Juntos pelo acaso escrita por Perina 4ever


Capítulo 11
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

Ooie gente, tudo bem?
Espero que sim, trago hoje mais um capítulo novinho e espero muito que gostem. Quero agradecer pelos comentários e dizer que tô muito feliz por ter tanta gente amando minha fic espero que continue assim.
Não deixem de comentar, bjão a todas



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Pedro acordou com um pouco de ressaca, a noite anterior tinha sido péssima e as palavras da assistente social não saia da sua cabeça. Tudo bem que era o seu trabalho mais ela não podia julga-los assim afinal as coisas ainda eram difíceis para eles mas uma coisa era certa, estavam se esforçando.

Ele rolava na cama pensando nisso e Karina dividia o pensamento que ele, ela por sua vez já tinha levantado e estava dando café para Lucas ou pelo menos tentando. Na verdade Karina estava sofrendo para fazer Lucas comer, era ela quem dava mama e o café da manhã a ele que sempre comia sem reclamar mais hoje estava difícil.

–Come Lucas, só uma colherzinha -ela tentava em vão- Prova só um pouquinho, vai

–Bom dia -Pedro disse entrando na cozinha e encostando no batente da porta

–Bom... -ele estava sem camisa e fez ela perder o foco- ...Dia -voltou a olhar para Lucas- Você não devia andar assim, já conversamos sobre isso

–Tá calor

–Mais já falamos sobre isso

–Não, você falou eu estava concentrado no desenho, além disso eu não to pelado, só to sem camisa

–Olha o aviãozinho Lucas -ela disse ao pequeno levando a colher até ele que virou a cara- Vai Luquinhas, só experimenta eu garanto que você vai gostar

Pedro foi ao fogão e olhou na panela, não gostou do grude que tinha lá.

–Que gororoba é essa? -perguntou fazendo careta

–Mingau de aveia e não é uma gororoba -disse brava, Pedro experimentou um pouco

–Credo -disse cuspindo na pia e lavando a boca- Que coisa horrível, o gosto é pior que a cara

–Não é pra tanto também, exagerado

–Você já experimentou

–Eu vi na internet que isso é bom pra ele

–Você sabe que não deve confiar em tudo que tá na internet, né -ela olhou séria para ele

–Não enche Pedro, é bom varia uma pouco os pratos do Lucas e eu tenho certeza que ele vai gostar quando experimentar

–Que nem você, que eu aposto que também não experimentou antes de dar pro Lucas -ele escorou na pia

–Eu não gosto de mingau -ela mentiu

–Sei -desconfiou- Tá na cara que você não experimentou por que achou estranho e o gosto é pior

–Nada ver

–Nada ver? Então experimenta ai -ele a desafiou- Não dizem na internet que existe mais chance de uma criança comer alguma coisa se vir um adulto comendo também, então prova por Lucas que isso é gostoso

–Achei que não podia confiar em tudo que tá na internet

–Ás vezes existem algumas exceções

–Sei, além disso eu não preciso provar nada pra você

–Não é pra mim é pro Lucas

–Vai ver se eu tô na esquina Pedro -ela estava séria com ele e depois olhou sorrindo pra Lucas- Vamos Luquinhas mostra pro tio Pedro que ele tá muito enganado, só experimenta um pouquinho

Ela conseguiu por a colher na boca dele que comeu fazendo careta, aquilo realmente não tava agradando o paladar do pequeno e Pedro percebeu

–Isso lindinho -K comemorou

–Eu acho que já vi o final de desse filme

–Não enche Pedro -olhou de Pedro para Lucas- Viu meu amorzinho como você ia gos... -ela foi interrompida porque Lucas havia cuspido a comida na roupa dela- ...Tar

–Eu não disse -Pedro ria- Me diz Karina Duarte qual a sensação de ser alvo de comida pela segunda vez -Pedro fingiu que estava com um microfone na mão

Karina olhou brava pra ele e se levantou da cadeira.

