30-dias (HIATUS) escrita por ApenasUmaSoNhadora


Capítulo 7
Quinto dia- Um demônio que sofre.


Notas iniciais do capítulo

HEEELLOOO ! Meu niver ai qui emoçaum u-u por isso não escrevi muito gente!! Vou sair daqui a pouco!! Maas taa aii como prometidooo... Boa leitura!!!!



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_Por que ficou com tanta raiva dele de repente?

Gabriel perguntava confuso, em quanto limpava com um paninho úmido o suor que escorria do rosto da paciente, sua crise já havia acabado, para a alegria do médico.

Às vezes eu me sento, sei lá... Como se não pudesse confiar nas pessoas, já que todas que amei me deixaram quando mais precisei.”

Mônica apenas pensava, mas de sua boca não saia uma palavra sequer, o motivo era mais que óbvio, ele prometeu que nunca a deixaria... Que sempre estaria ali.

“Mais uma vez uma pessoa me machuca, me quebra no meio, me divide em duas partes... A dor e a incerteza.”

_Ele me prometeu... Tirou de mim uma dor insuportável, uma solidão terrível para me dar todo seu amor... Mas depois ele também foi embora.

_Eu te entendo pequena.

Ela acabou parando uns segundos de respirar e fechou os olhos, deixando o médico apreensivo.

_Acho que sou meio descartável.

“Acordar todos os dias e se sentir um lixo, aquela era a minha felicidade quando ele partiu...”.

_Não diga isso... Você é um anjo muito especial, as pessoas que não sabem te dar o devido valor.

_Talvez eu seja o demônio aqui... Aquele que as pessoas evitam.

Mônica sentia algumas falhas nas batidas de seu coração em quanto estava deitada pensando na vida, aquilo era freqüente e não a incomodou muito, mas sua irmã entrou no quarto e tinha certeza que iria ouvir e muito.

_Deitada não é? Que vida boa. Levanta daí peste, tenho que limpar essa merda agora mesmo.

A irmã dela se chamava Maria, era muito vaidosa e fria, algo que incomodava muito a pequena, que sentia seu coração palpitar de nervoso só de olhar para ela.

Não hesitou em levantar correndo até chegar num cantinho que pudesse desabar, chorando toda angustia que sentia por não ter a irmã carinhosa e compreensiva que sempre quis, ela sempre a insultava e a batia, nunca estava feliz com nada que ela pudesse fazer.

Mônica tinha apenas nove anos, já era uma criança solitária que não entendia nada da vida, pois ficava trancada em casa porque não tinha nenhum amigo... Ninguém que gostasse de seu jeito, naquela época as crianças já começavam a ficar mais ignorantes.

Ela já era humilhada pelas outras crianças, já era esnobada por aquelas meninas que se sentiam superior, já era julgada por aquilo que era por fora, já sofria com a dor de ser diferente. Se pelo menos tivesse alguém que a escutasse, já se sentiria bem melhor.

_O que está fazendo ai?

Era sua mãe, que a olhava com indiferença em quanto a menina chorava encolhida naquele canto, ela estava no quintal e ventava muito, por isso tremia de frio.

_A Maria falou para eu sair de lá... Por que ela vai limpar.

_Bom mesmo, ninguém faz nada aqui, inclusive você bicho feio.

Dona Luiza adorava esnobar Mônica, não se sentia na vontade de agradá-la, para ela a menina era só uma fonte de dinheiro que tirava de seu marido com a desculpa de que era para cuidar dela.

_Não me chama assim...

_É a realidade, olha como você está gorda, nem venha me pedir salgado hoje que eu não estou podendo, o que os vizinhos vão achar quando verem essa coisa que tenho que chamar de filha?

Mônica já não suportava mais o peso que sentia em seu coração, gritava internamente “sai daqui, me deixe em paz”, mas sua voz simplesmente não saia, ela não conseguia reagir para quase nada, parecia um corpo vazio com uma alma morta.

Sua mãe estava totalmente produzida, com um vestido provocante e de cor preta, curto e totalmente colado ao corpo, seu rosto estava inteiramente maquiado, inclusive não faltava seu velho batom vermelho sangue.

