Predestinados - Perina escrita por Amellie Lawson


Capítulo 18
Dezoito


Notas iniciais do capítulo

ADIVINHA QUEM TÁ SURTANDO DE NOVO??/ SIM,EU jldkj~fk~fj caraaa,já disse que vcs são INCRÍVEIS? porque vcs são! 3 recomendações numa mesma semana,sendo duas em um dia? Tô apaixonada com essas recomendações,vou casar com elas kkkk Complicada e Perfeitinha e SantovittiDaKitKat,muuuito obrigada!! Eu amei cada palavra,vcs fizeram a minha semana e principalmente o meu natal! Dedico esse capitulo a vcs,suas lindas. Esse cap não tem mt de perina,mas tem misteriozinho hihihi,espero que vcs gostem tanto quanto eu amei escrever. Ah,e estamos de capa nova!! que não ficou lá essas coisas,pq fui eu que fiz jdljdfçf e eu n levo jeito pra isso,sorry. (ATUALIZAÇÃO: eu quase esqueci pq ontem foi o natal,mas DIA 25 FIZEMOS DOIS MESES DE FIC!! É MT AMOR < 3 ) Sem mais delongas,vamos lá. Enjoy xx



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Por essa Pedro não esperava.

Ele sequer podia imaginar,mas ali estavam eles. Depois de vários meses – ou teria sido um ano? -,seus pais estavam de volta. Pro bem,pro mal,para o que der e vier.

– Awn,meu filho! – Delma correu para abraçar o filho,os olhos marejados. – Eu senti tanto a sua falta!

Ela o enchia de beijos e o apertava forte naquele abraço. Quando finalmente o soltou,percebeu que o filho ainda estava um pouco atônito com a presença deles ali.

– Que foi,meu bem? – Saiu do transe e ouviu a mãe perguntar. – Por quê essa carinha?

''Deve ser porque eu não te vejo há seis meses?'' perguntou para si mentalmente.

– Não gostou da surpresa,é isso? – Estava a muito tempo sem vê-la,era verdade,mas ainda sabia o quanto a mãe era dramática,então tratou logo de desfazer aquele mal entendido.

– Não é isso,é só....excesso de saudade. – E beijou a bochecha de Delma.

Cumprimentou o pai com um abraço apertado. Delma enfim notou a presença da loira ali – João os cumprimentou rapidamente e foi embora.

– E essa mocinha linda é....

– Mãe,pai,essa é a Karina,nossa nova vizinha. – Pedro disse,indo para perto dela. - Mas eu particularmente chamo de esquentadinha.

Enquanto lanchavam,Bianca contou aos pais que Karina havia se mudado a pouco tempo – umas duas semanas -,que ela estudava na Ribalta com ela e o irmão.

– E a Priscila,Pedrinho? Não quis vir com você? – Delma perguntou,e logo os três já trocavam olhares nada discretos na mesa.

– A gente terminou,mãe. – Ele respondeu,sem rodeios ou algum pingo de tristeza.

– Oh,meu amor! Que pena. – Lamentou,sem saber que o filho não pensava da mesma forma. – Vocês já conversaram? Quem sabe não voltam...

– Ah,mas não mesmo! – Bianca exclamou,e a mãe a encarou,confusa. Sempre achara que Priscila era uma boa garota. Ah,se ela soubesse....

– Não temos nada pra conversar,acabou e pronto. – Pedro tratou logo de esclarecer. – Agora,cadê aqueles postais lindos que você mandou? – Tentou mudar de assunto.

– Eu também quero ver as fotos,mãe! – Bianca logo se animou.

Em alguns minutos,todo aquele clima tenso já havia ido embora. Enquanto Delma e Marcelo estavam em um sofá,vendo as fotos com a filha pela câmera,Pedro preferiu sentar-se em outro com Karina,vendo as várias outras que foram reveladas ao longo das viagens.

– Olha essa que linda. – Karina disse ao ver uma foto do casal em um museu em Dubai.

– Olha só quem foi pra Veneza e te deixou,Bi! – Pedro zombou,mostrando a foto deles no rio Sena.

– Hunf,isso não é justo! – Disse uma Bianca emburrada,e os dois do outro lado só fizeram rir.

– Não fica triste minha flor,a gente te leva na próxima,né não Marcelo? – Perguntou ao marido,vendo ele assentir.

Enquanto Pedro e Karina se divertiam vendo as fotos,Delma observava os dois,vez ou outra,sem que eles percebessem. E então entendeu o porquê do término com a ex. Estava claro o carinho do filho com a nova vizinha – talvez mais que isso,ela ainda não sabia -,o modo com se olhavam....que ali tinha coisa,tinha. E ela não demoraria muito para descobrir.

