Thrilling Institute - Interativa escrita por Mayuni Dragoon


Capítulo 69
Sinto muito




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Matt pov's

Jhonny não tinha reação, o que admito que me fez ficar preocupado, logo lagrimas começaram a escorrer por seus olhos, meio passo para trás foi dado, sua mão foi solta da minha, logo levou as duas mãos ao rosto cobrindo sua boca, ele recuou mais um passo, me levantei então e o olhei, não acreditando que ele realmente estava prestes a fazer isso.

– Eu... eu não posso... eu não consigo... Matt... eu... - Ele não conseguia se pronunciar, mais passos foram dados cegamente para trás pelo outro, senti meu peito doer.

– Jhonny... Não faça isso...- Me ouvi dizer, minha voz estava baixa.

– Eu sinto muito Matt... eu não posso fazer isso, eu... eu preciso sair daqui. - Sua última frase veio para despedaçar o restante dos meus sentimentos.

Fiquei chocado demais para pensar em fazer algo, chocado demais para me mover, apenas vi o menor entrar pela porta da casa correndo. No final apenas consegui sentar-me em uma cadeira, logo apoiando minha testa em minhas mãos, tentando raciocinar o que tinha acabado de acontecer.

Jhonny pov's

Eu sou um fraco, um idiota, um estupido por fazer o que fiz, pois no momento que entrei pela porta da casa me arrependi amargamente de minha decisão, mas não voltei para trás, segui para meu quarto, fechando a porta junto comigo, porem esquecendo de tranca-la. No minuto seguinte eu já estava deitado debaixo das cobertas e com batidas na porta.

– Va embora! - Me ouvi dizer entre os soluços causados pelo choro, mas infelizmente, ou felizmente, a pessoa optou por ignorar o meu pedido e adentrou meu quarto logo depois de abrir a porta, logo sentando na beirada da cama.

– Você está bem? - Ouvi a voz baixa de Marcos se fazer presente, admito que de todos ele era o que eu menos esperava que viesse atrás de mim, e nessa contagem Matt estava incluído.

– Acabei de recusar dois pedidos de pessoas muito importantes para mim, como acho que me sinto Marcos? - Minha resposta veio baixa e longa devido as interrupções no meio da frase, logo tive meu rosto descoberto.

– O que seu pai queria? - Agradeci por ele não perguntar de Matt.

– Pedir meu perdão, porém não por mim, e sim por minha mãe. – Ele franziu o cenho. – Ele achou uma carta dela direcionada a mim, onde ela dizia algumas coisas, entre elas sobre eu achar alguém que eu ame e de eu tentar entender meu pai e que ele me ama. – Marcos suspirou. – E ela também afirmou que eu era filho dele. – Ouvi marcos rir sarcasticamente.

– Acha que ele veio recuperar sua prole perdida então? – Não pude deixar de rir baixo, porém com muito desanimo. – Se arrepende de ter recusado?

– As desculpas? Não, ele não merece isso. – Vi Marcos rodar os olhos. – Está falado de Matt correto? Me arrependi no momento que entrei pela porta da sala. – Vi Marcos balançar a cabeça negativamente me reprovando, porem antes que ele pudesse se pronunciar ouvi outra voz presente no quarto.

– Marcos, saia, quero conversar com ele. – Vi Marcos olhar de mim para Matt.

– Eu não acho que seja uma boa ideia e... – Foi interrompido.

– Saia imediatamente. – Matt se fez presente de novo, Marcos então me olhou, me limitei a negar com a cabeça e segurar seu braço, o emo apenas sorrir, sussurrou um "vai ficar tudo bem" sem som algum e se soltou de meu aperto, saindo do quarto. – Não acredito que você realmente me recusou Jhonny. – Sua voz voltou aos meus ouvidos. – Pensei que realmente tínhamos algo! Pensei que tudo que passamos fosse de algum valor a você, mas pelo o que vejo nada disso lhe faz diferença correto? Nunca me amou não é Jhonny? – Não me atrevi a responder, o silencio continuou. – Não vai falar nada? – Continuei sem me pronunciar, ouvi um suspiro do outro e sua voz novamente. - Que seja.

