Best "Just Friends" escrita por Juliet


Capítulo 7
Volta




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NY

“Alô.”

“Olá irmão.”

“Damon?”

“Estava esperando uma ligação mais importante?”

“Não eu só, estou um pouco surpreso. Por onde você andou?”

“Por ai, mas não é como se estivesse me procurando.”

“Eu estava meio ocupado ocultando os cadáveres que você deixou pela sala.”

“Esqueci de deixar um de presente? Ah esqueci que você não se alimenta de pessoas.”

“Pare de ser tão infantil Damon. O que você está fazendo?”

“Como está a Elena?”

“Por que não liga pra ela?”

“Como ela está?”

“Bem.”

Damon desliga o celular, aquilo não era a resposta esperada, não que ele quisesse que ela ficasse triste, mas uma resposta curta e fria, considerando que Elena era Elena. Não lhe parecia verdadeira. Andou de um lado para o outro com o telefone na mão, porque ele era tão fraco quando se tratava dela? Por que toda a vez que pegava o maldito aparelho na mão o número dela lhe corria a mente? Por que ele não foi capaz de olhar em seus olhos depois de tudo? Por que ele simplesmente não conseguia desligar? Por que quando ele voltasse, se voltasse, talvez ela não estivesse mais lá pra ele. Jogou o celular na parede provocando algumas pequenas rachaduras na mesma.

Passou as mãos no rosto puxando seus cabelos para trás, e encarando a cidade pela grande janela do quarto. Aquele lugar sempre o fizera bem, mas já era muito tempo. Ok Damon você consegue. Pensou consigo mesmo pegando a jaqueta a chave do carro e batendo a porta com força.

***

Damon entra na casa dos Salvatore e vai até a mesa servir uma bebida, talvez hoje ele precise de mais que uma. Stefan passa pela sala distraidamente e volta para ter certeza que seus olhos não o estavam enganando.

“Damon?!” Tentando controlar a emoção na voz. E ele como resposta ergue o copo. “Você não veio destruir a vida da Elena, certo?”

“Se eu fico eu destruo uma vida, se eu fico afastado eu destruo duas. Então sim eu vim para ver a Elena.” Se virando novamente para o que estava fazendo.

“Ah não vai não.” Sussurra correndo até ele e quebrando seu pescoço.

Stefan segura o corpo do irmão e o leva até o porão. Quando Damon acorda demora um pouco pra sua visão desembaraçar e ele entender o que está acontecendo. Tenta se movimentar mas é inútil, suas mãos estão presas a cordas encharcadas de verbena e o sangue escorre por seus braços. Algumas gotas já estão secas e ele sente a fome queimar seu organismo. O ranger da porta rasga seus ouvidos, Stefan para encostado na soleira com um pequeno copo de sangue nas mãos.

“O que você pretende com isso?” Fala fraco.

“Manter-te longe de onde possa causar perigo para alguém.”

“Essa sua paixão platônica por ela é ridícula, mal a cumprimenta.”

“E talvez seja divertido matar a saudade de te drenar depois de tantos anos.” Como se nem houvesse escutado o que o irmão dizia.

“Desde quando você virou o vilão Stefan?”

“Desde que você se aproxima de cada garota pra quem eu possa olhar.” Dando o sangue para Damon e fechando a porta novamente. Ele não aparece por horas, e aquele pouco sangue não foi o suficiente. A porta range.

Mais cedo.

“Joey, Joey.” Elena chamava ao ouvido do amigo de manhã cedo.

“O que voe quer Lena.” Com voz de sono sem nem se quer abrir os olhos. Ela bate em seu peito o que lhe faz despertar de verdade e olhar para baixo onde ela estava deitada, ele a olhou bravo e ela fez sinal de silêncio e depois apontou para Caroline que dormia na outra ponta da cama.

“Vem precisamos levantar.” Ele a encara confuso, mas levanta e a segue até o corredor.

“O que você quer? E porque me acordou tão cedo?”

“Vamos atrás de Damon como me prometeu, e não estas cedo, nós é que dormimos tarde.”

“Por que você está louca.”

“Por que tem alguma coisa errada com ele.”