–Me diz você Pedro Ramos -ela se aproximou dele e atacou o mingau na sua cara

–Ah é -ele disse limpando o rosto e atacando de volta nela

Em poucos segundos aquilo se transformou numa guerra de comida e Lucas acabou rindo com a cena. De um lado da mesa Karina atacando mingau em Pedro e no outro Pedro atacando leite da mamadeira nela e maisena em Karina, os dois estavam lambuzados e a casa na maior bagunça, todos se divertiam.

–O que foi Lucas? -Pedro perguntou sério olhando pro menino

Assim que Karina se distraiu ele se aproximou e quando ela virou para olha-lo foi atacada por um pedaço de bolo de chocolate na cara, ela ficou muito brava e toda lambuzada. Ele correu pra sala e ela foi atrás, pra se defender passou a atacar almofadas nela e ela fazia o mesmo

–Agora você já era guitarrista -disse em posição de guarda, ele estava encurralado

–É o que veremos lutadora -ele fez o mesmo que ela

–Quer saber por amor ao Lucas eu vou te dar cinco segundos pra fugir... pra fora dessa casa

–Eu digo o mesmo

Ela o atacou mais ele a derrubou no chão ficando por cima dela e a prendendo, foi nessa hora que Karina percebeu que ele não era mais aquele moleque que ela usava de saco de pancadas, ele estava mais forte e podia com ela.

–E agora -ele a provocou

Ela olhou pros braços dele que a prendia tentando se soltar e acabou se perdeu no corpo dele, ela tinha que admitir que pra um guitarrista ele tinha um belo corpo.

–Tá gostando da visão ? -ele perguntou ao vê-la olhando pro peito dele

–Cê acha mesmo que tá com essa moral toda, né moleque? -ela tentava disfarçar

–Moleque não, marido -depois ficou pensativo- Acho afinal quem é a lutadora daqui?

–Eu

–E quem tá presa?

–Eu -ela disse baixo- Que não

Ela conseguiu se soltar e derruba-lo, ficando por cima dele.

–O que você dizia mesmo? -ela ironizou o prendendo

Pedro se divertia com ela e também olhava para seu corpo, teve muitos pensamentos poluídos naquela hora e se controlou para não agarra-la por que sabia que ia apanhar feio se tentasse alguma coisa que ela não queria. Karina percebeu a cara de safado dele e se levantou mais ele foi mais rápido e a derrubou no chão de novo dessa vez dando cosquinhas nela.

–Para Pedro, para -ela dizia rachando de rir- Por favor para

Ele se divertia vendo ela rir que nem criança, aquele era o seu ponto fraco e ele sabia, rir a deixava vulnerável e quase ninguém sabia disso, somente sua irmã Bianca que usava isso como arma secreta, sua falecida amiga e Pedro que havia descoberto sem querer.

–Viu, eu ainda sei onde é seu ponto fraco e isso quer dizer que tenho uma arma secreta contra você -ele parou

–Nem ouse, isso é covardia -ela começava a se acalmar

–Você assim que é covardia -ele pensou se referindo ao shorts jeans curto e blusinha aberta que ela estava usando e então se tocou que tinha falado alto

Ela ficou sem reação ao ouvir aquilo e sem saber o que fazer também, eles se encararam.

–Assim eu não aguento -ele continuou olhando nos olhos dela- Me dá até vontade de...

–O quê? -ela perguntou já sabendo a resposta

–De ...

Eles se encaravam diferente , era profundo o olhar e havia um certo clima no ar, aos poucos Pedro foi se aproximando da boca dela sem medo nenhum de apanhar depois porque valeria a pena e sabia que ela também queria, senão tinha saído que nem antes e quando estavam prestes a se beijar... o telefone toca cortando o clima, eles olham para o aparelho sem acreditar e Karina empurra Pedro.

–Sai de cima de cima Pedro -ela se levantou brava

Pedro caiu para o lado inconformado enquanto K ia atender o telefone, ele olhava pra ela que estava de costas e indignado foi pra cozinha. A cozinha tava uma bagunça da arte deles e ele acabou sorrindo lembrando disso, Lucas estava sentadinho sem entender nada apenas sorrindo,ele se aproximou do menino e fez um cafuné da cabeça dele.

