Entre Rosas e Espinhos escrita por AnneCullen


Capítulo 38
Paris dos apaixonados.




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    (Música: http://www.youtube.com/watch?v=_YtzsUdSC_I&feature=fvsr / I never told you - Colbie Caillat )

         - Bella acorde, já chegamos. – escutei uma voz suave soar próximo ao meu ouvido.

         - Já? Nossa foi tão rápido. – falei bocejando.

         - Você dormiu a viagem inteira, por isso não viu o tempo passar. – olhei para meu esposo ainda bocejando – foi engraçado; uma hora estava falando sem parar, segundos depois tudo ficou quieto e você já dormia tranquilamente.

         - Só estou um pouco cansada. – ele alisou minha bochecha.

         - Já era de se esperar, festa, aeroporto e vôo; tudo isso é bem cansativo. – sorri – agora vamos – olhou para trás – pelo visto só resta nós. – assenti.

    Passou seu braço por minha cintura e nós seguimos para o desembarque. Edward pegou um carrinho com nossas bagagens, foi até o balcão para alugar um carro, enquanto isso sentei em uma poltrona e admirei a grande torre Eiffel, através da extensa parede de vidro.

         - Vamos? – perguntou me oferecendo o braço.

         - Vamos! – levantei – escolheu que carro? – me olhou sugestivamente – tudo bem, Volvo é uma ótima pedida. – rimos.

    Chegamos à saída do aeroporto e o carro já estava lá parado, o manobrista entregou a chave para Edward, os dois colocaram as malas no porta malas e eu fiquei bonita e bela olhando a paisagem, uma fina camada de gelo cobria as ruas, quase imperceptível. Meu marido veio até a porta do passageiro, abriu a mesma para mim, depositou um selinho em meus lábios e correu para seu lugar.

    Assim que começamos a cortar as ruas de Paris, lembrei de quando vim aqui junto aos meus pais, era mais ou menos na mesma época, foi uma viagem memorável, mas tenho certeza que essa será ainda mais. Edward segurava minha mão e com a outra dirigia, tinha um sorriso largo nos lábios.

         - Está tão pensativa. – beijou nossas mãos entrelaçadas.

         - Estava só me lembrando da ultima vez que vim a Paris. – ele assentiu – meus pais ainda eram vivos.

         - É eu sei. – falou naturalmente, olhei assustada.

         - Como você sabe? Nunca contei sobre isso. – um sorriso torto brincou em seu rosto.

         - Digamos que eu tenho uma pessoa, que conhece uma pessoa, que eu também conheço, entretanto essa pessoa tem mais habilidade em ser discreta e conseguir o que quer, então essa pessoa conseguiu informações com a outra pessoa e contou para essa pessoa aqui. – riu um pouco.

         - Ok então Esme, que conhece Pedro, o qual você também conhece, tem mais habilidade em ser discreta e conseguir o que quer, então Esme conseguiu informações com o Pedro e te contou. – traduzi fazendo ele rir mais.

         - É gata você é rápida no raciocínio. – comentou me fazendo rir.

         - Nós ficamos em um hotel que tinha a vista bem de frente para a torre. – suspirei encostando a cabeça no ombro de Ed.

         - Você está falando desse hotel, né? – falou enquanto parava na frente do luxuoso hotel e desligava o carro.

         - NÃO ACREDITO!- meu queixo foi lá embaixo e voltou – você fez reservas aqui? –assentiu – eu te amo! – me joguei em seus braços.

         - Tudo de melhor para minha esposa. – beijou meus lábios – agora vamos, quero aproveitar e muito minha lua de mel. – abriu a porta para mim, entregou a chave ao manobrista, enlaçou minha cintura e fomos até a recepção.

         - Em que quarto ficaremos?- perguntei baixo enquanto ele esperava a recepcionista acertar tudo.

         - A suíte presidencial te agrada? - sussurrou de volta.

         - Muito. – dei ênfase a palavra e nós dois rimos.

         - Esperamos que tenham uma excelente estadia. – falou a recepcionista entregando o cartão magnético do quarto.

          - Obrigado. – agradeceu e eu sorri em forma de agradecimento.

         - Ultimo andar, subindo! – o tiozinho do elevador falou sorrindo.

         - Eu te amo. – sussurrou enquanto olhávamos Paris através do vidro do elevador.

         - Como eu te amo. – as portas abriram, então seguimos para o quarto. – nossa as malas já estão aqui. – falei olhando para as varias malas encostadas na parede, bem em frente a porta.

