Living In The Moment escrita por Sra Manu Schreave


Capítulo 1
Capítulo 1 - A Ilusão/A realidade


Notas iniciais do capítulo

Heey People, se você esta lendo isso Obg...Sejam Bem Vindos a LITMDesculpe os erros...E, Boa Leitura!



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Acordo com o despertador tocando, definitivamente isso não era o que eu queria para hoje, hoje me parecia o dia perfeito para se desligar o celular e dormir sem ter hora para acordar. Mas, eu não posso reclamar, tendo a vida que tenho. Modéstia á parte, minha vida é perfeita. Com apenas 23 anos, tenho oque caras de 30 querem e geralmente não tem, por possuir 'uma grande inteligência' formei em administração mais rápido do que o normal, fiz estagio na empresa do meu pai, onde trabalho até hoje e tenho uma alta posição, tudo isso devido aos meus esforços... Tá, talvez 40% meus esforços e 60% o fato de eu ser filho do dono da empresa, mas eu realmente me esforço bastante. Recebo um ótimo salario, e tenho uma bela namorada, Delly. Okay, talvez fosse melhor se minha namorada parasse de reclamar o tempo todo sobre o tanto que eu trabalho.

Levanto preguiçosamente da cama, vou ao banheiro e faço minha higiene matinal, visto um terno escuro com uma camisa clara e uma gravata qualquer. Se tem algo que eu odeio, é ter de usar terno para trabalhar, minha namorada diz ser excitante, mas eu acho quente no sentido puro da palavra. Passo pela cozinha e vejo que tomar café em casa será trabalhoso, com sorte passo no StarBucks no caminho. Confiro as horas, á são 8h, tenho de estar na empresa as 8:30, com certeza não chegarei a tempo e meu pai vai me matar, não é que me atrase sempre, mas hoje terá uma reunião e serei apresentado como sucessor na direção da empresa. Saio correndo em direção ao elevador, conferindo a chave do carro, distraído e apressado, que nem percebo que uma mulher carregando varias caixas vem na minha direção, só percebo quando batemos de frente e caímos, ela se recompõe bem mais rápido que eu.

–Me desculpe, eu estava meio apressado e distraído. Você esta bem? Quer ajuda? Você é nova aqui? - resmunga com uma voz afetada enquanto catava suas coisas, mas continua com sua voz normal - Eu já devia imaginar. O que você esperava, Kat? Vizinhos educados? Não, não... O corretor avisou, bom endereço, bela paisagem, boa arquitetura, mas bons vizinhos? Não, não...

Interrompo o monologo da tal 'Kat' com uma gargalhada, que garota louca. Ganho um olhar irritado dela.

–Me desculpe, eu estava distraído e ainda estou apressado - falo apos me recuperar dos risos, estendo a mão para cumprimenta-la - Prazer, Peeta Mellark!

–Katniss Everdeen! - se apresenta - Mas, prazer nenhum! - faz uma careta terminando de catar suas coisas, logo quando o elevador esta chegando.

–Então, foi um prazer, Katniss! - falo em deboche e ressalto o nome dela - Mais uma vez, me desculpe, e seja bem vinda! - termino já no elevador. quando a porta já esta se fechando e o elevador começando a descer, ainda consigo ouvi-la murmurando e sorrio involuntariamente

–Talvez meu corretor não estivesse certo de todo...

Chego a garagem, pego meu carro e vou indo em direção a empresa. com a minha falta de sorte diária, pego um transito horrível, já no caminho, ligo para minha secretaria, o 'acidente' com Katniss, só me atrasou mais.

–Bom Dia, Glimmer! Como estão as coisas por aí? Estou muito atrasado? Todos já chegaram para reunião? estão sentindo minha falta? - pergunto tudo num folego só.

–Bom Dia, Sr. Mellark! Não tem ninguém pra reunião, já que não vai te reunião. Seu pai cancelou, não foi avisado?