–Cê tá com fome né amigão -ele foi até a geladeira- Sabe Luquinhas, você é um gênio igual seu pai -ele abaixou a voz indo até ele- Você se livrou daquela gororoba horrível e ainda me ajudou, pena que o raio daquele telefone atrapalhou. Mesmo assim valeu grandão e é por isso que o tio Pê vai fazer uma coisa bem gostosa pra você porque a tia K é muito malvada te dando aquela gororoba dizendo que era bom -ele gritou nessa parte pra Karina ouvir e voltou a geladeira

Karina ouviu sem dar a menor bola pois ainda estava surpresa com o que quase tinha acontecido, ela não soube explicar o que houve mais ficou hipnotizada pelo olhar dele, queria ter saído mais não encontrava as palavras ou talvez não quisesse falar e sim aproveitar, por um momento ela quis beija-lo. O que era estanho pois só estavam morando juntos a pouco tempo e alguma coisa nela tinha gostado daquele momento mais no que dependesse dela isso nunca mais iria acontecer.

Ela foi a cozinha depois de desligar o telefone e decidiu fingir que nada tinha acontecido, ao chegar na porta se surpreendeu de ver Lucas comendo com tanta facilidade.

–Eu não acredito -disse pasma- Mais como?

–Nós homens somos unidos

–O que tá dando pra ele?

–Banana amassada

–Eu não creio, porque ele só come com você?

–Porque como eu disse somos homens e temos que ficar unidos mais não se preocupe que não é nada contra você, é só contra a sua comida

–Engraçadinho -mostrou a língua pra ele- Minha comida não é ruim

–Só um pouco

–Que eu saiba você limpa o prato

–Sou obrigado pra não morrer de fome mais o Lucas não é e aquele seu mingau tava horrível -ele riu e ela fez careta- Bom e quem ligou?

–O João ...

"Johnny, Johnny... eu te mato depois" ele pensou ainda indignado.

–Mais depois ele passou pra Pri e eles convidaram a gente pra almoçar no apê deles e eu disse que sim, tudo bem?

–Tá -assentiu sorrindo

Ela se sentou pra comer, já era 10H no relógio da cozinha e depois de Lucas estar de barriga de cheia Pedro o levou pro cercadinho e ligou a TV pra ele assistir desenho e voltou pra cozinha se sentando com Karina. Eles comiam em silêncio e sujos, ninguém queria falar sobre o que tinha acontecido e mesmo estando indignado Pedro também agiu como se nada tivesse acontecido mais ambos pensavam sobre isso.

Assim que terminaram de comer eles foram arrumar a bagunça que estava a cozinha e depois tomar banho porque estavam ficando grudentos, Karina primeiro enquanto Pedro fazia companhia a Lucas e depois ele, no fim ficaram todos na frente da TV pra depois irem se arrumar. Ela ponhou um vestido florido e Pedro suas roupas de sempre, os dois foram arrumar Lucas e então saíram.

O apê dos amigos era grande e ficava do lado da lanchonete, Pri recebeu os dois enquanto João se esbaldava no vídeo game. Ela e Karina foram pra cozinha e os meninos ficaram na sala com Lucas. Pedro se aproximou do amigo e lhe deu um pesco tapa trazendo o mesmo a terra.

–Ai, endoidou foi -ele reclamou- Tudo isso é raiva de apanhar da esquentadinha

–E quem disse que eu apanhei dela

–Não? Milagre

–Tá tudo bem com a gente

–E pra que isso então?

–Por que você ligou na hora errada lá pra casa

–Como assim?

–Nada não mais da próxima vez vê se demora um pouco pra ligar

Os dois ficaram conversando enquanto K ajudava Pri a fazer a comida.

–E como tá a vida de casada?

–Cê sabe que não somos casados de verdade mais tá indo, o problema foi que ontem recebemos a visita da assistente social

–Jura? -ela assentiu- E daí?

–Eu tava sozinha, o Pedro bebendo e quando chegou tava bêbado. Foi uma situação horrível

–E o que ela disse sobre vocês?

