A Maldição da Wicca escrita por FireboltVioleta


Capítulo 14
Sexy Found


Notas iniciais do capítulo

Hey!
Novo capítulo, gentes lindas!
Espero muitos e muitos comentários me xingando ao final! huashuas
Não perguntem o motivo de um título tão bizarro.. estava de boas, assistindo TV Cultura, quando me veio um desenho tosco com uma música que tinha esse nome... e a bagaça ficou na minha cabeça... e aí pensei em Romione... tudo a ver, né... kkk
Sem delongas, o décimo quarto capítulo...



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HERMIONE

Senti meu cérebro cair em queda livre até o chão.

Ah, meu Deus.

Essa não.

Eu ouvia uma barulheira infernal ao meu redor, Todo o som que se propagava dentro do Salão se voltava completamente para mim.

Eu era a nova campeã de Hogwarts.

Estava me sentindo completamente atordoada.

– Sua safada! – berrava Gina, dando risada.

– Parabéns – Harry sorriu para mim, sacudindo meus ombros com um grande sorriso.

Tres bién, Granger! – Madelaine socou meu ombro, numa demonstração nada feminina de companheirismo – vai ser minha rival entam...

Meus lábios queriam se curvar num sorriso de resposta, mas meu rosto parecia paralisado de choque.

De esguelha, olhei para Rony, engolindo em seco.

Mesmo depois de toda a nossa conversa sobre o Torneio, eu esperava que ele reagisse mal se eu fosse escolhida.

Mas o que eu vi no fundo do seu olhar levemente desanimado fez minhas pernas bambearem no banco.

Fosse o que fosse, penetrou fundo nas minhas entranhas. Era algo tão volátil que me admirava que Gina ainda não houvesse reparado na atmosfera latente entre nós.

Quando dei por mim, Rony se ergueu do banco, me fitando profundamente – um olhar quase enlouquecido, assustador – e me tirou do banco, puxando-me para seu colo e cravando sua boca na minha.

A zoeira no Salão só aumentou com a nossa atitude descarada e carinhosa.

Senti, ao nosso lado, um peso inerte cair no chão. Quase desci dos braços de Rony para ajudar Luna a puxar o corpo desmaiado de Neville.

– Anda, sai – bufei, rindo, fazendo Rony me soltar – teremos tempo pra isso mais tarde...

– Hein? – Rony deu uma risadinha incrédula e chocada.

Tentei, em vão, abarcar o coro de “Hermione! Hermione!” que começou ao nosso redor.

– Muito bam, muito bam – Madame Maxime tentou fazer a multidão ao redor fazer silêncio, nos encarando com uma sobrancelha erguida.

– Desculpe – corei um pouco, envergonhada. Eu e Rony sentamos, evitando deliberadamente nos olharmos de novo.

– Campeões! – o fiscal que fizera o sorteio ergueu a mão, chamando nossa atenção – por favor, em cinco minutos, sigam para nossa sala de Reuniões é esquerda da mesa dos professores, e aguardem novas informações.

Levantei-me outra vez, ligeiramente bamba. Minhas pernas pareciam ter virado gelatina.

Os alunos que não foram escolhidos de Hogwarts me olhavam surpreendentemente contentes, o que me deixou sem graça. Parecia que eles tinham uma nova favorita agora.

– Chegamos tarde? – ouvi uma exclamação apressada surgir entre as mesas de Noble e Persevér. Vi o vulto ansioso de Darel – seguido de Nyree – chegar até nós.

– Ah, que pena – Harry murmurou, encarando enviesado a namorada. Gina piscava surpresa para o peitoral avantajado de Darel, que se escondia sem sucesso por trás da camisa – já acabou.

– Ahn, é mesmo – fiz as apresentações, sentindo os olhos de Rony em mim – Darel, Nyree, estes são Harry, meu melhor amigo, e essa banana aqui é a Gina. Gina, Harry, estes são Darel e Nyree.

– Prazer – Darel os cumprimentou, com seu sorriso imutável. Harry parecia se coçar de vontade de pisar no pé de Gina, que ainda não havia tirado os olhos da estampa de Beauxbatons da blusa de Darel.

– Está melhor, Nyree? – ouvi Rony perguntar, erguendo o rosto para nossa amiga.

– Ahn... – Nyree parecia bizarramente sem graça, mas sorriu – sim.

– O que aconteceu? – indagou Harry, curioso.

– Enjoada – Nyree arregalou os olhos dramaticamente, parecendo querer esconder o riso.