Quando a menina foi embora – Delma a fez prometer que voltaria mais vezes,ainda que os filhos já tivessem deixado claro que a menina estava sempre ali -,ela enfim fez a pergunta que não saía de sua cabeça,desde que os viu.

– Agora me contem,como anda a vida de vocês? – perguntou,sentando-se no sofá novamente.

– Ah,nada de novo.... – Bianca respondeu vagamente.

Delma e Marcelo riram.

– Então quer dizer que nós ficamos seis meses fora e não acontece nada? Pra cima de mim? – Indagou Marcelo.

– Eu já vi que vocês não vão falar,então vou ter que perguntar....

– Não precisa! – Bianca respondeu,tentando poupar a si e ao irmão das possíveis ''perguntas'' que a mãe faria.

– Nem vem com essa,mocinha. Pedro,começa você. – Delma ansiava pela resposta,toda sorridente.

– Tô começando a achar que eles não superaram essa crise de meia idade... – ele sussurrou para a irmã,que agora estava ao seu lado,rindo baixinho.

– Mas é o quê?? Eu ouvi isso! – Marcelo exclamou.

– E eu também! Mas agora vamos,pode começar a contar Pedrinho.

O que Pedro diria a ela? Que se envolveu com drogas? Que utilizava de meios nada ortodoxos para conseguir dinheiro para manter seu vício? Que um certo anjo aparecera na hora certa,e o salvou,antes que fosse tarde? Que sentia vontade de estar perto desse seu anjo,em todos os momentos?

Era demais para uma noite só,e Bianca pareceu entender o que se passava pela sua mente. Quando finalmente conseguiu voltar a realidade,respondeu:

– Erm,o lance do Duca com a Bi continua na mesma,se você quer tanto saber.

– Pedro! – Bianca gritou,tacando as almofadas nele.

– Como é que é?? – Marcelo engasgou com o suco que tomava.

– Eu sei,eu sei. É difícil de acreditar,mas é verdade. – Pedro fez drama,rindo internamente. – Acho que vou ter que levar um papo com ele,porque tá difícil....

– Cala a boca,Pedro! – Bianca gritou,roxa de vergonha.

– Então quer dizer que esse camarada tá se aproveitando da minha menininha? E debaixo do meu nariz?!

– Ah,Marcelo! Menos,beem menos. – Respondeu Delma,enquanto a filha escondia o rosto num travesseiro. – O Duca é um bom rapaz,e eles ficam lindos juntos.

– Então quer dizer que você sabia,esse tempo todo? – Ela assentiu. Marcelo respirava fundo,para não se descontrolar e ir atrás daquele sujeitinho mequetrefe.

– Não tenho culpa se você dorme no ponto,amor.

– Mas como....? – Indagou uma Bianca surpresa. – Não me diz que foi você,seu infeliz! – Pedro se protegeu da irmã,que lhe fuzilava.

– Não foi ele,filha,mas eu não nasci ontem,né? Já tive a idade de vocês...

Marcelo ainda estava em choque,parecia inconformado,e Delma tentava acalmá-lo,dizendo que esse dia chegaria.

– Mas e você,Pedrinho? Não tem nada pra me contar não? – Perguntou num tom sugestivo,se lembrando de Karina.

Bianca estava prestes a entregar o irmão,mas Pedro a impediu.

– Não mãe,não tenho nada. Acabei de terminar o namoro,né,tô fechado pra balanço,por um bom tempo. – Disse,e Bianca gargalhou.

– Ah,tá! E eu sou a Mulher Maravilha. Me engana que eu gosto! – E apertou as bochechas do irmão.

– Nem vem,tá Bianca? A única coisa que eu quero agora é focar em mim e na banda. Se eu encontrar alguém que valha a pena no meio do caminho..... – parou a frase ali,relembrando o quase beijo com a sua esquentadinha.

Delma percebeu o brilho no olhar no filho e disse:

– E por que será que eu acho que você já encontrou?

– X –

Um Pedro cabisbaixo saíra da aula de química,rumando para a cantina. Queria mais que tudo mudar,recuperar o tempo perdido. Ele só não imaginara que seria tão difícil.

Conseguiu,com a ajuda da irmã – um milagre,pois ela ainda estava brava com ele por contar sobre Duca ao pai -,conversar com a direção,alegando que estivera muito doente e com problemas pessoais,e por isso faltara as aulas e perdera os trabalhos e provas.

Bianca de início estranhou. Sabia que Pedro matara as aulas,e quando ele lhe pediu ajuda,ela topou,mas quis saber o por quê. Com a ajuda de Karina,conseguiu bolar um bom plano,dizendo que matava as aulas com Priscila,sem mencionar o real motivo – as drogas.