         - É eles são rápidos. – assentiu olhando tudo em volta, fui entrar e Edward me segurou.

         - Qual o problema? – ele rolou os olhos.

         - Bella até parece que você não sabe como tem que fazer. – olhei confusa – assim meu amor, assim. – passou seu braço por debaixo dos meus joelhos e das minhas costas – pronto agora podemos entrar.

         - Você é tão bobo. – ri e ele me acompanhou.

         - Bobo nada, só vou me casar uma vez, então tenho que fazer tudo direitinho. – me deu um beijo rápido.

         - Oun que fofo. – ele riu, senti o colchão em minhas costas.

         - Aproveita baby, a diversão está só começando. – sussurrou em meu ouvido antes de atacar meus lábios com todo seu amor.

    Acordei com alguém distribuindo beijos em toda extensão das minhas costas, sorri automaticamente, beijou meu pescoço e começou a massagear minha nuca. Afastou meus cabelos para poder tocar em minha face.

         - Bom dia meu anjo! – sussurrou com sua voz rouca em meu ouvido.

         - Ótimo dia meu amor. – abri meus olhos e encontrei duas esmeraldas extremamente brilhantes.

         - Como se sente? É seu primeiro dia como minha mulher, quer dizer oficialmente, registrado em cartório e tudo mais. – enrolou uma mecha do meu cabelo entre os dedos.

         - Olha me sinto normal. – ele fez bico – ai que bico lindo, pai do céu! – segurei seu queixo e deu um selinho – me sinto ótima, melhor impossível.

         - Eu me sinto radiante. – ri de seu imenso sorriso – por que a senhorita não vai tomar um banho? Assim podemos descer e tomar café, depois vamos passear, ou voltar para o quarto. – riu maliciosamente, dei um tapa em seu braço fazendo-o rir ainda mais.

         - Ok eu vou para o banho, preciso tomar café, estou morrendo de fome, ah vamos passear. – ele fez bico – a noite saímos para jantar e depois – fiz uma pausa - bom depois nós aproveitamos baby – sussurrei em seu ouvido, em menos de um segundo depois nossos lábios já estavam colados .

         - É melhor você aproveitar agora – estava ofegante – e ir tomar banho antes que eu te prenda nessa cama. – afundou o rosto na curvatura do meu pescoço.

         - Também acho. – ele riu, beijou meu pescoço e levantou, me puxando junto – me acompanha? – sorriu torto.

         - Adoraria, mas já estou bem limpinho. – me puxou para seus braços e me beijou mais uma vez – entretanto mais tarde eu adoraria aceitar sue convite. – mordeu meu ombro.

         - Se sinta convidado. – ele riu.

    Deu-me mais um beijo, foi até o celular ligar para nossa familia, tomei meu banho tranquilamente. Peguei o roupão branco que tinha ao lado do Box, arrumei meus cabelos e corri achar uma roupa; olhei pela janela e o dia estava bem frio, voltei meu olhar para a mala.

         - Acho que a blusa cinza, a calça preta, com a bota preta e aquele sobretudo vermelho ficaria divinamente linda. – falou encostado no batente da porta.

         - Como sabe que tem tudo isso na minha mala? – ergui uma sobrancelha.

        - Amorzinho da minha vida, adivinha quem arrumou sua mala. – sorriu sapeca.

         - Você? – assentiu – agora tudo faz sentido – ele riu – já venho então. – voltei para o banheiro.

         - Falei com a nossa familia – coloquei a cabeça para fora do banheiro, Edward estava jogado na cama olhando para o teto.

        - Como estão todos? – ele riu.

         - Bem, só Pierre e Pedro que estão dando um pouco de trabalho. – arquei a sobrancelha – eles querem vir a Paris, Pedro por saudade e Pierre por pirraça. PARIS É MINHA VIDA! ESTÃO ME MATANDO. - imitou nosso cozinheiro preferido.

         - Eles não tem jeito. – negou com a cabeça – cabelos presos ou soltos? – olhou em minha direção.

        - Soltos. Achei que quem daria trabalho seria Emmett, o grandão ainda não superou a ideia de não ter tido uma lua de mel decente. – rimos ao lembrar de todas as confusões.

         - Estou pronto. – me joguei ao seu lado na cama – vamos tomar café? Estou morrendo de fome, muita fome mesmo. – olhou-me de modo engraçado – que foi?

