados apos as varias gargalhadas que dividimos. Aos poucos minha mente começa a sussurrar no meu ouvido, fala calma e baixa, que aos poucos vai aumentando o volume, até que sua 'voz' seja audivel por mim. 'Beije Katniss!', é o que repete numa tentativa de me hipnotizar. E, logo tudo que consigo pensar é constante e repetidamente 'Beije Katniss!, beije Katniss!, beije Katniss!'. E, quando eu não aguento mais, me aproximo colocando as mãos em sua nuca e a trazendo mais para perto de mim, olhando atentamente para seus olhos que a principio estavam confusos, mas logo se conformaram com a ideia, e quando minha boca está tão proxima à seus avermelhados labios, tão proxima que eu consigo sentir sua respiração batendo em minha pele, nossa bolha de sonho é perfurada por um alto som, Gold do Imagine Dragons toca estridentemente, e eu simplesmente amaldiçoo esta música ao ver Katniss se afastar de mim para atender seu telefone.

–Katniss falando...- fica um tempo em silêncio apenas escutando seja lá quem. - Olha Frank, eu já te dei alguma dica que deu errado? Não... Frank, as coisas custam dar certo, eu sei que sua mulher é uma vadia, mas você tem que ter paciência até o advogado resolver tudo do divorcio. Você tem feito tudo que eu falei? Uhuum.. E, os remédios tem tomado? - percebo que é um de seus pacientes. Aparentemente, Frank esta em processo de divorcio, mas isto não é motivo para atrapalhar o beijo de alguém. Colabora Frank! Suspirando frustado pego a garrafa de vinho vazia, as taças e coloco em cima de uma mesa, junto com o notebook. Agora, terei de lutar contra as consequências de um beijo, sem ter realmente a beijado. Que ótimo!


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Notas finais do capítulo

Enganei td mundo, né? Hahaha.. Comentem pessoal!