_Já deve ter percebido que estou poderosa não é? Vou sair com seu pai, e espero que você não nos incomode por isso.

_Por favor, fica comigo!

Mônica se alterou totalmente, mudando seu humor para um desespero tocante, se ajoelhou para Dona Luiza e pedia muitas vezes para que ela não saísse dali, preferia ser tratada como um bicho ruim, do que ficar sozinha novamente.

_Não enche o saco.

Ela praticamente grunhiu para a menina, que de susto se afastou, com medo.

Seu Souza agora estava fechando as portas da entrada da casa, logo indo na direção de sua mulher e dando apenas um selinho na mesma, que resmungou em protesto.

_Pai, por favor, fica aqui com a mamãe, estou me sentindo mal.

Confessou. Ela realmente estava passando mal, seu coração doía e sentia uma leve falta de ar, aquilo era medo de ficar sozinha outra vez e ter que ficar chorando sozinha, esperando eles voltarem.

Mas seu pai nada disse, sendo apenas um cúmplice da tirana que naquele momento queria apenas diversão.

Eles saíram de mãos dadas, felizes, dando altas risadas e gargalhadas. Quando a Mônica... Novamente sentindo o peso do mundo.

Gabriel a chamava, mas ela já não ouvia mais nada, se lembrando de mais uma penca de coisas de aconteceram. Eram tantas coisas...

_Você quer que eu pergunte para ele Mô?

Magali perguntava simpática, querendo ajudar a amiga com o garoto que ela ficara encantada, Mônica praticamente babava para o menino que estava do outro lado da rua.

_Melhor não.

_Vamos... Eu te ajudo.

Ela insistia vendo o quanto sua amiga estava fascinada por aquele rapaz, também não era de menos, ele era Toni, o menino mais bonito da escola.

_E se ele falar não?

_Pelo menos tentamos.

Mônica não tinha alternativa, estava gostando dele, mas não tinha coragem de falar ela mesma, e sua amiga queria apenas ajudar. O pior que poderia acontecer era ele dizer não... Ou talvez...

A menina então apenas confirmou com um maneio. Magali não perdeu tempo e logo chegou perto do rapaz, que estava ajeitando o cabelo como qualquer garoto vaidoso.

_Com licença, Toni?

_Isso mesmo gata.

Ele dava em cima de qualquer garota que ele julgasse pelo menos bonitinha, e Magali não era de se jogar fora, ele dava o melhor de si, jogando charme para cima dela, que corava conforme percebia seu interesse.

_Está vendo aquela menina?

Perguntou-lhe apontando para um ponto fixo, onde estava Mônica.

_Sei.

Ele olhou respondendo assim com um pouco de desdém, mas Magali não ia desistir pela sua amiga agora.

_Ela te achou bonito, daria uma chance para ela?

Naquele momento a face de Toni se contorceu em puro nojo, fez uma careta sarcástica e apontou para si mesmo, desacreditando.

_Eu?

_Sim.

Magali se assustou assim que ouviu uma gargalhada da parte dele, que só faltava cair e passar mal ali mesmo, ele ria e chorava ao mesmo tempo.

_Eu? O galã com aquele demônio? Aquele bicho feio? Deus me livre!

Ele falava como se libertasse um grande peso das costas, falava o que pensava e não tinha medo de ferir ninguém, e nem das conseqüências.

A moça se enfureceu, mas nada disse, iria contar tudo para sua amiga, só não sabia que aquele seria o maior erro da vida dela. Depois daquele dia, Mônica entrou em depressão por três meses.

_Por favor, flor... Responde.

O médico sabia que ela estava acordada, tentava chamar com carinho para ver se ela cedia e contava para ele o que estava acontecendo, ou melhor, no que ela estava pensando.

_Quero colo...

E mais uma vez ela desabou.

Continua...


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Notas finais do capítulo

Atée maais gentiii bom niveeeeeeeer pra miiim *--*

obs: bem que poderia ter uma recomendação como present de niver né kkkk brinksss...

até a próxima!



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