         - Nada não. – balançou a cabeça e sorriu – madame? – me estendeu a mão.

    Descemos até o grande salão onde eram servidas as refeições, passamos o tempo todo conversando e trocando carinhos. Foi estranho poder passar tanto tempo sozinhos, uma vez que lá em Forks, pelo menos de dia, ninguém tem sossego.

         - Onde vamos agora meu amor? – perguntou abraçando minha cintura e encostando-se ao Volvo alugado.

         - Um passeio pelo rio Sena, contornando-o por inteiro. – enlacei meus braços em seu pescoço.

         - Bella você está esquecendo um pequeno detalhe. – olhei com o cenho franzido – não vamos conseguir passar por todos os pontos em um só dia. Eu te conheço meu amor, antes de chegar a Catedral de Notre Dame você já estará pedindo para nós voltarmos, por algo comestível e massagem nos pés. – fiz bico – eu te conheço bem demais para saber que será assim meu anjo. – beijou minha bochecha.

         - Mas eu queria ver tudo Ed. – fiz um bico maior ainda.

         - Só uma dica, se continuar fazendo esse bico irresistível, não irá ver mais nada até o fim da viagem, definitivamente não sairá mais do quarto. – falou risonho.

         - Besta. – ele riu – então podemos andar até um pedaço hoje e outro dia continuar o passeio. – baixei o olhar – isso se der tempo de ver tudo.

        - Nossa já quer ir embora? – levantou meu queixo entre seus dedos – quem disse que não vai dar tempo?

        - Edward para ver tudo, digo ver, mas de ver mesmo, não só passar e olhar, leva no mínimo uma semana. – me olhou segurando o riso.

         - Então você vai ter mais três semanas para visitar, revisitar e visitar novamente. – arregalei os olhos – que foi? – fez cara de inocente.

        - Vamos ficar um mês aqui? – certeza que meus olhos brilharam.

        - Esses são os planos, a menos que a senhorita decida o contrario.

        - NÃO! – gritei assustando um casal de idosos que passavam pelo estacionamento – ops! Não para mim um mês é ótimo, ou melhor, perfeito, um sonho. – falei mais baixo.

        - Então começaremos pelos pontos mais afastados, o que acha da Sacre Coeur? – inquiriu.

        - Gostei! – falei feliz – quando vim com meus pais, não cheguei a ir à basílica, seria uma ótima oportunidade de conhecer. – sorriu de canto, me jogou por cima de seus ombros – me solta Edward! – sussurrei cm um sorriso amarelo enquanto os outros hóspedes, que estavam no estacionamento, nos olhava.

       - Deixa de ser chatinha! – rolei os olhos. Ele abriu a porta do passageiro, me colocou no banco, passou o cinto de segurança sobre meu corpo.

        - Eu amo você! – passou a mão por minha face.

    Começamos a rodar a cidade, conversamos durante todo o trajeto, se eu falasse que sorrimos, rimos estaria sendo repetitiva, mas foi exatamente o que aconteceu; nosso humor estava inabalável. Como sempre fora comum em Paris, muitas pessoas andavam pra lá e pra cá de bicicleta, outras conversavam e o que me encantou foi uma menininha e sua, acho que, avó tomando chá na varanda de uma casa branca.

        - Um tanto quanto diferente de Forks, né? – comentou Ed enquanto continuava dirigindo.

        - Bem diferente, apesar de ser uma cidade pequena, todos sempre estão apressados. Cada um corre para um lado, completamente atarefados. – ele concordou com a cabeça.

         - Mademoiselle; chegamos! – estacionou em um ponto perto da basílica, abriu minha porta e entrelaçou nossas mãos.

    (Música: http://www.youtube.com/watch?v=acvIVA9-FMQ / Lucky – Jason Mraz feat Colbie Caillat )

    Subimos a escadaria, adentramos a basílica, o interior conseguia ser ainda mais magnânimo do que o exterior, todas as pinturas tão harmoniosas, apesar de muitos turistas e fieis o silencio prevalecia. Obviamente alguns conversavam, como era o nosso caso, mas nada muito alto a ponto de atrapalhar nada, nem incomodar ninguém.

         - Sugiro uma volta pela parte mais alta da basílica, o que acha? – perguntou olhando em meus olhos.

         - Excelente ideia! – exclamei feliz, subimos mais uns dois lances de escada, até chegar a uma das cúpulas. – Nossa a vista daqui é linda!