Santa batatinha.

Meu queixo caiu – e a ficha também.

– Nyree – arfei, sem olhar para ela – seria possível que a senhorita estivesse...

– Não só possível – Darel estava tão sem graça que quase senti pena - ela está... eu ia contar, mas a criatura aqui enjoou logo na hora...

Rony arregalou os olhos.

– Ah! – Gina bateu palmas, maravilhada – está grávida? Que fofo, gentes...

– Sim – Nyree levou as mãos à barriga, sorrindo. Parecia querer tirar uma da cara de Darel. O garoto aparentava querer se enfiar num buraco no chão e morrer em paz.

– Parabéns, papais– soquei o ombro de Darel, que riu de modo envergonhado.

– Obrigada – Nyree abraçou o marido, parecendo não se caber em si de felicidade.

E, por mais insano e ridículo que parecesse, senti certa inveja dela.

Não pelo fato de estar tão feliz, nada disso.

Mas, já nesta época, comecei a remoer como seria estar grávida... esperando um bebê. Um bebê de Rony.

Sacudi a cabeça. Ah, não. Decididamente eu estava pensando demais e muito alto. Dei-me uma palmada mental, voltando ao presente.

– Menina Granger! – ouvi a vozinha esganiçada de Becky surgir atrás de nossos amigos. Sorri quando minha elfa surgiu, animada – o que aconteceu? Becky perdeu o sorteio...

– Senhoras, senhores – brinquei – estão olhando para a mais nova e desafortunada campeã de Hogwarts.

– Caramba! – Darel bateu palmas – parabéns, Hermione!

Becky deu um gritinho de surpresa.

– A minha senhorita vai competir no Tribruxo! Os outros vão ter que competir com uma bruxa poderosa, senhorita! Ah, vão sim!

– Pare, Becky – corei, rindo – não vou ser tudo isso...

– Não duvido – me arrepiei com a voz tenra atrás de mim. Nem tive coragem de olhar para trás e me deparar com o olhar avassalador de Rony.

Eu sabia que era questão de tempo até que todos da comitiva de Hogwarts viessem até mim para me parabenizar, então me despedi de todos – deixando o rosto já inexpressivo de Rony mais inexpressivo ainda – e me dirigi para a Sala de Reuniões.

_____________OO__________________

O discurso dos juízes foi uma lenga-lenga bem chata. Mas eu entendi quaisquer adaptações sobre o Torneio que eu não conhecesse - que estivessem fora dos livros de regulamentação que eu havia estudado nas últimas semanas. A única coisa que havia de diferente era a questão da entrega da Poção de Animagia.

– Cada campeão receberá um – sorriu o fiscal – podem usar em si mesmos ou dar para alguém, desde que nós sejamos informados ainda esta noite sobre a decisão dos senhores. Faremos o registro de vocês ou de seus respectivos “presenteados” como animagos e, no caso dos senhores, campeões, lançaremos um Feitiço de Contenção para que só se transformem após o fim do Torneio. Alguma pergunta?

Madelaine ergueu a mão, segurando, apreensiva, o frasquinho de vidro em sua mão.

– Sim – ela corou – no caso de nós pressentearmos a poçón, os “presanteados” poderram se transformar livremante?

– Sim, desde que, ao sentirem a primeira transformação próxima, notifiquem um de nossos contentores para que seja acompanhado durante sua mudança de forma. O mesmo processo se dará se, no caso de um de vocês, campeões, tomar a poção, assim que as tarefas acabarem.

“Bom, a primeira tarefa começará daqui á um mês, tempo para que os senhores e preparem física e psicologicamente para a competição. Contudo, boa sorte a todos, e nos veremos em breve. Estão dispensados.”

Andrey Borislav, o campeão de Durmstrang, assentiu, se levantando e saindo da sala com seu frasquinho de poção. Madelaine também saiu.

Os professores e juízes se retiraram aos poucos da sala.

Ficamos apenas McGonagall e eu.

– Tudo bem, Granger? – ela sorriu – alguma novidade? Como se sente?

– Estou bem, professora... diretora – me corrigi, corando.

– Por favor, entre nós duas, me chame apenas de professora – McGonagall deu uma rara risadinha.

– Está bem... professora – ri também, dando de ombros.

– Fico feliz que vá carregar o nome de nossa escola – McGonagall realmente parecia orgulhosa, o que me fez ficar envergonhada e corada.

– Obrigada...

