30-dias (HIATUS) escrita por ApenasUmaSoNhadora


Capítulo 12
Oitavo Dia- Minha pequena loucura.


Notas iniciais do capítulo

HAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAI. Outro capitulo saindo diretamente das minhas fofas e delicadas mãos criativas *-*.. tá parei... Boa leituraaaa!!!!!!! (obs: apareçam leitores fantasmas)



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Nós estávamos nos dando tão bem que nem percebemos a hora passar.

—Nossa, já é noite.

Ele exclamou com os olhos arregalados, acabei dando um gritinho divertido, o assustando ainda mais. Pelo visto não era só eu que não tinha visto a hora passar em sua companhia.

—Pois é.

Disse desanimada, me recuperei do susto, mas não queria que Dc fosse embora, naquela hora meus momentos de paz acabariam.

Comecei a me lembrar de tudo que me causava dor novamente, e minha mente já não parava mais quieta. Tentei disfarçar para que ele não percebesse, mas pela cara que fez, provavelmente meu nariz estava escorrendo sangue, de novo.

—Você está sangrando.

Alertou, apontando para meu rosto. Não queria que ele visse aquilo.

Do Contra não me olhava repudiando como as outras pessoas, muito pelo contrário, parecia preocupado, mas ao mesmo tempo não sabia o que fazer naquela situação.

—É normal.

Respondi com um sorriso, logo limpando o sangue com os dedos mesmo, por falta de algum pano ou papel.

—Claro que não é normal, sua boba.

Ele exclamou, com um pesar palpável. Só Dc mesmo para sentir pena de uma pessoa como eu.

—O que está fazendo?

Perguntei, confusa com suas mãos que faziam algo em meu rosto, meus olhos estavam fechados por surpresa.

—Limpando você, bobona.

Respondeu divertido, fazendo um carinho em minha face, não entendi o porquê daquilo, mas acabei gostando.

Sem que percebesse, Dc pegou um lenço de um de seus bolsos, e começou a pressionar meu nariz, tentando limpar o liquido que já estava começando a entrar até em minha boca.

Ele parecia adorar me chamar de boba. Eu gostava disso.

—Ai!

Protestei.

Acabei dando um gritinho de dor, estava ardendo no local, apesar dele ser extremamente carinhoso e paciente.

—Calma...

Ele tomava todo cuidado possível para não me machucar ainda mais, e aquilo me fazia olhar profundamente nos olhos dele, tentando achar um motivo para tanto carinho.

—Prontinho!

Exclamou, feliz por conseguir conter o sangramento.

Tinha parado de sangrar, mas a verdade era que com ele tão perto de mim, acabei esquecendo de todos os problemas, e eram eles que faziam meu nariz sangrar daquela maneira.

—Acho que você precisa ir.

Lembrei-o.

—Ou se você quiser... Posso te fazer companhia na cama.

Disse em completa ousadia, Dc agora compunha uma voz rouca, mudando completamente com o seu comportamento.

Corei. Havia percebido que ele também era tímido, mas ao mesmo tempo quando ganhava liberdade, bem safado.

—Chato.

Soltei com a voz extremamente falha, não conseguia falar direito com aquela falta de ar, mas daquela vez, uma falta de ar boa...

Dei-lhe um safanão, acho que fui meio agressiva, mas não quis demonstrar que me importava, gostava de brincar com ele.

—Bruta! Só queria te fazer uma companhia inocente...

Defendeu-se fazendo um biquinho, mas logo o desfez.

O sorriso de Dc era de pura malicia, senti um calor me percorrer por todo corpo, tentei ao máximo não transparecer nada, já estava começando a ficar inquieta.

—Eu mexo com você não é?

Perguntou, chegando perto de mim, perto até demais. – Sinto seu calor até daqui.

—Para com isso Do Contra.

Pedi, mas eu estava amando e muito aquilo.

Quando prestei atenção ele já estava quase me beijando, até me envolver e me dar um abraço. Meu coração disparou, por isso demorei a retribuir, mas acabei também o envolvendo, e o apertando forte.

—Só não passo disso por que estamos para fora, e na calçada de um vizinho ainda por cima.

Sussurrou, rindo um pouco da situação, logo em seguida, me soltando lentamente.

—Você é um abusado, te conheci hoje.

Disse em êxtase, estava toda derretida e já me encontrava fora de mim mesma.

—Só por que te abracei não quer dizer que te quero para sempre.

Retrucou, mas não identifiquei se estava sendo bravo ou irônico.

Foi meio que um banho de água fria para o meu ânimo, ele quis dizer que não gostava de mim? Deveria ter me tocado desde o inicio, como um garoto que conheci naquele mesmo dia iria nutrir sentimentos por mim? Eu e minha mania de me apegar rápido á quem me dá atenção.