Os professores entraram em um consenso e resolveram ajudar o rapaz,repetindo as provas e trabalhos,com a ressalva que ele tirasse boas notas,e que não haveria uma outra chance. Mas como conseguir se concentrar,se ele não entendia uma só palavra?

Encontrou com Rominho e Luís Cláudio no caminho,e seguiram conversando.

– É cara,essa matéria é chata de aprender mesmo. – Ressaltou o amigo,como se ele já não tivesse descoberto.

– Quando é a tua prova,fera? – Luis Cláudio perguntou. Ele já ia responder,quando viu uma cena que não o agradou em nada.

Um pouco distante dali,viu Karina conversando com um dos meninos da Ribalta,um tal de Felipe. Ela,ao invés de sorrir,dessa vez estava tensa,e percebeu que o menino a olhava de cima a baixo,com um olhar nada santo.

Ela não correspondeu em nenhum momento sequer,mas ele não pode evitar sentir vontade de quebrar a cara do infeliz,e tirar a pequena loira de lá. Quem ele pensava que era,pra ter esses tipos de pensamentos com ela? Sua raiva era tanta que nem notara a expressão apreensiva dela,muito menos o papel que ele entregara a ela,antes de sair de perto.

– Tá tudo bem,cara? – Luís perguntou,e ele então saiu do transe.

– Já entendi teu problema. – Rominho riu,percebendo o foco do guitarrista. - Bem que o Zé disse que tu tava de quatro pela loira aí,mas eu não botei fé....

Ele já ia dar uma bela resposta sobre aqueles comentários quando o celular tocou. Ele saiu de perto quando notou quem era no visor,e quando conseguiu,atendeu e colocou o aparelho ao ouvido:

– Fala,Ramos.

– Quê que tu quer,Cobra? Um olho roxo? – explodiu o guitarrista de imediato.

– Até que não seria má ideia,mas fica pra próxima. O lance é outro. – Pedro não precisava notar o tom da voz do adversário para perceber do que se tratava.

– Eu sei muito bem o que você quer,minhoca. E já vou te adiantando pra não me esperar hoje a noite na competição. – Seu tom era convicto,nunca teve tanta certeza do que queria. – Nem hoje,nem nunca mais.

Ele riu em resposta.

– É mesmo,guitarrista? Vai amarelar? – Zombou,mas Pedro não mordeu a isca. – Pois eu acho melhor você aparecer,ou é a loirinha do olho azul que vai sofrer as consequências....

– Toca num fio de cabelo dela e você não vai querer ter nascido,Cobreloa! – Berrou em alto e bom som,sua raiva misturada ao ciúme de ver Karina conversando com Felipe.

– Eu já disse o meu preço. É pegar ou largar,Ramos. – E finalizou a ligação.

– X –

Estava esperando Pedro sair da aula,para irmos embora. Lia atentamente um livro que tinha achado por acaso na biblioteca quando ouço uma voz conhecida me chamar:

– Karina?

Me virei para ver quem era. Loiro,olhos verdes...eu o conhecia,só não me lembrava de onde.

– Felipe? – chutei,e pelo que pude ver,acertei em cheio.

Conversamos sobre aleatoriedades por alguns minutos,ele percorria os olhos pelo meu corpo sem nenhuma discrição e isso já estava me irritando.

– Erm,então Felipe,você veio me dizer? – fui direto ao ponto,e ele não pareceu se incomodar.

– Você é amiga daquele Pedro Ramos,não é? – perguntou como se já soubesse a resposta,e eu apenas assenti. – Se eu fosse você,me afastava dele enquanto é tempo....

Não precisava que ele terminasse a frase para que a minha irritação aumentasse. Eu o cortei,sem querer saber o resto.

– Eu acho que sei escolher as minhas amizades. – Fui ríspida.

Ele riu da minha indignação.

– Claro que sabe. – Ironizou,desviando o olhar. – Se o conhece tão bem,então deve saber o que ele faz nas....horas vagas,ou nem tão vagas assim,eu suponho.

– Isso não é da minha conta.... – comecei,mas ele insistiu na pergunta.

– Pelo o seu silêncio,eu suponho que não. – Um sorriso de vitória estava estampado em seu rosto. – Mas pode descobrir... – e pegou um papel no bolso e me entregou. – se aparecer nesse endereço,hoje as oito da noite.

Olhei para o papel,sem reação. Tentei dizer algo,mas ele me impediu.

– Sssh,não precisa agradecer. A gente se vê por aí,loirinha. – E beijou minha bochecha,antes de sumir da minha frente.

No caminho pra casa – acabei indo sozinha,com os últimos acontecimentos acabei indo sem Pedro -,me peguei pensando nas palavras de Felipe.

