Predestinados - Perina escrita por Amellie Lawson


Capítulo 30
Trinta


Notas iniciais do capítulo

OOOI MEUS XUXUS!! Como vcs estão? eu tô ótima,e to indo viajar amanhã (de novo!). Dessa vez eu vou pra praia,aproveitar o resto das ferias antes de me mudar. Quaaaase que esse cap nao sai,mas ta aqui! Espero que gostem. Ainda nao acredito que já estamos no capitulo trinta,meu povo! Acho que nunca fui tao longe com uma fic assim,e tudo isso graças e voces que me motivam tanto. Só tenho a agradecer! Agora bora pro cap. Boa leitura! Enjoy xx



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O dia começara cedo na academia de Gael.

Ele arrastou João para o âmbito dos lutadores,obrigando o anjo a passar por mais uma ‘’sessão de tortura’’. Enquanto o mais novo se equipava,ouviu o anjo chefe gritar:

– Bora lá,cambada! Quero ver todo mundo na atividade! Cem abdominais pra começar.

João,que agora já estava pronto para a aula,se dirigiu até ele,que observava os alunos.

– Até quando você vai continuar com isso?

– Isso o quê? – Gael voltou sua atenção para ele,e percebeu que ele se referia as aulas de Muay Thai. – Até quando eu achar necessário.

– Tá na cara que eu não tô sendo útil por aqui. Por quê não chama a Karina?

– Nem morto! Isso aqui não é pra ela. – Afirmou. - Além do mais,ficando aqui você fica longe daquele tal de QG e daqueles joguinhos. Eu tô te fazendo um bem,então não reclama.

– Karina! – Sussurrou,com raiva.

– É,foi ela mesmo que contou. Algum problema?

João conteve sua vontade de brigar com Karina ou mesmo contar a Gael que ela não estava afastada de Pedro coisa nenhuma,mas respirou fundo. Não iria dedurar a amiga. E ele poderia achar algum ponto positivo naquilo tudo.

– Nenhum,mestre.

– Então bora pro treino,moleque! Fabi,faz dupla com ele.

A morena se aproximou receosa.

– Mas mestre,e-eu sou ruim,né. – Ela ponderou,tentando se livrar do novo parceiro e voltar a ‘’treinar’’ com Priscila.

– Não tem problema,ele também é. Agora chega de papo,quero ver ação! Quer moleza,come minhoca que não tem osso!

João ficou frente a frente com Fabi,e começaram a treinar algumas sequências de jabs diretos.

Enquanto treinava,percebeu que Fabi tinha sua atenção mais focada nele do que no treino.

– Tá tudo bem,Fabi? – João parou o treino e perguntou.

– Erm,n-não é que.... – Se atrapalhou toda para responder. – Eu acho que o mestre tá errado. Até que você luta bem.

Ele havia ouvido bem? Ela havia acabado de elogiá-lo? João agradeceu sorrindo,e viu as bochechas das meninas corarem.

Ia recomeçar a sequência com a nova parceira quando a viu entrar na academia.

Percebeu que Bianca procurava por alguém,e ele logo se viu desanimado,pensando que ela procurava por Duca. Qual foi a sua surpresa ao ver que ela agora olhava para ele e acenava com a cabeça,pedindo para que ele se afastasse para falar com ela.

Ele disse a Fabi que iria beber água e foi até ela,sob o olhar atento de Duca.

– Oi,João. – Ela começou,medindo as palavras.

Ele nada respondeu,apenas assentiu com a cabeça. O que ela poderia querer com ele,depois daquela festa? Já havia pensado em milhões de coisas,mas preferiu a esperar dizer.

– Eu vim até aqui para conversar com você....sobre a festa. – João percebeu que estava errado,e esperou que ela continuasse. - Hum....olha,eu sei que você deve estar chateado comigo. E eu não te culpo,porque o que eu fiz foi....

– Bianca. – Ele a cortou,sem coragem nem estômago para vê-la se lamentar por um dos melhores momentos que ele já havia presenciado na Terra. – Se for pra pedir desculpas,tá tudo bem. Não precisa.

Percebeu que a última parte saíra mais amarga do que ele gostaria,mas já era tarde. Ela assentiu,sem coragem de encará-lo.

– Ok,entendi. - Devolveu a amargura das palavras dele com um olhar desapontado. - Sendo assim,acho que eu não tenho mais nada pra fazer aqui,né? – Ela olhou para Duca,que a essa altura já havia parado o treino para observá-los. – Tchau.