–Não, não fui! Então, pelo menos terei tempo de passar no StarBucks. Tchau, Glimmer! Obrigado!

–Nada, chefinho! Tchau, Peeta! - desligo o telefone.

Desvio o caminho do meu carro para um StarBucks, logo chego ao local, faço meu pedido e me sento em uma mesa qualquer tomando meu desjejum. Então, meu telefone começa a vibrar e piscar a foto de Delly, penso por alguns segundos e decido por atender.

–Oi Delly!

–Bom Dia Peets! Tudo Bem, amor? Como você ta? Tomou café? - Pergunta com uma voz irritantemente melosa

–Tô bem, Delly... Tô no StarBucks. Obrigada por se importar, mas eu sei que você não ligou por isso! - respondo direto

–É... Oh, meu amor, você vai vir aqui em casa hoje? - Sabia que era isso!

–Não Delly, não! Hoje vou trabalhar até mais tarde! Tenho muito trabalho pra fazer.

–Ah... Peets... Você só trabalha, trabalha, trabalha... E eu? - pergunta com desgosto

–Você sabe que em breve eu serei o vice-presidente da empresa e logo o presidente, eu tenho que trabalhar muito mesmo, Delly! - respiro fundo, eu não quero entrar nessa discussão, eu já conheço todos os argumentos dela - Eu tenho que desligar! - desligo sem ouvir um resposta.

Não é como se eu não gostasse de Delly, muito pelo contrario, namoro com ela a dois anos, o problema é que ela tem ficado mais chata, menos compreensiva, mais possessiva. As pessoas acreditando ou não, eu faço o tipo que quer um relacionamento, quero um noivado, casamento e filhos. A principio, Delly parecia a pessoa certa para isso, agora já não tenho tanta certeza. Quero um relacionamento como o dos meus pais, que atravessou quase 30 anos e independente de tudo, continua de pé, eu queria algo assim com Delly, mas ela parece pouco se importar com isso, ou com ser a Sra. Mellark.

Vou para a empresa, cumprimento a todos e passo o dia trabalhando, parando apenas para almoçar e sendo interrompido as vezes por Glimmer que me faz algumas peguntas ou traz papeis para mim assinar. Já é tarde quase 19h, quando Glimmer vem perguntar se preciso de algo ou se pode ir embora, a dispenso. Toda a empresa já esta vazia, tirando poucos funcionários da segurança que passam a noite aqui, logo também vou embora, mas primeiro preciso passar pelo escritório do meu pai e deixar alguns papeis sob a mesa, ele já deve estar em casa. Vou distraidamente até a sala dele, como era de se esperar a secretaria dele já se foi, entro na sala calmo e distraído , e flagro uma cena que me dá vontade de morrer. Sabe quando você é criança e encontra seu pai e sua mãe fazendo coisas ilícitas para menores? Então, isso é terrível, isso te dá vontade de arrancar os olhos e derrete-los. Mas, quando se tem 23 anos e encontra seu pai traindo sua mãe com a secretaria, isso, isso sim te faz ter vontade de morrer. A coisa esta tão quente que nem percebem minha presença, saio apressadamente.

O que eu faço agora? A pouco tempo eu delirava por um casamento como o dos meus pais, e agora o vi com a secretaria, eu não sei o que fazer, ou o que pensar. Será que eu conto para minha mãe? Será que ela já sabe? Me sento no canto da minha sala em posição fetal. O que eu faço agora? Bem... A unica coisa que devo fazer é ver minha mãe, ver se ela esta bem... Eu não posso fazer nada relacionado ao meu pai. O que eu poderia fazer? Gritar como se eu fosse o traído? Não, não...