– Eu te amo. – Respondi porem antes que ele saísse, ouvi ele rir sarcasticamente.

– Claro, que belíssimo jeito de mostrar isso, me recusando na frente de todos aqueles que são importantes para nós. – Percebi magoa em sua voz não aguentei, sentei-me então na cama olhando para Matt.

– O que quer que eu diga? Que me arrependi de ter reusado dois segundos depois? Que eu sou um idiota completo? Que eu mal consigo enfrentar uma pequena carga de sentimentos sem que eu desmorone e faça besteira? Que sou fraco por não conseguir assumir que tudo isso está me magoando muito? Que eu não consigo parar de pensar se tudo seria diferente se eu tivesse uma mãe e um pai que me amam ao meu lado? Que, por mais que isso seja irônico em relação a minhas ações, você é a pessoa que mais me fez feliz em toda a minha vida? Que eu me corto várias vezes pensando em todo o mal que eu lhe fiz? – Vi Matt arregalar os olhos quando disse a última frase. O silencio desconfortável reinou por mais alguns segundos antes dele se recuperar.

– Jhonny eu não...- Não deixei ele terminar.

– Não achou que eu tentaria distrair a dor emocionar com a dor física? Pois esse é o único modo de eu me acalmar e me olhar no espelho todo dia, achando que talvez os cortes um dia paguem tudo que eu lhe fiz sofrer. – Me vi rir sem emoção, logo me pondo a falar novamente. – Sabe Matt... sabe aquela casa velha e toda ferrada que, por mais que tente, não consegue concertar e a manter inteira? Que por mais que você concerte uma coisa vinte quebrem, que mesmo que consiga arrumar, dois dias depois tudo vai estar vinte vezes pior? Porem você não consegue se livrar desta casa por ser um lugar cheio de lembranças boas, cheio de memorias que deveriam ser mantidas eternas, porem você sabe que o melhor a se fazer é destruir a casa. Eu sou essa casa Matt. – O silencio reinou novamente.

Apoiei então os pés na ponta da cama dobrando então os joelhos e os abraçando, fiquei ali por um bom tempo, Matt nada dizia, pois ele sabia que eu ainda tinha muito a lhe dizer, voltei então a falar.

– Eu me destruo dia após dia, sempre me quebrando, e quebrando, e quebrando, e quebrando, e quebrando, e quebrando... – Me deixei calar então. – Não posso te prender a minha pessoa Matt, não posso permitir me fazer isso com você, não posso deixar você se prender a algo tão quebrado e sem concerto como eu Matt. Admito que se fosse a alguns meses eu não teria hesitado ao dizer sim, porem agora, eu tenho tantas falhas, tantas cicatrizes, algumas que nunca vão sumir, e todo o dia, absolutamente todo o dia, eu me quebro novamente, abrindo cicatrizes antigas e criando novas, não posso deixar você se prender a mim.

Muito tempo se passou quando eu finalmente ouvi um suspiro de Matt, logo o loiro estava sentado ao meu lado, ele me abraçou então, logo depois me vi deitado ao lado dele permitindo que me abraçasse.

– Você não é uma casa velha e ferrada Jhonny, nunca vai ser, você não sabe o quanto me sinto bem quando estou ao seu lado, quando quero ficar com você, a única coisa que você precisa Jhonny, a única coisa, é de um pilar para se apoiar, alguém que sempre vai estar com você e te amar, eu quero ser este pilar Jhonny, eu quero estar ao seu lado independente de outros acontecimentos, por que eu te amo e quero apenas o seu bem. – Nada falei quando o outro terminou sua fala. – Por favor, permita-me ser seu pilar, aceite se casa comigo Jhonny. – Me ouvi fungar antes de responder.

– Eu aceito Matt.- Sabia que ele sorria, e tive a certeza quando recebi um beijo em meus lábios.

Aos poucos as coisas foram esquentando, sua mão passeava pelo meu corpo, acariciando meu corpo, beijando meus lábios, estes porem logo foram abandonados, os lábios habilidosos de Matt passaram ao meu pescoço, porem senti meu sono chegar, senti também ele me tocar por cima do short, porem isso não me manteve acordado. Consegui então sussurrar um "desculpe" antes de adormecer.

Continua.


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