Ela se afastou dali a passos largos,mas a amiga Bárbara,que estava com Wallace,a parou. Começaram a conversar ali mesmo,enquanto Gael não aparecia para expulsá-las dali.

Duca,que estava esperando Bianca se afastar,foi até João,que fazia uma hora perto do bebedouro para não ter que voltar para o tatame.

– Fala,Duca. – João começou,mas o lutador estava com cara de poucos amigos.

– O que a Bianca queria contigo,hein moleque?

João viu a raiva de Duca e aproveitou a oportunidade para provocá-lo.

– Desculpa aí cara,mas isso só diz respeito a nós dois. – Um sorriso presunçoso se formou em seus lábios,e ainda que ele não soubesse o que estava fazendo,iria continuar.

– O que cê tá querendo com a Bianca? – Se aproximou do anjo com raiva,estava morto de ciúmes e pronto para resolver aquela situação do único jeito que sabia.

– O que eu quero com ela não é da tua conta,cara. – Elevou os oitavos da voz,chamando a atenção de todos na academia e da própria morena. Viu ela se aproximar rapidamente deles. – Agora,o que ela quer comigo,eu posso te dizer. – Voltou seu olhar para o garoto a sua frente. – Nada.

– O que tá acontecendo aqui?! – Bianca perguntou,temerosa mais por João do que por Duca.

Nenhum dos dois respondeu nada. O anjo desviou seu olhar de Bianca e se afastou,voltando sua atenção para o treino com Fabi.

– Tá tudo bem,João? – Perguntou com um olhar preocupado.

Ele logo desanuviou a expressão ao vê-la,e desconversou.

– Não é nada não,Fabi. Agora bora treinar ‘’porque o último dia fácil foi ontem!’’

Ela riu e respondeu:

– Sei,sei. ‘’Quer me enganar me dá jujuba!’’,senhor Spinelli! Mas tudo bem,vamos voltar pro treino antes que o Mestre Cruel dê as caras por aqui.

– Mestre Cruel? – Riu do apelido.

– É,o pessoal da academia só chama ele assim. Você não sabia?

– Não. – Afirmou,rindo e imaginando a reação do anjo chefe ao saber de sua fama na Terra. Pelo visto,não eram só ele e Karina que tinham problemas com ele. – Mestre Cruel.....Tá,gostei.

– X –

Pedro e Karina estavam preparando as crianças para o dia no zoológico.

Quando contaram a elas,todas logo ficaram animadas e a gritaria se instalou no Amparo. Os dois acalmaram os pequenos e trataram logo de conversar com Regina,para acertar os últimos detalhes.

A van parou e os dois desceram primeiro,para que pudessem ajudar os pequenos.

– Calma aí galerinha! – Pedro pediu,e ajudou um a um a sair do veículo.

– Quero todo mundo fazendo uma fila com a tia Karina! – A loira pediu,e as crianças obedeceram prontamente.

– Todo mundo pronto? – Gael perguntou,e elas bateram continência. – Posso saber o que é isso?

As crianças prenderam o riso e Pedro tentou fazer o mesmo,fazendo um sinal de ''joinha’’ para Gui.

Gael fez vista grossa para Pedro,que tentou disfarçar.

– Muito bem,vamos a chamada. Karina,pode começar.

– Alice,Bia,Caio e Gui. – Os quarto acenaram,e a loira continuou. – Lucas,Marina,Nat....

– É,estão todos presentes. – Ela confirmou,indo para perto de Pedro.

– Então vamos começar!

– Não mestre,tá faltando o João,o Duca e a Bi. – O guitarrista disse.

– E aonde é que se enfiaram aqueles três que não chegam nunca?

– Eu sabia que não ia dar certo chamar os três.... – Karina reclamou,mas Pedro tratou de acalmar a namorada.

– Ih,pensa assim não linda. Vem cá. – E a abraçou. – Ah,moleque! Olha lá quem chegou,mestre.

Duca desceu do carro com uma cara amarrada,seguido de João e Bianca. A atriz já reclamava dos mosquitos e João se dividia entre provocar Duca e tentar jogar alguma partida no tal PSP.

– Oi,Bi! – Karina cumprimentou a amiga com um abraço,e percebeu o quanto ela odiava passeios ao ar livre. – Tá tudo bem,amiga?

– Não,cunhadinha! – E matou um mosquito que voava perto dela. – Tá vendo? Eles não podem me ver que já me atacam. Meu sangue deve ser doce,só pode....

– Só o sangue? – João sussurrou para si,mas Duca ouviu e lhe deu um pescotapa.