—Calma linda, só estava brincando.

Explicou-se mantendo o olhar fixo em mim.

Não deveria me olhar daquela maneira, era um tiro fatal para o meu coração. Ferrada eu estaria se me apaixonasse por aquele rapaz, não que não seria bom, muito pelo contrário. Um medo acabava guardando meu coração a sete chaves, e Dc parecia ter a maioria das mesmas.

—Com você aqui não consigo prestar atenção nem no mundo ao meu redor.

Soltei tímida, mas logo me arrependi, ele pode ter entendido como uma declaração.

Mas tudo que vi em seu semblante foi puro carinho, e quem sabe timidez. Dei um sorrisinho de canto, adorando a reação dele.

—Não se preocupe, nessa hora da noite não tem ninguém fora de casa não.

Comentou, abaixando a cabeça. Acho que pensou que eu sentia vergonha em estar tão intima com ele em público.

Mesmo que alguém ouvisse nossas palavras ou nossos gestos, o que me importava naquele momento era estar com ele.

—Essa calçada é ruim, fica me pinicando.

Queixei-me do concreto que estava sendo obrigada a agüentar sentada.

Já tinha reclamado para Magali, mas eu era muito louca de pensar que a mãe dela iria colocar piso na calçado só por minha vontade.

Do Contra pareceu pensar em algo. Logo ele se levantou e sentou-se novamente, ajeitando-se melhor.

—Senta aqui no meu colo.

Propôs.

Eu não acreditava naquilo, ele queria mesmo que sentasse em seu colo? Poderia esse garoto me matar do coração em apenas um dia?

—Prefiro passear um pouco, se não se importa.

Desviei-me, contendo minha sanidade ao perceber que Dc estava... Estranho.

Levantei-me e ameacei ir andando sem rumo, mas logo senti ele me puxar para abraçá-lo novamente, o corpo dele era tão quente... Sentia-me tão segura em seus braços.

—Onde pensa que vai sozinha por ai mocinha?

Sussurrou em meu ouvido, me fazendo arrepiar. – Eu não mordo, por que está fugindo de mim?

Do Contra parecia confuso com meu bloqueio, mas ele tinha que perceber que eu não era como as outras menininhas pegáveis dele. Sim, eu imaginava Dc como um rapaz que brincava com as garotas, por isso queria fugir o mais rápido possível de qualquer sentimento com o mesmo.

—Não é da sua conta.

Retruquei nervosa, me largando violentamente dele.

“E quando o amor me pega, ele simplesmente se desapega, me largando apegada a um passado de ilusões.” Ou seja, eu era descartável, e logo tudo que me restaria seria um passado bom, que foi embora com quem me amou e deixou.

Seria uma loucura muito grande de minha parte se continuasse ali com ele, já estava percebendo algo mudando em meus sentimentos, e eu tinha que parar ali, não queria mais feridas para mim mesma.

—O que há dentro de você? Heim, pequena?

Perguntava, percebi que ele parecia chorar, por que chorava? De alguma maneira me comovi com aquilo.

Logo senti lágrimas quentes percorrerem meu rosto lentamente, por que tinha que ser assim? Que loucura, eu parecia o querer de qualquer maneira.

—Uma vontade imensa de ter uma frieza que não pertence a mim, só não queria ser essa menina cheia de sentimentos Do Contra.

Desabafei com o resto de fôlego que me faltava, logo em seguida desabei em completo desespero.

—Meu anjo... Eu sei como você se sente.

Confessou. Agora eu tinha certeza absoluta de que ele também chorava.

Tinha pouca claridade, mas me virei e olhei para seu rosto, que vontade de beijá-lo. Agora sim eu poderia ser declarada completamente louca.

Mas esse meu desejo insano eu manteria em segredo, seria meu doce segredinho. Do Contra veio até mim, me puxou pelos braços e me deu mais um abraço incrível, que dessa vez me deixou de pernas bambas. Era muita emoção de uma vez só.

—Posso te beijar?

Pediu em um fio de voz, estava com vergonha, assim como eu.

Sei que me arrependeria depois, mas minha vontade era de dizer sim. Acho que iria realizar meu desejo ali mesmo.

Com um aceno, concordei.

E tudo que consegui sentir foi seus lábios selando um beijo nos meus, eram tão macios... Tão quentes. Era uma sensação tão deliciosa, mesmo sendo apenas um selinho, consegui sentir o mais o puro sentimento.

Foi assim que comecei a gostar de um cara, praticamente desconhecido. Ele poderia ser minha destruição.

Continua...


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Notas finais do capítulo

Atée aaa próximaaaa!



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