         - Não como você. – ri e rolei os olhos – mas sim é bonitinha – riu contra meu pescoço.

         - Bonjour  Mademoiselle. – olhei para o menininho de cabelos loiros que estava parado ao meu lado, esse mantinha as mãozinhas unidas atrás do corpo e fazia uma pose séria, entretanto portava um sorriso no rosto – pouvez prendre une photo de nous? – ele tinha os olhos brilhantes e um sorriso contagiante.

         - Oui! – ele correu perto de seus pais, pulou no colo da mãe e então eu apertei o botãozinho da maquina, fazendo a mesma disparar o flash – était belle. – comentei com o pequeno.

         - Realmente muito bonita. – sussurrou Edward, de forma que só eu ouvisse.

         - Madame, monsieur  merci beaucoup. – agradeceu em seu francês impecável.

         - De rien. – Ed falou sorrindo para o menino que retribuiu. O pequeno pegou na mão dos pais, que sorriram para nós, acenou um “tchau” e viraram na direção da escada.

         - Quero que nossa familia seja tão bonita quanto à deles. – falou me abraçando por trás.

         - Futuramente, não se preocupe, teremos uma assim. – rimos – vamos almoçar?

         - Nossa já esta com fome senhora Cullen? – assenti – eu também – riu baixinho e eu acompanhei.

    Descemos até a entrada da igreja, fomos andando tranquilamente, demorando mais tempo do que necessário para alcançar o carro. Ed parecia conhecer a cidade como a palma da mão, no maximo cinco minutos depois , estávamos eu um restaurante muito fofo. Tinha a parte interna que era iluminada por um circulo de vidro ao centro, alem das luminárias; escolhemos por almoçar na parte de fora, onde havia uma varanda.

         - Podemos fazer compras? Na hora que estávamos indo para a basílica, vi uma loja que tinha vários sapatinhos mágicos. – falei enquanto levava o ultimo pedaço do meu Fricassê à boca.

         - Me lembre de deixar você um pouco afastada de Alice. – falou rindo, mostrei a língua – claro que podemos ir fazer comprar meu amor, seu pedido é uma ordem. – segurou minha mão sobre a mesa – sobremesa? - perguntou de modo divertido.

         - Claro! – falei como se fosse obvio, ele riu.

    Já passeávamos pelo centro comercial da região a mais ou menos três horas, Ed carregava milhares de sacolas, mas não reclamava, até porque ele também comprou varias coisas. Eu estava provando uma bota de couro enquanto Edward foi a loja da frente comprar sei lá o que.

         - Acho que você deveria levar. – comentou sentado ao meu lado analisando a bota.

         - Ei você não estava na outra loja? Que horas chegou que eu nem o vi? Assustou-me! – ele me olhou divertido .

         - Eu estava sim na outra loja. Acabei de chegar. E me desculpe, não foi a intenção. – sorriu de canto – e voltando ao assunto, deveria levar. – apontou para a bota.

         - Tudo bem já passou mesmo. – encostei minha cabeça em seu ombro – é linda, mas já comprei outras duas botas – falei olhando para o calçado.

         - Tira a bota! – olhei assustada para ele – Tira a bota! – meu rosto deveria mostrar confusão. Ele olhou para o lado e chamou um atendente – embrulha para presente, vamos levar. – falou em seu francês invejável.

         - Edward! – o repreendi.

         - Que foi, não posso agradar minha esposa? – deu um beijo em minha testa e levantou em direção ao caixa, ri sozinha – tudo pago gata, sorvete? – assenti, ele passou o braço direito por minha cintura, depositando todas as sacolas na mão esquerda.

    Sentamos em uma praça ali perto, eu com meu sorvete de flocos e ele com de chocolate, observamos as crianças brincando no parquinho, ele beijou meus cabelos, permaneci encostada em seu ombro. Falávamos de coisas aleatórias, o vento começou a ficar mais forte e mais frio, provocando um arrepio em mim. Meu marido decidiu que era hora de voltarmos para o hotel e lá fomos nós.

(Música: http://www.youtube.com/watch?v=j2JO6uNnYIQ / I can’t wait forever – air supply )

         - Preto ou marrom? – perguntei olhando os dois sobretudos no espelho.

         - Nem um, nem outro. – olhei surpresa para ele – melhor mesmo é o branco.

         - Não sei se você sabe, mas sujaram o meu sobretudo branco naquela mini peça, não deu para trazer. – ele riu e foi até a sala voltando com uma sacola branca de papel, com um laço unindo as duas alças – abre!