– Tá querendo morrer,moleque? Cala essa boca pra falar da Bianca,cara!

– E como é que eu vou falar se vou estar de boca fechada,ô mané? – Retrucou,e Duca o encarou confuso. – Dei um nó na sua cabeça,né lutador? Eu acho que é melhor você ir embora,o sol já começou a a afetar o que sobrou dos seus neurônios...

– Olha aqui....

– Calem a boca,vocês dois! – Bianca gritou. – Agora vamos que eu tô louca pra conhecer esass fofurinhas!

– Alto lá,dona Bianca! Essa galerinha não é fofurinha,coisa nenhuma. – Afirmou,e os pequenos concordaram. - Né não galera? Fala pra tia Bi.

– É tia Bianca,nós somos a Galerinha do Mal! – Gui afirmou,fazendo posição de ataque junto com Pedro e as outras crianças.

– Ai Pê,que horror! – Bianca disse,rindo com Karina.

– É Bi,essas criaturinhas não são fáceis não! Tá pensando o quê? – Abraçou Karina.

– Agora que eles já estão aqui,acabou a moleza! Vambora macacada! – Gael bradou. – Todo mundo comigo,força e honra!

– FOCA E ONÇA! – As crianças gritaram e alto e bom som,enquanto Pedro ria e Karina tentava repreendê-lo,rindo junto.

– Mas o quê?! Foi você,né seu menestrel do caipiroto? – Gael tentou acertá-lo,mas Karina o impediu.

– Foi só uma brincadeira,né Pê? – Deu um olhar significativo para o chefe. – Agora vamos. - E todos seguiram para conhecer o zoológico.

Pedro e Karina seguiram na frente com as crianças com Gael,enquanto Bianca seguiu com Duca e João mais atrás,para o risco de alguma das crianças desviar o caminho e se perder.

– Ih Duca,olha lá seus parentes! – João provocou,ao passarem pelo local onde as antas ficavam.

– Há há há,muito engraçado ô viciadinho! Sorte a tua que tô me segurando para não quebrar tua cara. – Duca rosnou entredentes.

– E as antas são animais muito inteligentes,se quer saber. – Bianca tentou contornar a situação.

– Então o Duca não é anta mesmo não,porque esse aí é tudo,menos inteligente.

Duca tentou avançar sobre João,mas Gael o impediu.

– Ei,chega vocês dois! Vocês vieram pra ajudar,não pra arranjar briga.

– Foi mal mestre,mas é que ele....

– Quer saber? Nós vamos nos dividir em grupos. Eu vou com o João. Duca você vai com a Bianca,e o menestrel vai com a Karina e a Tomtom.

– Oba. - Pedro comemorou,aproveitando a distração do mestre e beijando Karina.

– Isso não vai prestar... – João reclamou.

– O que cê disse João?

– Nada não Gael,vambora né gente? - Gritou para Karina,e ela se afastou de Pedro.

– X –

Duca e Bianca caminhavam com as crianças em silêncio. Os pequenos não paravam de falar,mas entre eles não havia nenhuma troca de palavras.

– Bianca. – Ele chamou,mas ela o ignorou. – Bianca,eu tô falando com você.

– E eu tô te ouvindo. – Ela retrucou,sem olhá-lo.

– Você vai ficar me ignorando,é isso? – Ela assentiu. – E eu nem te fiz nada. É,tá certo.

– Não me fez nada?! – Aproveitou que as crianças estavam prestando atenção no guia e se virou pra ele. – Você terminou comigo sem nem me dizer o porquê...

– Esse assunto de novo não,Bianca. – Ele desviou o olhar dela e fitou as crianças.

– Tá certo,eu também não quero mais falar sobre isso. E por quê essa implicância toda com o João?

– E você ainda pergunta? – Ele agora a encarava,sem conseguir esconder sua raiva. – Ele te beijou na festa,eu vi!

– E o que você tem a ver com isso? – Gritou,cansada de sempre discutirem sobre o termino e nunca chegarem a um ponto final.

– Tudo! Eu tenho tudo a ver com isso,porque...

Parou a frase ali,quando viu que ele não tinha a resposta para aquela pergunta. Tinha feito um acordo com a doutora Luiza,e não podia dar para trás justo naquela hora. Tinha feito tudo para o bem dela,e continuaria assim,até que fosse preciso.

Tinha medo de que ela não o entendesse quando lhe contasse a verdade,e que ela não o quisesse mais,mas perdê-la era um risco que ele se propôs a correr.

