A Maldição da Wicca escrita por FireboltVioleta


Capítulo 12
Squabbles and Surprises




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HERMIONE

Rony tinha razão. Eu devia dar um tempo em minha depressão pós-descoberta-que-eu-seria-uma-Wicca e voltar à viver minha vida.

Assim que batemos os olhos no castelo, ficamos encantados com toda a pompa que Beauxbatons emitia para seus observadores. Era um lugar ao mesmo tempo simples e majestoso.

Para nossa surpresa, uma coisa estabanada de longos cabelos prateados nos recebeu no hall de entrada, dando pulinhos de excitação.

Rony riu, parecendo chocado.

– Gabrielle!

A irmã de Fleur, que provavelmente agora tinha uns doze anos, sorriu para nós.

– Senhor Weasley! Quanto tempo!

– Como você está?

– Estou ótima, e os senhores? Ah - ela corou - olá, Harry...

– Arrasando corações, né, Harry? - brinquei, olhando para meu amigo, que estava vermelho como um tomate.

– Devem estar ansiosos para conhecer tudo - Gabrielle pulou, animada - venham!

Entramos castelo adentro, observando fascinados o belo interior, que refletia uma bela e sutil luz azulada.

Madame Maxime surgiu de uma das colunas do castelo, sorrindo para nós. Parecia perceber a disposição de Gabrielle de ser nossa guia, pois não disse nada mais além de "sejam bem vindos". Até por que nem teve chance de dizer mais nada, dada a tagarelice da menina.

– Olhem, aqui é nosso Salão Comunal... - ela gesticulou para um longo aposento com quatro mesas dispostas ao longo do recinto - é onde comemos e ouvimos anúncios... o Cálice de Fogo vai ser colocado lá...

A pequena procissão continuou andando. Neville riu atrás de nós.

– Coitada da Madame Maxime... nem teve tempo de receber a gente...

– Eu sempre me perguntei - Rony murmurou para mim, enquanto caminhávamos - existem casas aqui em Beauxbatons também?

– Sim - revirei os olhos - são quatro também, como em Hogwarts... Ságe, Perséverer, Juste e Noble - espiei a bata de Gabirelle - a nossa amiguinha aí provavelmente é da Ságe...

Levou quase uma hora para que finalmente nos deparássemos com o Salão Comunal de novo. Gabrielle finalmente se calou e deixou Madame Maxime se adiantar para nos apresentar.

McGonagall se virou para nós, lançando um olhar quase severo para os alunos.

– Muito bem... espero completa discrição e comportamento dessa porta para dentro... não vou tolerar que façam nenhuma gracinha na apresentação...

Ui... engoli em seco, piscando inocentemente para a professora. Ela pareceu perceber, pois sua expressão se abrandou um pouco.

A cabecinha de Gabrielle apareceu outra vez na fresta da porta.

– Já podem entrar...

Todos nós entramos lentamente no Salão, tensos. Nada menos que duzentas pessoas, todas com as vestimentas tradicionais de Beauxbatons, nos observaram, curiosas.

– Recebam a comitiva de Hogarts - Madame Maxime acenou para nós. Todas as mesas aplaudiram, dando as boas-vindas.

– Puxa - sorri para Rony - alguém deve estar com o ego bem inflado agora, hein?

– Pois é - Rony fingiu estufar o peito, me fazendo rir.

Nos sentamos na única ponta de mesa que estava vazia, com exatos trinta e um lugares - afinal, Hagrid precisaria de duas cadeiras só para ele.

– Essa mesa é a de que Casa?

– Bem vindos - sorriu uma loira muito bonita ao meu lado - esperro que gosten de Beauxbatons! Vam gostar muito daqui! Sou Madelaine.

– São da Noble, não é? - observei a insígnia na roupa da loira, já me sentindo um bocado desconfortável. Ouvira falar que a Noble era a Sonserina de Beauxbatons...

– Somos - Madelaine assentiu, animada, me deixando meio arrependida de ter pensado mal tão rápido sobre eles. Caramba... a menina era praticamente um docinho de coco... pelo menos por hora.

Não prestei muita atenção no discurso de Maxime. Era praticamente igual à ladainha do último Torneio, tirando sua explicação sobre o prêmio da Poção de Animagia que os campeões de cada escola receberiam.

Foi quando a comitiva de Durmstrang chegou que Madame Maxime os apresentou para todos.

Me encolhi, tentando ficar invisível ao diretor troncudo da escola, que passou rente à mim em direção à mesa dos professores. Senti dois olhos chocados deitarem em mim enquanto passavam.

E Rony provavelmente ia ter um treco em alguns segundos. Já estava com as orelhas vermelhas.

– Não creio nisso - ele bufou - não creio mesmo...

– Sem chilique, Rony - olhei para ele.

Rony evitou deliberadamente me olhar pelo resto das apresentações e discursos. Gina olhava de mim para ele como se quisesse decidir qual de nós dois espancava primeiro.

– Krum é o diretor da Durmstrang agora? - Neville indagou, parecendo horrorizado.