Pego o carro e sigo atordoado em direção a casa dos meus pais. Como isso pode acontecer? A ultima vez que estie dentro desse carro, estava refletindo sobre como queria um casamento como deles, agora estou indo contar para minha mãe que ela é corna. Logo chego na casa, mesmo com vontade de desviar do caminho e me tacar dum penhasco. Abro a porta com a minha chave, sim eu ainda tenho chave da casa dos meus pais. Passo pela sala vazia indo para cozinha também vazia e procurando minha m~se por todos os cantos do primeiro andar, logo uma luz se acende na minha cabeça, como não pensei nisso antes? Ela deve estar no quarto. Subo correndo as escadas, atravesso o corredor pronto para para bater na porta, mas a encontro aberta e pela segunda vez no dia, vejo essa cena horrível. O que seria mais 'incrível' do que ver seu pai traindo sua mãe? Ver que ela não deixa por menos. Faco parado na porta em choque por mais algum tempo, sem crer se o que vejo é real. Mas, os gemidos da minha mãe, chamando o nome do jardineiro é o que me mostra que é tudo uma infeliz realidade e me dá forças para ir embora dali. Corro de volta escadas abaixo e vou para meu carro arrancando-o imediatamente.

Desde quando isso é assim? Aparentemente, sou o único 'desinformado' da família, meus pais já devem saber um o que o outro faz... Eu conheço ambos o bastante para dizer que foi algo 'concordado', mesmo que sem falar palavras exatas, foi concordado. Mas.... Por que eles ainda estão juntos? Pela sociedade, pelo dinheiro e... Por mim? Oh, não! duvido que tenham se quer lembrado que existo...

Mas, eu ainda não acredito, eu sempre querendo ser o filho perfeito para os pais perfeitos e agora, parece que eles não são tão perfeitos assim. Eu não aguento isso. O que eu faço? Será que aquele penhasco ainda esta lá? Talvez falar com Delly seja melhor que me atirar de lá. Afinal, ela é minha namorada, tenho certeza que vou encontrar apoio nela. Controlando as lagrimas de frustração e raiva, guio o carro na direção da casa dela.

Esta tudo tão confuso, é como descobrir que tudo sempre foi uma farsa, que o casamento perfeito dos meus pais não existe. Desde quando? Eu sai de casa tem 5 anos quando estava na faculdade, será que esta assim desde então? Ou isso já acontecia antes? Por que eles ao menos não me contaram? Que vida de merda! Chego a casa de Delly contendo minhas lagrimas. Ela pode não ser a melhor namorada do mundo, mas é a minha e vai me apoiar agora, como eu a apoio quando ela precisa.

Entro na casa usando minha chave, sei que ela deve estar no quarto, mas primeiro sigo para a cozinha e bebo água. Subo as escadas e escuto o barulho de uma cama ranger... O que é isto? Não é o que eu tô achando que é, não pode ser. Esse pensamento é apenas fruto do dia traumatizante que hoje foi. Delly pode ser melosa, irritante e qualquer outra coisa, mas ela nunca me trairia. Ando até o quarto de Delly, a porta esta encostada... Oh, merda! É serio isto que eu tô ouvindo? Ela ta gemendo o nome de um tal de Marvel? Caralho, Merda... Não, ela deve estar vendo pornô, isso pornô... Pare de se iludir, Mellark... Você é corno, essa é a voz melosa da sua namorada...

Sem aguentar mais me torturar, abro a porta... E, aqui esta a cena que eu não queria ver, hoje foi um grande, grande dia.. Descobri que toda a minha família é corna, meu pai trai a minha mãe que acredita que chifre trocado não dói, e eu também sou corno. Vejo o corpo pequeno de Delly tapado pelo corpo grande e bronzeado do tal Marvel, com o barulho da porta, eu consigo um pouco de atenção.. Eu não vou bater nela, ela é mulher, respira fundo Peeta, respira. Piranha, mas é mulher. Rapidamente Delly empurra o cara para o lado e cobre o corpo com um lençol.

–Peets, Peets querido! Não é o que você esta pensando meu amor... - fala com uma voz melosa e ofegante

–Claro Delly, claro! Mas, o que eu estou pensando?

