Sua respiração estava estável, entrava no prédio com passos silenciosos, seu coturno não fazia barulho, seus movimentos eram muito controlados, tinha sido treinada para andar como um fantasma, tão silenciosa que só perceberiam sua presença quando fosse tarde de mais. Suas costas encostaram-se à parede quando viu uma sombra ao longe, sua arma estava apontada para o chão, o ambiente era escuro mal conseguia ver, mas a figura estava perto de uma luz.

— ... esta aqui, como você disse – disse o homem das sombras – Estarei esperando.

Desligou o telefone e começou a andar na direção da agente.

— Eu sei que esta aqui Agente 18, você é boa no que faz, não teria chegado até aqui se não fosse agora cumprimente Bellona.

A agente levantou a sobrancelha com a informação, quando percebeu já era tarde demais, sentiu a dor surgindo em sua barriga, colocou sua mão onde foi atingida, estava sangrando.

***

Não se lembrava de ter desmaiado, mas também não se lembrava de nada depois do tiro, devia ter desmaiado segundos depois. Colocou a mão em sua cabeça instintivamente, sentia uma forte dor de cabeça. Abriu os olhos devagar para se acostumar com a claridade, estranhou o lugar, não o conhecia e também não parecia com nenhum esconderijo da S.H.I.E.L.D.

Tentou se lembrar do que fazia antes de ser baleada.

— Fui atrás de um agente infiltrado da Hydra, ele foi para uma fabrica abandonada, mas eu o perdi no escuro por causa de um barulho que desviou minha atenção.  – falar em voz alta ajudava a se lembrar de seus passos.

Levantou-se do chão e olhou para sua barriga, o lugar onde foi atingida não tinha nenhuma marca, nem mesmo em sua roupa, como se nunca tivesse sido baleada. Voltou a olhar o lugar onde estava, era um cômodo pequeno, as paredes eram amareladas e tinha algumas rachaduras. Na sua frente havia uma porta de madeira, abriu desconfiada, na sua frente havia uma grande escada circular.

***

Olhou surpresa para o reflexo de Freya surpresa ao fim de suas palavras, não queria admitir, mas o plano dela era bom duvidasse que pudesse dar certo, mas era bom.

— Você quer ver se ele tem salvação, fazendo ele se preocupar com uma vida inferior.

— Você se arriscou por ele e ele se preocupou por você – a surpresa estava estampada na sua face, achava que ele só tinha ficado surpreso e irritado – Loki tem uma chance, Cassandra.

— Por que me contou tudo isso, Freya? – perguntou Cassandra

— Porque eu não tenho muito tempo – respondeu Freya – Cuide do Loki, ele terá uma chance em quanto estiver com você. - seu reflexo deixou o vidro e Cassandra ficou só novamente.