– Pois é - Rony bufou, irritado.

Estreitei os olhos para meu namorado irritante. Será que aquela mesa sujaria fácil com o sangue dele quando eu o socasse?

Só voltamos à nos olhar de verdade depois que fomos dispensados para nos recolher. Todos os alunos de Hogwarts que haviam ido para Beauxbatons seriam instalados na Torre de Noble, após cada um que fosse participar do Torneio colocar seu nome no Cálice de Fogo.

Observei Rony lançar o papel com seu nome nas chamas do Cálice, sentindo uma ansiedade boba na barriga. Caramba... não me agradava em nada a ideia de Rony se inscrevendo... mas eu nunca teria impedido-o de fazer isso, então...

Ele pareceu me encarar com a mesma sensação enquanto eu jogava meu nome no Cálice. Aplaudiu inexpressivamente, junto com os outros, assim que eu terminei.

Só quando finalmente entramos na Torre que Rony voltou à falar.

– Tudo bem?

Encarei-o, pasma. Ele ficou quase duas horas sem olhar na minha cara e, quando volta à falar comigo, pergunta se eu estou bem?

Típico de Ronald Weasley...

– Tudo - pisquei - e você? Como se sente?

– Estranho - ele deu uma risadinha baixa deve ser a expectativa...

– Sei... - dei um muxoxo, revirando os olhos - vai ser interessante ver você como um bicho peludo outra vez, se você for escolhido...

– Você parece ter gostado de me ver como um pangaré - ele respondeu, com uma expressão mista de surpresa e malícia.

– Eu não chamaria de pangaré... - mordi o lábio, mastigando a besteira que ia falar enquanto corava - eu chamaria de garanhão...

Rony deu uma risada incrédula.

– Ah, não... você não falou isso, Hermione...

– Falei... - fingi empinar o peito, petulante, segurando o riso... céus, o que diabos eu estava dizendo? - o que você vai fazer à respeito? Me estuporar?

Quando os olhos dele se anuviaram, percebi que fizera besteira.

Se eu dissesse que senti o impacto nas costas quando Rony me prensou na parede fria do Salãp Comunal de Noble, estaria mentindo.

Aquilo parecia quase uma continuação do nosso amasso inacabado em Hogwarts. Deus do céu... lá íamos nós fazer uma cena daquelas, na frente dos alunos de Beauxbatons.

– Rony, não... - tentei me desvencilhar dele, mas Rony parecia irredutível na sua empreitada. Droga, o moleque vencia facilmente minha força física. Era impossível sair dali. E eu mal podia protestar, com a boca dele invadindo a minha.

E eu lá queria realmente protestar alguma coisa? Revirei os olhos, desistindo de escapar.

Só voltei à entrar em pânico quando senti duas mãos - as minhas mãos, ainda por cima - tentando abrir os botões da sua camiseta.

Rony recuou um pouco, parecendo tão pasmo quanto eu, mas sem me soltar ainda.

Senti meu rosto esquentar. O que deu em mim, pai do céu?

Ele me encarou, enquanto eu tentava decifrar as emoções que ferviam em seu olhar. Diversão, carinho... decepção? Estava decepcionado por eu ter feito aquilo? Ou - engoli em seco - por eu ter parado?

– Se não tivesse meia centena de alunos por aqui... - a voz dele era assustadora... letal, cheia de promessas, de tal modo que fiquei arrepiada.

– Você faria o quê? - murmurei, ao mesmo tempo amedrontada e esperançosa.

Fosse lá o que Rony ia dizer, eu nunca saberia.

Pois um certo alguém escolheu aquele exato momento para aparecer de repente com um estalo barulhento ao nosso lado. Dei um pulo, assustada.

– Ahh! Becky! - arfei, encarando minha elfa - que susto!

Becky se encolheu.

– Desculpe, menina Granger. Não quis assustar a senhorita, sinto muito...

– Ahn... - sorri para Becky, balançando a cabeça - não foi nada... tudo bem...

– Só queria... - Becky apertava as mãos uma na outra - saber se a senhorita conhece o rapaz que está querendo falar com você lá fora, no pátio... a senhora McGonagall mandou eu vir lhe perguntar...

– Quem é?

Olhei em direção à janela da Torre, confusa.

Quando eu vi quem estava lá fora, saí desabalada em direção ao pátio, com Rony em minha cola. Becky saltitava atrás de nós, sacudindo os bracinhos atrás do corpo como uma andorinha prestes à voar.

Descemos correndo as escadas, sem nem vermos quem passava por nós.

– Meu Deus! - ouvi Rony arfar atrás de mim.

Assim que passei pelo gramado, vislumbrei duas figuras que eu nunca imaginava ver por ali.

– Olá, Granger, Weasley - cumprimentou-nos o moreno grandalhão, com um sorriso impagável no rosto.

Meus pés praticamente saíram do chão enquanto eu me lançava para aqueles dois inesperados visitantes nossos.

– Darel! Nyree!


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