   

    Sentei na ponta da cama, ao lado de Ed, desfiz o laço e puxei a caixa que havia lá dentro. A caixa era igualmente branca e com uma fita preta, mais grossa, enfeitando; puxei mais esse laço e abri a tampa da caixa. Tinha papel meio que acetinado protegendo o produto na cor preta, afastei todas as pontas do papel e encarei uma peça branca, parecia ser uma blusa. Retirei por completo da caixa, meu queixo caiu ao ver um sobretudo branco, praticamente igual ao meu.

         - Mas... mas... mas como isso? – perguntei abismada.

        - Passamos na frente da loja – estendeu a mão para que eu levantasse – você nem o notou, entretanto achei que era perfeito – ficamos diante do espelho, ele passou as mangas por meus braços – nunca me desculpei de maneira correta por aquele dia – começou a fechar os botões prateados – e percebi que esse seria um ótimo momento para me desculpar. – abraçou minha cintura, nos encaramos através do espelho.

         - Você sabe muito bem que não precisava disso, né? – negou com a cabeça – é sério Ed não precisava, já nem lembrava mais daquele sobretudo. – dei de ombros.

         - Precisava sim! Eu fui um idiota aquele dia, me desculpe. – sorri e rolei os olhos – estava conversando com Pedro e ele me contou a historia daquele casaco, sobretudo, seja lá o nome daquilo. – mordi o lábio inferior – foi presente de seus pais, você gostava muito dele. Sei que esse não é o mesmo que aquele, contudo minha intenção foi a melhor possível.

    Virei para poder encarar aquelas lindas esmeraldas, passei minha mão por sua face. Como eu tinha sorte em tê-lo ao meu lado, lindo, gostoso, educado, carinhoso e o melhor de tudo altamente apaixonado por mim. Encostei meus lábios nos seus, me puxou para mais perto de si, aconcheguei minhas mãos em seu cabelo; nossas línguas exploravam um ao outro. O ar já faltava, nos separamos, encostei minha cabeça em seu peito e nesse momento agradeci baixinho a Deus por me dar um presente tão maravilhoso.

         - Eu amo você. – sussurrou em meu ouvido – odeio interromper esse momento, no entanto nossa reserva nos espera. – mirei seus olhos.

         - Sabe já que falou em restaurante, lembrei que estou com fome. – ele riu – próxima parada; restaurante! – peguei minha bolsa que estava no sofá e arrastei meu esposo até o elevador.

    O restaurante era a algumas quadras do hotel, quase perto do arco do Triunfo, a luz mais fraca, a musica suave dos anos sessenta, mais ou menos, fazia um clima totalmente romântico e aconchegante no local. Nossa mesa era a ultima de todo o salão, a única que tinha vista para a cidade, passamos o jantar todo só trocando olhares, não me cansava de olhar para aquele homem monumental, sério ele deveria ser considerado uma das sete maravilhas do mundo.

         - Onde estamos indo? – perguntei ao ver que o carro seguia em direção contraria ao nosso hotel.

         - Surpresa! – falou suavemente.

         - Ah não! Me conta. – fiz bico.

         - Não! – riu, continuou dirigindo, mostrei a língua e comecei a apreciar a paisagem.

         - Já estamos chegando? – tentei irritá-lo.

         - Já chegamos meu amor. – zombou ao parar com o carro perto de uma praça.

         - Assim não tem graça. – cruzei os braços, mas acabei rindo no final.

    Descemos do carro, reparei que estávamos na praça Places Des Vosges, havia uma mini orquestra no centro da praça, vários casais dançavam. Edward segurou minha mão e nos encaminhou até onde estavam s outros casais, no mesmo momento outra musica começou a soar.

    (Música: http://www.youtube.com/watch?v=NsqrwLF2j7M&feature=fvst / Endless Love – Lionel Richie feat Diana Ross)

         - Meu amor, há somente você na minha vida. A única coisa que é certa. – cantou em meu ouvido enquanto dançávamos.

         - Meu primeiro amor. Você é "tudo que respiro". Você é cada passo que dou. – cantei de volta.

         - E eu quero dividir todo o meu amor com você, ninguém mais o fará. E seus olhos, seus olhos, seus olhos, eles me dizem o quanto você se importa. Oh sim, você sempre será: Meu amor sem fim.  Dois corações, dois corações que batem como um só. Nossas vidas apenas começaram. Para sempre eu te segurarei apertado em meus braços, eu não consigo resistir aos seus encantos. – cantamos juntos.

