Can't go Back escrita por autumn


Capítulo 3
III. Pack


Notas iniciais do capítulo

Oii gente!
Eu gostei desse capítulo, apesar de ele ser beeeem parado. Enfim, eu sei que vocês não viram o Derek ainda, maaas, eu prometo que no próximo capítulo ele aparece. Até porque eu já tenho ele praticamente pronto.
Enfim, aproveitem. Beijooos



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Ela havia saltado para fora do carro tão rápido que Scott mal pôde acompanhá-la em direção a sua casa.

– Grace! - A mãe dela gritou, quando viu a filha passando pelos portões de ferro que estavam escancarados.

Assim que a garota se aproximou, a mãe a puxou para um abraço apertado, quase a sufocando.

– Eles... eles encontraram um corpo na floresta. - A mãe dela disse, deixando algumas lágrimas rolarem e caírem nos cabelos da filha. - Eu achei que talvez pudesse ter sido você! Eu estava com um pressentimento tão ruim...

– Eu estou bem. - Grace garantiu, a voz meio rouca. Ela sentia a garganta ácida e seca. As pernas já estavam tremendo muito ainda antes de ela ver alguns homens carregando uma garota quase nua pelo portão dos fundos da casa dela.

Ela não pôde aguentar quando viu o estado da garota. Os cabelos escuros estavam vermelhos por causa do sangue e o pescoço tinha um grande corte irregular, fazendo a cabeça dela pender para o lado. O corpo quase inteiro estava incrustado pelo sangue seco e ela tinha marcas de garras no tórax e peito. O que fez Grace literalmente perder o chão foram as pontas do cabelo da garota. Eram aloiradas, como as dela. E o semblante parecia um pouco com o dela também. De longe, ou até por alguém que não a conhecia direito, as duas poderiam ser facilmente confundidas. Quando ela percebeu o que aquilo queria dizer, não suportou o seu próprio peso em cima das pernas bambas e caiu no chão, desmaiada.

Nem um minuto depois, Grace havia acordado. Ela estava apoiada na parede de tijolos vermelhos da sua casa e Scott estava ao seu lado. O corpo já estava em uma maca, coberto por uma lona preta que se parecia com um saco de lixo. Alguns homens ajeitavam a maca no chão irregular coberto de folhas secas para levá-la para a ambulância.

– Você acordou! - Scott exclamou, parecendo meio surpreso e feliz ao mesmo tempo. - Sua mãe tentou fazer os policiais te levarem para o hospital, mas eu a fiz mudar de ideia.

– Obrigada. - Grace sorriu para ele, ainda fraca. - Eu detesto hospitais, você me livrou de uma.

– Não foi nada. - Ele disse. - O que houve?

Grace suspirou e olhou para baixo.

– Eu acho que tem alguém tentando me matar. - Ela disse, em tom baixo. - Você viu a garota. Ela era incrivelmente parecida comigo. Isso não pode ser uma coincidência. Você disse que o que me atacou há um mês atrás era um lobisomem. Provavelmente é ele que está querendo me matar. Mas eu não sei o por quê.

– Você vai ficar bem. - Scott disse. - Você faz parte da minha alcateia agora. Nós vamos te proteger.

Grace sorriu agradecida, mas sentia um pesar no coração. Scott a considerava parte da alcateia e ela estava feliz por isso, mas se os pais dela quisessem se mudar novamente?

De repente, eles ouviram alguém freando bruscamente do lado de fora da propriedade e, logo após, um dos garotos que estava com Scott naquela manhã correu até eles, sem nem pedir se podia entrar.

– Ela... ela já sabe? - O garoto perguntou, ofegante.

– Sim. - Scott respondeu. - Grace, esse é o Stiles.

– Você também é lobisomem? - A garota perguntou.

Stiles soltou uma risadinha antes de responder.

– Não. Sou só humano. - Ele disse. Grace assentiu com a cabeça, olhando para baixo.

Então, um homem que aparentava uns 40 anos se aproximou. Grace percebeu que ele usava uniforme de Xerife.

– Stiles! - Ele disse, quase gritando. - O que você está fazendo aqui?

– Ah... eu vim com o Scott. - Ele disse, apontando para o amigo.

– Ok, o que está acontecendo? - O Xerife perguntou. - Essa morte foi algo sobrenatural?

Grace olhou de Scott para Stiles, como se estivesse perguntando se o Xerife sabia.

– Nós não temos certeza, pai. - Stiles respondeu. - Mas daremos um jeito de descobrir.

– Não. Não se metam nisso. Pelo menos por enquanto. Se descobrirmos que não foi nada sobrenatural, vocês não terão trabalho. Apenas deixem que façamos algo, pelo menos por enquanto. - O Xerife pediu. Então, como se de repente tivesse notado a presença de Grace, olhou para ela, com olhar confuso e curioso. - Quem é essa?

– Ah, é a Grace. - Stiles disse. - Ela é lobisomem. Descobriu hoje.

O pai de Stiles apenas arregalou as sobrancelhas, em expressão de interesse e comunicou que haviam terminado o trabalho por ali, então ele, as ambulâncias e os policiais foram embora, deixando apenas Grace, Stiles e Scott, sentados na varanda da casa da garota.

– Amanhã eu vou te apresentar os nossos outros amigos. Um deles vai te dar algumas aulas de como se controlar. - Scott disse, dando de ombros antes da última frase. - Eu não sou um bom professor.

Grace assentiu com a cabeça. Mesmo que não estivesse muito assustada ou surpresa com aquilo tudo, ainda era meio confuso demais. Ela queria apenas relaxar e tentar comer alguma coisa. E, como se Scott estivesse lendo os seus pensamentos (novamente), disse:

– Acho que nós deveríamos deixá-la descansar. O seu dia foi cheio hoje.

Grace não respondeu, apenas aceitou a ajuda de Stiles e Scott para entrar dentro de casa e os deixou ir, se despedindo com um agradecimento.

Antes de ir tomar banho, ela comeu alguns biscoitos de chocolate em cima da mesa da cozinha e tomou um copo de suco de laranja. Ela quase não conseguira manter a comida em seu estômago, mas fez um esforço extra e conseguiu.

Ela terminou o banho e ainda eram cinco horas da tarde. Ela pôs uma roupa mais leve, como uma blusa de alcinhas branca e um short de malha cinza, e se jogou na cama. Ficou olhando para o teto por um bom tempo. Talvez trinta minutos ou mais. Ela estava entediada.

Saiu do quarto e andou pelo corredor até chegar ao quarto de seus pais. A mãe estava tomando um banho, então Grace simplesmente rabiscou em um papel que iria dar uma volta.

Ela nem sequer se importou em calçar os sapatos, apenas saiu em direção a floresta, aonde os seus sentidos a estavam levando.


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