–Que eu e o Marv estávamos tran... - interrompo-a

–Era uma pergunta retorica, idiota! Mas, se não é o que eu tô pensando, o que é? Vocês dois estão brincando de carrinho? Ele ta de dando aulas de instrução? Mostrando como se coloca um carro na garagem? Parece que a aula tava sendo bem prazerosa, hein? Não gaste sua saliva comigo, até por que ela tem uma função melhor, não é? Nunca mais olhe na minha cara, nem preciso dizer que acabou, né?

–Mas, Peets... - começa a chorar - Me desculpa, Peets...

–Não. Me. Chame. Assim - falo entredentes

–Por favor, meu amor! Me perdoa, eu não queria ter feito isso. - começa a chorar - Eu te Amo! Me perdoa, Peeta... - Não termino de ouvir, saio logo de lá, desço correndo, saio da casa e logo dou partida no carro.

Grande Merda de Vida, primeiro meu pai, mas eu tinha minha mãe para me preocupar, depois minha mãe, mas eu tinha Delly para me apoiar, agora Delly... E, eu não tenho ninguém. Eu tinha melhores amigos, Cato, Finnick, Annie e Clove, nós começamos a nos afastar, segundo eles, pelo meu excesso de trabalho. Até pouco tempo, tinha a família perfeita, a namorada dos sonhos e o emprego dos céus, agora só tenho meu emprego. Sabe quando você tem uma dor indescriptível? Tão grande, tão profunda, e alguém coloca sal nas suas feridas? Então, nada faz parar de doer, só o tempo cura. O tempo cura tudo, menos aquilo que não queremos que seja curado.

Então... O que um homem que acordou com a 'vida perfeita' e esta com uma vida de merda faria? Oh, Yeah! Eu preciso beber... Logo, chego ao "Cash Bar's", entro e sento em um banquinho qualquer, peço uma bebida forte ao barman, mais uma, mais outra, então me vem a lembrança do acontecido no escritório do meu pai, mais uma, a quinta bebida pela minha mãe, uma sexta pelos chifres que Delly plantou na minha cabeça, meus 'amigos' que me abandonaram por 'eu viver enfurnado nos papeis' merece, ter a sétima dedicada a eles. Okay, chega... Assim vou perder meu figado hoje mesmo, vou pegar um táxi para ir embora... Ohh, MERDA, até bêbado sou responsável. Mais alguns shots para resolver esse problema.

Nunca pensei que eu faria isso, ir para um bar qualquer e beber para esquecer os problemas, ficar tonto e parecer um retardado... Mas, aqui estou eu, mal consigo andar direito, nem sei como paguei o motorista do táxi. Na realidade nem sei como fui parar no táxi, só tenho alguns flashes de Cashmere, a dona do bar, me obrigando a entrar no taci. Estou me arrastando do táxi pro meu prédio, ao ver meu estado, o porteiro vem em minha direção para me ajudar, mas o dispenso com a mão numa tentativa de dizer que estou bem, falha graças as varias doses de.... O que eu bebi mesmo? Alguma bebida forte. Imagino a minha aparência no momento, horrivelmente bêbado e com os olhos vermelhos pelas lagrimas não derramadas. Devo estar terrivelmente assustador, não que me importe com isso no momento. Cambaleio até o elevador, aperto o botão da cobertura, quando a porta se abre, minhas minhas vistas já estão embaçadas, abro a primeira porta que vejo pela frente, me lembro de ter deixado a porta destrancada e adentro cambaleante no apartamento, mantenho as luzes apagadas e deixo meu corpo deslizar ao chão, ouvindo o baque surdo. Escuto uma porta se abrir, vejo uma silhueta, e antes de ser completamente levado pelo sono, resmungo raivoso:

–Some daqui, Delly. Sai!


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Notas finais do capítulo

Então... Se leu, please... Comente nem q seja um gostei, ou odiei... Dê sugestões... Beem, eu revisei, mas se achar algum erro, por favor avise... Obg... Espero ver vc no prox...Bjs!