“Por que não esperamos elas acordarem e vamos todos juntos?”

“Por que elas vão achar que eu estou louca e vão me prender naquele quarto, já você...”

“Eu deveria.”

“Mas não vai, vem anda.” Eles descem as escadas e vestem os casacos que estão pendurados atrás da porta. A nevasca parou, mas tudo está branco e as ruas cheias de gelo o que os faz demorar a chegar à casa dos Salvatore.

“Pode ir mais rápido?”

“Tem gelo na pista.”

“Ele está em algum lugar precisando de mim.”

“Ele não é o guarda-costas? Desde quando ele se tornou tão importante?” Ela lançou um olhar mortífero para ele e tudo ficou em silêncio até chegarem lá.

“Eu acho que Stefan não está aqui, vem entra.” Empurrando a porta.

“Quem é esse?”

“O irmão mais novo.”

“Por que é bom ele não estar aqui?”

“Muitas perguntas.” Ele assente com a cabeça e a segue até o que começou parecendo ser um porão, depois uma masmorra.

Elena estava com medo, aquele não era seu lugar favorito no mundo, mas se Stefan o estivesse mantendo em casa seria ali. Estava tudo muito escuro, ela moveu uma porta que rangia e depois soltou um pequeno grito.

“Elena o que?” Joey ficou confuso. Damon pendurado por cordas, seu corpo, todo machucado, ela começou a chorar assim que viu aquela cena. Ele pendurado com a camisa aberta mostrando todos os sinais curando lentamente. Correu até ele e ergueu seu rosto.

“Elena.” Sua voz era muito fraca, quase não saia.

Ela o beijou, um beijo necessitado, misturando saudade, dor e até mesmo alívio. Seu coração disparou e logo em seguida uma fisgada tão grande no peito por vê-lo daquela forma. Ele deu um sorriso de satisfação.

“Quem fez isso com você? Foi...” um pesar na voz “Stefan?” Ele desviou o olhar e ela teve certeza. Joey estava desamarrando uma de suas mãos.

“NÃO!”

Tão forte que Elena se assustou e pode até sentir uma pontada de medo naquele instante. Seus olhos estavam ficando vermelhos.

“Você vai para casa e não vai se lembrar de ter vindo aqui.”

“Não vou lembrar de ter vindo aqui.”

“Por quê?” Ela agora tentava controlar o choro, mas as lágrimas teimavam em escorrer por suas bochechas. Não largava em momento algum seu rosto.

“Você não enxerga Elena? Stefan está certo, eu sou perigoso pra você, eu quase te mordi. Aquilo que eu fiz com Vickie não é nem perto do que já fiz.” Gritando. Não era verdade, ele não sabia mais o que era verdade.

“Nós vamos dar um jeito.”

“Que jeito?” Fez uma pausa. “Elena eu GOSTO de ser assim.”... “Me desculpe.”

“Não.” Suplicando.

“Você vai para casa Elena, vai seguir em frente. Não te quero mais na minha vida.” Seus olhos marejados.

Ela usava um colar de verbena por baixo do casaco que havia ganhado dele há tempos atrás, mas foi mesmo assim, antes que ele percebesse. Os olhos dele transbordavam dor, mas nada que se comparasse a que ela estava sentindo agora. Seu coração, se ainda houvesse sobrado alguma coisa dele.

Por muitas noites acordou gritando seu nome, um mês se passou, nem um dia em que não chorasse em que Hope não estivesse grudada á ela o tempo todo. Mas não podia mais fazer todos ao seu redor sofrerem.

***

Querido Diário, hoje vai ser diferente. Tem que ser. Vou sorrir e serei acreditável. Sorrir e dizer, “Estou bem, obrigada”. Sim, me sinto muito melhor. Não serei mais a garotinha que “viu alguém ser estraçalhado” e perdeu a vida. Começarei de novo, serei alguém diferente. É o único jeito de conseguir seguir em frente.

Querido Diário. Eu não poderia estar mais errada. Eu pensei que eu pudesse sorrir e acenar. Fingir que tudo estaria bem. Sem a dor. Alguém vivo. Mas não é assim tão fácil. As coisas ruins ficam com você.


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