–Que não tem certeza se somos os melhores pro Lucas

–por que não? Vocês estão se esforçando ao máximo e só faz pouco tempo

–Pois é mais fomos egoísta e não incluímos o Lucas nos nossos planos de vida. Ela acha que não somos uma família de verdade e que precisamos provar que temos capacidade pra tamanha responsabilidade

–E por que não provam?

–Como Pri?

–Sendo uma família de verdade e deixando os problemas de vocês de lado para se unirem, sejam dentro de casa o que são na rua: Uma família

–É difícil com o Pedro

–E você acha que é fácil pra ele além disso eu vejo que vocês se deram bem nessas semanas que passaram

–Porque você não viu o que aconteceu antes de vocês ligarem

–O quê?

–Ele quase me beijou

–Ai meu Deus que pecado -Pri ironizou- Com coisa que isso nunca aconteceu antes

–Dessa vez é diferente, eu tô noiva

–Mais é casada com o Pedro e mora com ele. Se isso acontecer você tem que deixar rolar

–Pri -ela ficou séria

–Vai me dizer que você não queria

–Não- ela mentiu

–Mente que nem sente, tá na cara que sim. Vocês moram juntos a poucas semanas é normal isso acontecer. Estão sozinhos dividindo o mesmo espaço, uma hora ou outra ia rolar a atração física. Não precisa ser amor... só prazer

–Você não disse isso

–Disse sim e acho bom você pensar com carinho nisso tudo

Eles passaram a tarde na companhia dos amigos conversando e depois foram todos passear. Karina pensava muito nas palavras da amiga e reparou que quando saiam juntos quem visse podia jurar que eram um família feliz e um casal apaixonado porém não passava de aparências.

Foram embora tarde da noite, Lucas já dormia e Pedro o levou pro quarto enquanto Karina ficou na sala sentada no sofá pensativa. Pedro sentou ao lado dela.

–Tá tudo bem K?

–Sabe Pedro, eu andei pensando sobre o que a assistente social disse

–É, eu também

–Estamos vivendo como uma família há duas semanas e melhorando aos poucos mais ainda não é o suficiente, precisamos provar que somos bons pais

–E como?

–Melhorando nossa convivência a dois e a três. Chega de fingir que somos uma família

–Como assim? Não estamos fingindo

–Estamos porque não somos mais isso vai acabar, a partir de hoje vamos ser uma família de verdade. Se queremos ficar com o Lucas temos que ser uma família pra ele

–Tipo papai, mamãe e filhinho

–Tipo isso. Nunca nos demos bem, certo?

–Certo

–Mais amamos o Lucas, certo?

–Certo

–Então vamos por todas as nossas diferenças de lados e nos unirmos pra cuidar dele

–Achei que já estávamos fazendo isso

–Não, estávamos tentando. Agora é pra valer

–Seremos os pais dele e não os padrinhos ou tios

–Seremos e vamos esquecer as rotinas que fizemos

–Por que?

–Por que foi baseada no que o Léo e a Fabi fazia mais agora é nós que estamos com ele e passando por isso então vai ser do nosso jeito, o Lucas é nossa responsabilidade e vai ser criado do nosso jeito. A gente vai errar um pouco mais fazer o que, a vida é assim

–Então chega de rotinas -ela assentiu- E de regras

–Não é pra tanto também. Eu só te peço uma coisa Pedro

–O quê?

–Por favor não fica mais bêbado, você pode bebe se quiser só não exagera. Pelo Lucas -ela pediu

–Ok, eu prometo -ela assentiu sorrindo

Depois daquela conversa eles ficaram assistindo um pouco de TV e Karina acabou dormindo no sofá, Pedro a levou para cama e depois foi deitar também. Antes de dormir ele ficou virado de frente pra Karina pensando em como quase a beijou e como queria muito beija-la novamente, ele passou ficou fazendo carinho no rosto dela e lhe deu um beijo na bochecha, se virou para o outro lado e dormiu. Karina abriu os olhos assim que ele se virou e sorriu tocando a face depois fechou os olhos e dormiu.


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Notas finais do capítulo

Comentem sobre o capítulo e digam quando preferem que eu poste o próximo capítulo, ainda hoje a noite ou amanhã cedo.
Bjão e até a próxima :)