Eu não sabia aonde ele ia,era bem uma verdade,mas ele já havia me provado que queria mudar. Já não era o suficiente? Eu deveria ir? E ele,será que iria naquela noite? O que eu encontraria lá?

Quando dei por mim,já estava em casa. João notou que eu estava distante,e me perguntou o que eu tinha.

– Ahn,não é nada,não. – disfarcei.

– Hum,vejamos. Fase 1: afastar a Priscila do Pedro,concluída. Fase 2: tirar o Pedro das drogas....em andamento. Fase 3....

– Que língua é essa? – perguntei,sem entender nada do que ele falava.

Ele me olhava sem saber o que responder,quando finalmente disse algo,eu não acreditei.

– Ah,esse lance de fases? É linguagem de vídeo game.

– E por que raios você tá usando linguagem de joguinho pra falar comigo? – Eu cada vez o entendia menos.

– Ah,é..... – ele não conseguia formar uma frase inteira. – Eu tô jogando vídeo game a tarde no QG,pronto,falei!

Até onde eu sabia,QG era o local de trabalho de Cobra. Eu o encarei,incrédula.

– Então quer dizer que enquanto eu tô me esforçando pra fazer essa missão dar certo,você tá jogando??? – Quase gritei.

– Calma,calma. Eu vou explicar.

– É bom que explique mesmo,João. Anda,desembucha. – Ordenei.

– Enquanto você se aproximava do Pedro,da Bianca e do Duca,eu tinha que fazer o trabalho sujo dessa missão,então resolvi me socializar com o Cobra. – Ele falava pausadamente.

Refleti por um segundo. É,até que fazia sentido.

– Prossiga.

– E então ele me apresentou os jogos....Eu confesso,não resisti.

– Tá,tá perdoado. – Ele respirou aliviado. – E você conseguiu descobrir alguma coisa,durante esse tempo?

– Eu descobri que o Cobra vai em algumas competições,eu ainda não sei ao certo,e o Pedro também participa delas. Deve ser pra manter o vício,não tenho certeza.

Assenti,me lembrando da conversa com Felipe,mais cedo.

– E você já sabe aonde é? – questionei.

– Ainda não,mas acho que muito em breve saberemos.

Tirei o papel do bolso e entreguei pra ele.

– Algo me diz que não vamos precisar dele.

– X –

No horário marcado,eu e João chegamos no local. Era um beco escuro,com um corredor único e estreito,que dava acesso a um local mais amplo e aberto.

– Acho que é aqui. – conferi o endereço pela milésima vez no dia.

Seguimos a pé pela estrada de terra em meio a noite,parando apenas quando dois caras muito altos e fortes nos pararam.

– Pra aonde pensa que vai,boneca? – Ele me olhou de cima a baixo,e eu me encolhi,com medo.

– Erm,boa noite – João começou. Acho que deveria dizer a ele que ser simpático naquela situação não ajudaria muito,mas me calei. – Estamos procurando por Pedro Ramos.

O cara que eu descobri se chamar Meião disse:

– Aí Pão Com Ovo,esses dois tão procurando o frouxo do Ramos. – Fez piada para o ''amigo'',que riu junto.

– Pode nos levar até ele ou não? – Peitei um dos homens,e João tentou me proteger.

– Por quê a pressa,docinho? Vai apostar nele?

Eu cada vez entendia menos sobre o que se passava ali.

– Pede pro Churrasquinho levar eles,mano. – Um deles disse,e quando dei por mim,um cara de aparência duvidosa nos escoltava até o lugar.

Nada me preparou para ver o que eu via naquele momento. No entanto,eu estava ali.

Eu imaginei tudo,mas ainda assim fui surpreendida. Eu não podia acreditar.

João tentou me chamar para a realidade,mas foi em vão. E tudo ficou pior quando eu o vi ali. Depois das promessas,de jurar que queria mudar,ele estava ali.

Mentiras. Tudo não passava de mentiras.

Senti meus olhos marejarem de lágrimas quando João disse:

– Detesto admitir,mas o anjo Gabriel estava certo. Precisamos de reforços,e o mais rápido possível.


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Notas finais do capítulo

Hmmm,e aí,gostaram? e esse mistrio no final,quem curtiu? aonde será que eles estão? e o que será que vai acontecer? espero que tenham gostado do meu prsente de natal pra vcs! foi de coração < 3 tô amando cada vez mais tudo isso,vcs fazem todo o meu esforço valer a pena. E como vcs podem ver,vem treta no proximo cap jdljdçdfjççdfk~fjç~palpites de onde pode ser? me contem nos comentarios,vou adoraaar ler,xuxus!! E FELIZ NATAAAAL < 3 É isso,um beijo e até o próximo :)