         - E amor, oh, amor, eu serei uma boba por você, tenho certeza. Você sabe que não ligo, oh, você sabe que não ligo. – cantei olhando em seus olhos.

         - Porque você, você significa o mundo para mim. Oh eu sei, eu sei. Eu encontrei em você meu eterno amor.  – cantamos novamente juntos , ele me girou e voltou a me segurar fortemente em seus braços - E Sim, Você será o único, pois ninguém pode negar este amor que tenho aqui dentro e eu o darei todo para você. Meu amor, meu amor, meu amor, meu amor eterno... – a musica terminou, enquanto uníamos nossos lábios em um beijo demorado.

    Andamos por mais um tempo pelo parque, voltamos para o hotel. Eu não ia contar os detalhes sórdidos, mas vou te falar; o clima estava meio quente no elevador, na hora que chegamos ao quarto pegou fogo de vez. E assim se passou nossos dias, passeios, hotel jantares, hotel, compras, hotel, mais passeios e mais hotel.

         - O que está acontecendo amor? – perguntou Edward pela milésima vez.

         - Já disse que não sei! – olhei para trás e verifiquei cada pedaço do parque de diversões.

         - Você não para de olhar para trás Bella. – ele estava preocupado.

         - É eu sei, mas não sei o que esta acontecendo, entende? – perguntei ele sorriu torto.

         - Estou tentando entender. – rimos – o que tanto está te aflingindo? – perguntou me olhando docemente.

         - Sabe aquela sensação de estar sendo seguida? – ele assentiu – então é isso. – ele mirou profundamente meus olhos.

         - Bella você sabe que maconha faz mal, né? – olhei desacreditada – ela faz com que o usuário tenha delírios e pense que esta sendo seguido, mas eu te digo meu amor, estou do seu lado, posso te colocar na melhor clinica de reabilitação do mundo. – falou sério.

         - Deixa de ser idiota Edward! – Ele gargalhou, dei um tapa em seu braço. Enlaçou minha cintura ainda rindo.

    Esta semana seria a ultima de nossa lua de mel, estávamos aproveitando ao máximo, praticamente todos os pontos turísticos nós já havíamos visitado, como a Torre era o lugar mais romântico e perto de nosso hotel a deixamos por ultimo. Tínhamos acabado de jantar e subimos até a parte permitida da Torre Eiffel para apreciar a vista, ambos com um copo de champanhe na mão e aproveitando para namorar.

         - Bella vamos ver o lado que as pessoas estão praticando Bungee Jumping? Por favor! – me olhou com cara de cachorrinho.

         - Claro! Por que não? A menos que deseje pular, daí eu não saio daqui. – travei no lugar.

         - Prometo que não. Mas de qualquer forma, cadê a mulher corajosa com quem eu me casei? – perguntou divertido enquanto íamos até o outro lado. Era dois pisos abaixo o local onde as pessoas pulavam, então era possível ver o rosto da pessoa antes dela ser puxada de volta.

         - Ela mandou avisar que saiu, quem sabe depois ela volta. – rimos.

    Ficamos observando todos que estavam pulando, tudo bem que fiquei meio humilhada por uma menina de dez anos, mais ou menos, estar pulado e rir de modo contagiante e eu morrendo de medo só de pensar em pular. Tudo estava tranqüilo, na verdade esse mês inteiro foi sossegado, nenhuma confusão...

        - BEEELLLLLIIIIIINHAAAAAAA! EDDDDDDZÃAAAAAAAAAAOOOOOO! – encaramos atônitos a pessoa a nossa frente pendurada pelo pé.

Continua....


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Notas finais do capítulo

Olá Amores!
Como algumas meninas me pediram para continuar, aqui está mais um mini capitulo. Resolvi que é mais fácil eu escrever aos poucos, assim da tempo de revisar e postar, sendo pratico para mim e bom para vocês, já que a leitura vai ser mais rápida.
Então é isso, espero que gostem. Reviews são bem vindo oks?! Uahsuhausa
Ah e um recadinho básico para a Lara: Prontinho meu amor aqui está o seu presente, atrasadinho eu sei, mas foi escrito de coração. Parabéns e que tudo de melhor aconteça em sua vida.
Oi especial para as leitoras novas, as antigas e para a Mariana que me mandou um e-mail.
Beijos Amores, amo vocês! (L)