– Aconteceu alguma coisa com seus poderes nesse meio tempo? – ela indagou, parecendo preocupada.

– Não... não aconteceu nada desde que queimei McLaggen.

Ela assentiu, suspirando.

– E quanto ao seu presente? Vai usa-lo? Se quiser, posso comunicar os fiscais para você...

Ergui o olhar para a diretora, com um meio sorriso conspirador.

– Na verdade, professora...

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Quando voltei para a Torre de Noble, todos pareciam já estar dormindo, o que me deu a falsa segurança de que não teria que lidar com a ira apaixonada de Rony. Ele deveria estar latejando de preocupação e testosterona agora, então não era uma boa ideia me deparar com a fera, ainda mais á noite.

Foi quando senti dois braços me prenderem contra o tapete carmim da parede que descobri o quanto estava frita.

– Rony! – arfei baixinho, morrendo de medo que acordássemos alguém – o que diabos está fazendo, seu maluco?

– Estou dando meus parabéns à nossa nova campeã, ora essa – Rony sorriu, e, mesmo na penumbra, vi seus olhos se anuviarem. Ah, não.

– Rony... aqui não... quer que façamos uma cena como a de Alice Springs?

– Sobe comigo, então... – ele brincou, descendo a boca pelo meu pescoço. Meu corpo traiçoeiro começou a tremer, se derretendo com seu toque carinhoso.

– Seu depravado! – gemi, empurrando-o e fingindo indignação. Segurei a língua para não rir.

– Sabe que vai me deixar doido de preocupação, não é? – ele acariciou minha bochecha, com uma expressão preocupada realmente sincera.

– Sei... – suspirei, abraçando-o – parece que mesmo namorando uma bomba-relógio atômica que vai explodir num raio de vinte quilômetros qualquer hora, você não tem senso de autopreservação o suficiente para fugir de mim.

– A ideia de autodestruição não é tão ruim assim – Rony comentou, revirando os olhos no escuro.

– Doido. É o que você é – ri – anda, toma seu presente.

– Que presente?

Sorrindo, lhe entreguei um frasquinho delicado, aninhando-o em sua mão.

Rony arregalou os olhos.

– O que... Hermione, isso é...

– Aham – ri – você vai tomar hoje, e a transformação vai ocorrer em algum momento amanhã... Becky vai te acompanhar o dia todo, e, quando acontecer, vai chamar McGonagall para te ajudar. Já conversei com todos...

– Hermione... – Rony balançou a cabeça, apavorado, tentando empurrar o frasco de volta para mim – não... caramba. É animagia, garota. Tem gente que daria a vida por uma poção dessas...

– Exato – desviei sua mão estendida, séria – e é por isso que você merece... – corei – ainda mais depois de tudo que andou fazendo por mim... por nós.

Rony encarou a poção, chocado.

– Hermione... – a voz dele saiu levemente embargada. Parecia maravilhado e assustado ao mesmo tempo – eu... nem sei como agradecer.. tem certeza disso?

– Absoluta – beijei sua bochecha, afagando seus cabelos – ande, beba logo. E não esqueça que Becky vai seguir você amanhã...

– Eu não posso... – ele meneou a cabeça.

Eu disse algo que me pareceu vagamente familiar.

– Sim, você pode.

Rony riu, provavelmente se lembrando de onde havia dito isso... uma das melhores lembranças que eu tinha dos últimos meses.

– Bom... bicho peludo, aí vou eu - ele desrosqueou a tampa do frasco e bebeu tudo de um só gole. Estremeceu quando acabou.

– É ruim? – perguntei, curiosa.

– Nâo... só é... quente. Nossa – Rony riu. – acho melhor dormir bem essa noite... vá saber quando vou voltar ao normal depois que me transformar..

Para minha surpresa, ele tascou um beijo no meu queixo e deu um tapa leve na minha bunda. Quase gritei, mas me contentei á empurra-lo em direção à escadaria, fuzilando-o com os olhos.

– Safado – murmurei.

Rony se virou para mim no pé da escada, com um sorriso estonteante no rosto.

– Também te amo.

Acenei para ele, sorrindo comigo mesma, enquanto ele desaparecia escada acima. Meu pateta ruivo... parecia já saber muito bem que nada que eu dissesse dali em diante provavelmente iria significar algo além de “amo você”.

Fui dormir minutos depois, olhando para o teto e rezando para estar perto de Rony quando se transformasse, só para tirar uma com a cara dele...


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Notas finais do capítulo

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