Touched By Angels - Interativa escrita por Aurora


Capítulo 6
Ana, June & Luna


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo não está nem muito grande nem muito bom. Fiz esse muito corrida (tanto que ainda não consegui responder os comentários, mas todos me deixaram muito feliz!) então espero que entendam. Pretendo fazer o próximo BEM melhor e maior, então não desistam da fic por causa desse capítulo infeliz. Espero vê-los logo!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/558084/chapter/6

Desceu de seu cavalo à uma distância longa do esconderijo. Andou por entre árvores ao lado da mulher por um tempo, quando chegaram ao alçapão escondido por baixo de folhas e neve.

Quatro cães de guarda se amarravam à pedras no chão, servindo para alertar os homens caso algum intruso chegasse perto. Tudo que Hugo ganhou foi um bocejo entediado de uma cadela magrela.

Puxou o alçapão de madeira, jogando a neve e sujeira para o lado. Um longo túnel vertical e escuro mostrou-se na frente de ambos, com uma escadaria improvisada levando para o centro do breu fundo.

– Segure – Ana falou, entregando à ele a lamparina que vinha carregando. Jogou para trás as enormes madeixas lisas e negras, o fitando com os olhos cinza. Começou a descer na frente, sendo seguida logo.

Hugo fechou o alçapão sobre suas cabeças, apenas se guiando pela luz erma que a lanterninha de fogo dava.

Foi uma descida demorada, parte pela distância, parte pelo medo de cair. Ao pisarem no solo novamente, uma caverna iluminada por velas e tochas se abria, e um número enorme de pessoas se concentrava ali.

As idades variavam desde crianças puras até idosos experientes. Ana tomou a dianteira, andando até um senhor com características de índios norte-americanos, contentava-se com seu charuto ao longe, escorado na parede íngreme da caverna úmida.

Sentou-se à sua frente, cruzando as pernas.

– Porque interromperam o Dia do Silêncio? – sua voz saiu da mesma forte autossuficiente de sempre. Tinha que soar assim, para que não suspeitassem de nada.

– Boatos que a Guerra voltará. Ninguém aqui está pronto para isso. – a voz do senhor saiu de forma rouca pela foto de uso.

Ana suspirou. Cruzou os braços e olhou para baixo.

– Ainda tenho que agir no campo deles, não tenho?

– Tem.

– Porque? – ela tentou se controlar para não erguer a voz, mas estava cansada de ser uma duas-caras. – Porque sempre tenho que falar para eles o que ouço dos homens, tudo o que eu sei?

– Para mantê-los seguros. – o homem voltou-se para uma criança que brincava com a adaga da mãe, como se soubesse o que estava fazendo. – Precisamos de mais tempo. Se dermos à eles o que querem, poderemos ter a preparação necessária.

– E os sacrifícios?! Não é justo com as crianças que levo todos os anos! – ela bateu a mão sobre na parede, mas controlou-se ao ver que começava a atrair atenção dos mais próximos. – Inkgran, não é justo!

– Fale baixo, criança! Pare de questionar seu trabalho e faça como mando. Adiante-se! Estão quase aqui.

***

Segurava a mão da mesma criança que estava brincando com a adaga, algumas horas atrás. No meio das árvores poderosas e estáveis, esperava pelos representantes de sempre.

O menino mal imaginava o que estava por vir.

Um barulho entre arbustos fez com que Ana apertasse a mão do garoto com força. Saíram de trás de uma árvore June e Luna, e não haviam mudado nada. A primeira a sorrir foi June. Os olhos orientais estreitaram-se ainda mais ao ver o menino, não ia mentir, era uma mulher encantadora.

Já Luna manteve a mesma expressão austera de sempre. Parecia nunca ter sorrido na vida.

June correu para a criança de forma amigável, a tomando no colo.

– Olá, rapazinho! – o sorriso continuou, quando ela o abraçou.

– Que informações tem para nós? – Luna cruzou os braços, impaciente. A franja mal-cortada caía sobre os olhos, e ela permanecia com o mesmo corpo escultural de dez anos atrás.

– Eles já estão cientes da guerra. Os caçadores vão se espalhar atrás dos anjos – uma pausa, quando ela levantou o olhar para fitar as duas. – e dos demônios.

– Uh, maravilha! – June sorriu. – Vamos logo, Luna. Talvez consigamos voltar a tempo de ver o resto da reunião.

Começavam a voltar de onde vieram, quando Ana interrompeu.

– Esperem!

Nenhum delas falou nada. Pararam de andar, e viraram os rostos, para ouvir o que a morena tinha a dizer.

– O que vão fazer com a criança?

– Nossos cães precisam comer.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!