– Nada. Deixa pra lá. – Desconversou,e viu a frustração estampar as íris castanhas da morena. – Agora vem,as crianças estão precisando da gente.

Ela negou,tentando engolir as lágrimas,uma a uma,sem sucesso. Ela não conseguia mais suportar sua presença,não naquele momento. Foi com aqueles pensamentos que se afastou dele a passos largos,ignorando sua voz a chama-la de volta.

– X –

– Um,dois,três,quatro! – Pedro e Karina gritavam.

– Quatro,três,dois,um! – As crianças gritavam de volta.

Assim seguiram o caminho. Pedro cantava e Karina ria,tentando calá-lo. Tomtom vigiava as crianças,aprendendo com elas sobre cada animal que vivia na Terra.

– Ei,vocês dois! Será que dá pra desgrudar um pouquinho e ajudar? – A pequena anjo mandou.

– Calma,baixinha! Paz e Amor. – Pedro brincoua,abraçado a loira.

– A Tomtom tem razão Pê,é melhor a gente ir ajudar ela. – Se soltou dele.

– E eu achando que essa ideia do Mestre Cruel ia ter vantagem.... – reclamou,fechando a cara.

– Ahh,não! Pode ir desfazendo essa tromba de elefante. – E beijou seu rosto. Pedro aproveitou e a puxou pela cintura e tomando seus lábios para si.

– E por falar em elefante,é aquele ali? – Tomtom perguntou,e Gui confirmou.

– Vamo lá,galerinha! Um,dois!

– Feijão com arroz!

– Três,quatro!

– Feijão no prato!

– Cinco,seis!

As crianças cantavam,chamando a atenção dos bichos.

– Ih olha lá,esquentadinha! Até a bicharada tá gostando da cantoria.

– Aposto que eles não veem a hora da gente ir embora,isso sim. – Tomtom disse. – Quem é aquela grandona ali?

– É girafa,baixinha. – Karina respondeu.

– Olha lá quem vem ali! – Tomtom apontou para Duca,que vinha na direção deles.

– Ah,fácil! Esse aí correndo é uma anta,Tomtom! – Pedro gargalhou.

– Pô,você também cara? – O lutador reclamou,mas logo voltou seu foco. – Eu preciso da ajuda de vocês,e rápido.

– O quê que houve,Du? – Karina perguntou.

– É a Bianca. Ela sumiu.

– X –

Perdida. Literalmente perdida. Era assim que Bianca se encontrava.

Tentou se afastar de Duca,achando que seus problemas acabariam ao menos pelo fim daquela tarde,mas só conseguiu ficar mais confusa sobre o lutador e de quebra,ainda se perder na mata.

– Droga! – Reclamou ao matar mais um mosquito. Estava cansada e a noite já ameaçava cair.

Não sabia como sair dali. Seu celular estava sem sinal e ela não via nenhum dos amigos passar.

Uma sensação de desespero começou a tomar conta dela. Tentou correr,mas alguns metros depois,acabou tropeçando e caindo em meio a terra e folhas secas.

Sua respiração já estava entrecortada,seus olhos marejaram e ela conteve sua vontade de gritar,quando ouviu seu nome ecoar pelo matagal.

– BIANCA!

Ela conhecia aquela voz. O alívio começou a relaxá-la,e ainda com lágrimas nos olhos,ela voltou sua atenção para a voz que a chamava.

– Eu tô aqui,João! – Esbravejou. Tentou se levantar,mas não conseguiu e seu corpo foi jogado de volta ao chão. – JOÃO!

Tentava controlar o choro,mas ele veio,sem pudores. Quando ele veio ao seu encontro,ela não hesitou e o abraçou,apertando seus braços em torno do corpo do anjo como se precisasse dele mais do que qualquer coisa.

Ele se desvencilhou do corpo trêmulo da atriz e a olhou,limpando as lágrimas que caíam.

– Te encontrei.


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Notas finais do capítulo

Quem aí gostou do João implicando com o Duca? e do momento Joanca? no próximo vai ter mais perina e mais misterio,se td der certo uma certa cena mt importante vai sair! Alguem aí curioso? E vcs esperavam esse lugar? HAHAHAH não né? eu adorei a ideia do parque de diversoes,mas dei uma adaptada e vou fazer sim,é só esperar haha. Tô adorando todos esses comentarios e favoritos,a cada dia me supreendo mais! Comentem o que acharam e o que esperam pro proximo capitulo,vou amar ler e responder! Me sigam no twitter @vittiverfeliz e me amolem muito,xuxus! Um beijo e até o proximo < 3